terça-feira, 31 de julho de 2012

Lançamento dos trabalhos vencedores do Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa


O Arquivo Nacional tem o prazer de convidar para o lançamento dos trabalhos vencedores do Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa 2009:

Subversivos e pornográficos: censura de livros e diversões públicas nos anos 1970, de Douglas Attila Marcelino;


Engenhocas da moral: redes de parentela, transmissão de terras e direitos de propriedade na freguesia de Campo Grande (Rio de Janeiro, século XIX), de Manoela Pedroza;



Jardim regado com lágrimas de saudade: morte e cultura visual na Venerável Ordem Terceira dos Mínimos de São Francisco de Paula (Rio de Janeiro, século XIX), de Henrique Sergio de Araujo Batista.

O lançamento ocorrerá durante o III Seminário Internacional O Arquivo Nacional e a História Luso-Brasileira: Sertão e Litoral, no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro - IHGB, avenida Augusto Severo, n. 8, Glória.



segunda-feira, 30 de julho de 2012

Bancos "escondem" pacotes gratuitos de seus clientes, diz Idec; empresas negam



Do UOL, em São Paulo


Os bancos ainda dificultam a contratação de pacotes de serviços grátis pelos seus clientes. A conclusão é de um levantamento feito pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) com os seis maiores bancos que atuam no país. Os bancos negam.

Desde 2008 os bancos precisam, obrigatoriamente, oferecer o pacote gratuito. Esse pacote foi estabelecido pelo Banco Central e inclui os seguintes serviços gratuitos mensais: quatro saques (no caixa do banco ou nos caixas eletrônicos), duas transferências entre contas do mesmo banco, dois extratos do mês anterior, um extrato anual e dez folhas de cheque.

O Idec fez a pesquisa em agências do Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú e Santander.

Os pesquisadores pediram que suas contas correntes fossem alteradas para contas de serviços essenciais. Alguns funcionários, segundo o instituto, não tinham conhecimento desse direito e outros se negaram a fazer a conversão.

Os bancos creditam o resultado do teste a "falhas pontuais".

Atendente negou existência da conta gratuita


Segundo o Idec, no HSBC, o atendente negou que a conta gratuita existisse. Ele confundiu os serviços essenciais com o pacote padronizado (que reúne uma quantidade maior de serviços e deve ser oferecido também por todos os bancos, mas é cobrado). Por fim, alterou a conta do pesquisador para o pacote padronizado, que custa R$ 13,50 no HSBC.

O Banco do Brasil também não realizou a mudança. Embora tenha admitido a existência do pacote de serviços essenciais, alegou que o tipo de conta do pesquisador impedia que o "sistema" realizasse a conversão.

Bradesco e Santander fizeram a conversão da conta. Antes, porém, tentaram persuadir o pesquisador a continuar com o pacote de serviços contratado.

Apenas nas agências da Caixa Econômica Federal e do Itaú os pesquisadores não encontraram empecilhos para fazer a mudança.

HSBC diz que dá orientações aos gerentes


Em nota, o HSBC informa que "orienta seus gerentes a apresentarem ao cliente a relação de pacotes de serviços disponíveis, inclusive a opção pelos serviços essenciais livres de tarifação". Segundo o banco, informações prestadas incorretamente são resultado de falhas pontuais.

Também por meio de nota, o Bradesco diz que cumpre as regras do Banco Central, "tentando sempre oferecer o produto ou serviço mais adequado ao perfil de cada cliente".

Já o Santander diz que "o funcionário apresentou ao cliente opções de acordo com seu perfil, e por fim, atendeu ao pedido" dele.

O Banco do Brasil divulgou nota dizendo que os atendentes "são instruídos a orientar o cliente com relação às diferenças entre os diversos pacotes de serviços, de maneira a atender às necessidades de cada um" e que o banco "oferece a possibilidade de optar pela utilização dos serviços essenciais ou a aderir a outro tipo de pacote de serviços, inclusive ao padronizado".

Caixa e Itaú dizem que oferecem aos consumidores pacotes que mais se adequam ao seu perfil de relacionamento com o banco.




As conquistas da revolução cubana no âmbito da saúde

Cuba, a ilha da saúde


Por Salim Lamrani 

Após a Revolução, a medicina virou prioridade e transformou a ilha em referência; hoje, Cuba concentra o maior número de médicos por habitante


Desde o triunfo da Revolução de 1959, o desenvolvimento da medicina tem sido a grande prioridade do governo cubano, o que transformou a ilha do Caribe em uma referência mundial neste campo. Atualmente, Cuba é o país que concentra o maior número de médicos por habitante.


