domingo, 1 de julho de 2012

MÉXICO REBELDE: OS HERDEIROS DE ZAPATA






Milhares de jovens mexicanos tomaram cidade do México na noite de sábado,véspera da eleição. Em vigília silenciosa, acenderam uma vela pela democracia dirigindo-se ao prédio da Televisa,   (http://www.guardian.co.uk/media/2012/jun/26/escandalo-medios-televisa-candidato-pri), protegido por tropas policiais. A simbologia do ato reflete a principal novidade da eleição que decide a sucessão de Felipe Calderón. Independente do resultado das urnas, a rebelião da juventude mexicana contra a manipulação midiática   sugere a emergência de uma cidadania que não aceita mais ser tutelada em seu discernimento nem fraudada no seu voto. Direto do México, Eduardo Febbro, ouviu  integrantes desse sopro de ar fresco no viciado sistema político local. O movimento criou um canal próprio de TV para cobrir o pleito e discutir temas da campanha com os candidatos e com os eleitores, o canal 131. "Nosso movimento partiu de um vídeo feito por 131 alunos da Universidade Iberoamericana. Só quisemos dizer: "quero usar meu direito de resposta, não preciso (mais) enviar uma carta aos editores. A democratização dos meios de comunicação vai muito além desta conjuntura eleitoral. O problema central no México não está no fato de que os meios de comunicação e o poder político sejam cúmplices, mas sim que são a mesma coisa. Por isso, não temos uma democracia real. " 



LEIA AS REPORTAGENS A SEGUIR:

Uso propagandístico de pesquisas marcou campanha no México

O processo eleitoral em curso foi marcado pelo uso das pesquisas como um mecanismo de proselitismo. De outubro a junho foram difundidas ou reproduzidas 3.441 peças vinculadas a diversas sondagens. Além disso, o processo transcorreu em meio a acusações de compra e coação de voto. Neste contexto, considerando o volume de votantes, haverá cinco regiões chave para o resultado, entre as quais se destacam como as duas primeiras, o estado do México, de onde surgiu Peña Nieto, e o Distrito Federal, que já foi governado por López Obrador.

La Jornada


#YoSoY 132, a rebelião contra a manipulação midiática no México

Se o movimento estudantil mexicano se definiu claramente contra o representante do PRI, Enrique Peña Nieto, sua irrupção na cena política foi muito mais além da disputa pela presidência. #YoSoY 132 instaurou um espaço de debate e diálogo que soube liberar-se da camisa de força tradicional com que os meios de comunicação do sistema oficial envolvem as sociedades. Por meio da internet e das redes sociais #YoSoY 132 criou um canal paralelo de discussão e de crítica global ao Estado mexicano que não tem precedentes no país. A reportagem é de Eduardo Febbro.

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