segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Filme MAESTRA (8-min version)

Un documental de Catherine Murphy, que resalta la participación de las jóvenes educadoras de la Campaña de Alfabetización Cubana en 1961 y se estrenó en La Habana en deciembre de 2011 durante el Festival de Cine del 50 aniversario de la Campaña e después ha recorrido las cuatro esquinas del mundo.

MAESTRA, un documental de Catherine Murphy/33 minutos/DVDNTSC!
Cuba, 1961: 250.000 voluntarios enseñaron a leer y escribir en un año a 700.000 personas. 10.000 de los profesores tenían menos de 18 años y aproximadamente la mitad estaba conformada por mujeres.
MAESTRA explora esta historia a través de testimonios personales de las jóvenes mujeres que fueron a alfabetizar en comunidades rurales a lo largo de la isla, y se encontraron profundamente transformadas en el proceso.
Maestra - maestrathefilm.org (8-min version)


Sitio web de la película: 



sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

As memórias revolucionárias de Anita Prestes

Por Daniela Mussi.

Anita Prestes em 1957, em São Paulo (Foto: Luís Santos/Folhapress).


“Viver é tomar partido”, expressão do poeta e dramaturgo alemão Christian Friedrich Hebbel popularizada por um artigo de Antonio Gramsci, é escolha perfeita para o título deste livro. Combinando memórias a uma extensa pesquisa documental, Anita Prestes reconstrói sua trajetória comunista, no sentido pleno da palavra: uma vida marcada por sacrifícios pessoais, por perseguições políticas e pelo cuidado aguerrido do espólio político que herdou dos pais. A história pessoal da autora, aliás, entrecruza-se, em muitos pontos, com aquela das lutas revolucionárias brasileiras e da solidariedade democrática internacional que protegeu exilados e marginalizados políticos durante todo o século XX.

Testemunho de uma vida extraordinária, este texto está investido da sensibilidade por vezes ausente dos livros de memórias das esquerdas. Comparecem aqui, no centro da narrativa, mulheres sem as quais – sabemos – nada na política radical seria possível. Não existiria Anita sem Olga, Leocadia e Lygia. Tampouco existiria Luiz Carlos Prestes sem todas essas mulheres. A historiografia contemporânea crítica finalmente tem voltado os olhos para o que até então considerava “cozinha” das lutas políticas, jogando luz sobre o cotidiano de trabalho árduo e contínuo de muitas mulheres, a grande maioria anônima, nas associações políticas. Quem percorrer as lembranças documentadas de Anita Prestes poderá deparar com muitas mães, irmãs, tias, esposas, camaradas. As histórias dessas mulheres quase nunca aparecem nos documentos políticos oficiais e, quando se fazem presentes, exibem contornos romantizados, passivos, subalternos.

Este, ao contrário, é um livro de memórias de uma mulher que nasceu em uma prisão nazista, perdeu sua mãe assassinada em um campo de concentração sob a anuência do governo de Getúlio Vargas e foi salva pelas mulheres de sua família. São lembranças de quem teve de passar boa parte da infância sem encontrar o pai e que, durante toda a vida, precisou enfrentar a perseguição política sofrida pelas pessoas que amava. Um volume que reconstrói a trajetória de uma militante radicalmente dedicada a salvar do esquecimento o legado do comunismo revolucionário que, sob muitos percalços, se desenvolveu Brasil. Leitura imprescindível, portanto, para quem hoje segue resistindo ao triunfo da lógica e da violência capitalistas.



quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

O fascismo e a sua política (Escritos Políticos)

Por Antonio Gramsci

Resumo

Texto que aborda o fascismo, como movimento de reacção armada que se propõe o objetivo de desagregar e de desorganizar a classe trabalhadora para a imobilizar, enquadra-se no plano da política tradicional das classes dirigentes italianas e na luta do capitalismo contra a classe operária. E por isso favorecido, na sua origem, na sua organização e no seu caminho por todas os velhos grupos dirigentes, indistintamente, com preferência, porém, pelos agrários que sentem mais ameaçadora a pressão das plebes rurais. Socialmente, porém, o fascismo encontra a sua base na pequena burguesia urbana e numa nova burguesia agraria saída de uma transformação da propriedade rural em algumas regiões (fenómenos do capitalismo agrário na Emilia, origem de uma categoria de intermediários rurais.

