domingo, 31 de agosto de 2014

Falta de água é culpa do governo de SP, afirma relatora da ONU

LUCAS SAMPAIO
DE CAMPINAS



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Relatora das Nações Unidas para a questão da água, a portuguesa Catarina de Albuquerque, 44, afirma que a grave crise hídrica em São Paulo é de responsabilidade do governo do Estado. "E não sou a única a achar isso."

Ela visitou o Brasil em dezembro de 2013, a convite do governo federal.

De volta ao país, ela falou com a Folha na semana passada em Campinas, após participar de um debate sobre a crise da água em São Paulo.

A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) nega que faltem investimentos e atribui a crise à falta de chuvas nos últimos meses, que classifica como "excepcional" e "inimaginável".


A seguir, trechos da entrevista àFolha.

Relatora das Nações Unidas para a questão da água, Catarina de Albuquerque


*

Folha - Que lições devemos tirar desta crise?

Catarina de Albuquerque -Temos de nos planejar em tempos de abundância para os tempos de escassez. E olhar para a água como um bem precioso e escasso, indispensável à sobrevivência humana.

Em Singapura, no Japão e na Suíça, a água do esgoto, tratada, é misturada à água comum. É de excelente qualidade. Temos de olhar o esgoto como recurso.


No caso de São Paulo, acha que faltou ao governo do Estado adotar medidas e fazer os investimentos necessários?

Acho que sim, e não sou a única. Já falei com vários especialistas aqui no Brasil que dizem exatamente isso. Admito que uma parte da gravidade poderia não ser previsível, mas a seca, em si, era. Tinha de ter combatido as perdas de água. É inconcebível que estejam quase em 40%.


A água deveria ser mais cara? Há modelos de cobrança mais adequados do que o atual?

A prioridade tem de ser as pessoas. Quem usa a água para outros fins tem mais poder que os mais pobres, que têm de ter esse direito garantido.


Em muitos países, a água é mais cara para a indústria, a agricultura e o turismo, por exemplo. Deveria haver também um aumento exponencial do preço em relação ao consumo, para garantir que quem consome mais pague muitíssimo mais.

Que exemplos poderiam inspirar os governos?

Os EUA multam quem lava o carro em tempos de seca; a Austrália diz aos agricultores que não há água para todos em situações de emergência; e no Japão há sistemas de canalização paralela para reutilizar a água.


Qual é a importância de grandes obras como a transposição do rio São Francisco ou o sistema Cantareira?

Por várias razões, há uma atração pelas megaobras nos investimentos feitos em água e esgoto, não só no Brasil. Mas elas, muitas vezes, não beneficiam as pessoas que mais precisam de ajuda. Para isso são necessárias intervenções de pequena escala, que são menos "sexy" de anunciar. 


FONTE: Folha de São Paulo, 31 de agosto de 2014.



sábado, 30 de agosto de 2014

O Cavaleiro da Esperança, Portinari e o menino Roberto


UMA CASA NO COSME VELHO

A mãe disse: “Vai lá, filho!”
Subiu a ladeira do Cosme Velho,
parou no número 343.
Era a casa de Portinari,
imponente, no ano de 1948.
O menino tinha dez anos.

Portinari, no alto da escada,
com a palheta e  o pincel nas mãos,
pintava o Painel de Tiradentes,
que ocupava três paredes do aposento.
A quarta era de vidro transparente
como a alma do pintor.

O olhar do menino, puro espanto.
De repente se fixou nos pés,
pés enormes, pintados na tela.
Por que pés tão grandes? Indagou.
É a imagem de um lavrador,
inchados de tanto trabalho e dor.

Deteve-se na figura que pintava:
a corda no pescoço de Tiradentes.
Perguntou: “Não acha parecido com seu tio,
o Cavaleiro da Esperança, minha inspiração?
A Coluna Prestes e a Inconfidência estão na minha mente.
Ambas lutaram pelo nosso país.”


Cada tempo é um momento
e este ficou na memória
do menino diante do monumento,
gravado também na História,
como o episódio da Inconfidência Mineira,
feito por este pintor do povo brasileiro.
(Como Tiradentes feito Prestes
na  poética do pintor do Cosme Velho.)


Pronto, o Painel foi para Cataguases,
no estado de Minas Gerais.
Hoje, está numa posição de destaque
no Memorial da América Latina.
Este pintor que colocava na pintura a poesia
adorava o bairro em que vivia.
Aprendemos com a palheta de Portinari
as várias cores da liberdade.

Nota: Este episódio é verídico. Aconteceu com meu
marido, Roberto Nicolsky, sobrinho de Luiz Carlos Prestes.

Sylvia Grabois (agosto de 2014)



Brasil : Marina Silva e seu "mundo encantado"


"Mais grave do que a ambiguidade governamental diante da ofensiva da direita foi a inação da direção do PT. Ela não só deixou de mobilizar a militância para travar uma batalha constante contra a criminalização e a judicialização da política, como permitiu que o partido fosse confundido, por grande parte da massa do povo, com todos os demais. Não se empenhou em manter relações e debates francos com os movimentos sociais, e permitiu que as bases partidárias se dissolvessem e perdessem seus laços de ligação com as grandes camadas populares da população. Isto, mesmo depois que as manifestações de junho de 2013 demostraram a existência desse fosso e a perda de influência do PT.
Nessas condições, as previsões sobre um cenário de segundo turno parecem se tornar realidade. Porém, numa situação em que Dilma e o PT podem se confrontar contra uma nova polarização da direita em torno de Marina, apoiada pelo conjunto da burguesia, grandes parcelas da pequena-burguesia e, também, de setores populares descontentes. Um cenário que muitos consideravam impossível de concretizar-se."

É preciso dizer explicitamente que combater a inflação aumentando os juros e o câmbio, segurando o crescimento e aumentando o desemprego, como fez o governo FHC que Marina quer imitar, é muito fácil. Mas extremamente destrutivo e doloroso tanto para milhares de empresas que quebraram, quanto para milhões de trabalhadores que ficaram no desemprego durante mais de uma década. Além do fato de que FHC entregou o governo com uma inflação superior a 12%, o dobro da atual.



