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quarta-feira, 8 de maio de 2024

CLARA MATTEI - ECONOMIA CONTRA O POVO: O QUE É AUSTERIDADE? - PROGRAMA 20 MINUTOS

Uma entrevista imperdível e necessária com Clara Mattei, autora do livro "A ordem do capital: como economistas inventaram a austeridade e abriram caminho para o fascismo", publicado pela Editora Boitempo. Entrevista no canal Opera Mundi, no YouTube.



https://www.youtube.com/watch?v=XfNh4OWMfDg

sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Sobre "O CAPITAL PARA EDUCADORES OU APRENDER E ENSINAR COM GOSTO A TEORIA CIENTÍFICA DO VALOR"

Livro de Vitor Henrique Paro, lançamento 2022 da Editora Expressão Popular.

Segundo o "Manual de instruções" no início da obra, afirma-se que "este não foi escrito apenas para ser lido, mas para ser estudado e permanentemente consultado e manuseado, no processo de leitura e compreensão da teoria científi ca do valor, cuja obra magna é O capital, de Karl Marx". O livro se destina não somente "para educadores profissionais, mas para todos aqueles que queiram ter acesso a uma porta que leva ao conhecimento da realidade social de nosso tempo". Sobre o título da obra, o "Manual de instruções" informa: "É verdade que seu títuloprocura destacar educadores, pela importância sem limites do papel destes na formação dos mais jovens, ao propiciar a apropriação de conteúdos científi cos e de valores humanitários. Mas o título decorre também do fato de O capital ser uma obra autenticamente pedagógica". Prossegue esclarecendo: 

A educação, objeto da Pedagogia, é a apropriação da cultura, ou seja, de tudo aquilo que é produzido a partir da vontade e ação do homem. Educação é, assim, autêntica atualização histórico-cultural do indivíduo, objetivando sua formação humano-histórica. Por isso, uma obra como O capital, que leva a compreender e conscientizar os leitores acerca da realidade econômica, pode e deve ter realçado seu caráter pedagógico. A leitura deste livro é, pois, para todos aqueles que queiram atualizar seu caráter humano-histórico, tornando mais fácil a apropriação de uma das obras mais importantes da humanidade.

Para ler o "Manual de instruções" na íntegra, que faz a abertura do livro O capital para educadores ou aprender e ensinar com gosto a teoria científica do valor, clique AQUI.

Para adquirir o livro, visite o site da Expressão Popular.



Paro, Vitor Henrique. O capital para educadores ou aprender e ensinar com gosto a teoria científica do valor. 1. ed.-- São Paulo: Expressão Popular, 2022.


sábado, 20 de agosto de 2022

Livros digitais (em PDF) para baixar gratuitamente da Editora Lutas Anticapital

Confira os 27 eBooks da Editora Lutas Anticapital para baixar gratuitamente.

Como fazer o download? No site da editora, você deve realizar a “compra” dos ebooks, que estão com o preço zerado, e receberá um link por e-mail para fazer o download.



[PDF] Marx e a Crítica ao Programa de Gotha

Antonio Nascimento da Silva e Deribaldo Santos

Link: https://lutasanticapital.com.br/collections/ebooks/products/pdf-marx-e-a-critica-ao-programa-de-gotha



[PDF] Herança, Esperança e Comunismo: Luiz Carlos Prestes e o Movimento Comunista Brasileiro – Documentos (1980-1995) 

Gustavo Koszeniewski Rolim (organizador)

Link: https://lutasanticapital.com.br/collections/ebooks/products/heranca-esperanca-e-comunismo-luiz-carlos-prestes-e-o-movimento-comunista-brasileiro-documentos-1980-1995-pdf



[PDF] A Estratégia Democrático Popular: um inventário crítico

Mauro Iasi, Isabel Mansur Figueiredo e Victor Neves (organizadores)

Link: https://lutasanticapital.com.br/collections/ebooks/products/pdf-a-estrategia-democratico-popular-um-inventario-critico


[PDF] Escravidão e dependência: opressões e superexploração da força de trabalho brasileira

Marcela Soares

Link: https://lutasanticapital.com.br/collections/ebooks/products/pdf-escravidao-e-dependencia-opressoes-e-superexploracao-da-forca-de-trabalho-brasileira



[PDF] A ideologia do desenvolvimento e a controvérsia da dependência no Brasil

Fernando Correa Prado

Link: https://lutasanticapital.com.br/collections/ebooks/products/pdf-a-ideologia-do-desenvolvimento-e-a-controversia-da-dependencia-no-brasil



[PDF] A conspiração contra a escola pública

Florestan Fernandes

Link: https://lutasanticapital.com.br/collections/ebooks/products/pdf-a-conspiracao-contra-a-escola-publica-florestan-fernandes



[PDF] A formação política e o trabalho do professor

Florestan Fernandes

Link: https://lutasanticapital.com.br/collections/ebooks/products/pdf-a-formacao-politica-e-o-trabalho-do-professor


[PDF] Tragédia Educacional Brasileira no Século XX: diálogos com Florestan Fernandes

Henrique Tahan Novaes e Julio Hideyshi Okumura

Link: https://lutasanticapital.com.br/collections/ebooks/products/pdf-a-tragedia-educacional-brasileira-no-seculo-xx-dialogos-com-florestan-fernandes


[PDF] Educação Profissional: crise e precarização

Deribaldo Santos

Link: https://lutasanticapital.com.br/collections/ebooks/products/pdf-copia-de-educacao-profissional-crise-e-precarizacao


[PDF] Educação Democrática, Trabalho e Organização Produtiva no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)

Neusa Maria Dal Ri

Link: https://lutasanticapital.com.br/collections/ebooks/products/educacao-democratica-trabalho-e-organizacao-produtiva-no-movimento-dos-trabalhadores-rurais-sem-terra-mst


[PDF] Escola da Terra: IV Formação continuada de educadores do campo em Minas Gerais volume 1

Eliano de Souza M. Freitas; Érica Fernanda Justino e Maria de Fátima Almeida Martins (Orgs.)