Em 2012, Cuba formou mais 11 mil novos médicos, os quais completaram sua formação de seis anos em faculdades de medicina reconhecidas pela excelência no ensino. Trata-se da maior promoção médica da história do país, que tornou o desenvolvimento da medicina e o bem-estar social as prioridades nacionais. Entre esses médicos recém-graduados, 5.315 são cubanos e 5.694 vêm de 59 países da América Latina, África, Ásia e até mesmo dos Estados Unidos, com maioria de bolivianos (2.400), nicaraguenses (429), peruanos (453), equatorianos (308), colombianos (175) e guatemaltecos (170). Em um ano, Cuba formou quase o dobro de médicos do total que dispunha em 1959. [1]


Após o triunfo da Revolução, Cuba contava somente com 6.286 médicos. Dentre eles, três mil decidiram deixar o país para ir para os Estados Unidos, atraídos pelas oportunidades profissionais que Washington oferecia. Em nome da guerra política e ideológica que se opunha ao novo governo de Fidel Castro, o governo Eisenhower decidiu esvaziar a nação de seu capital humano, até o ponto de criar uma grave crise sanitária. [2]


Como resposta, Cuba se comprometeu a investir de forma maciça na medicina. Universalizou o acesso ao ensino superior e estabeleceu a educação gratuita para todas as especialidades. Assim, existem hoje 24 faculdades de medicina (contra apenas uma em 1959) em treze das quinze províncias cubanas, e o país dispõe de mais de 43 mil professores de medicina. Desde 1959, se formaram cerca de 109 mil médicos em Cuba. [3] Com uma relação de um médico para 148 habitantes (67,2 médicos para 10 mil habitantes ou 78.622, no total), segundo a Organização Mundial da Saúde, Cuba é a nação mais bem dotada neste setor. O país dispõe de 161 hospitais e 452 clínicas. [4]


No ano universitário 2011-2012, o número total de graduados em Ciências Médicas, que inclui 21 perfis profissionais (médicos, dentistas, enfermeiros, psicólogos, tecnologia da saúde etc.), sobe para 32.171, entre cubanos e estrangeiros. [5]


Sede da Escola Latino-Americana de Medicina em Havana


A ELAM


Além dos cursos disponíveis nas 24 faculdades de medicina do país, Cuba forma estudantes estrangeiros na Elam (Escola Latino-Americana de Medicina de Havana). Em 1998, depois que o furacão Mitch atingiu a América Central e o Caribe, Fidel Castro decidiu criar a Elam – inaugurada em 15 de novembro de 1999 – com o intuito de formar em Cuba os futuros médicos do mundo subdesenvolvido.


“Formar médicos prontos para ir onde eles são mais necessários e permanecer quanto tempo for necessário, esta é a razão de ser da nossa escola desde a sua fundação”, explica a doutora Miladys Castilla, vice-reitora da Elam. [6] Atualmente, 24 mil estudantes de 116 países da América Latina, África, Ásia, Oceania e Estados Unidos (500 por turma) cursam uma faculdade de medicina gratuita em Cuba. Entre a primeira turma de 2005 e 2010, 8.594 jovens doutores saíram da Elam. [7] As formaturas de 2011 e 2012 foram excepcionais com cerca de oito mil graduados. No total, cerca de 15 mil médicos se formaram na Elam em 25 especialidades distintas. [8]


A Organização Mundial da Saúde prestou uma homenagem ao trabalho da Elam: “A Escola Latino-Americana de Medicina acolhe jovens entusiasmados dos países em desenvolvimento, que retornam para casa como médicos formados. É uma questão de promover a equidade sanitária (…). A Elam (…) assumiu a premissa da “responsabilidade social”. A Organização Mundial da Saúde define a responsabilidade social das faculdades de medicina como o dever de conduzir suas atividades de formação, investigação e serviços para suprir as necessidades prioritárias de saúde da comunidade, região ou país ao qual devem servir.


A finalidade da Elam é formar médicos principalmente para fornecer serviço público em comunidades urbanas e rurais desfavorecidas, por meio da aquisição de competências em atendimento primário integral, que vão desde a promoção da saúde até o tratamento e a reabilitação. Em troca do compromisso não obrigatório de atender regiões carentes, os estudantes recebem bolsa integral e uma pequena remuneração, e assim, ao se formar, não têm dívidas com a instituição.


[No que diz respeito ao processo seletivo], é dada preferência aos candidatos de baixa renda, que de outra forma não poderiam pagar os estudos médicos. “Como resultado, 75% dos estudantes provêm de comunidades que precisam de médicos, incluindo uma ampla variedade de minorias étnicas e povos indígenas”.


Os novos médicos trabalham na maioria dos países americanos, incluindo os Estados Unidos, vários países africanos e grande parte do Caribe de língua inglesa.
 


Faculdades como a Elam propõem um desafio no setor da educação médica do mundo todo para que adote um maior compromisso social. Como afirmou Charles Boelen, ex-coordenador do programa de Recursos Humanos para a Saúde da OMS: “A ideia da responsabilidade social merece atenção no mundo todo, inclusive nos círculos médicos tradicionais... O mundo precisa urgentemente de pessoas comprometidas que criem os novos paradigmas da educação médica”. [9]


A solidariedade internacional


No âmbito dos programas de colaboração internacional, Cuba também forma, por ano, cerca de 29 mil estudantes estrangeiros em ciências médicas, em três especialidades: medicina, enfermagem e tecnologia da saúde, em oito países (Venezuela, Bolívia, Angola, Tanzânia, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Timor Leste). [10]