Menos propaganda, muito mais agitação

Por Wladimir Pomar


Quanto mais nos aproximamos de outubro de 2014, mais a campanha presidencial se parece com as de 1960 e 1989, embora com nuances ainda mais tenebrosas. Como naquelas ocasiões, temos agora uma candidatura que se apresenta como algo “novo”, defensora de uma “nova política” para “unir o Brasil”.Não há nisso qualquer novidade. O Brasil já viveu as tragédias de Jânio Quadros e Collor de Mello.

Ambos esgrimiram a “varredura da corrupção” e a “caça aos marajás”. Deblateraram contra os “desmandos na economia” e contra a “lógica da velha política”. Nada diferente da cartilha professada por Marina. Ela não chega a acusar o PT de pretender realizar o confisco das poupanças. Mas o acusa de ser “refém da velha república”, de aplicar a “lógica de dividir o Brasil” e de não querer enxergar “as coisas boas dos governos anteriores”. E garante, com a mesma languidez do estelionatário que confiscou a poupança dos brasileiros em 1990, que “só cumprirá um mandato”.

Ela promete “governar com os melhores que estão no banco de reservas” e ter uma “agenda de prioridade para todos”, como se isto fosse possível. No entanto, ao contrário do suposto defensor dos “descalços” e “descamisados” de 1989, que fingiu combater o empresariado até o último minuto da campanha, Marina acha dispensável tal fingimento. Certa de que cativou os votos dos descontentes de junho de 2013, ela já sinalizou que é a candidata do mercado financeiro. Em sua agenda de prioridades estão a autonomia do Banco Central, e a adoção dos parâmetros do Plano Real de FHC, que teriam “reequilibrado a economia”.

Além disso, numa virada espetacular, como na “velha política”, ela rapidamente passou a ter uma “visão mais positiva” sobre o agronegócio e sobre as diversas “viabilidades” energéticas. E afirma categoricamente que não dará prioridade ao pré-sal, um tiro certeiro na rentabilidade da Petrobras, no esforço para reindustrializar o país,e na expectativa de garantir mais recursos para a saúde e a educação.

Marina também afirmou que a sociedade determinará os “melhores” com os quais governará. No entanto, mesmo antes de “ouvir a sociedade”, ela já colocou Jarbas Vasconcelos, Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Heráclito Fortes, os Bornhausen, Lara Rezende, Giannetti da Fonsecae outras figuras na lista dos tais “melhores”. Todos figurascarimbadas da “velha república”.

Em outras palavras, estamos diante de um novo estelionato eleitoral. Da mesma forma que em 1960 e 1989, a chamada “nova política” de Marina se volta contra a maior parte do povo brasileiro e contra a esquerda política. Não só contra o PT, mas contra todas as correntes que têm no socialismo uma perspectiva de futuro. Além disso, da mesma forma que Collor atacava Sarney e os candidatos da direita para transformar-se no novo polo de poder, ela se volta também contra o PSDB. Isto, embora defendendo os mesmos pontos programáticos dessa “socialdemocracia” que capitulou ao neoliberalismo no início dos anos 1990.

O grande trunfo do “marinato”, capaz de fazer com que a parcela da grande burguesia que ainda vacila entre ela e o tucanato,é sua pretensa capacidade de ser a única capaz de derrotar o “PT chavista”. Nessas condições, não é um cenário despropositado supor que o conjunto dessa burguesia abandone Aécio e o PSDB à própria sorte e descambe em bloco paragarantir a vitória da “terceira via marinista”. E que uma parte do próprio PSDB e de seus aliados deixe o neto de Tancredo Neves falando sozinho. 

As burguesias nativa e a estrangeira presentes no território brasileiro já vêm, há algum tempo, aplicando um programa de paralisação da economia de modo a justificar os ataques da direita política ao suposto fracasso da política econômica de Dilma. Num passe de mágica, nos meses recentes, os investimentos congelaram, os créditos bancários minguaram, os juros subiram, e os índices de crescimento caíram. E, apesar da inflação continuar dentro da meta, não há um dia sequer em que a mídia e os candidatos da direita repitam, à exaustão, que a inflação está fora de controle. Essa é a munição que Marina encampou com muito maior vigor do que Aécio e Campos, credenciando-se a exercer o mesmo papel que Collor desempenhou em 1989: derrotar o PT.

Em grande medida, a política do governo Dilma facilitou essa situação, por não haver enfrentado, como deveria, o programa de paralisação econômica e política da burguesia, nem a necessidade de acelerar as mudanças estruturais indispensáveis para manter o país em crescimento econômico e social. Sua atitude de concessões e conciliação, ao invés de arrefecer a decisão da burguesia, a acentuou.

Para agravar esses problemas de natureza econômica, social e política, o governo se tornou um marasmo comunicativo. Não só deixou de responder aos constantes ataques e desinformações sobre obras paralisadas etcetcetc, mas também sequer aproveitou sucessos evidentes, como o programa Mais Médicos e a Copa. A batalha da propaganda, ou da comunicação, foi perdida mesmo nas vitórias incontestáveis do governo.

Mais grave do que a ambiguidade governamental diante da ofensiva da direita foi a inação da direção do PT. Ela não só deixou de mobilizar a militância para travar uma batalha constante contra a criminalização e a judicialização da política, como permitiu que o partido fosse confundido, por grande parte da massa do povo, com todos os demais. Não se empenhou em manter relações e debates francos com os movimentos sociais, e permitiu que as bases partidárias se dissolvessem e perdessem seus laços de ligação com as grandes camadas populares da população. Isto, mesmo depois que as manifestações de junho de 2013 demostraram a existência desse fosso e a perda de influência do PT.