Link: https://lutasanticapital.com.br/collections/ebooks/products/escola-da-terra-iv-formacao-continuada-de-educadores-do-campo-em-minas-gerais-volume-1


[PDF] Democracia e Socialismo: Carlos Nelson Coutinho em seu tempo

Victor Neves

Link: https://lutasanticapital.com.br/collections/ebooks/products/pdf-democracia-e-socialismo-carlos-nelson-coutinho-em-seu-tempo


[PDF] Mundo do Trabalho Associado e Embriões de Educação para além do capital

Henrique Tahan Novaes e colaboradores

Link: https://lutasanticapital.com.br/collections/ebooks/products/mundo-do-trabalho-associado-e-embrioes-de-educacao-para-alem-do-capital-pdf


[PDF] Questão Agrária, Cooperação e Agroecologia - volume 1

Henrique Tahan Novaes, Ângelo Diogo Mazin e Lais Santos (organizadores)

Link: https://lutasanticapital.com.br/collections/ebooks/products/pdf-questao-agraria-cooperacao-e-agroecologia-volume-1


[PDF] MST: formação política e reforma agrária nos anos de 1980

Fabiana de Cássia Rodrigues

Link: https://lutasanticapital.com.br/collections/ebooks/products/pdf-mst-formacao-politica-e-reforma-agraria-nos-anos-de-1980


[PDF] Populações e territórios espoliados pela ampliação recente da infraestrutura industrial capitalista: focos de luta política e ideológica na América do Sul

Oswaldo Sevá Filho

Link: https://lutasanticapital.com.br/collections/ebooks/products/pdf-populacoes-e-territorios-espoliados-pela-ampliacao-recente-da-infraestrutura-industrial-capitalista-focos-de-luta-politica-e-ideologica-na-america-do-sul


[PDF] Movimentos sociais e crises contemporâneas - volume 3

Rogério Fernandes Macedo, Henrique Tahan Novaes e Paulo Alves de Lima Filho (organizadores)

Link: https://lutasanticapital.com.br/collections/ebooks/products/pdf-movimentos-sociais-e-crises-contemporaneas-volume-3


[PDF] A economia de Francisco, o Futuro do Planeta e do Homem

Pedro Ramos

Link: https://lutasanticapital.com.br/collections/ebooks/products/pdf-a-economia-de-francisco-o-futuro-do-planeta-e-do-homem


[PDF] Trabalho e práxis: novas configurações, velhos dilemas 

Vinicius Fernandes, Arelys Esquenazi, Livia Moraes

Link: https://lutasanticapital.com.br/collections/ebooks/products/trabalho-e-praxis-novas-configuracoes-velhos-dilemas-pdf


[PDF] Tecnologia Social e Reforma Agrária volume 2

Felipe Addor, Farid Eid e Davis Sansolo

Link: https://lutasanticapital.com.br/collections/ebooks/products/tecnologia-social-e-reforma-agraria-volume-2


[PDF] Tecnologia Social e Reforma Agrária volume 3 

Farid Eid, Felipe Addor e Davis Sansolo

Link: https://lutasanticapital.com.br/collections/ebooks/products/tecnologia-social-e-reforma-agraria-volume-3-pdf


[PDF] Saberes do curso de especialização em agroecossistemas (UFSC/PRONERA): fundamentos, princípios e práticas agroecológicas e formativas no campo Vol. 1 

Marília Carla de Mello Gaia, Marie-Anne Stival Pereira e Leal Lozano, Estevan Felipe Pizarro Muñoz, Maria Jose Hötzel, Alexandre Giesel, Denise Pereira Leme, Daniele Cristina da Silva Kazama e Inês Claudete Burg (Organização)

Link: https://www.blogger.com/blog/post/edit/2446271990859665984/3460638776612417518


[PDF] Saberes do curso de especialização em agroecossistemas (UFSC/PRONERA): estratégias e resistências nos territórios rurais Vol 2

Marília Carla de Mello Gaia, Marie-Anne Stival Pereira e Leal Lozano, Estevan Felipe Pizarro Muñoz, Maria Jose Hötzel, Alexandre Giesel, Denise Pereira Leme, Daniele Cristina da Silva Kazama e Inês Claudete Burg (Organização)

Link: https://lutasanticapital.com.br/collections/ebooks/products/saberes-do-curso-de-especializacao-em-agroecossistemas-ufsc-pronera-estrategias-e-resistencias-nos-territorios-rurais-vol-2-pdf


[PDF] Reatando um fio interrompido: a relação universidade-movimentos sociais na América Latina (2a edição)

Henrique Tahan Novaes

Link: https://lutasanticapital.com.br/collections/ebooks/products/reatando-um-fio-interrompido-a-relacao-universidade-movimentos-sociais-na-america-latina-2a-edicao-pdf


[PDF] Da Beira-Rio do Sertão à Beira-Mar da Cidade: Uma trajetória de vida

Josefa Jackline Rabelo

Link: https://lutasanticapital.com.br/collections/ebooks/products/da-beira-rio-do-sertao-a-beira-mar-da-cidade-uma-trajetoria-de-vida-pdf


[PDF] À margem da voz: repensar a fronteira a partir da violência política e dos genocídios de gênero na Amazônia 

Laura dos Santos Rougemont

Link: https://lutasanticapital.com.br/collections/ebooks/products/a-margem-da-voz-repensar-a-fronteira-a-partir-da-violencia-politica-e-dos-genocidios-de-genero-na-amazonia


[PDF] A ética na grande estética de Lukács 

Deribaldo Santos

Link: https://lutasanticapital.com.br/collections/ebooks/products/a-etica-na-grande-estetica-de-lukacs-pdf


sexta-feira, 1 de julho de 2022

Para download: «Teorías del imperialismo y la dependencia desde el sur global» Néstor Kohan (compilador y organizador)

¿El neoliberalismo y la economía neoclásica son “el horizonte insuperable de nuestra época”? ¡No hay otra alternativa!, se resignan hasta los keynesianos. Para demostrar que ese es un callejón sin salida, ya tenemos la novedad editorial «Teorías del imperialismo y la dependencia desde el sur global» (18 autor@s, casi 400 páginas).

Teorías del imperialismo y la dependencia desde el sur global / Néstor Kohan ... [et al.]; compilación de Néstor Kohan. - 1a ed volumen combinado. - Ciudad Autónoma de Buenos Aires : Amauta Insurgente; Ituzaingó : Cienflores ; Ciudad Autónoma de Buenos Aires : Instituto de Estudios de América Latina y el Caribe-IEALC, 2022.

Libro en Formato PDF:

http://iealc.sociales.uba.ar/wp-content/uploads/sites/57/2022/06/Teorias-del-Imperialismo-y-de-la-Dependencia.pdf


¿Aplaudir o cuestionar a los poderosos? El corazón de las ciencias sociales late al ritmo de ese enigma todavía irresuelto.


Las corrientes que se dedican a legitimar las injusticias “normales”, aceptan sólo una agenda de problemas, un repertorio limitado de categorías y una lista estricta de fuentes confiables. Con arrogancia, pretenden monopolizar el “pensamiento contemporáneo”. Quienes no acepten trabajar para las grandes fundaciones y ONGs que inundan con dineros sucios nuestro campo cultural y político, quedan automáticamente fuera de “lo contemporáneo”. La cooptación parece ineluctable. El mundo del trabajo y sus organizaciones deben agachar la cabeza.


¿Será cierto?


Para responder esa pregunta, este libro recupera, reconstruye y actualiza dos tradiciones estrechamente vinculadas, muy útiles a la hora de comprender el mundo actual. Se trata de las teorías marxistas del imperialismo y la dependencia.


La obra se ubica a contracorriente de los saberes convencionales. Aquellos que se pierden en los laberintos de un imaginario “capitalismo bueno”, presuntamente enfrentado a un “capitalismo malo”. Callejón sin salida, decorado por las metafísicas “post” y la promocionada impostura de la “deconstrucción”. Legitimaciones elegantes del capitalismo verde, el capitalismo violeta e incluso el capitalismo “con rostro humano”. Una manera suave y con estilo de rendirse ante el neoliberalismo y la dependencia sin pagar costos políticos ni asumir polémicas incómodas.