Palavras-chave

Fascismo, desagregação da classe trabalhadora, política tradicional das classes dirigentes italianas política tradicional

Texto completo:

GRAMSCI, Antonio. O fascismo e a sua política (Escritos Políticos). Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Salvador, v. 11, n. 2, p. 253-256, nov. 2019. 


segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Livro: “HERANÇA, ESPERANÇA E COMUNISMO: LUIZ CARLOS PRESTES E O MOVIMENTO COMUNISTA BRASILEIRO – DOCUMENTOS (1980-1995)”

Com textos de Luiz Carlos Prestes, Anita Prestes e Florestan Fernandes

O livro é organizador por Gustavo Koszeniewski Rolim e  já está em pré-venda.

 Editora Lutas Anticapital 

O livro vai custar 55 reais mais 12 de despacho.
Encomendas : edlutasanticapital@gmail.com (Falar com Mariana)



Este livro é uma coletânea de documentos de caráter político-partidário e demais textos de semelhante tonalidade, cujo ponto de partida é a ruptura de Luiz Carlos Prestes (1898-1990) com o Partido Comunista Brasileiro (PCB), em 1980. Em seus dez últimos anos de vida, Prestes dedicar-se-ia a esclarecer suas posições, delineadas em exílio desde meados dos anos 1970, em intenso conflito com o restante do Comitê Central do PCB. Deste acúmulo, esforço e embate, nasceram posições teóricas e organizacionais, como a emblemática Carta aos Comunistas, de 1980 e o texto de Anita Prestes A que herança devem os comunistas renunciar, do mesmo ano. A partir de sua ruptura, estabeleceu-se intenso movimento entre seus correligionários: diversos militantes e núcleos de base, além de personalidades de destaque dentre o movimento comunista, como Gregório Bezerra e Maria Aragão lançaram-se a tarefa de disputar o PCB, retomá-lo e, posteriormente, lançar as bases para uma nova organização comunista revolucionária. Os documentos aqui trazidos e publicados referem-se justamente a este movimento de tentativa de renovação do movimento comunista brasileiro, abarcando publicações como o Ecos a Carta de Prestes, o Voz Operária e o Jornal Avançando.



Orelha

Chega em boa hora a coletânea de textos sobre Luiz Carlos Prestes, produzidos durante os anos 1980, que foi organiza da pelo competente historiador Gustavo Rolim. Este é um trabalho necessário de ser visitado por diversos motivos, mas gostaria de destacar um deles: oferece uma perspectiva mais diversa sobre a história da esquerda brasileira em um momento decisivo de seu devir. Cristalizou-se ao longo do tempo uma interpretação que tendeu a apagar ou matizar uma série de debates ocorridos durante o período da redemocratização. A história das alternativas comunistas aparece nesse processo como destinadas a fracassar por serem monolíticas ou porque deviam ser superadas necessariamente por uma esquerda mais moderna. Uma breve olhada nos textos compilados mostra que existiam debates muito ricos entre os militantes comunistas pelas concepções de partido, de transição política e de revolução social, o que ajuda a combater ideias pré-concebidas e faz compreender melhor as alternativas colocadas para todo campo progressista naquele momento. Além disso, as polêmicas jogam luz sobre as alternativas políticas colocadas no momento de construção da Nova República. Talvez, revisitando alguns destes debates, consigamos jogar luz para os desafios que nos atingem no momento de crise deste modelo político.

- Frederico Duarte Bartz: Doutor em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Técnico em Assuntos Educacionais pela mesma instituição.



ÍNDICE

- Apresentação – Luiz Carlos Prestes em três tempos históricos: Lincoln Secco

- Introdução – resgatando a ótica comunista: Gustavo Koszeniewski Rolim

- Luiz Carlos Prestes: Carta aos Comunistas (1980)

- Anita Leocádia Prestes: A que herança devem os comunistas renunciar? (1980)

- Ecos à Carta de Prestes:

- Nº 1 / Abril / 1980

- Nº 2 / Maio / 1980

- Nº 3 / Junho / 1980

- Voz Operária:

- Nº 162 – Outubro/1980

- Nº 165 – Janeiro/1981

- Nº 166 – Fevereiro/1981

- Nº 167 – Março/1981

- Nº 168 – Abril/1981

- Nº 174 – Outubro/Novembro/1981

- Nº 182 – Julho/1982

- Nº 183 – Agosto/1982

- Nº 184 – Setembro/1982

- Nº 185 – Outubro/1982

- Nº 186 – Novembro/1982

- Luiz Carlos Prestes:

- Aprender com os erros do passado para construir um partido novo, efetivamente revolucionário (1981)

- Proposta para discussão de um programa de soluções de emergência – contra a fome a carestia e o desemprego (1982)

- Jornal Avançando:

- 1983;

- 1984;

- Boletim: Avançar na Luta – uma contribuição para o 16º Congresso na UCE (1985)

- Luiz Carlos Prestes:

- Discurso em Havana na conferência da divina externa (1985)

- Um “poder” acima dos outros (1988)

- Comunistas que se alinham com as posições revolucionárias de Luiz Carlos Prestes: A Herança e a Esperança (1995).

