O
1% mais rico da população detém mais de 48% da riqueza mundial, que cresceu
8,3% de meados do ano passado a meados deste ano.
De
acordo com relatório do Credit Suisse sobre o assunto, em 2014 o total da
riqueza no mundo bateu um novo recorde, alcançando US$ 263 trilhões.
No
documento, o banco diz que o valor já é o dobro do registrado em 2000,
"apesar do ambiente econômico desafiador", marcado pela crise
econômica e pela lenta recuperação dos países.
A
criação de recursos foi particularmente forte na América do Norte, com um
crescimento de 11,4% entre meados de 2013 e meados de 2014, e na Europa, onde a
alta foi de 10,6%. Nas duas regiões, o mercado de capitais foi o principal
impulsionador.
Nos
mercados emergentes, a Ásia –com destaque para a China– foi a principal
responsável pelo aumento de riquezas, assim como no ano passado.
"No
entanto, achamos que o crescimento das riquezas no mercados emergentes não foi
capaz de manter o seu momento pré-crise, entre 2000 e 2008. Isso não deve nos
distrair do fato de que a riqueza pessoal na Índia e na China cresceu pelo
fator de 3,1 e 4,6 desde 2000."
DESIGUALDADE
O
mínimo de recursos para pertencer ao 1% mais rico cresceu desde a crise de
2008. Naquele ano, eram necessários US$ 635 mil, contra US$ 798 mil hoje.
Por
sua vez, a riqueza média global tem diminuído desde 2010.
"Esses
achados indicam um aumento da desigualdade global nos anos recentes. No
entanto, nossos resultados sugerem que a tendência inversa ocorreu no período
que antecedeu à crise financeira."
FONTE: Folha de São Paulo
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