Este volumen colectivo (que reune las contribuciones de 18 autor@s) tiene una meta sencilla: nutrir con insumos al campo popular. Apostamos a las nuevas generaciones para retomar las tareas pendientes, en una época signada por la contrainsurgencia global, el colapso ecológico, el resurgir de las derechas extremas y la crisis del imperialismo como sistema mundial.


Néstor Kohan (compilador y organizador)

sábado, 26 de dezembro de 2020

Lançamento em pré-venda: "EMPRESARIADO E DITADURA NO BRASIL"

Pedro Henrique Pedreira Campos, Rafael Vaz da Motta Brandão e Renato Luís do Couto Neto e Lemos (Organizadores)

CONSEQUÊNCIA Editora

ASSUNTO: HISTÓRIA, CIÊNCIAS SOCIAIS

IDIOMA: Português        

FORMATO: Brochura, TAMANHO: 16,0 x 23,0 cm

EDIÇÃO: 1ª  2020

PÁGs.: 504,

LOMBADA: 1,5 cm

ISBN: 9786587145105




Sobre o livro:... O livro que o leitor tem em mãos é resultado de uma agenda de pesquisa dedicada a examinar os principais beneficiários do regime ditatorial militar implantado no Brasil em 1964. É curioso que quando se anuncia o propósito de investigar os que enriqueceram naquele período muitos leitores busquem denúncias de enriquecimento ilícito e corrupção, e quase nunca a criação de fortunas como resultado da acumulação capitalista facilitada por um regime de exceção. Essa última dinâmica é o que interessa essa agenda sintetizada em Empresariado e ditadura no Brasil, que reúne um conjunto de trabalhos de investigação sobre as relações favoráveis à acumulação criadas por um regime que além de reprimir, prender e assassinar opositores políticos, implementou reformas no Estado brasileiro e uma arquitetura legislativa que garantiu altas taxas de lucratividade para o grande capital. Eis uma dimensão essencial sem a qual não é possível compreender como parte considerável do empresariado brasileiro não só apoiou aquele regime como patrocinou e se comprometeu com estratégias sanguinárias de combate à oposição, como foi o caso notório da Operação Bandeirantes em São Paulo, para ficar num exemplo. Sem situar esse ponto, pode-se cair em leituras psicologizantes, que pouco esclarecem a questão. Não que aqueles tempos não tenham sido de corrupção, como comumente apelam os assassinos da memória encastelados nos quartéis, nas redes sociais e no Planalto. Mas o assunto aqui são as estratégias com as quais os donos do dinheiro formaram fortunas faraônicas num ambiente de aumento exponencial das taxas de exploração da classe trabalhadora e na abertura de novas fronteiras para o capitalismo. Nesse sentido, o debate aqui apresentado destoa profundamente de tendências apologéticas que ganharam repercussão importante no campo de estudos sobre a última ditadura e que, por exemplo, buscaram reconstruir positivamente o período do chamado milagre econômico.  Demian Melo  Professor de História Contemporânea do bacharelado em Políticas Públicas da UFF.

Sobre os organizadores: Pedro Henrique Pedreira Campos é doutor em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Professor do Departamento de História da UFRRJ e do Programa de Pós-Graduação em História da UFRRJ. Rafael Vaz da Motta Brandão é doutor em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Professor visitante do Departamento de Ciências Humanas e do Programa em Pós-Graduação em História Social da UERJ/FFP. Coordenador do Laboratório de Economia e História (LEHI/UFRRJ/CNPq), vice-coordenador do Núcleo de Estudos sobre Território, Movimentos Sociais e Relações de Poder (TEMPO/UERJ-FFP/CNPq) e pesquisador associado ao Grupo de Trabalho Empresariado e Ditadura no Brasil. Renato Luís do Couto Neto e Lemos é doutor em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Professor titular do Instituto de História e do Programa de Pós Graduação em História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Coordenador do Laboratório de Estudos Sobre Militares na Política (LEMP/UFRJ/CNPq) e pesquisador associado ao Grupo de Trabalho Empresariado e Ditadura no Brasil.





segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Para download: "Construir soberanía. Una interpretación económica de y para América Latina"

 Una antología en dos volúmenes de la obra de Theotônio dos Santos




Dos Santos, Theotônio. Construir soberanía : una interpretación económica de y para América
Latina. Prólogo de Mónica Bruckmann. - 1a ed. Ciudad Autónoma de Buenos Aires : CLACSO, 2020.
Libro digital, PDF - (Antologías)




CLACSO presenta una antología en dos volúmenes de la obra de Theotônio dos Santos, uno de los autores más importantes de nuestro tiempo, tanto por su originalidad y alcances como por el modo en que ejerció el pensamiento crítico con agudeza y creatividad. El gran pensador brasileño desarrolló a lo largo de su vida un análisis centrado en la comprensión del mundo contemporáneo, combinando una mirada sobre la historia reciente de la humanidad y del pensamiento científico adecuado para interpretarla y actuar sobre ella.

La permanente relación entre teoría y práctica le imprimió a la obra de Dos Santos una de sus marcas distintivas: la del cientista social comprometido con las grandes causas de la humanidad. Dos Santos fue uno de los precursores de la teoría de la dependencia y un militante abocado a desplegar una lectura de la economía política del mundo contemporáneo pensada desde nuestra región y en clave emancipatoria.

FUENTE: CLACSO

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Para download: Cartas sobre "El Capital", de Karl Marx e Friedrich Engels

 Via La lectura es la fábrica de la conciencia revolucionaria (Facebook)

La correspondencia entre Marx y Engels es fecunda y diversa, pues abarca las más variadas temáticas. Cartas sobre "El Capital" consiste en una selección de las que tratan problemas económicos y fueron escritas paralelamente a la elaboración de "El Capital".


DESCARGA

https://drive.google.com/file/d/1qUmqjWcMU3QqmR-LDL990zQ6YRMmhOrS/view?fbclid=IwAR2gwFzr7aN4FnuKy4YrrJEMNEGi4n8QeKWNeTPDPXH13F2M99WG27AGYdk




sexta-feira, 31 de julho de 2020

Para download: "Celso Furtado - os combates de um economista"

Em homenagem ao também centenário de nascimento do economista e intelectual brasileiro Celso Furtado, comemorado em 26 de julho, a Editora Expressão Popular indica e está disponibilizando em pdf gratuito a obra "Celso Furtado - os combates de um economista". O lançamento é fruto da parceria entre a Editora Expressão Popular com a Associação Brasileira de Economistas pela Democracia (ABED) e a Fundação Perseu Abramo.