Nessas condições, as previsões sobre um cenário de segundo turno parecem se tornar realidade. Porém, numa situação em que Dilma e o PT podem se confrontar contra uma nova polarização da direita em torno de Marina, apoiada pelo conjunto da burguesia, grandes parcelas da pequena-burguesia e, também, de setores populares descontentes. Um cenário que muitos consideravam impossível de concretizar-se.

É possível reverter tal quadro. Porém, para isso, será necessária uma forte inflexão do PT e de sua candidata à esquerda, tendo em vista: a) consolidar seu apoio nas camadas populares; b) reconquistar os setores populares descontentes; c) ganhar parcelas importantes da pequena-burguesia; d) atrair ou neutralizar os setores da burguesia que se opõem à hegemonia do sistema financeiro e das corporações monopolistas e oligopolistas.

É lógico que uma das premissas para essa inflexão à esquerda consiste em fazer com que as generalidades da “nova política” de Marina se confrontem com a realidade. Isto é, com a realidade de suas propostas econômicas neoliberais; de suas alianças com raposas da “velha política”; do abandono de seu discurso ecológico contra o agronegócio, os transgênicos e as hidrelétricas; e de sua postura cada vez mais conservadora e raivosa diante da luta de classes que atrapalha seu discurso de “união de todos” sob sua direção messiânica.

Mas isso não basta. É preciso dizer explicitamente que combater a inflação aumentando os juros e o câmbio, segurando o crescimento e aumentando o desemprego, como fez o governo FHC que Marina quer imitar, é muito fácil. Mas extremamente destrutivo e doloroso tanto para milhares de empresas que quebraram, quanto para milhões de trabalhadores que ficaram no desemprego durante mais de uma década. Além do fato de que FHC entregou o governo com uma inflação superior a 12%, o dobro da atual.

Difícil é combater a inflação ao mesmo tempo em que se promove o crescimento, em que são criados milhões de novos empregos, e em que se envida esforços para baixar os juros e tornar o câmbio favorável à competitividade das empresas industriais brasileiras. É nesse sentido que não basta mostrar o que Dilma fez em quatro anos de governo, nem explicar que as dificuldades econômicas resultam da crise mundial capitalista. Isto também é necessário, mas será preciso ir além.

Será preciso dizer abertamente que uma parte da burguesia brasileira é rentista, só quer viver de juros, ao invés de investir na produção industrial e agrícola. É preciso dizer francamente que o governo errou ao acreditar que essa parte da burguesia investiria na produção de bens de consumo corrente, acompanhando o aumento do poder de compra da população. E que errou ao considerar que ela toparia investir em infraestrutura com rentabilidade mais baixa do que os juros estratosféricos herdados da era FHC. É que errou ao não combater mais fortemente a crescente privatização dos transportes, da saúde e da educação, que os torna, em sua maioria, caros, de baixa qualidade, e de mau atendimento.

Para mudar isso, o “Mais Mudanças”da campanha Dilma precisará se transformar em diretivas concretas. Diretivas para combater a inflação através do aumento da produção de alimentos e de bens industriais de consumo corrente, da desoneração tributária desses produtores, da redução das taxas de juros e da administração do câmbio. Tudo no sentido de promover o desenvolvimento industrial e agrícola, a criação de novos empregos e a produção de mercadorias mais baratas.

Mas também é preciso evitar que essas diretivas sejam transformadas em explicações tediosas. Em outras palavras, apelando para o velho jargão político, chegou o momento de fazer uma campanha com menos propaganda e muito mais agitação. Ou seja, ao invés de explicar o que se pretende fazer, é fundamental dizer isso através de mensagens concisas e claras, que atinjam não apenas o cérebro, mas também o coração dos que as receberem.



sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Curadores da Bienal de SP apoiam protesto de artistas contra o patrocínio de Israel

Em nota, curadores da Bienal de SP apoiam manifesto de artistas


Os curadores da 31ª Bienal de São Paulo manifestaram apoio aos artistas que pediram que a fundação responsável pela mostra devolva o dinheiro obtido por patrocínio do Estado de Israel, recusando o financiamento do país.

Na quinta-feira (28), 55 dos 86 artistas participantes da Bienal, entre entre eles israelenses, palestinos e libaneses, enviaram uma carta aos curadores e à direção da Fundação Bienal em que manifestavam o repúdio ao apoio financeiro de Israel.

"Enquanto o povo de Gaza retorna aos escombros de suas casas destruídas pelo Exército israelense, nós achamos inaceitável receber o apoio de Israel", dizia o texto.

Agora, os curadores responderam ao manifesto e, em nota, disseram "dar apoio" aos artistas e "entender" sua posição.

"Nós acreditamos que o manifesto e o pedido dos artistas também deveria servir para começar a pensar nas fontes que financiam os grandes eventos culturais", escreveram.

Segundo eles, diversas obras participantes da 31ª Bienal abordam a luta por justiça em diferentes partes do mundo. Por isso, questionam o modelo que está sendo usado na mostra, em que os curadores têm "liberdade artística", enquanto a fundação tem "responsabilidade pelos assuntos financeiros e administrativos".

"No entanto, como consequência dessa situação, assim como em outros incidentes em eventos similares ao redor do mundo, é claro que as fontes do financiamento cultural têm impacto dramático na suposta 'independência' da curadoria e na narrativa artística de um evento. O financiamento, seja ele estatal, privado ou corporativo, fundamentalmente molda a maneira com a qual o público recebe o trabalho dos artistas e dos curadores."

Com isso, pediram que a Fundação Bienal revise seu modelo de organização e patrocínio do evento.

RESPOSTA DA BIENAL

A fundação, por sua vez, afirmou em nota oficial que se compromete a "levar ao Conselho a discussão sobre os modelos de participação e captação de recursos internacionais para a realização das mostras futuras".

Antes da divulgação do manifesto, porém, Luis Terepins, presidente da Fundação Bienal, disse à Folha que não existe a possibilidade de devolver o dinheiro —cerca de R$ 90 mil de um orçamento total de R$ 24 milhões— a Israel.