Desde 1963 e o envio da primeira missão médica humanitária a Argélia, Cuba se comprometeu a curar as populações pobres do planeta, em nome da solidariedade internacional e dos sete princípios da medicina cubana (equidade, generosidade, solidariedade, acessibilidade, universalidade, responsabilidade e justiça). [11] As missões humanitárias cubanas abrangem quatro continentes e têm um caráter único. De fato, nenhuma outra nação do mundo, nem mesmo as mais desenvolvidas, teceram semelhante rede de cooperação humanitária ao redor do planeta. Desde o seu lançamento, cerca de 132 mil médicos e outros profissionais da saúde trabalharam voluntariamente em 102 países. [12] No total, os médicos cubanos curaram 85 milhões de pessoas e salvaram 615 mil vidas.  [13] Atualmente, 31 mil colaboradores médicos oferecem seus serviços em 69 nações do Terceiro Mundo. [14]


Segundo o Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), “um dos exemplos mais bem sucedidos da cooperação cubana com o Terceiro Mundo é o Programa Integral de Saúde para América Central, Caribe e África”. [15]


Nos termos da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América), Cuba e Venezuela decidiram lançar em julho de 2004 uma ampla campanha humanitária continental com o nome de Operação Milagre. Consiste em operar gratuitamente latino-americanos pobres, vítimas de cataratas e outras doenças oftalmológicas, que não tenham possibilidade de pagar por uma operação que custa entre cinco e dez mil dólares. Esta missão humanitária se disseminou por outras regiões (África e Ásia). A Operação Milagre possui 49 centros oftalmológicos em 15 países da América Central e do Caribe. [16] Em 2011, mais de dois milhões de pessoas de 35 países recuperaram a visão. [17]


A medicina de catástrofe


No que se refere à medicina de catástrofe, o Centro para a Política Internacional de Washington, dirigido por Wayne S. Smith, ex-embaixador dos Estados Unidos em Cuba, afirma em um relatório que “não há dúvida quanto à eficiência do sistema cubano. Apenas alguns cubanos perderam a vida nos 16 maiores furacões que atingiram a ilha na última década e a probabilidade de perder a vida em um furacão nos Estados Unidos é 15 vezes maior do que em Cuba”. [18]


O relatório acrescenta que: “ao contrário dos Estados Unidos, a medicina de catástrofe em Cuba é parte integrante do currículo médico e a educação da população sobre como agir começa na escola primária […]. Até mesmo as crianças menores participam dos exercícios e aprendem os primeiros socorros e técnicas de sobrevivência, muitas vezes através de desenhos animados, e ainda como plantar ervas medicinais e encontrar alimento em caso de desastre natural. O resultado é a assimilação de uma forte cultura de prevenção e de uma preparação sem igual”. [19]


Alto IDH


Esse investimento no campo da saúde (10% do orçamento nacional) permitiu que Cuba alcançasse resultados excepcionais. Graças à sua medicina preventiva, a ilha do Caribe tem a taxa de mortalidade infantil mais baixa da América e do Terceiro Mundo – 4,9 por mil (contra 60 por mil em 1959) – inferior a do Canadá e dos Estados Unidos. Da mesma forma, a expectativa de vida dos cubanos – 78,8 anos (contra 60 anos em 1959) – é comparável a das nações mais desenvolvidas. [20]


As principais instituições internacionais elogiam esse desenvolvimento humano e social. O Fundo de População das Nações Unidas observa que Cuba “adotou há mais de meio século programas sociais muito avançados, que possibilitaram ao país alcançar indicadores sociais e demográficos comparáveis aos dos países desenvolvidos”. O Fundo acrescenta que “Cuba é uma prova de que as restrições das economias em desenvolvimento não são necessariamente um obstáculo intransponível ao progresso da saúde, à mudança demográfica e ao bem-estar”. [21]


Cuba continua sendo uma referência mundial no campo da saúde, especialmente para as nações do Terceiro Mundo. Mostra que é possível atingir um alto nível de desenvolvimento social, apesar dos recursos limitados e de um estado de sítio econômico extremamente grave, imposto pelos Estados Unidos desde 1960, que situe o ser humano no centro do projeto de sociedade.


*Doutor em Estudos Ibéricos e Latinoamericanos pela Univerdade Paris Sorbonne-Paris IV, Salim Lamrani é professor encarregado de cursos na Universidade Paris-Sorbonne-Paris IV e na Universidade Paris-Est Marne-la-Vallée e jornalista, especialista nas relações entre Cuba e Estados Unidos. Seu libro mais recente é “Etat de siège. Les sanctions économiques des Etats-Unis contre Cuba” (“Estado de sítio. As sanções econômicas dos Estados Unidos contra Cuba”, em tradução livre), Paris, Edições Estrella, 2011, com prólogo de Wayne S. Smith e prefácio de Paul Estrade. Contato: Salim.Lamrani@univ-mlv.fr /Página no Facebook: https://www.facebook.com/SalimLamraniOfficiel


Referências bibliográficas:

[1] José A. de la Osa, “Egresa 11 mil médicos de Universidades cubanas”, Granma, 11 de julho de 2012.
[2]  Elizabeth Newhouse, “Disaster Medicine: U.S. Doctors Examine Cuba’s Approach”, Center for International Policy, 9 de julho de 2012. http://www.ciponline.org/research/html/disaster-medicine-us-doctors-examine-cubas-approach (site consultado em 18 de julho de 2012).
[3] José A. de la Osa, “Egresa 11 mil médicos de Universidades cubanas”, op. cit.; Ministério das Relações Exteriores, “Graduados por la Revolución más de 100.000 médicos”, 16 de julho de 2009. http://www.cubaminrex.cu/MirarCuba/Articulos/Sociedad/2009/Graduados.html (site consultado em 18 de julho de 2012).
[4] Organização Mundial da Saúde, “Cuba: Health Profile”, 2010. http://www.who.int/gho/countries/cub.pdf (site consultado em 18 de julho de 2012); Elizabeth Newhouse, “Disaster Medicine: U.S. Doctors Examine Cuba’s Approach”, op. cit.
[5] José A. de la Osa, « Egresa 11 mil médicos de Universidades cubanas », op.cit.
[6] Organização Mundial da Saúde, “Cuba ayuda a formar más médicos”, 1º de maio de 2010. http://www.who.int/bulletin/volumes/88/5/10-010510/es/ (site consultado em 18 de julho de 2012). 
[7] Escola Latino-Americana de Medicina de Cuba, “Historia de la ELAM”. http://www.sld.cu/sitios/elam/verpost.php?blog=http://articulos.sld.cu/elam&post_id=22&c=4426&tipo=2&idblog=156&p=1&n=ddn (site consultado em 18 de julho de 2012).
[8] Agência cubana de notícias, “Over 15,000 Foreign Physicians Gratuated in Cuba in Seven Years”, 14 de julho de 2012.
[9] OMS, “Cuba ayuda a formar más médicos”, op. cit.
[10] José A. de la Osa, “Egresa 11 mil médicos de Universidades cubanas”, op. cit.
[11] Ladys Marlene León Corrales, “Valor social de la Misión Milagro en el contexto venezolano”, Biblioteca Virtual en Salud de Cuba,  março de 2009. http://bvs.sld.cu/revistas/spu/vol35_4_09/spu06409.htm (site consultado em 18 de julho de 2012).
[12] Felipe Pérez Roque, “Discurso del canciller de Cuba en la ONU”, Bohemia Digital, 9 de novembro de 2006.
[13] CSC News, “Medical Brigades Have Treated 85 million”, 4 de abril de 2008. http://www.cuba-solidarity.org.uk/news.asp?ItemID=1288 (site consultado em 18 de julho de 2012).
[14] Felipe Pérez Roque, “Discurso del canciller de Cuba en la ONU”, op. cit.
[15] PNUD, Investigación sobre ciencia, tecnología y desarrollo humano en Cuba, 2003, p.117-119. http://www.undp.org.cu/idh%20cuba/cap6.pdf (site consultado em 18 de julho de 2012).
[16] Ministério das Relações Exteriores, “Celebra Operación Milagro cubana en Guatemala”, República de Cuba, 15 de novembro de 2010. http://www.cubaminrex.cu/Cooperacion/2010/celebra1.html (site consultado em 18 de julho de 2012) Operación Milagro, “¿Qué es la Operación Milagro?”. http://www.operacionmilagro.org.ar/ (site consultado em 18 de julho de 2012).
[17] Operación Milagro, «¿Qué es la Operación Milagro?», op. cit.
[18] Elizabeth Newhouse, “Disaster Medicine: U.S. Doctors Examine Cuba’s Approach”, op. cit.
[19] Ibid.
[20] Ibid.
[21] Raquel Marrero Yanes, “Cuba muestra indicadores sociales y demográficos de países desarrollados”, Granma, 12 de julho de 2012.


FONTE: Opera Mundi



domingo, 29 de julho de 2012

Congresso Internacional Marx em Maio - Perspectivas para o século XXI: acesso aos vídeos e textos



Assista aos vídeos das intervenções e às comunicações apresentadas no Congresso Internacional Marx em Maio, perspectivas para o séc. XXI clicando no link abaixo:



O Congresso Internacional Marx em Maio, perspectivas para o séc. XXI, organizado pelo Grupo de Estudos Marxistas, aconteceu na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa nos dias 3, 4 e 5 de maio de 2012. Congresso multidisciplinar, incluindo participantes das áreas da filosofia, da história, da economia, da geografia, das ciências naturais, das artes plásticas, da política e do mundo sindical, teve como fio condutor a atualidade e fertilidade do pensamento marxista enquanto instrumento fundamental de análise crítica. Num contexto de crise generalizada, pautada pela desconsideração do papel da racionalidade, da teoria e da cultura como elementos fundamentais de transformação, individual e coletiva, o Congresso Marx em Maio procurou contribuir para o aprofundamento de problemáticas centrais dos nossos dias e para o estímulo de um pensamento  científico guiado por uma racionalidade crítica e dialética.