Celso Furtado tratou do conceito de Subdesenvolvimento – da forma clara e rigorosa que é própria do seu método histórico e analítico – no seu clássico Desenvolvimento e subdesenvolvimento de 1961. Não o definiu como uma etapa necessária pela qual teriam passado todos os países desenvolvidos, mas como um processo histórico particular, resultante da penetração das empresas capitalistas modernas em estruturas arcaicas, constitutivo da expansão desigual do Capitalismo. Teoricamente sua concepção é semelhante ao esquema Centro-Periferia de Prebish (1949), mas sua visão é mais completa porque contempla a análise de nossa estrutura subdesenvolvida e a dinâmica da sua articulação interna-externa.

Suas preocupações recorrentes com o tema da construção da Nação frente às diversas formas de dominação internacional e ao pacto interno de dominação estão presentes em quase todos os seus escritos desde 1964. A separação, para fins analíticos, entre as dimensões econômicas, políticas e sociais do nosso subdesenvolvimento nunca o impediu de ter uma visão histórico-estrutural capaz de abranger as três dimensões, desde Formação econômica do Brasil (1959) até Brasil, a construção interrompida (1992).

Furtado não desistiu nunca da ideia da necessidade de um Projeto Nacional capaz de animar a reconstrução do Brasil, mesmo quando a atual conjuntura de desmantelamento do país parece deslocar os resultados desse processo para um horizonte cada vez mais longínquo, como em seu Longo Amanhecer (1998).

No Manifesto da Frente de Esquerda Em defesa do Brasil, da democracia e do trabalho (1999) – que ele assinou, como a maioria dos intelectuais que ainda continuam na luta de resistência às políticas neoliberais – a epígrafe é uma frase sua, esclarecedora do estado de espírito do Mestre: “Em nenhum momento da nossa história foi tão grande a distância entre o que somos e o que esperávamos ser”.

Esta mágoa, que compartilho com paixão, decorre de nosso sentimento comum quanto à situação da Nação em matéria de destruição das forças produtivas e da própria desorganização da sociedade.

Maria da Conceição Tavares


Você pode baixar de forma gratuita diretamente CLICANDO AQUI ou seguir com a compra do livro digital e contribuir com o projeto editorial popular da Expressão Popular, clicando no link:


quinta-feira, 2 de julho de 2020

Para download: "O negócio da comida - quem controla nossa alimentação?"

A Editora Expressão Popular indica e está disponibilizando em pdf gratuito a obra "O negócio da comida - quem controla nossa alimentação?", de Esther Vivas Esteve, que revela e analisa as entranhas do sistema agroalimentar. Por que os alimentos percorrem milhares de quilômetros do campo ao prato? Por que, em 100 anos, desapareceram 75% da diversidade agrícola? Por que há fome num mundo onde se produz mais comida do que nunca? Por que somos "viciados" em comida-lixo?

Mas o livro não fica apenas na crítica. Leva informação compreensível e valiosa para tirar conclusões e passar à ação: um grito a não se resignar nem a hesitar, uma chamada a nos perguntar e indagar, um apelo à rebeldia e ao compromisso.

Você pode baixar de forma gratuita diretamente CLICANDO AQUI ou seguir com a compra do livro digital e contribuir com o projeto editorial popular da Expressão Popular, clicando no link:


quarta-feira, 1 de julho de 2020

Más de 500 libros del Fondo de Cultura Económica para descargar

Compendio con más de 500 libros (PDF y EPUB) con varias colecciones del Fondo de Cultura Económica de su acervo.



El Fondo de Cultura Económica (FCE) es un grupo editorial en lengua española, con se en México, presente en en la mayoría de los países hispanohablantes como Argentina, Chile, Colombia, Ecuador, España, Estados Unidos, Guatemala y Perú.

Entre sus distintas colecciones se encuentran las agrupan obras fundamentales de diversas áreas del conocimiento, algunas como Psicología, Psiquiatría y Psicoanálisis, colección que difunde las teorías más influyentes en el campo de la conducta y la personalidad; Poesía, la cual reúne prácticamente todos los poemarios que llevan el sello del Fondo; Lengua y Estudios Literarios, que contiene obras que abordan las diversas facetas de la literatura y el lenguaje y las colecciones de Historia, Filosofía, Economía, Antropología por mencionar algunas.

Link para descargar: 

quinta-feira, 4 de junho de 2020

Para pensar historicamente a administração do tempo e a demarcação entre o "trabalho" e a "vida"

"Tempo, disciplina de trabalho e capitalismo industrial", texto do historiador E. P. Thompson


"O registro histórico não acusa simplesmente uma mudança tecnológica neutra e inevitável, mas também explorações e a resistência à exploração" (p.301)

 THOMPSON, E. P.  Tempo, disciplina de trabalho e capitalismo industrial. In.: ____.  Costumes em comum.  São Paulo: Companhia das 1998.p. 267-304. 

LINK PARA DOWNLOAD:


terça-feira, 12 de maio de 2020

Planet of the Humans, com legendas em português

Michael Moore Apresenta: Planeta dos Humanos | Documentário Completo | Dirigido por Jeff Gibbs



Michael Moore apresenta o Planet of the Humans, um documentário que se atreve a dizer o que ninguém mais dirá neste Dia da Terra - que estamos perdendo a batalha para impedir a mudança climática no planeta Terra porque estamos seguindo líderes que nos conduzem pelo caminho errado - vendendo o movimento verde para interesses financeiros e a empresas americanas. Este filme é o alerta para a realidade que temos medo de enfrentar: que, em meio a um evento de extinção causado pelo homem, a resposta do movimento ambiental é pressionar por reparos leves e band-aids. É muito pouco, muito tarde.

Mudar o debate é a única coisa que talvez possa nos salvar: controlar o consumo fora de controle. Por que esse não é tratado como o grande problema? Porque isso seria ruim para os lucros, ruim para os negócios. Nós, ambientalistas, caímos em ilusões, ilusões "verdes", que são tudo menos verdes, porque temos medo de que isso seja o fim - e depositamos todas as nossas esperanças em biomassa, turbinas eólicas e carros elétricos?

Nenhuma quantidade de baterias vai nos salvar, adverte o diretor Jeff Gibbs (ambientalista e co-produtor de "Fahrenheit 9/11" e "Tiros em Columbine"). Esse filme, urgente e imperdível, é um ataque frontal às nossas crenças sagradas e têm a garantia de gerar raiva, debate e, esperançosamente, disposição para ver nossa sobrevivência de uma nova maneira - antes que seja tarde demais.



segunda-feira, 20 de abril de 2020

El rey desnudo

Todos los analistas juiciosos (excepto los voceros del imperio y de la ultraderecha) coinciden en que el coronavirus ha retirado bruscamente el velo de la supuesta bonanza neoliberal para descubrir la barbarie, sus abismos de injusticia y desigualdad

Por Abel Prieto

Cuenta Hans Christian Andersen de dos pícaros que se hicieron pasar por sastres para prometerle a un rey el más bello traje imaginable.

Todos admirarían su atuendo, le dijeron, excepto aquellos nacidos de un amorío extramatrimonial de sus madres. Cuando el rey fue a probárselo, junto a sus cortesanos, nadie, ni el propio rey, vio traje alguno; pero todos pensaron con angustia que eran hijos de relaciones pecaminosas y decidieron alabar con entusiasmo el ropaje imaginario y la genialidad de sus creadores.