"Nós somos uma instituição plural, não tomamos partido", afirmou Terepins. "Buscamos apoio de todos sem discriminação. Esse problema que existe entre Israel e palestinos fica lá. O grande exemplo que a temos de dar é o que buscamos construir."

O cônsul de Israel em São Paulo, Yoel Barnea, disse que também estava ciente do manifesto. "A arte é uma linguagem que aproxima os povos. Mas a atitude destes artistas só cria mais distância entre eles e não é construtiva para a paz no Oriente Médio."





Dez empresas são donas de 73% das sementes de todo o mundo

Por  La Rel - UITA


Podem as grandes multinacionais agroquímicas se converterem nos donos dos alimentos que a Terra produz? Podem essas mesmas empresas transformar a natureza e suas sementes em sua exclusiva propriedade privada?


A resposta provoca espanto: Sim! Por esse motivo, a fonte dos alimentos do planeta em que vivemos está hoje em risco. Dez empresas agroquímicas são donas de 73% das sementes que existem no mercado internacional.


Devido à sua difusão em grande escala, em alguns países já desapareceram 93% das variedades tradicionais de várias sementes.


Somente no México, 1.500 variedades de milho estão em perigo de extinção, em decorrência das práticas comerciais e legais introduzidas pela Monsanto e outras nove empresas agroquímicas no mercado agrário desse país.


É duro acreditar nisso, mas estas empresas estão privatizando as origens da natureza.


A FAO afirma que essas práticas estão prejudicando a agricultura sustentável, destruindo a diversidade biológica e substituindo as variedades nativas por plantas geneticamente modificadas e vulneráveis às doenças.


Um relatório publicado pela revista National Geographic descreve este desastre:


. Em 1903, as principais variedades de milho existentes no mercado alimentar do mundo eram 307; hoje restam apenas 12 variedades.

. As de repolho eram 544; hoje restam apenas 28.
. As de alface eram 497; hoje restam apenas 36.
. As de tomate eram 408; hoje restam apenas 79
. As de beterraba eram 288; hoje restam apenas 17.
. As de rabanete eram 463; hoje restam apenas 27.
. As de pepino eram 285; hoje restam apenas 16.

Este processo de degradação da natureza é simples e ao mesmo tempo perverso. Quando uma destas multinacionais chega a um país, quase sempre amparada por uma cláusula de um tratado de livre comércio, a lógica simples da natureza é substituída por um encadeamento diabólico de procedimentos legais e comerciais, iniciado nos bancos.


A partir do momento em que a empresa agroquímica abre as suas operações comerciais em um país, os bancos se negam a financiar os camponeses que continuarem semeando as variedades tradicionais. Só dão empréstimos aos que aceitarem cultivar variedades transgênicas patenteadas.


Os bancos também não oferecem assistência técnica para quem não utilizar as suas sementes. Quando chega a época de colheita, as redes de supermercados não compram outras que não sejam as variedades de produtos transgênicos certificados com suas patentes. Depois da colheita, os agricultores não podem conservar as suas sementes.


Os contratos os obrigam a destruí-las. Para voltar a semeá-las, deverão comprar novas sementes patenteadas. Do contrário, são denunciados e submetidos a longos e onerosos processos judiciais.


Os resultados deste encadeamento asfixiante são dramáticos. Somente na Índia, milhares de camponeses se suicidaram desde 1990, e o seu número disparou até chegar a 15 mil camponeses por ano, desde 2001, pressionados por dívidas impagáveis e por embargos judiciais.


Para tragédias como estas, é importante incluir as catástrofes ecológicas provocadas pelo uso em grande escada de agrotóxicos altamente nocivos visando a controlar as pragas nos cultivos transgênicos. Um dos agrotóxicos produzidos pela Monsanto está acabando com milhões de abelhas em vários países da Europa.


Em lugar de suspenderem a venda de seus venenos, a empresa está desenvolvendo em seus laboratórios abelhas robóticas para polinizarem as plantas. Se este projeto for levado adiante, os agricultores europeus não só terão que pagar à Monsanto pelas sementes patenteadas e pelos agrotóxicos, também terão que pagar pelas abelhas...


Se o mundo continuar governado por esta lógica abusiva, as grandes multinacionais agroquímicas vão acabar patenteando como propriedade privada até o livro da Gênese, onde a Monsanto será a criadora de toda a “vida” na Terra.


Brasiliana Eletrônica UFRJ - ferramenta de difusão e democratização de conhecimentos sobre o Brasil

Apresentação na Internet da íntegra da biblioteca Coleção Brasiliana.



Textos completos de um número substancial de obras selecionadas entre as 415 que compõem a antológica coleção, publicada originalmente entre os anos de 1931 e 1993. 

No portal Brasiliana Eletrônica, esses livros são oferecidos ao público de dupla forma - como fac-símiles da primeira edição, para serem analisados na feição como vieram à luz, e como textos normalizados e de ortografia atualizada, passíveis de serem editados, selecionados, transcritos e transpostos ("recortados, copiados e colados", no jargão da informática), respeitadas as regras de citação, para estudos, textos, pesquisas e trabalhos escolares e acadêmicos que, felizmente, só fazem crescer no país.

O portal vai se constituir, assim, numa poderosa ferramenta de difusão e democratização de conhecimentos sobre o Brasil, fazendo chegar a amplas camadas da população um portentoso volume de informação e reflexão, até aqui restrito às paredes das bibliotecas.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

NOTA PÚBLICA SOBRE O PERÍODO ELEITORAL - Onde está a Reforma Agrária?

A CPT vem a público manifestar sua análise sobre o período eleitoral, o perfil e os planos de governo dos principais candidatos, trazendo como maior questionamento, “Onde está a Reforma Agrária” no futuro desses possíveis governantes?

Onde está a Reforma Agrária?