PARTICIPE: Leia e assine o manifesto Brasil com Chávez

Assine aqui: http://www.manifestolivre.com.br/ml/exibir.aspx?manifesto=brasilestacomchavez



Brasileiros com Hugo Chávez 


(por uma América Latina livre e soberana combatendo as injustiças sociais) 






Hugo Chávez foi eleito presidente da Venezuela pela primeira vez em 1999, com votação esmagadora. E assim contribuiu de maneira clara para que fosse iniciada em toda a América Latina uma onda de mudanças, em franca oposição às políticas neoliberais que na época eram aplicadas nos países da região. Sua chegada à presidência venezuelana coincidiu, no impulso dessa onda transformadora, com a etapa da eleição de muitos presidentes democráticos e progressistas em seus respectivos países, entre eles Luis Inácio Lula da Silva no Brasil. 




A chegada dessa leva de presidentes foi decisiva para que fosse congelado o projeto de subordinação de nossas economias aos ditames dos Estados Unidos. Vale recordar a importância de ter sido barrado o plano de criar a ALCA - Aliança para o Livre Comércio das Américas -, conforme desejo dos Estados Unidos, e em seu lugar terem surgido associações regionais, como a UNASUL (União das Nações da América do Sul). Pela primeira vez em muitíssimo tempo a América Latina começou a dialogar consigo mesma, buscando caminhos próprios e de interesse comum, e não de interesses alheios. Vale recordar a importância de alguns líderes regionais para que esse avanço acontecesse - entre eles, e com papel de destaque, Hugo Chávez. 




Além do mais, ao longo desses 13 anos foram iniciadas, na grande maioria dos países latino-americanos, políticas públicas destinadas a tirar as pessoas da pobreza absoluta, do analfabetismo, do abandono, e foram criados programas sociais para melhorar sensivelmente as condições de vida da população. 




Passado esse tempo, com a Venezuela vivendo plenamente seu processo de transformação, voltam a se confrontar no país - como, aliás, é próprio das democracias - dois projetos nacionais. 





Um deles é uma clara volta ao nefasto passado de subordinação aos interesses do grande capital global, ávido por controlar suas riquezas minerais, especialmente o petróleo. Outro é o da continuidade, do aperfeiçoamento e do aprofundamento de uma política de integração continental e da busca de solução para os problemas real dos venezuelanos e dos latino-americanos. 




Não há, na história da Nossa América, um chefe de governo que tenha se submetido tantas vezes aos desígnios da população, através de eleições livres, referendas e plebiscitos. 




O grande capital global, com os Estados Unidos à cabeça, tentou de tudo para impedir que Hugo Chávez fosse submetido apenas à vontade da maioria dos venezuelanos. Para impor seus próprios interesses, fomentou um golpe de estado, alimentou conflitos com a Colômbia, estimulou a sabotagem interna. 




Agora, o esforço está concentrado na figura de um político jovem, Henrique Capriles, que se anuncia como arauto de uma nova época, e promete um governo progressista. Esse é o mesmo Henrique Capriles que teve participação ativa no golpe de Estado de abril de 2002, que mantém vínculos estreitos com as multinacionais ávidas por se apoderar da terceira maior reserva de petróleo do mundo, é íntimo do grande capital venezuelano, que conta com a firme articulação dos meios de comunicação mais retrógrados do continente, especializados em esconder as conquistas do povo da Venezuela. É clara de toda clareza a diferença entre um projeto e outro. 




As eleições presidenciais da Venezuela têm uma importância que ultrapassa as fronteiras do país: o resultado poderá ter efeitos em toda a América Latina. 




Por isso nós, trabalhadores da cultura, integrantes de movimentos sociais, de sindicatos, enfim, nós, brasileiros, dizemos: 




Se fôssemos venezuelanos, votaríamos em Hugo Chávez, para que dê continuidade ao seu projeto de país, corrija suas deficiências e continue a empenhar seus melhores esforços em atender as verdadeiras necessidades e as esperanças mais profundas do seu povo. 




O BRASIL ESTÁ COM CHÁVEZ! 







OBRA DE NELSON WERNECK SODRÉ VAI PARA DOMÍNIO PÚBLICO


sábado, 28 de julho de 2012

Curso Livre Marx-Engels



Curso Livre Marx-Engels

A Boitempo Editorial, em parceria com o Centro de Pesquisas 28 de Agosto e o Sindicato dos Bancários de São Paulo, promove em 2012 a terceira edição do "Curso Livre Marx-Engels". As aulas – ministradas por alguns dos mais importantes acadêmicos do Brasil – serão baseadas nos livros editados pela Boitempo e abertas a todos os interessados em ler e estudar a colossal obra desses dois filósofos.

Os professores participantes são: Alysson Mascaro, Antonio Carlos Mazzeo, Antonio Rago, Arlene Clemesha, Emir Sader, José Paulo Netto, Mario Duayer, Michael Löwy e Ruy Braga.

O curso discutirá os 15 livros da coleção Marx-Engels. Os encontros, realizados aos sábados, terão duração de 6 horas, divididos em duas aulas, uma no período da manhã e outra à tarde. As aulas acontecem a partir do dia 18/08 até 22/09, com apenas um recesso no dia 08/09.