El día de la fiesta de la villa, el rey «se vistió» y, montado en su caballo, desfiló por las calles. Los pobladores callaban, avergonzados, creyéndose indignos de percibir el traje milagroso. Hasta que un niño inocente exclamó «¡el rey va desnudo!» y logró, sin proponérselo, que todos descubrieran la farsa.

Con el grito del niño de la fábula se hizo pedazos, como por encanto, la mentira generalizada.

Hoy la naturaleza inhumana del capitalismo y su versión más obscena, el neoliberalismo, ha sido desnudada por el coronavirus. Su rostro satánico quedó expuesto, sin máscaras ni afeites. Se han abierto grietas muy hondas en el espejismo fabricado por la maquinaria de dominación informativa y cultural.

Fidel repitió muchas veces que el capitalismo y el neoliberalismo conducen al mundo entero al genocidio. Y lo dijo con énfasis particular cuando se derrumbó el socialismo en Europa y el coro triunfal de la derecha celebró el advenimiento del Reino Absoluto del Mercado como sinónimo de «libertad» y «democracia», mientras buena parte de la izquierda mundial se replegaba, desmoralizada.

Todos los analistas juiciosos (excepto los voceros del imperio y de la ultraderecha) coinciden en que el coronavirus ha retirado bruscamente el velo de la supuesta bonanza neoliberal para descubrir la barbarie, sus abismos de injusticia y desigualdad.

La pandemia ha funcionado como un instrumento revelador que destapa, desenmascara, y nos enfrenta crudamente a la realidad.

Uno de los rasgos del sistema, que la pandemia ha sacado a la luz, tiene que ver con el dilema ético en que se han visto los médicos obligados a elegir (ante la escasez de respiradores y medicamentos indispensables, de camas en hospitales y unidades de cuidados intensivos) entre enfermos que pueden considerarse «salvables» y aquellos «insalvables», más viejos, más frágiles, con mayores complicaciones.

Esta división tan cruel nace de entender los servicios de salud y la industria farmacéutica como un lucrativo negocio, donde no hay pacientes, sino clientes.

En 2013, un ministro de Finanzas japonés solicitó a los ancianos de su país que se hicieran el harakiri para aliviar de cargas excesivas al presupuesto, y hace poco el vicegobernador de Texas, Dan Patrick, hizo un comentario parecido. Es monstruoso, pero habría que agradecerles su didáctica franqueza.

Según la doctrina neoliberal, el Estado reduce su papel al mínimo y queda como servidor de las corporaciones, mientras que el mercado, mediante la competencia, divide a la humanidad en una minoría de «ganadores», es decir, de «salvables», y la gran masa de «perdedores» o «insalvables».    

Ya en medio de la pandemia, la primera reacción de ciertos políticos neoliberales, como Trump y Bolsonaro, fue restarle importancia y mirar hacia otra parte, sobre todo para no afectar la economía. Evidentemente, dentro de su lógica, el coronavirus debía concentrarse en «los perdedores», en el populacho «descartable», en las razas «inferiores», migrantes o no, en aquellos cuya vida y dignidad no tienen ningún valor, en los que debieran hacerse de una vez el harakiri. Pero la epidemia, como sabemos, fue más lejos de lo previsto, y hubo que cambiar de manera oportunista el enfoque del tema. 

Es del mismo modo demagógico y falso el discurso de las élites que asegura que el coronavirus «nos iguala», ya que ataca a ricos y pobres de la misma manera.

La gente rica (subraya Ingar Solty) puede pagarse el servicio de médicos-conserje durante las 24 horas del día. Además: «…puede someterse a la prueba de detección del virus, aunque no tenga síntomas, recibe concentradores de oxígeno, máscaras respiratorias, etc., mientras que gente trabajadora con síntomas de la covid-19 ha de luchar para que le hagan la prueba y luego pagar la factura».

Las élites, según un reportaje de The New York Times, se construyeninstalaciones aisladas, con máximo confort y equipamiento y personal clínico especializados; viajan en yates o aviones privados a sitios adonde no ha llegado hasta ahora el virus, y se permiten curiosos caprichos y extravagancias. Hay «famosos» que compran gel antibacterial de marca y nasobucos muy caros (y se hacen selfis para lucirlos en las redes). Uno prefiere un elegante «tapabocas urbano» de la compañía sueca Airinum, provisto de cinco capas de filtración y un «acabado ultrasuave ideal para el contacto con la piel». Otro, de Cambridge Mask Co., empresa británica que usa «capas de filtrado departículas y carbono de grado militar».

En las antípodas de estos millonarios, están los grupos que, según Boaventura de Sousa Santos, «tienen en común una vulnerabilidad especial que precede a la cuarentena y se agrava con ella»: mujeres, trabajadores precarios e informales, vendedores ambulantes, moradores de las periferias pobres de las ciudades, ancianos, internados en campos de refugiados, inmigrantes, poblaciones desplazadas, discapacitados. En suma, la cuarentena refuerza «la injusticia, la discriminación, la exclusión social y el sufrimiento».

Sousa Santos se hace (y nos hace) preguntas que son dardos: «¿Cómo será la cuarentena para aquellos que no tienen hogar? Personas (…) que pasan las noches en viaductos, estaciones abandonadas de metro o tren, túneles de aguas pluviales o (…) de alcantarillado, en tantas ciudades del mundo. En ee. uu. los llaman tunnel people. ¿Cómo será la cuarentena en los túneles?».

Pero hay otra pregunta que recorre el planeta en medio de la incertidumbre, del miedo, de la avalancha creciente de cifras de muertos y contagiados, y de imágenes escalofriantes de cadáveres en las calles: ¿qué pasará después de la epidemia?

El propio António Guterres, secretario general de la onu, ha dicho: «…no podemos regresar adonde estábamos (…) con sociedades innecesariamente vulnerables a la crisis. La pandemia nos ha recordado, de la manera más dura posible, el precio que pagamos por las debilidades en los sistemas de salud, las protecciones sociales y los servicios públicos. La pandemia ha subrayado y exacerbado las desigualdades…».

Atilio Borón, en la más lúcida reflexión que se ha escrito en torno a esta crisis, afirma que «la primera víctima fatal» de la pandemia «fue la versión neoliberal del capitalismo»: «un cadáver aún insepulto pero imposible de resucitar».

El capitalismo, en cambio, como dijo Lenin, «no caerá si no existen las fuerzas sociales y políticas que lo hagan caer». Sobrevivió a la llamada «gripe española» y «al tremendo derrumbe global» de la Gran Depresión.  Ha demostrado «una inusual resiliencia (…) para procesar las crisis e inclusive salir fortalecido de ellas». Por otra parte, en el presente, ni en ee. uu. ni en Europa se perciben «aquellas fuerzas sociales y políticas» señaladas por Lenin, por lo que no es realista pensar en un desplome inminente del sistema capitalista.