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A Diretoria e a Coordenação Executiva Nacional da Comissão Pastoral da Terra, após denunciar no início da semana passada a onda de violência que se abateu sobre os trabalhadores e trabalhadoras do campo, querem agora unir sua voz à de milhares e milhares de indígenas, quilombolas, pescadores, ribeirinhos, camponeses e camponesas e trabalhadores e trabalhadoras rurais do Brasil, que expressam sua perplexidade e descrença diante do atual quadro político-eleitoral do momento. Na realidade é frequente ouvir deles que nenhum candidato e nenhuma proposta se identifica com as suas necessidades e reivindicações
Podemos testemunhar que vem crescendo a não aceitação e uma justa revolta diante do conchavo permanente entre poderosos grupos econômicos privados, nacionais e estrangeiros, ruralistas, agroindustriais, mineradores, para ocupar e controlar cargos nas instituições públicas tanto do executivo, quanto do legislativo. Com isso objetivam influenciar leis e políticas públicas que facilitem a perpetuação do latifúndio e da grilagem, que retirem os direitos duramente conquistados pelos povos indígenas, comunidades quilombolas e outras comunidades tradicionais, e que flexibilizem os direitos trabalhistas, para garantir o lucro a qualquer custo para os investimentos e empreendimentos capitalistas.
Isso, que homens e mulheres do campo, das águas e das florestas percebem, fica claro na análise dos programas de governo dos candidatos que, em âmbito federal e estadual, disputam com possibilidades de sucesso as eleições.Todos eles exaltam a eficiência e importância do agronegócio, enquanto nem sequer reservam uma linha para a necessidade da reforma agrária, ou aqueles que a ela se referem, a colocam num plano insignificante. O máximo que os programas pontuam é algum tipo de apoio à agricultura familiar e uma insinuação à necessidade de uma agricultura agroecológica e saudável.
O resultado previsto, quaisquer sejam os vencedores, será a confirmação de um modelo de desenvolvimento que ameaça os territórios indígenas, quilombolas e camponeses, a continuidade da vida nos nossos biomas e os direitos trabalhistas. Um modelo de desenvolvimento que, no dizer de Maninha, do Movimento dos Pescadores e Pescadoras, “traz sofrimento para nossas comunidades”.
O próprio financiamento das campanhas eleitorais pelas grandes empresas é a expressão cabal do conluio capital/política. Qual será o interesse, por exemplo, das três empresas responsáveis, até o momento, por 65% do arrecadado pelos três principais candidatos à presidência da república, JBS (Friboi), Ambev (Cervejaria) e OAS Construtora, se elas estão envolvidas em denúncias e punições por violações aos direitos trabalhistas de seus funcionários, inclusive em situações análogas ao trabalho escravo?
Na contramão dos programas das agremiações partidárias, infelizmente hegemônicas, insistimos sobre a centralidade da Reforma Agrária. Trata-se de uma Reforma Agrária ressignificada, que vai além da mera distribuição de terras: é sonho e projeto que brota e floresce com as novas experiências e articulações dos indígenas e dos quilombolas, que defendem e retomam seus territórios,  com a proposta de economias  que defendam o futuro do Planeta, ameaçado pelo efeito estufa e mudanças climáticas, agroecologias como visão do mundo, aproveitamento das energias limpas, soberania e segurança alimentar respeitosas da Vida, moratórias que preservem o que sobra da Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica e Pampas, com suas bacias hidrográficas e aquíferos destruídos e constantemente agredidos.
Se não houver uma mudança radical no curso destas eleições, a CPT sente que elas não marcarão nenhum salto qualitativo em relação às grandes expectativas que o Brasil fez eclodir, com muita esperança, nas manifestações de junho de 2013 e nas mobilizações indígenas e camponesas deste último ano. Por isso conclama a todos quantos sentem a urgência de um Brasil novo, à participação no plebiscito popular a acontecer na semana da pátria, em vista da convocação de uma Constituinte soberana e independente para a construção de uma reforma política que abra espaço para organizações populares, de classe e de territórios. Estas representadas e presentes nas decisões mais importantes da vida do País, lutarão para que sejam reconhecidos e aceitos a autonomia e o protagonismo de grupos que resistem à massificação dos métodos do capital e propõem alternativas a um modelo de desenvolvimento elitista e falido.
Se a dimensão política é a “maneira de melhor exercer o maior mandamento do amor” (Papa Francisco, discurso do dia 10 de junho de 2013), cabe-nos, como Comissão Pastoral da Terra, denunciar as viciadas formas de exercer o poder que alimentam e fortalecem os grupos já poderosos, que agridem e ameaçam não só os direitos dos mais fracos, mas a própria Constituição brasileira.
Goiânia, 27 de agosto de 2014.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Dossiê: movimentos sociais