As inscrições acontecerão entre o dia 1º e 13 de agosto pelo Blog da Boitempo. Mais detalhes sobre o processo e o formulário de inscrição serão postados no blog no dia 1º pela manhã. As vagas são limitadas. Haverá emissão de certificados.


quinta-feira, 26 de julho de 2012

Plano Brasil Maior, pra quem?


Os obstáculos ao desenvolvimento industrial soberano no Brasil são de natureza estrutural e isso não se resolverá “enxugando gelo” com medidas paliativas



Nos últimos dias o governo Dilma priorizou aprovar no Congresso Nacional as medidas provisórias que garantem a efetivação do Plano Brasil Maior, que objetiva impulsionar o crescimento da atividade industrial. Não há dúvida de que a estruturação de uma indústria nacional forte e soberana é fundamental para que o Brasil consiga consolidar uma etapa de crescimento econômico que deixe nosso país menos exposto aos efeitos da crise internacional do capitalismo.

O Brasil Maior surge exatamente num contexto de crise da indústria brasileira. O melhor termômetro é a análise da situação da indústria de transformação que engloba a extensa cadeia industrial, que transforma matéria-prima em bens de consumo ou em produtos e máquinas utilizadas por outras indústrias. No ano de 2011 o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,7%. A participação da indústria de transformação na composição deste PIB foi de 14,6%, o menor percentual desde 1956 quando a indústria de transformação teve uma participação de 13,8% do PIB. Mas isso é só a ponta do iceberg, os obstáculos ao desenvolvimento industrial soberano são de natureza estrutural e isso não se resolverá “enxugando gelo” com medidas paliativas.

O desenvolvimento de uma indústria nacional soberana, ou seja, pautada pelos interesses do povo brasileiro, pressupõe um Estado planejador e indutor da política industrial. Pressupõe também uma evolução industrial fundada em tecnologias que sejam ao mesmo tempo de ponta e nacionais. Isto proporcionaria uma boa produtividade e competitividade. Precisamos romper com a lógica de sermos meros montadores de produtos industriais de multinacionais. Neste sentido, pesados investimentos em ciência e tecnologia são fundamentais. Nosso país deveria investir 10% do PIB em educação. Além disso, uma política industrial digna do povo brasileiro deve ser ambientalmente sustentável.

Uma industrialização soberana pressupõe ainda uma política agrícola em consonância com a política industrial. A Reforma agrária é fundamental para subsidiar a indústria com matérias primas em abundância (baixando os custos de produção), gerar milhões de empregos e construir um mercado interno forte. A combinação de tecnologia ao mesmo tempo nacional e de ponta com um ousado programa de reforma agrária (que contemple o desafio da agroindústria) proporcionaria ganhos de produtividade sufi cientes para que os trabalhadores pudessem conquistar salários nas indústrias bem mais dignos que os atuais. A ausência de reforma agrária potencializou o êxodo rural e, consequentemente, o aumento do exército industrial de reserva, reduzindo o preço da força de trabalho.

Foi esta via conservadora que a classe dominante utilizou para reduzir os custos de produção. Formou-se um ciclo vicioso onde o empresariado trocava a moeda nacional pelas divisas provenientes do setor agroexportador para importar máquinas e tecnologia defasada, reforçando sua associação dependente da burguesia internacional. Portanto, se beneficiavam com esse modelo concentrador de renda diversas frações de classe.

O desenvolvimento desigual e combinado do capitalismo, principalmente na sua fase imperialista, impede o pleno desenvolvimento de uma industrialização soberana em todo o planeta. Por isso, todos estes desafios devem estar dentro de um projeto político de natureza popular, de longo prazo e que contemple outras reformas na sociedade. Nenhuma, ou quase nenhuma destas tarefas estruturais postas pelo desafio da industrialização soberana estão contempladas no Plano Brasil Maior.

O empresariado brasileiro sempre foi profundamente dependente do Estado. Nossa história demonstra que o estatismo das elites brasileiras é conservador, pois não contempla o papel do Estado na ampliação da cidadania social e política. Na verdade é tão conservador que chega a ser um antiestatismo. O Plano Brasil Maior reafirma esta característica estrutural do empresariado brasileiro. Prova disso é que no plano predomina um conjunto de medidas pautadas na desoneração da folha de pagamentos, redução de impostos e crédito abundante a longo prazo se configurando quase numa doação do Estado. São em torno de 45 bilhões de reais. Tudo isso ornamentado pelo discurso conservador da redução do “custo Brasil”. O empresariado brasileiro não hesitará em adotar medidas que intensificarão a exploração da força de trabalho.

O Plano Brasil Maior poderá impulsionar o crescimento da atividade industrial brasileira, favorecendo o crescimento da economia e protegendo melhor o país da crise. E isto é importante. Mas não resolverá os problemas estruturais que poderiam garantir uma industrialização soberana para o Brasil. Por enquanto, ainda está na agenda do governo uma absurda meta de superávit primário que impede tanto o aumento no curto prazo da taxa de investimentos do Estado (para pelo menos 25% do PIB) como potencializar os investimentos em políticas sociais e reformas estruturais na sociedade. Somente uma nova correlação de forças favorável aos trabalhadores pode resolver esse impasse.