- Florestan Fernandes:

- O Herói sem Mito (1990)

- Luiz Carlos Prestes, esperança e revolução (1995)

- A importância de Luiz Carlos Prestes para a Revolução Brasileira hoje.

            - Anita Prestes


sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Texto inédito de Tina Modotti sobre el asesinato de Julio Antonio Mella, revela la embajada de Cuba en Italia



Este fue un texto inédito hasta su publicación este 10 de enero de 2020 en el sitio web de la embajada de Cuba en Italia. Originalmente escrito en inglés por Tina Modotti, a inicios del año 1932, el documento se encuentra en el fondo del Socorro Rojo Internacional (SRI) en Moscú. Fue entregado al embajador de Cuba en Italia, José Carlos Rodríguez Ruiz, el 6 de enero de 2020, por la investigadora alemana Christiane Barckhausen-Canale, notable experta internacional sobre la vida de Tina y autora del libro “Verdad y leyenda de Tina Modotti”, Premio Ensayo de Casa de las Américas del 1988, La Habana, Cuba.



Por: Tina Modotti

El asesinato de Julio Antonio Mella en las calles de la capital de México el 10 de enero de 1929 ha sido uno de los crímenes políticos más sensacionales cometidos en los últimos años en el mundo. Sin duda todos recuerdan todavía los detalles de aquel crimen.

Mella ha sido uno de los dirigentes más destacados del movimiento revolucionario de América Latina. Cubano de nacimiento empezó su actividad en el movimiento revolucionario organizando a los estudiantes en asociaciones de izquierda. Gracias a él se creó en Cuba una Universidad Popular para los obreros. Poco después comprendió que su mejor servicio para la causa revolucionaria sería dedicar todo su saber, todas sus capacidades, a las luchas políticas y económicas del proletariado. Fue uno de los fundadores del Partido Comunista de Cuba y uno de los dirigentes más prestigiosos del movimiento antiimperialista latinoamericano.

En diciembre de 1925, cuando ya estaba en el poder Machado, el actual dictador sangriento y agente de Wall Street, Mella fue encarcelado y empezó una huelga de hambre que duró 21 días. Del punto de vista de la agitación y como forma de protesta, esta huelga de hambre fue una de las más eficaces jamás realizadas en algún país. En la medida que pasaban los días y empeoró la condición física de Mella, poniendo en peligro su vida, reinó una tremenda tensión no sólo en la población de Cuba, sino que en todo el continente americano y también en otros países. La presión de las masas fue tan grande que el presidente Machado se vio obligado a ceder y a liberar a Mella.

Pero muy pronto, cuando Mella se había recuperado, empezó la persecución contra él. Machado buscaba venganza por su derrota. Hubo varios atentados contra la vida de Mella y él se vio obligado a abandonar Cuba. Se fue a México donde empezó inmediatamente a participar en el movimiento revolucionario de aquel país. Dedicó todo su tiempo a la causa de los obreros revolucionarios, organizó a los emigrados políticos cubanos que vivían en México, fundó un periódico para los obreros cubanos que llegó por vías ilegales a Cuba, llevó a cabo la lucha contra  el imperialismo estadounidense en América Latina, dirigió el trabajo de otros grupos de emigrados políticos cubanos que vivían en otros países, fue activo en el Sindicato Rojo de México y fue un colaborador activo de la sección mexicana del S. R. I.

El 10 de enero de 1929, cuando salió de la sede del Socorro Rojo en la ciudad de México, a las nueve de la noche y a dos cuadras de su casa, recibió unos balazos y murió dos horas más tarde. Antes de morir nombró al presidente Machado como responsable de este asesinato y pronunció el nombre de la persona de la cual sospechaba que fuera el ejecutor del crimen.

La sección mexicana del Socorro Rojo empezó en seguida con las investigaciones y pudo encontrar pruebas concretas: de hecho, el presidente Machado había enviado a dos pistoleros profesionales de La Habana a la ciudad de México para que cometieran el crimen, y uno de los responsables principales de la policía mexicana que había viajado dos semanas antes a La Habana sería un cómplice importante de este asesinato. Incluso había existido un acuerdo entre el Embajador de Cuba y el gobierno de México.