Do Blog MARXISMO21


As manifestações de massa ocorridas nos últimos anos em diversos países, particularmente no Brasil, revelam a insatisfação de milhões e milhões de homens e mulheres com as soluções ainda mais perversas que o sistema do capital oferece aos trabalhadores como saída para a superação de sua crise orgânica como também a força e a radicalidade dos movimentos sociais. Num período em que grande parte das iniciativas políticas da esquerda socialista foi canalizada para o interior da institucionalidade burguesa, o protagonismo assumido pelos movimentos sociais no último período expressa a vitalidade das lutas sociais e da perspectiva anticapitalista bem como a busca de novos caminhos de organização, mobilização e ação políticas. A pluralidade de demandas, projetos e formas organizativas apresentadas pelos movimentos sociais refletem a própria variedade de sujeitos políticos e sociais presentes no mundo do trabalho, dando voz e vez a grupos e indivíduos antes fadados à apatia política e/ou à resignação diante de processos eleitorais que legitimam a dominação burguesa.
Diante deste novo cenário, marxismo 21 – buscando contribuir para o estudo, a reflexão, o debate e a troca de experiências sobre os movimentos sociais – publica aqui artigos, trabalhos acadêmicos, entrevistas, documentos, sites, vídeos e uma importante produção intelectual, sob a orientação da teoria marxista, sobre a história, a configuração e a dinâmica dos movimentos e das lutas sociais, além de temas e problemas relacionados. Neste sentido a nova seção pretende contribuir para abolir a distância entre o chamado “marxismo acadêmico” e o “marxismo do movimento operário”, e do movimento social – que separa a teoria da prática, empobrecendo e esvaziando ambos os campos e convertendo o marxismo num ritual acadêmico cada vez mais institucionalizado e submetido a critérios de avaliação estranhos ao seu conteúdo mais profundo, a vinculação à prática e à transformação social, enquanto o movimento social passa a pautar as suas atividades por concepções alheias ao materialismo histórico e dialético. Sabemos que a superação dessa distância envolve um grande conjunto de questões, mas nos alegraremos caso possamos dar um pequeno passo na formulação do problema. A seção pretende ainda favorecer o contato direto com movimentos, entidades e centros de estudo disponibilizando seus endereços eletrônicos e assim contribuindo para a divulgação de suas atividades e de sua própria produção política e teórica. Por conta disto, a seção movimentos sociais encontra-se aberta às contribuições de grupos, entidades e indivíduos num processo de construção permanente e coletiva.
Editores
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 1) Endereço eletrônico das entidades com o link para acesso direto.
APIB – ARTICULAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL.http://blogapib.blogspot.com.br
COMANDO DE LUTA PELO PASSE LIVRE. http://comandopasselivre.blogspot.com.br/
CONDSEF – CONFEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES NO SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL. http://www.condsef.org.br/
CONTAG – CONFEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA.http://www.contag.org.br/
CPT – COMISSÃO PASTORAL DA TERRA. http://www.cptnacional.org.br/
FETAEG – FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA DO ESTADO DE GOIÁS. http://www.fetaeg.org.br/home.asp
FETRAF – FEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS NA AGRCULTURA FAMILIAR. http://www.fetraf.org.br/
MEMORIAL DAS LIGAS CAMPONESAS. http://www.ligascamponesas.org.br/?page_id=99
MOVIMENTO PASSE LIVRE – SÃO PAULO. http://saopaulo.mpl.org.br/
MOVIMENTO TERRA LIVRE. http://mtl-di.blogspot.com.br/
MOVIMENTO DOS TRABALHADORES EM TETO. http://www.mtst.org/
MOVIMENTO DE LIBERTAÇÃO DOS SEM TERRA. https://pt-br.facebook.com/MlstAlagoas
MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA. http://www.mst.org.br/
SINDICATO NACIONAL DOS DOCENTES DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR – ANDES/SN. http://www.andes.org.br/andes/portal.andes
TARIFA ZERO/MOVIMENTO PASSE LIVRE http://tarifazero.org/mpl/
2) Textos e demais materiais relacionados às lutas sociais e suas memórias (artigos, resoluções e documentos, vídeos, entrevistas, etc.).
Acampamento Indígena Revolucionário (AIR): Gênese e breve história do movimento indígena revolucionário.http://www.midiaindependente.org/pt/red/2010/12/481988.shtml
A luta ela moradia. Entrevista com Luiz Gonzaga da Silva (Gegê).http://www.ifch.unicamp.br/criticamarxista/arquivos_biblioteca/entrevista4Entrevista%201.pdf
Resoluções do Encontro de Movimentos em luta por uma Universidade Popular (ENMUP).http://enmup2014.wordpress.com/2014/08/25/carta-de-fortaleza/
Entrevista comLuiz Gonzaga da Silva(Gegê), do Movimento de Moradia do Centro (MMC) – 08/04/2011 (Brasil de Fato)http://www.brasildefato.com.br/node/6053
Entrevista de Sonia Guajajara, da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil ao IHU (30/9/2013) http://www.ihu.unisinos.br/noticias/524186-e-hora-de-ir-para-cima-para-o-embate
Entrevista com Guilherme Boulos, da Coord. Nacional do MTST- 10/01/2014http://www.youtube.com/watch?v=Ui0U-1XT3QU
Guilherme Boulos: “A nossa cor é a cor vermelha”, do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) -24/06/2014 (Brasil de Fato). http://www.brasildefato.com.br/node/28941
Outro Canal: entrevista com Guilherme Boulos, do MTST – 05/06/2014http://outraspalavras.net/blog/2014/06/05/outro-canal-entrevista-com-guilherme-boulos-do-mtst/