Atilio nos propone como hipótesis de trabajo un mundo pospandémico con «mucho más Estado y mucho menos mercado», masas populares más conscientes y politizadas –gracias a las terribles lecciones del virus y del neoliberalismo– y «propensas a buscar soluciones solidarias, colectivas, inclusive socialistas». En medio, además, de una nueva geopolítica, con el imperialismo estadounidense desacreditado, carente de liderazgo y sin prestigio internacional de ningún tipo.

El escenario posterior a la pandemia representa, para Atilio, un «tremendo desafío» para «todas las fuerzas anticapitalistas del planeta», y «una oportunidad única, inesperada, que sería imperdonable desaprovechar». Hay que «concientizar, organizar y luchar, luchar hasta el fin».

Y evoca a Fidel en una reunión de la Red En defensa de la Humanidad de 2012: «…si a ustedes les dicen: tengan la seguridad de que se acaba el planeta y se acaba esta especie pensante, ¿qué van a hacer, ponerse a llorar? Creo que hay que luchar, es lo que hemos hecho siempre».

Hace muy bien Atilio en recordar a Fidel ante la crisis, la incertidumbre, el horror y el espectáculo del neoliberalismo, desnudo y en ridículo como el rey de la fábula. Y también ante las esperanzas que pudieran abrirse. Gracias a sus ideas y a su obra, Cuba pone su desarrollo científico, y el sector de la salud, y todas las potencialidades del Estado al servicio del ser humano, y en particular de los más vulnerables. Si vamos a pensar en serio en un mundo futuro más justo, hay que recordar, como Atilio, a Fidel y a Cuba.

Nuestros médicos y enfermeros internacionalistas anticipan, día a día,  esa utopía con la que muchos sueñan ahora.

FUENTE: Granma

quarta-feira, 8 de abril de 2020

A pandemia e o fim da era neoliberal

Por Atílio Boron  


Falta ainda saber quase tudo da actual crise. Instalou-se a ideia de que “nada poderá voltar a ser como dantes”. Alguns pensadores avançam uma perspectiva talvez demasiado optimista, porque nenhuma pandemia pode constituir um factor de transformação radical da sociedade. Que o capitalismo pode sofrer um forte abalo, é previsível. O que virá depois não depende de nenhuma especulação filosófica, depende - como afirmou Lénine - da existência, ou não, «de forças sociais e políticas que o façam cair».



O coronavírus desencadeou uma torrente de reflexões e análises que têm como denominador comum a intenção de traçar os contornos (difusos) do tipo de sociedade e economia que ressurgirão uma vez que o flagelo tenha sido controlado. Sobram razões para se aventurar nesse tipo de especulação, oxalá bem informado e controlado, porque se de alguma coisa estamos completamente seguros é que a primeira fatalidade que a pandemia cobrou foi a versão neoliberal do capitalismo. E digo a “versão” porque tenho sérias dúvidas de que o vírus em questão tenha operado o milagre de acabar não só com o neoliberalismo como também com a estrutura que o sustenta: o capitalismo como modo de produção e como sistema internacional. Mas a era neoliberal é um cadáver ainda insepulto mas impossível de ressuscitar. Que acontecerá com o capitalismo? Bem, é disso que trata esta coluna.

Simpatizo muito com a obra e a pessoa de Slavoj Zizek, mas isso não é suficiente para concordar com ele quando sentencia que a pandemia assestou um “golpe tipo Kill Bill no sistema capitalista” após o qual, seguindo a metáfora cinematográfica, este deveria cair morto dentro de cinco segundos. Isso não aconteceu e não acontecerá porque, como Lénine lembrou em mais de uma ocasião, “o capitalismo não cairá se não existem as forças sociais e políticas que o façam cair”. O capitalismo sobreviveu à mal designada “gripe espanhola”, que agora sabemos ter surgido no Kansas em Março de 1918, na base militar de Fort Riley, e que depois as tropas norte-americanas que marcharam para combater na Primeira Guerra Mundial disseminaram incontrolavelmente o vírus.

Os muito imprecisos cálculos da sua letalidade oscilam entre 20, 50 e 100 milhões de pessoas, pelo não é necessário ser um obcecado pelas estatísticas para desconfiar do rigor dessas estimativas amplamente difundidas por muitas organizações, incluindo a National Geographic Magazine. O capitalismo também sobreviveu ao tremendo colapso global produzido pela Grande Depressão, demonstrando uma resiliência incomum - já observada pelos clássicos do marxismo - para processar crises e inclusivamente sair delas mais forte. Pensar que, na ausência daquelas forças sociais e políticas indicadas pelo revolucionário russo (que de momento não são perceptíveis nem nos Estados Unidos nem nos países europeus), se produzirá agora a tão esperada morte de um sistema imoral, injusto e predatório, inimigo mortal da humanidade e a natureza, é mais uma expressão de desejos do que produto de uma análise concreta.

Zizek confia que, para se salvar na sequência desta crise, a humanidade terá a possibilidade de recorrer a “alguma forma de comunismo reinventado” (https://lahaine.org/fR3B). É possível e desejável, sem dúvida. Mas, como quase tudo na vida social, dependerá do resultado da luta de classes; mais concretamente de se, voltando a Lénine, “os de baixo não querem e os de cima não podem continuar a viver como antes”, coisa que até ao momento não sabemos. Mas a bifurcação da saída desta conjuntura apresenta outro resultado possível, que Zizek identifica muito claramente: “a barbárie”. Ou seja, a reafirmação da dominação do capital recorrendo às formas mais brutais de exploração económica, coerção político-estatal e manipulação de consciências e corações por meio de sua até agora intacta ditadura mediática. “Barbárie”, costumava István Mészarós dizer com uma dose de amarga ironia, “se tivermos sorte”.

Mas por que não pensar em alguma saída intermediária, nem a tão temida “barbárie” (da qual há muito tempo nos vêm sendo administradas doses crescentes nos capitalismos realmente existentes) nem a tão desejada opção de um “comunismo reinventado”? Por que não pensar que uma transição para o pós-capitalismo será inevitavelmente “desigual e combinada”, com avanços profundos em alguns terrenos: a desfinanceirização da economia, a desmercantilização da saúde e da segurança social, por exemplo, e outros mais vacilantes, tropeçando com maiores resistências por parte da burguesia, em áreas tais como o rigoroso controlo do casino financeiro mundial, a nacionalização da indústria farmacêutica (para que os medicamentos deixem de ser uma mercadoria produzida em função da sua rentabilidade), das indústrias estratégicas e dos meios de comunicação, além da recuperação pública dos chamados “recursos naturais” (bens comuns, na verdade)? Por que não pensar nos “muitos socialismos” dos quais falava premonitoriamente o grande marxista inglês Raymond Williams em meados dos anos oitenta do século passado?

Ante a proposta de um “comunismo reinventado”, o filósofo sul-coreano de Byung-Chul Han entra na arena para refutar a tese do esloveno e arrisca-se a dizer que “depois da pandemia, o capitalismo continuará com mais pujança”. É uma afirmação temerária, porque se algo se vem desenhando no horizonte é a reivindicação generalizada de toda a sociedade em favor de uma intervenção estatal muito mais activa para controlar os tresloucados efeitos dos mercados na prestação de serviços básicos de saúde, habitação, segurança social, transporte, etc. e para acabar com o escândalo da hiperconcentração de metade de toda a riqueza do planeta nas mãos dos 1% mais ricos da população mundial.

