No programa da última quinta-feira (16), Nathalia
Watkins disse que em Cuba “o povo continua sofrendo, miserável, com
fome”. Leonardo Padura, um dos principais nomes da Flip deste ano,
respondeu à altura:
“Em Cuba, é certo que há pobreza, não posso negar. Mas não acho que em Cuba alguém morra de fome. Em Cuba, ninguém morre de fome. De uma forma ou de outra, as pessoas comem e têm um teto. Há mais gente na rua em um quarteirão aqui de São Paulo do que em toda Cuba”
Por Redação
Convidado do programa Roda Viva Internacional, da TV Cultura, na
última quinta-feira (16), o escritor cubano Leonardo Padura, um dos
principais nomes da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) deste
ano, rebateu pergunta maldosa feita pela repórter Nathalia Watkins, da
revista Veja.
Padura falava sobre o fato de que, por ser cubano, estaria
“condenado” a falar sobre política sempre.”Não acha que não é até uma
omissão não se manifestar politicamente? Porque não sei, estive
recentemente em Cuba e fiquei bastante tocada pela situação e sofrimento
do povo cubano, enquanto está todo mundo noticiando uma abertura
política, é mentira, não tem abertura nenhuma, o povo continua sofrendo,
miserável, com fome”, afirmou a jornalista.
Foi então que o escritor respondeu à altura. “Uma das coisas que
tento evitar sempre, quando me perguntam sobre as realidades de um país
que visito, é dar minha opinião. Porque uma realidade só pode ser
conhecida por quem participa dela, vive nela. Em Cuba, é certo que há
pobreza, não posso negar. Mas não acho que em Cuba alguém morra de fome.
Em Cuba, ninguém morre de fome. De uma forma ou de outra, as pessoas
comem e têm um teto. Há mais gente na rua em um quarteirão aqui de São
Paulo do que em toda Cuba”, declarou. “Faço a minha representação da
realidade social cubana no meu trabalho como escritor. O faço no cinema,
no jornalismo e na literatura. Essa é minha função, esse é meu
trabalho, o trabalho que faço.”
Confira (do 44’20″ em diante):
FONTE: Portal Fórum
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