El Socorro Rojo mexicano, el Partido Comunista mexicano, los sindicatos, las organizaciones estudiantiles de izquierda, las organizaciones de los obreros e incluso abogados y políticos famosos exigieron que se hiciera justicia. Durante varias semanas el Gobierno de México recibió protestas de todo el mundo y declaró hipócritamente, por boca de la policía, que México no descansaría hasta que se aclare el asunto. Las exigencias más importantes fueron las siguientes: Arresto y castigo de varios cubanos residentes en México inculpados por Mella antes de su muerte, dimisión de Valente Quintana de su puesto y ruptura de las relaciones diplomáticas con el gobierno de Machado.

Sin embargo ¿qué pasó? El único cubano arrestado por la policía, el organizador técnico del crimen, fue puesto en libertad, después de algunas semanas, por falta de pruebas. Valente Quintana no fue despedido, sino que fue nombrado Jefe de la Policía Central de México (sin duda para premiarlo por su participación en el crimen), y todas las manifestaciones de protesta de las masas mexicanas fueron saboteadas y atacadas por la policía.

En lo que se refiere a la prensa burguesa y al gobierno mexicano, poco a poco el caso desapareció del primer plano y sólo el Socorro Rojo y las demás organizaciones revolucionarias insistieron en sus denuncias incansables, dirigidas contra Machado y los cómplices del gobierno mexicano. Cada año, el 10 de enero es, en todo el continente americano, el “Día de Mella”, y también este año ya se han hecho preparativos para el tercer aniversario de su asesinato, y hace poco aparecieron algunas declaraciones públicas sensacionales en torno al asesinato.

Una mujer, la esposa de un cubano que pertenecía a los círculos criminales, quería vengarse de su marido que había amenazado de asesinarla. El 3 de noviembre ella llamó la policía y contó con lujo de detalles cómo había sido asesinado Mella. Acusó a su esposo de haber sido el asesino. Todo lo que ella contó confirmó las acusaciones presentadas en el momento del crimen por el Socorro Rojo. Sus acusaciones fueron investigadas una tras otra y fueron confirmadas: un año más tarde, su marido había recibido de La Habana una suma de dinero que había sacado de una cierta banca en México (el precio que se le pagó por el crimen). Se demostró también que después del crimen el asesino había encontrado refugio en la casa de otro cubano, aquel José Magriñát inculpado por Mella poco antes de morir. Ahora el asesino se encuentra en la cárcel y aparecieron varios testigos que confirman las acusaciones pronunciadas por la esposa del asesino.

La sección mexicana del S. R. I pidió a las autoridades mexicanas que incluyera tres de sus representantes en las investigaciones, pero el gobierno fascista de México rechazó de manera tajante esa petición.

Esta es otra prueba de la complicidad del gobierno mexicano en el asesinato planificado por el dictador cubano, Machado. En vez de castigar a José Magriñát, el organizador técnico del crimen, el gobierno mexicano lo dejó libre y lo protegió, haciéndolo acompañar al puerto más vecino donde tomó una nave que iba a Cuba. Sin duda, el ejecutor material del crimen recibirá la misma protección. Dentro de algunas semanas, la prensa burguesa corrompida hablará nuevamente del caso, pero se dará cualquier tipo de ayuda al asesino para que pueda escapar a la venganza del proletariado mexicano. Este proletariado nunca olvidará que Mella ha muerto por la causa revolucionaria internacional.

Este año, el tercer aniversario de su muerte tendrá un nuevo significado; ofrecerá a todas las secciones del S. R. I la posibilidad de demostrar una vez más y con nuevas pruebas la hipocresía de la “justicia” burguesa.

(Tomado de @EmbaCubaItalia)

FUENTE: Cubadebate




quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Apuntes en torno a la guerra cultural

Abel Prieto Jiménez, presidente de Casa de las Américas, dialogó con JR sobre las ideas plasmadas en el libro que publicara hace ya dos años la editora Ocean Sur y su vigencia en los tiempos actuales

Por Osvaldo Pupo Gutiérrez 
Juventud Rebelde
Martes 07 enero 2020 | 10:47:53


Abel Prieto Jiménez
Autor: Abel Rojas Barallobre 
El intelectual cubano Abel Prieto Jiménez, presidente de Casa de las Américas, publicó en 2017 su libro Apuntes en torno a la guerra cultural con la editora Ocean Sur. El volumen reproduce artículos e intervenciones en las que el exministro de Cultura esboza genialmente este fenómeno de la sociedad contemporánea.

Retomar sus ideas, subrayarlas, cuando al parecer vuelven con fuerza los aires de dominación neoliberal a América Latina y el Caribe, fue la motivación de esta entrevista, que, sin duda, es un llamado de atención a la izquierda regional. 