Entrevista com Angela Davis https://www.youtube.com/watch?v=sr6Qn6aJsCc
Movimento Negro Socialista – Esquerda Marxista http://www.marxismo.org.br/MNS
BARBOSA, Milton (Movimento Negro Unificado). Um pouco da História Não Oficial! Movimento Negro Unificado. 27 anos de luta.http://afrodescendentes1.blogspot.com.br/p/afromundos.html
ORGANIZAÇÃO POPULAR. A Máfia dos Transportes e a Criminalização dos Movimentos Sociais. http://organizacaopopular.wordpress.com/textos/nossos-textos/a-mafia-dos-transportes-e-a-criminalizacao-dos-movimentos-sociais/
3) Textos sobre lutas sociais, movimentos sociais e temas relacionados.
a) Autores estrangeiros:
BENSAÏD, Daniel.Mundialização: Nações, Povos, Etnias.http://www.marxists.org/portugues/bensaid/1995/mes/povos.htm
BENSAÏD, DanielSobre a Luta Estudantil Contra o Contrato Primeiro Emprego.http://www.marxists.org/portugues/bensaid/ano/mes/luta.htm
CANNON, James PA Revolução Russa e o Movimento Negro Norte-Americano.http://www.marxists.org/portugues/cannon/1959/05/08.htm
ENGELS, Friedrich. O Programa Agrário dos Cartistas.http://www.marxists.org/portugues/marx/1847/11/01.htm
ENGELS, Friedrich. Agitação Cartista.http://www.marxists.org/portugues/marx/1847/12/30.htm
ENGELS, Friedrich. A Coercion Bill para a Irlanda e para os Cartistas.http://www.marxists.org/portugues/marx/1848/01/08.htm
ENGELS, FriedrichRevolução e Contra-Revolução na Alemanha.http://marxists.catbull.com/portugues/marx/1852/revolucao/index.htm
ENGELS, Friedrich. Discurso Sobre a Acção Política da Classe Operária.http://www.marxists.org/portugues/marx/1871/09/21.htm
ENGELS, Friedrich.Nota Prévia a «A Guerra dos Camponeses Alemães».http://www.marxists.org/portugues/marx/1870/02/11.htm
ENGELS, Friedrich.Para a Questão da Habitação.http://www.marxists.org/portugues/marx/1873/habita/index.htm
ENGELS, Friedrich. A Questão Camponesa em França e na Alemanha.http://www.marxists.org/portugues/marx/1894/11/22.htm
FRANK, André Gunder e FUENTES, Marta. Dez teses acerca dos movimentos sociais.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-64451989000200003
LÊNIN, Vladimir I. Sobre os Sindicatos (Coletânea de Artigos).http://www.marxists.org/portugues/lenin/livros/sindicato/index.htm
LÊNIN, Vladimir I. As Tarefas do Movimento Operário Feminino na República dos Sovietes.http://www.marxists.org/portugues/lenin/1919/09/25.htm
KOLLONTAI, Alexandra. Às Mulheres Trabalhadoras.http://www.marxists.org/portugues/kollontai/1918/mes/mulheres.htm
KOLLONTAI, Alexandra. O Comunismo e a Família.http://www.marxists.org/portugues/kollontai/1920/mes/com_fam.htm
KOLLONTAI, Alexandra. A Família e o Estado Socialista.http://www.marxists.org/portugues/kollontai/ano/mes/familia.htm
MANDEL, Ernest. O Movimento Estudantil Revolucionário.www.marxists.org/portugues/mandel/1968/09/21.htm
MANDEL, Ernest. A Burocracia no Movimento Operário.http://www.marxists.org/portugues/mandel/ano/mes/burocracia.htm
MARIÁTEGUI, José Carlos. As Reivindicações Feministas.http://www.marxists.org/portugues/mariategui/1924/12/19.htm
MARX, Karl. Mensagem Inaugural da Associação Internacional dos Trabalhadores.http://www.marxists.org/portugues/marx/1864/10/27.htm
MARX, Karl. Estatutos Gerais da Associação Internacional dos Trabalhadores.http://www.marxists.org/portugues/marx/1871/10/24.htm
MARX, Karl. A Nacionalização da Terra.http://www.marxists.org/portugues/marx/1872/06/15.htm
PANNEKOEK, Anton. A Força Contra-Revolucionária dos Sindicatos.http://www.marxists.org/portugues/pannekoe/1920/mes/forca.htm
Programa dos comissários de seção. Movimento operário de Turim, Itália, jornal L’Ordine Nuovonovembro de 1919.
RIAZANOV, David. A Doutrina Comunista do Casamento.http://www.marxists.org/portugues/riazanov/ano/casamento/index.htm
TROTSKY, Lev. Os Sindicatos na Época da Decadência Imperialista.http://www.marxists.org/portugues/trotsky/1940/mes/sindicato.htm
ZETKIN, Clara. Apenas Junto Com as Mulheres Proletárias o Socialismo Será Vitorioso.http://www.marxists.org/portugues/zetkin/1896/10/16.htm
ZETKIN, Clara. Lênin e o Movimento Feminino.http://www.marxists.org/portugues/zetkin/1920/mes/lenin.htm
b) Autores brasileiros:
ALIAGA, Luciana. A forma politica do MST,
ARROYO, Miguel Gonzales e FERNANDES, Bernardo Mançano. A educação básica e o movimento social no campo. http://www.gepec.ufscar.br/textos-1/teses-dissertacoes-e-tccs/a-educacao-basica-e-o-movimento-social-do-campo/view
BICALHO, Poliene Soares dos Santos. Protagonismo indígena no Brasil: Movimento, Cidadania e Direitos (1970-2009).http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/6959/1/2010_PolieneSoaresdosSantosBicalho.pdf
BORGES, Paulo H.Porto. O movimento indígena no Brasil: histórico e desafios.http://www.nepi.fag.edu.br/arquivos/movimentoindigena.pdf
BRITO, Gabriel. Manifestações pelo transporte coletivo revigoram juventude e lutas sociais do país. http://www.correiocidadania.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=8478%3Amanchete140613&catid=34%3Amanchete&
CAVADAS, Fernanda. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e suas estratégias para se manter na luta. http://www.gepec.ufscar.br/textos-1/teses-dissertacoes-e-tccs/o-movimento-dos-trabalhadores-rurais-sem-terra-e-suas-estrategias-para-se-manter-na-luta/view
CENTRO DE ESTUDOS AFRO ORIENTAIS/UFBA. Uma história do negro no Brasil. O movimento negro no Brasil Contemporâneo (Capítulo XI).http://www.ceao.ufba.br/livrosevideos/pdf/uma%20historia%20do%20negro%20no%20brasil_cap11.pdf
Dossiê “marxismo e feminismo” publicado neste blog