Expressão Popular: A reflexão marxista sobre os impasses do mundo atual




A reflexão marxista sobre os impasses do mundo atual

Autor: Milton Pinheiro (org.)

Número de páginas: 376

Editora: Outras Expressões

Categoria: Política




A dinâmica e complexidade da luta de classes sempre nos coloca novos desafios políticos. Seja em nosso território brasileiro, e muito mais a nível internacional.

Desde 2008, vivemos uma grave crise econômica mundial, gestada no centro do sistema e estendida a todos os países, que traz consequências políticas e sociais para o conjunto da população, para a classe trabalhadora e para os mais pobres.

As classes dominantes buscam se organizar. Nas outras crises estruturais do capitalismo sempre usaram a destruição do capital instalado e da força de trabalho, para abrir um novo ciclo de acumulação. Agora, apelam para os Estados, para salvá-los; em algumas regiões mais disputadas, seguem usando a força bruta; se utilizam de sua hegemonia nas universidades e na mídia para pregar seu pensamento único e esconder que o “rei está nu!”

Seus porta-vozes de plantão – economistas, sociólogos, cientistas políticos, jornalistas e papagaios em geral, tentam todos os dias, sem sucesso, explicar e prever os desdobramentos desta crise.

Mas o mundo não para, e em diversos países, a classe trabalhadora começa a reagir aos efeitos da crise, veja-se, os casos de Portugal, Espanha e Grécia, e mesmo os protestos juvenis, na Inglaterra, Estados Unidos, e também na periferia do sistema.

A organização e mobilização dos trabalhadores é a única arma no combate à ofensiva do capital. Entretanto, para uma ação efetiva é necessário uma correta compreensão da dinâmica da luta de classes. É nesta perspectiva que o conjunto de ensaios que compõe este livro surge como uma contribuição importante para compreendermos as causas e os possíveis desdobramentos da crise atual do capitalismo.

A reflexão marxista sobre os impasses da atualidade reúne intelectuais marxistas de diversas áreas do conhecimento e aborda um amplo espectro de temas que passam pela questão econômica, social e política que contribuirá para o conjunto das organizações de esquerda compreender a realidade que vivemos para transformá-la.

Um bom estudo para todos/as.

João Pedro Stédile



Nem sempre o saber liberta!!!!


FORMAÇAO ESPACIAL BRASILEIRA - Uma contribuição crítica á geografia do Brasil.


SINOPSE:


Analisa-se neste livro as formas passadas e presentes de relação sociedade-espaço no Brasil, vista esta relação à luz do que na década de 1970 chamou-se materialismo histórico e geográfico, um modo de resolver-se no âmbito do materialismo histórico a subalternação do espaço diante do tempo na teoria social e incorporar-se o espaço à teoria do conhecimento e das ações de transformação do mundo que todo conhecimento pleiteia. È assim que acompanha-se a forma como a sociedade brasileira modela seus arranjos geográficos em diferentes momentos e retroativamente se sobredetermina e se regula em suas tensões e conflitos estruturais no tempo por meio deles. Esse enfoque dando subsídios para o enfrentamento analítico que se espera de uma análise crítica de geografia à diversidade das questões – das econômicas às culturais, ambientais e políticas – do presente , para as quais se voltam homens e mulheres no Brasil neste momento conturbado de começo de século.


SOBRE O AUTOR:



Ruy Moreira é professor do quadro permanente do Programa de Pós-Graduação de Geografia da Universidade Federal Fluminense (UFF) e professor-bolsista dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação em Geografia da Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FFP-UERJ). È graduado e mestre em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutor em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).  

MAIS INFORMAÇÕES: LIVRARIA CONSEQUÊNCIA

quarta-feira, 25 de julho de 2012

CINECLUBE ABI-CAL APRESENTA "FIDEL" NA ABI-RJ



Cineclube ABI em parceria com o Cineclube da Casa da América Latina, apresentam:

Fidel
Direção de Estela Bravo 
2001 
Documentário 91 min.
Legendas em português
  

27 de julho
quinta-feira
a partir das 18h30


na ABI
(Associação Brasileira de Imprensa)
Rua Araújo Porto Alegre, 71 - 7° andar
Centro (próx. ao metrô Cinelândia)


Sinopse:  
O filme Fidel é de Estela Bravo, considerada uma das melhores cineastas do momento atual. Mexicana, radicada em Cuba, Estela tem dado grande contribuição à divulgação da Revolução Cubana com seus filmes e documentários sobre o tema. 

Muito bem recebido pela crítica e pelos conhecedores do cinema latino-americano, o filme aborda atividades de Fidel no período pré-revolucionário e destaca eventos da maior importância sobre o avanço dos revolucionários cubanos até sua entrada triunfal em Havana, em 1º de janeiro de 1959; e também enfoca vitórias e conquistas da Revolução Cubana.