—Usted asegura en su libro, como otros pensadores latinoamericanos, que la guerra de hoy es cultural, ¿por qué?

—Cada día resulta más obvio. La denominada guerra no convencional actúa a través de los símbolos en las redes sociales. Intentan destruir paradigmas como Lula, enjuiciándolos, acusándolos de corruptos, u otros del pasado glorioso de nuestra América, para debilitar culturalmente a las fuerzas progresistas de la región. A la vez, presentan a los jóvenes los símbolos del neoliberalismo como patrones modernos.

«El capitalismo quiere ganar la subjetividad de la mayoría, las conciencias de la gente. Hacer creer al pobre o al desempleado que tiene la culpa de su fracaso; exacerbar la famosa división triunfador-perdedor.

«En la guerra cultural el neoliberalismo cuenta con la maquinaria hollywoodense, la moda, la publicidad… La manipulación alcanza tales niveles que ya no se compran productos porque son buenos, sino porque entras al mundo de las grandes marcas, a la élite, donde te sientes superior, aunque seas infeliz y te haya costado mucho esfuerzo y dinero conseguirlo».



—En ese sentido, ¿cuánto daño ha hecho el capitalismo?

—Lograron dominar la cultura prácticamente en todas partes. Solo existen pequeños núcleos de resistencia como algunas editoriales, festivales, pero desarticulados. Con mayor frecuencia, la creación artística se percibe como mercancía. Vivimos en un reality show, en el que predomina la idea de que mientras más infantil sea el público, para que no formule preguntas complejas, es más fácil divertirlo y manipularlo.

«En el cine ya todo es más elemental. Los buenos son muy buenos; los malos, muy malos. No hay grises. El mundo no es así. Deberíamos creer, como Martí, en el mejoramiento humano. Fidel decía que el ser humano no es una alimaña, en él hay ideas solidarias. Sin embargo, el capitalismo incentiva la ferocidad».

—¿Qué fin persiguen con esta estrategia?

—Tres objetivos. Primero, desmovilizar políticamente a las nuevas generaciones para liquidar su potencial revolucionario. Eso no se ha logrado del todo. Las manifestaciones en Chile, país considerado como el modelo, el oasis, la vitrina neoliberal, indican lo contrario.

«Segundo, convertirte en un consumidor para concebir la felicidad como la acumulación de bienes materiales. Tercero, a esas personas adormecidas, atontadas, desalentadas, utilizarlas como tropa de choque para derribar gobiernos progresistas».

—¿Puede la izquierda contratacar?

—Cuando los integrantes de la Red de Intelectuales, Artistas y Movimientos Sociales en Defensa de la Humanidad nos reunimos en Caracas, en diciembre de 2004, la gran prensa al servicio de Estados Unidos silenció todo ese debate del pensamiento antihegemónico. Señalaron que participaron solo viejos y, en efecto, el promedio de edad de los intelectuales era alto. Asistieron jóvenes, pero nadie los conocía, ni siquiera nosotros, porque desde la década del 70 los mecanismos de legitimación o divulgación cultural están en manos de las corporaciones que responden a la derecha.

«Hubo un esfuerzo de Fidel y Chávez para crear mecanismos de legitimación cultural desde la izquierda. Se creó el Premio ALBA Cultural de las Artes y de las Letras para reconocer a una gran figura de nuestra América, cuya obra hubiese contribuido a la emancipación de los pueblos. Entre los ganadores están el escritor venezolano Luis Britto, Silvio Rodríguez, Alicia Alonso…, pero nadie lo sabe. Quedó silenciado por los grandes medios y nos faltó la estrategia de comunicación».

—¿Estamos ajenos a la ofensiva cultural del neoliberalismo?

—Fidel decía que no podemos formar a los cubanos del presente y del futuro en una urna de cristal. Es una pretensión ridícula tratar de aislar a alguien para, en cierto lugar no contaminado, inculcarle los valores del socialismo. Eso es absurdo.

«Con fenómenos como la circulación underground del denominado paquete semanal, la idea de prohibir algo resulta ridícula. Sin embargo, las tecnologías no son culpables en sí mismas. También son portadoras de mensajes valiosos, pero la mayoría de las veces son instrumentos de las grandes corporaciones.

«No puede explicarse de otra manera que los famosos tengan tantos seguidores en las redes, incluso cubanos. La trampa está en la idea de que el joven puede hacer su propio menú de consumo cultural. Tecnológicamente es posible. Puedes escoger, pero solo lo que la agenda de los monopolios de la información te pone delante».

—¿Qué hacer desde Cuba?