Formas de resistência camponesa: visibilidade e diversidade de conflitos ao longo da história Concepções de justiça e resistência nos Brasis. vol 1. http://www.iicabr.iica.org.br/wp-content/uploads/2014/03/Formas_de_resist%C3%AAncia_camponesa.pdf
Formas de resistência camponesa: visibilidade e diversidade de conflitos ao longo da história Concepções de justiça e resistência nas repúblicas do passado (1930-1960). vol. 2.http://www.iicabr.iica.org.br/wp-content/uploads/2014/03/Formas_de_resist%C3%AAncia_camponesa_V2-small.pdf
História Social do campesinato no Brasil. Camponeses brasileiros: Leituras e interpretações clássicas. http://www.iicabr.iica.org.br/wp-content/uploads/2014/03/Camponeses-Brasileiros-vol-1-NEAD.pdf
Lutas camponesas contemporâneas: condições, dilemas e conquistas O campesinato como sujeito político nas décadas de 1950 a 1980. Vol. 1. http://www.iicabr.iica.org.br/wp-content/uploads/2014/03/Lutas_Camponesas_v1_small.pdf
Lutas camponesas contemporâneas: condições, dilemas e conquistas A diversidade das formas das lutas no campo. Vol. 2. http://www.iicabr.iica.org.br/wp-content/uploads/2014/03/Lutas_Camponesas_vol2.pdf
Processos de constituição e reprodução do campesinato no Brasil Formas tuteladas de condição camponesa. Vol.1 http://www.iicabr.iica.org.br/wp-content/uploads/2014/03/Processos_de_constitui%C3%A7%C3%A3o_e_reprodu%C3%A7%C3%A3o_do_campesinato_no_Brasil.pdf
Processos de constituição e reprodução do campesinato no Brasil. Formas dirigidas de constituição do campesinato. Vol. 2. http://www.iicabr.iica.org.br/wp-content/uploads/2014/03/Proccampesinatovol2.pdf
Diversidade do campesinato: expressões e categorias Estratégias de reprodução social. vol. 2. http://www.iicabr.iica.org.br/wp-content/uploads/2014/03/Diversidade-do-campesinado-vol1.pdf
CRUZ, Paula Loureiro da. “Alexandra Kollontai – “Marxismo e Feminismo – uma abordagem crítica do direito”
ESTUDOS IFCH/UnicampOs Índios na História do Brasilhttp://www.ifch.unicamp.br/ihb/estudos.htm
FIGUEIREDO FILHO, Carolina Barbosa Gomes. Desemprego e organização dos trabalhadores desempregados no Brasil : as políticas da CUT-SP e do MST-SP durante os governos Lula. http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000908899
GALVÃO, Andréia. Marxismo e movimentos sociais,
GALVÃO, A. BOITO JR. A. e MARCELINO, P. Brasil: o movimento sindical e popular na década de dois mil. http://politicalatinoamericana.sociales.uba.ar/files/2011/08/galvao-boito-marcelino.pdf
GALVÃO, Andréia e VARELA, Paula. Sindicalismo e direitos.http://periodicos.uesb.br/index.php/politeia/article/viewFile/1231/1483
GRUPO DE ESTUDOS E PESQUISAS SOB RE EDUCAÇÃO NO CAMPO.www.gepec.ufscar.br
HILSENBEK FILHO, Alexandre Maximilian. O MST no fio da navalha : dilemas, desafios e potencialidades da luta de classes. http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000917308
HIRATA, Francini. A luta pela moradia em São Paulo.http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000480384
IOKOI, Zilda Márcia Grícoli, ANDRADE, Marcia Regina de Oliveira, REZENDE, Simone e RIBEIRO, Suzana. Vozes da terra : histórias de vida dos assentados rurais de São Paulo.http://www.gepec.ufscar.br/textos-1/teses-dissertacoes-e-tccs/vozes-da-terra-historias-de-vida-dos-assentados-rurais-de-sao-paulo/view
MAIA, Cláudio. Os donos da terra: a disputa da propriedade e pelo destino da fronteira – a luta dos posseiros em Trombas e Formoso 1950/1960.http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=124381
MEDEIROS, Leonilde Sérvolo de. Lavradores, trabalhadores agrícolas, camponeses: os comunistas e a constituição de classes no campohttp://www.mstemdados.org/biblioteca/disserta%C3%A7%C3%A3o-e-tese/doutorado-lavradores-trabalhadores-agr%C3%ADcolas-camponeses-os-comunistas-
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OLIVEIRA, Natália Cristina. Os movimentos dos sem-teto da Grande São Paulo (1995-2009). http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000771137
OLIVEIRA, Natália Cristina. As mulheres e os movimentos dos sem-teto no Brasil: análise das relações sociais de classes e sexos. http://www.pucsp.br/neils/downloads/neils-revista-29-port/nathalia-oliveira.pdf
OLIVEIRA, Natália Cristina. As ambiguidades das relações entre  os movimentos dos sem-teto, o PT e os governos Lulahttp://www.seer.ufu.br/index.php/criticasociedade/article/download/12279/7719
REIS, Cláudio. Movimento Negro e a relação Classe/Raça.http://www.espacoacademico.com.br/040/40creis.htm
SOUZA, Davisson Charles C. de. Tradições de luta sindical e emergência do movimento de desempregados na Argentina. http://www.pucsp.br/neils/downloads/04-davisson.pdf
VIEIRA, Flávia Braga. Via Campesina: um projeto contra-hegemônico?http://www.uel.br/grupo-pesquisa/gepal/terceirosimposio/flaviabraga.pdf
C) Movimentos Sociais e Partidos (debates contemporâneos):
BENSAID, Daniel. Lenine ou a política do tempo partido,http://www.combate.info/index.php/9-leituras/99-lenine-ou-a-polica-do-tempo-partido
LIRA, Elizeu Ribeiro. Movimentos sociais, partidos políticos e hegemonia.http://revista.fct.unesp.br/index.php/formacao/article/view/1192/1185.
MACHADO, Eliel. Comuna de Paris, “partidos” e “movimentos”.http://www.pucsp.br/neils/downloads/Vol.2526/eliel-machado.pdf
SANCHEZ, H. O social-liberalismo do governo Lula e os dilemas para a esquerda brasileira e os movimentos sociais. http://travessiainsurgente.blogspot.com.br/2009/06/o-social-liberalismo-do-governo-lula-e.html
STÉDILE, João Pedro. Toda vez que um movimento social ficou dependente de partido, estado ou governo, acabou.http://www.rebelion.org/hemeroteca/brasil/stedile210103.htm