A obra resgata a história da Revolução Cubana e aspectos da vida de Castro através de seu relato pessoal e depoimentos de personalidades como o Prêmio Nobel, jornalista e escritor Gabriel García Márquez, Sydney Pollack, Ted Turner e Muhammed Ali. 

Imagens exclusivas dos arquivos do Estado cubano revelam momentos de intimidade de Fidel ao lado do amigo Nelson Mandela, ou comemorado o aniversário com os músicos do grupo Buena Vista Social Club.


O papel dos jornalões durante a ditadura no Brasil (por CarlosLatuff)

segunda-feira, 23 de julho de 2012

VII Colóquio Internacional Marx-Engels - 24 a 27 de julho de 2012




MAIS INFORMAÇÕES: CEMARX



Capitalismo: crises e resistências - Lançamento com o selo Outras Expressões da Editora Expressão Popular




O marxismo tem hoje uma presença significativa na instituição universitária brasileira. O fenômeno não é tão antigo. A universidade começou a abrir as suas portas para o marxismo – e de maneira comedida e recalcitrante – apenas na segunda metade do século passado. De lá para cá, criou-se uma situação nova no mundo acadêmico e estimulou-se um tipo de produção intelectual até então desconhecida no Brasil. Jovens pesquisadores marxistas passaram a produzir suas dissertações e teses tomando por objeto os temas mais variados nas áreas de sociologia, economia, política, cultura, educação e outras. Surgiram grupos de estudos marxistas em todas as associações nacionais de pesquisa e de pós-graduação, multiplicaram-se as publicações periódicas que procuram desenvolver e aplicar o marxismo na análise do Brasil e do capitalismo contemporâneo e consolidaram-se os eventos que reúnem pesquisadores marxistas em inúmeras cidades do Brasil. O Colóquio Internacional Marx e Engels, que vem sendo organizado pelo Centro de Estudos Marxistas (Cemarx) da Unicamp desde 1999, tem sido um dos focos de estímulo e de convergência dessa grande e variada produção. Capitalismo: crises e resistências reúne, justamente, alguns trabalhos apresentados na sexta edição do Colóquio Internacional Marx e Engels realizado em 2009.
O marxismo é uma teoria abrangente e ramificada em tradições diversas. Este livro contém uma boa amostra da produção marxista contemporânea. Contempla a crise do capitalismo, a discussão sobre o socialismo no século XXI, a resistência dos trabalhadores, a cultura, a educação e alguns temas teóricos caros ao marxismo. É diverso, polêmico e estimulante. Descortinará, para o leitor, temas e teses para reflexão e aprofundamento e permitirá uma avaliação, ainda que parcial, do quanto os marxistas têm logrado desenvolver e renovar o marxismo, valendo-se do espaço institucional propiciado pela universidade.
Os pioneiros do marxismo brasileiro, grandes intelectuais comunistas, como Octávio Brandão, Astrogildo Pereira, Mário Pedrosa, Caio Prado Júnior, Nelson Werneck Sodré, Jacob Gorender e outros produziram seus trabalhos fora da universidade e vinculados ao movimento comunista do século XX. Deixaram-nos a sugestão de grandes linhas para a interpretação do capitalismo que se formou no Brasil. Ao ler este livro, o leitor poderá, de maneira desafiadora, se perguntar como é que a presente geração de marxistas tem contribuído para o movimento socialista do século XXI e para o enriquecimento da cultura nacional.



Algumas diferenças de termos do português de Portugal para o nosso.

Como o português não é uma língua falada apenas no Brasil, as variações das palavras são inevitáveis. Confira no quadro abaixo uma amostra da diversidade linguística.



"Não se vira uma página que ainda não foi lida."


domingo, 22 de julho de 2012

Espanha: o que a mídia não mostra



Espanha: Protestos em todo o país e confrontos em Madrid e Barcelona





Esta quinta-feira verificaram-se em mais de 80 cidades espanholas grandes protestos contra as medidas do Executivo de Mariano Rajoy. Os manifestantes classificaram os cortes salariais e os aumentos de impostos como "roubo".

Estas foram as mais recentes e maiores ações de protesto de uma série que se tem prolongado, quase diariamente, ao longo do mês.

"Quando começou a crise baixaram-nos o salário. Entendemos que tínhamos de fazer um esforço e não protestámos. Mas parece que é sempre contra nós, e que somos nós os responsáveis por toda a situação atual. Como não nos parece justo, protestamos", disse em Madrid uma funcionária das finanças.

"Os políticos deviam pensar um pouco nos seus salários, prémios e viagens. As grandes fortunas também deviam ser prejudicadas, não devia ser só os funcionários públicos, que trabalham muito, têm direitos restritos e raramente são aumentados",
reclamou um manifestante em Barcelona.

Apesar do resgate europeu à banca espanhola,
subsistem as preocupações com a capacidade de endividamento do país que se confronta com uma taxa de desemprego de 24 por cento.

As maiores manifestações registaram-se em Madrid e Barcelona onde ao início da noite se verificaram confrontos com a polícia.