Esse mundo pós-pandemia terá muito mais Estado e muito menos mercado, com populações “conscientizadas” e politizadas pelo flagelo a que foram sujeitas e propensas a buscar soluções solidárias, colectivas e até “socialistas” em países como os Estados Unidos, lembra-nos Judith Butler, repudiando o desenfreio individualista e privatista exaltado durante quarenta anos pelo neoliberalismo e que nos levou à situação trágica que estamos a viver. E também um mundo em que o sistema internacional já adoptou, definitivamente, um formato diferente ante a presença de uma nova tríade dominante, embora o peso específico de cada um dos seus actores não seja igual.

Se Samir Amin estava certo no final do século passado, quando falava da tríade formada pelos Estados Unidos, Europa e Japão, hoje ela constituída pelos Estados Unidos, China e Rússia. E, ao contrário da ordem tripolar anterior, onde a Europa e o Japão eram junior partners (para não dizer peões ou lacaios, o que soa um tanto depreciativo, mas é a caracterização que merecem) de Washington, hoje este tem que lidar com a formidável potência económica chinesa, sem dúvida o actual motor da economia mundial relegando os EUA para um segundo lugar e que, além disso, assumiu a liderança na tecnologia 5G e na Inteligência Artificial.

Ao anteriormente dito junta-se a não menos ameaçadora presença de uma Rússia que voltou ao primeiro plano da política mundial: rica em petróleo, energia e água; dona de um imenso território (quase o dobro da extensão dos Estados Unidos) e de um poderoso complexo industrial que produziu uma tecnologia militar de ponta que em algumas áreas decisivas supera a dos Estados Unidos, a Rússia complementa com a sua força no campo militar a que a China ostenta no terreno da economia. É difícil para o capitalismo, como Han diz, adquirir força renovada neste cenário internacional tão pouco promissor. Se teve a gravitação e a penetração global que soube ter foi porque, como disse Samuel P. Huntington, havia um “xerife solitário” que sustentava a ordem capitalista mundial com sua inapelável primazia económica, militar, política e ideológica. Hoje, a primeira está nas mãos da China e os enormes gastos militares dos EUA não podem com um pequeno país como a Coreia do Norte nem para vencer uma guerra contra uma das nações mais pobres do planeta como o Afeganistão.

A ascendência política de Washington permanece apenas, presa por alfinetes, no seu “pátio traseiro”: América Latina e Caribe, mas por entre grandes convulsões. E o seu prestígio internacional viu-se muito debilitado: a China conseguiu controlar a pandemia e os Estados Unidos não; China, Rússia e Cuba ajudam a combatê-la na Europa, e Cuba, exemplo mundial de solidariedade, envia médicos e medicamentos para os cinco continentes, enquanto a única coisa que ocorre aos que transitam pela Casa Branca é enviar 30.000 soldados para um exercício militar com a NATO e intensificar as sanções contra Cuba, Venezuela e Irão, no que constitui um evidente crime de guerra. A sua antiga hegemonia já é coisa do passado.

O que hoje é discutido nos corredores das agências governamentais dos EUA não é se o país está em declínio ou não, mas a inclinação e o ritmo do declínio. E a pandemia está a acelerar este processo hora a hora.

O sul-coreano Han tem razão, por outro lado, quando afirma que “nenhum vírus é capaz de fazer a revolução”, mas cai em redundância quando escreve que “não podemos deixar a revolução nas mãos do vírus”. Claro que não! Vejamos o registo histórico: a Revolução Russa estalou antes da pandemia da “gripe espanhola”, e a vitória dos processos revolucionários na China, Vietnam e Cuba não foi precedida por nenhuma pandemia.

A revolução fazem-na as classes subalternas quando tomam consciência da exploração e opressão a que estão sujeitas; quando vislumbram que longe de ser uma ilusão inatingível, é possível um mundo pós-capitalista e, finalmente, quando conseguem obter uma organização à escala nacional e internacional eficaz para lutar contra uma “burguesia imperial” que outrora entrelaçava fortemente os interesses dos capitalistas nos países desenvolvidos. Hoje, graças a Donald Trump, essa unidade de ferro no topo do sistema imperialista foi irreparavelmente quebrada e a luta lá em cima é de todos contra todos, enquanto China e Rússia continuam pacientemente e sem ruído a construir alianças que sustentarão uma nova ordem mundial.

Uma última reflexão. Creio que há que calibrar a extraordinária severidade dos efeitos económicos desta pandemia, que tornarão o retorno ao passado uma missão impossível. Os diferentes governos do mundo foram forçados a enfrentar um cruel dilema: a saúde da população ou o vigor da economia. Declarações recentes de Donald Trump (e de outros responsáveis como Angela Merkel e Boris Johnson), no sentido de que não vão adoptar uma estratégia para conter o contágio colocando em quarentena grandes sectores da população, porque isso paralisaria a economia destaca a contradição básica do capitalismo. Porque, convém recordá-lo, se a população não vai trabalhar o processo de criação de valor é interrompido e não há nem extracção nem realização de mais-valia. O vírus salta das pessoas para a economia, e isso provoca o pavor dos governos capitalistas que estão renitentes em impor ou manter a quarentena porque a comunidade empresarial precisa que as pessoas saiam às ruas e trabalhem, mesmo sabendo que põem em risco a sua saúde.

Segundo Mike Davis nos EUA 45% da força de trabalho “não tem acesso a licença remunerada devido a doença e é praticamente obrigado a ir trabalhar e transmitir a infecção ou ficar com o prato vazio”. A situação é insustentável do lado do capital, que precisa de explorar sua força de trabalho e para quem é intolerável que esta fique em casa; e do lado dos trabalhadores que, se forem trabalhar ou se infectam ou fazem o mesmo com os outros, e se ficam em casa não têm dinheiro para atender às suas necessidades mais básicas. Essa encruzilhada crítica explica a crescente beligerância de Trump contra Cuba, Venezuela e Irão e a sua insistência em atribuir a origem da pandemia aos chineses. Tem que criar uma cortina de fumo para ocultar as nefastas consequências de largas décadas de subfinanciamento do sistema público de saúde e a cumplicidade com as vigarices estruturais da medicina privada e da indústria farmacêutica no seu país. Ou atribuir a causa da recessão económica a quem aconselha as pessoas a ficar em casa.

Em qualquer caso, e para além de se a saída desta crise será um “comunismo renovado”, como Zizek quer, ou uma experiência híbrida mas claramente apontando na direção do pós-capitalismo, esta pandemia (como claramente explicam Mike Davis, Mike Davis, David Harvey, Iñaki Gil de San Vicente, Juanlu González, Vicenç Navarro, Alain Badiou, Fernando Buen Abad, Pablo Guadarrama, Rocco Carbone, Ernesto López, Wim Dierckxsens e Walter Formento em diversos artigos que circulam profusamente na web) moveu as placas tectónicas do capitalismo global e nada poderá voltar a ser como antes. Além disso ninguém quer, salvo o punhado de magnatas que enriqueceram com a selvagem rapina perpetrada durante a era neoliberal, que o mundo volte a ser como antes.