—No creo que haya otro país en el mundo con mejores condiciones para defenderse de esa ofensiva colonizadora. En Cuba no hay educación ni medios de prensa privados, tenemos una Brigada de Instructores de Arte, más de 10 000 bibliotecas escolares y más de 3 000 públicas, eventos que movilizan a la población como la Feria del Libro. Debemos seguir batallando por la coherencia, por lograr que la calidad sea el emblema de la producción cultural nacional.


Bayer, Fiat, Volks, Siemens, IBM: os aliados de Hitler e do nazismo

A ideologia do lucro de grandes empresas levou muitas delas a financiar o Estado alemão durante o período nazista. Foram elas que produziram inúmeras tecnologias para os campos de concentração, onde milhões de judeus foram assassinados



Os campos de concentração alemães puderam funcionar, da maneira que operaram, devido ao gás Zyklon B, que era usado nas câmaras de gás do holocausto. A empresa responsável por sua produção era a IG Farben, atualmente conhecida por outro nome. Hoje, a organização que financiava o gás que matou milhões de judeus se chama Bayer.

Além dela, inúmeras empresas deram suporte financeiro ao nazismo de Adolf Hitler, na Alemanha, e ao fascismo de Benito Mussolini, na Itália. Segundo o livro A Ordem do Dia, do escritor francês Éric Vuillard, BMW, Fiat, Volkswagen, Siemens, IBM, Chase Bank, Hugo Boss, General Electric e outras grandes corporações se estabeleceram e ainda lucraram com o autoritarismo da ideologia nazista, bem como o antissemitismo.

A IBM organizou praticamente todo plano de extermínio judeu. “Com a IBM como parceira, o regime de Hitler pôde substancialmente automatizar e acelerar as seis fases dos 12 anos de Holocausto: identificar, excluir, confiscar, ‘guetizar’, deportar e exterminar”, analisa o jornalista estadunidense Edwin Black no livro Nazi Nexus (Nexo Nazista). A empresa facilitou o processo de identificação dos judeus, e depois disso, também coordenou os sistemas de trens que os levavam para os campos.

Segundo o artigo Aposta em Hitler – O Valor das Conexões Políticas na Alemanha Nazista, de Thomas Ferguson e Hans-Joachim Voth, uma em cada sete empresas aprovava o nazismo no início dos anos 1930. Muitas estavam envolvidas com o regime – e foram muito bem recompensadas por isso. Conforme o artigo, as instituições que apoiaram o movimento de Hitler tiveram uma alta extraordinária e incomum, com retornos avaliados em 5 a 8% entre o período de janeiro e março de 1933.

O livro The Wages of Destruction (Os Salários da Destruição, em tradução livre), de Adam Tooze, fala sobre como o governo nazista fez parcerias com empresas alemãs, que apoiavam seus interesses ideológicos e de guerra para conseguir benefícios, subsídios e uma grande repressão ao movimento sindical alemão. Mas por que os empresários resolveram apoiar o nazismo?

“Quando Hitler subiu ao poder, os industriais não falavam uma língua só. Mas a maioria estava feliz de apoiar nazistas – em vez de comunistas – e dar suporte a um movimento político que prometia limitar, senão esmagar, o crescente poder dos trabalhadores organizados”, diz o historiador da Universidade do Alabama, Jonathan Wiesen.

No Mein Kampf (Minha Luta), Hitler aponta os maiores males que a Alemanha teria de enfrentar. “Nesse tempo, meus olhos se abriram para dois perigos que eu mal conhecia pelos nomes e que, de nenhum modo, se apresentavam nitidamente para mim em sua horrível significação para a existência do povo germânico: marxismo e judaísmo”, afirma.

Segundo o filósofo italiano Antonio Gramsci, o fascismo operou como uma tentativa de superação de uma das muitas crises cíclicas do capitalismo. O regime funcionou “como uma nova forma de reorganização do sistema capitalista sob a lógica de um Estado de Exceção”.

No artigo O Estado Nacional-Socialista na Ótica de Norbert Frei, Marco Pais Neves dos Santos, escritor português da Universidade Nova de Lisboa, destaca os motivos que levaram à ascensão de Hitler: “A degradação econômica e social da Alemanha após a 1ª Guerra Mundial, a crise do capitalismo, a fragilidade social, o antissemitismo, o anticomunismo e o desejo de mudança de alguns setores da sociedade”. Tais pontos seriam, assim, parte da crise cíclica do capitalismo descrita por Gramsci.

“O fascismo é a fase preparatória da restauração do Estado – ou seja, de um recrudescimento da reação capitalista, de um endurecimento da luta capitalista contra as exigências mais vitais da classe proletária”, analisou Gramsci em 1920. Consolidando novamente o sistema capitalista com base na parceria com as grandes empresas alemãs –, o nazismo conseguiu restabelecer sua economia de maneira muito rápida. A custo de milhões de vidas, mas o fez.

Com informações da Aventuras na História

FONTE: Vermelho

Leituras recomendadas:

Entrevista da historiadora Anita Prestes sobre o tema do fascismo

O papel do capital financeiro internacional na constituição de regimes autoritários no Brasil


Texto da historiadora Anita Prestes. Uma abordagem marxista que classifica o fascismo como uma arma à qual os setores mais reacionários do capital financeiro recorrem para assegurar seus interesses.



A ORDEM DO DIA
autor: Eric Vuillard
editora: Tusquets
ano de edição: 2019
segmento específico: LITERATURA FRANCESA
sinopse: A ordem do dia, vencedor do prêmio Goncourt 2017, é uma narrativa histórica, gênero-aposta nos maiores mercados editoriais do mundo. É um fenômeno de vendas na Europa, em especial na Espanha, onde foi publicado pela Planeta/Tusquets España. Nele, narra-se de forma crua, direta e irônica, sem rodeios ou meias-palavras, os bastidores de dois dos momentos-chave da Segunda Guerra Mundial: o apoio dado pelos maiores industriais da Alemanha a Hitler e a anexação da Áustria ao Reich. 20 de fevereiro de 1933. Em um dia como outro qualquer em Berlim, os grandes líderes da indústria alemã se reúnem com os maiores dirigentes do Partido Nazista. Na pauta, a decisão de investir ou não na campanha de Hitler e seus companheiros pelo poder do país. 12 de março de 1938. A anexação da Áustria ao Reich é iminente. Um dia repleto de situações e personagens por vezes grotescos e ridículos, prestes a entrar para a história. Nos jornais, pipocam as imagens inéditas de um grande exército motorizado, símbolo de um poder inaudito e da modernidade de uma nova guerra. Por trás da glória apregoada pela propaganda de Goebbels, a verdade que se esconde nos bastidores mostra um desenrolar dos fatos muito menos gloriosos: no lugar da força de vontade e da determinação de um povo pretensamente destinado à grandeza, surge uma combinação de intimidação e puro blefe.


RAVENSBRUCK: A HISTORIA DO CAMPO DE CONCENTRAÇÃO NAZISTA PARA MULHERES
autora: Sarah Helm
editora: Record
ano de edição: 2017
segmento específico: 2ª GUERRA MUNDIAL
sinopse: Campo de concentração destinado especificamente para mulheres, Ravensbrück foi concebido por Heinrich Himmler, arquiteto do genocídio nazista. No fim da guerra, 130 mil mulheres de mais de vinte países europeus foram prisioneiras lá, incluindo nomes proeminentes como a sobrinha do general De Gaulle a irmã do prefeito de Nova York durante a guerra. Lá também esteve Olga Benario Prestes. Por décadas, a história de Ravensbrück ficou escondida por trás da cortina de ferro, e até hoje é pouco conhecida. Usando testemunhos desenterrados desde o fim da Guerra Fria e entrevistas com sobreviventes que nunca antes haviam falado, Sarah Helm foi ao coração do campo, demonstrando, com minuciosos detalhes, o quão fácil e rapidamente o terror evoluiu. Inspirador, arrepiante e profundamente comovedor, este livro é um trabalho revolucionário de investigação histórica. Com rara clareza, lembra-nos da capacidade do ser humano tanto para a crueldade bestial quanto para a coragem e resistência contra todas as possibilidades.


OLGA BENARIO PRESTES: UMA COMUNISTA NOS ARQUIVOS DA GESTAPO
autora: Anita Leocadia Prestes 
editora: Boitempo
ano de edição: 2017
segmento específico: Biografias e Memórias
sinopse: Esta breve narrativa biográfica contém não apenas preciosidades históricas e raridades documentais – que, por si sós, já valeriam a leitura –, ela oferece a perfeita dimensão da luta diária de Olga Benario Prestes por seus ideais, mesmo nas condições mais adversas. A resistência da jovem revolucionária diante da gigantesca e cruel máquina do Terceiro Reich, que a considerava uma “comunista perigosa”, parece ainda pulsar nestas páginas, como se seu coração, calado há 75 anos, ainda batesse. Um coração intrépido, que, encarcerado, soube conjugar a luta política, o amor pelo grande companheiro e a preocupação com a educação da filha, de quem fora afastada prematuramente. Após a abertura dos arquivos da Gestapo, essa filha, a historiadora Anita Leocadia Prestes, debruçou-se sobre as cerca de 2 mil páginas a respeito de Olga, recheadas de documentos inéditos, para trazer à tona informações até então desconhecidas. Mais do que peças faltantes no quebra-cabeça da história, os documentos aqui reproduzidos, especialmente a correspondência inédita entre Olga e Luiz Carlos Prestes, nos permitem enxergar o presente com outros olhos.


sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Há 122 anos nascia Luiz Carlos Prestes, o Cavaleiro da Esperança

Líder da Coluna que adotou seu nome e do movimento antifascista de 1935 e dirigente máximo do Partido Comunista (PCB) durante quase quarenta anos.


A relevância da figura de Luiz Carlos Prestes na história do Brasil do século XX tornou-se indiscutível. Sua participação na vida política nacional abrangeu um período de setenta anos, o qual coincide com o "breve século XX" definido e analisado por Eric Hobsbawm. Caluniado ou silenciado pelos donos do poder enquanto viveu, após seu falecimento Prestes teve sua história falsificada por quem pretende legitimar interesses políticos que ele sempre combateu. 
[...]
A liderança de Luiz Carlos Prestes está identificada com a luta pelo socialismo e pelo comunismo no Brasil, o que se explica pela coerência revelada durante sessenta anos, desde seu Manifesto de maio de 1930* até seu falecimento, em 1990. [...] Provocou o ódio das classes dominantes e de seus "intelectuais orgânicos", uma vez que jamais abdicou dos ideais aos quais dedicou a vida.Sua ruptura em 1930 com os donos do poder foi um gesto inaceitável para as classes dominantes no Brasil, que nunca perdoariam sua opção pelos trabalhadores e, de maneira geral, pelos explorados. Eis a razão por que recorreram sempre ora às calúnias contra o líder comunista, ora o silêncio ou à falsificação de sua trajetória como forma de apagar o legado do Cavaleiro da Esperança da memória das novas gerações de brasileiros. [trechos da Apresentação do livro "Luiz Carlos Prestes: um comunista brasileiro", publicado pela Boitempo Editorial e de autoria de Anita Prestes]
* Documento em que Prestes, sem se declarar comunista, adotava o programa de uma "revolução agrária e anti-imperialista" proposto pelo PCB.

Por meio da trajetória de Luiz Carlos Prestes é possível contar uma história do Brasil que nos tem sido sonegada pelos donos do poder e seus "intelectuais orgânicos", que forjam uma "História Oficial", que, infelizmente, acaba levando à reboque setores da esquerda. Para conhecer a trajetória política de Luiz Carlos Prestes, acesse o site do Instituto Luiz Carlos Prestes, clicando AQUI, onde você encontrará uma diversidade de materiais sobre o Cavaleiro da Esperança.



LIVROS EM PDF, ACESSE CLICANDO NO LINK ABAIXO DE CADA TÍTULO:

"Luiz Carlos Prestes: patriota, revolucionário, comunista", de Anita Leocadia Prestes, Editora Expressão Popular, 2006.



"Luiz Carlos Prestes – textos resgatados do esquecimento", Anita Leocadia Prestes (Organizadora), 1ª edição, Lutas Anticapital, 2019.
https://lutasanticapital.milharal.org/files/2019/10/2019_10_prestes_final_v3.pdf



Leitura recomendada:

"Luiz Carlos Prestes: um comunista brasileiro", de Anita Prestes, Boitempo Editorial






quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

"Juro que resistiremos. No solo los cubanos, sino nosotros los pueblos de América."

61 años de Revolución

Saludo a Cuba, por Pablo Neruda

Al saludar al pueblo cubano y a su triunfante Revolución no quiero agregar más palabras de protocolo flamígero, sino revelar un acto de conciencia. La República de Cuba ha sido restaurada y el deber de todos los hombres de América es defenderla.

El lenguaje de Cuba es el de la verdad, es el lenguaje de Martí, de Bolívar. Cuba es en estos momentos la esperanza de todo un siglo de falsa independencia y esperamos conquiste e implante su propia justicia.

Juro que resistiremos. No solo los cubanos, sino nosotros los pueblos de América.

Juro como poeta y como chileno, que acudiré y acudiremos al llamado de Cuba para defender su victoria y su verdad con toda la pasión y el amor de nuestros pueblos.

Cuba es asiento de vida o muerte para todos nosotros. Combatiremos por Cuba y por nuestra propia existencia. Si la Revolución Cubana se extinguiera seríamos borrados de la pizarra del mundo.

FUENTE: Cubadebate