Tremendo desafio para os que queremos construir um mundo pós-capitalista porque, sem dúvida, a pandemia e os seus devastadores efeitos oferecem uma oportunidade única, inesperada, que seria imperdoável não aproveitar. Portanto, a palavra de ordem do momento para todas as forças anticapitalistas do planeta é: conscientizar, organizar e lutar; luta até ao fim, como queria Fidel quando, numa memorável reunião com intelectuais realizada no âmbito da Feira Internacional do Livro de Havana, em Fevereiro de 2012, se despediu de nós dizendo: “Se vos disserem: pode estar seguro que o planeta vai acabar e se acaba esta espécie pensante, o que vão fazer, pôr-se a chorar? Creio que há que lutar, é o que sempre fizemos.” Mãos à obra!


FONTE: ODiario.info

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Bayer, Fiat, Volks, Siemens, IBM: os aliados de Hitler e do nazismo

A ideologia do lucro de grandes empresas levou muitas delas a financiar o Estado alemão durante o período nazista. Foram elas que produziram inúmeras tecnologias para os campos de concentração, onde milhões de judeus foram assassinados



Os campos de concentração alemães puderam funcionar, da maneira que operaram, devido ao gás Zyklon B, que era usado nas câmaras de gás do holocausto. A empresa responsável por sua produção era a IG Farben, atualmente conhecida por outro nome. Hoje, a organização que financiava o gás que matou milhões de judeus se chama Bayer.

Além dela, inúmeras empresas deram suporte financeiro ao nazismo de Adolf Hitler, na Alemanha, e ao fascismo de Benito Mussolini, na Itália. Segundo o livro A Ordem do Dia, do escritor francês Éric Vuillard, BMW, Fiat, Volkswagen, Siemens, IBM, Chase Bank, Hugo Boss, General Electric e outras grandes corporações se estabeleceram e ainda lucraram com o autoritarismo da ideologia nazista, bem como o antissemitismo.

A IBM organizou praticamente todo plano de extermínio judeu. “Com a IBM como parceira, o regime de Hitler pôde substancialmente automatizar e acelerar as seis fases dos 12 anos de Holocausto: identificar, excluir, confiscar, ‘guetizar’, deportar e exterminar”, analisa o jornalista estadunidense Edwin Black no livro Nazi Nexus (Nexo Nazista). A empresa facilitou o processo de identificação dos judeus, e depois disso, também coordenou os sistemas de trens que os levavam para os campos.

Segundo o artigo Aposta em Hitler – O Valor das Conexões Políticas na Alemanha Nazista, de Thomas Ferguson e Hans-Joachim Voth, uma em cada sete empresas aprovava o nazismo no início dos anos 1930. Muitas estavam envolvidas com o regime – e foram muito bem recompensadas por isso. Conforme o artigo, as instituições que apoiaram o movimento de Hitler tiveram uma alta extraordinária e incomum, com retornos avaliados em 5 a 8% entre o período de janeiro e março de 1933.

O livro The Wages of Destruction (Os Salários da Destruição, em tradução livre), de Adam Tooze, fala sobre como o governo nazista fez parcerias com empresas alemãs, que apoiavam seus interesses ideológicos e de guerra para conseguir benefícios, subsídios e uma grande repressão ao movimento sindical alemão. Mas por que os empresários resolveram apoiar o nazismo?

“Quando Hitler subiu ao poder, os industriais não falavam uma língua só. Mas a maioria estava feliz de apoiar nazistas – em vez de comunistas – e dar suporte a um movimento político que prometia limitar, senão esmagar, o crescente poder dos trabalhadores organizados”, diz o historiador da Universidade do Alabama, Jonathan Wiesen.

No Mein Kampf (Minha Luta), Hitler aponta os maiores males que a Alemanha teria de enfrentar. “Nesse tempo, meus olhos se abriram para dois perigos que eu mal conhecia pelos nomes e que, de nenhum modo, se apresentavam nitidamente para mim em sua horrível significação para a existência do povo germânico: marxismo e judaísmo”, afirma.

Segundo o filósofo italiano Antonio Gramsci, o fascismo operou como uma tentativa de superação de uma das muitas crises cíclicas do capitalismo. O regime funcionou “como uma nova forma de reorganização do sistema capitalista sob a lógica de um Estado de Exceção”.

No artigo O Estado Nacional-Socialista na Ótica de Norbert Frei, Marco Pais Neves dos Santos, escritor português da Universidade Nova de Lisboa, destaca os motivos que levaram à ascensão de Hitler: “A degradação econômica e social da Alemanha após a 1ª Guerra Mundial, a crise do capitalismo, a fragilidade social, o antissemitismo, o anticomunismo e o desejo de mudança de alguns setores da sociedade”. Tais pontos seriam, assim, parte da crise cíclica do capitalismo descrita por Gramsci.

“O fascismo é a fase preparatória da restauração do Estado – ou seja, de um recrudescimento da reação capitalista, de um endurecimento da luta capitalista contra as exigências mais vitais da classe proletária”, analisou Gramsci em 1920. Consolidando novamente o sistema capitalista com base na parceria com as grandes empresas alemãs –, o nazismo conseguiu restabelecer sua economia de maneira muito rápida. A custo de milhões de vidas, mas o fez.

Com informações da Aventuras na História

FONTE: Vermelho

Leituras recomendadas:

Entrevista da historiadora Anita Prestes sobre o tema do fascismo

O papel do capital financeiro internacional na constituição de regimes autoritários no Brasil


Texto da historiadora Anita Prestes. Uma abordagem marxista que classifica o fascismo como uma arma à qual os setores mais reacionários do capital financeiro recorrem para assegurar seus interesses.



A ORDEM DO DIA
autor: Eric Vuillard
editora: Tusquets
ano de edição: 2019
segmento específico: LITERATURA FRANCESA
sinopse: A ordem do dia, vencedor do prêmio Goncourt 2017, é uma narrativa histórica, gênero-aposta nos maiores mercados editoriais do mundo. É um fenômeno de vendas na Europa, em especial na Espanha, onde foi publicado pela Planeta/Tusquets España. Nele, narra-se de forma crua, direta e irônica, sem rodeios ou meias-palavras, os bastidores de dois dos momentos-chave da Segunda Guerra Mundial: o apoio dado pelos maiores industriais da Alemanha a Hitler e a anexação da Áustria ao Reich. 20 de fevereiro de 1933. Em um dia como outro qualquer em Berlim, os grandes líderes da indústria alemã se reúnem com os maiores dirigentes do Partido Nazista. Na pauta, a decisão de investir ou não na campanha de Hitler e seus companheiros pelo poder do país. 12 de março de 1938. A anexação da Áustria ao Reich é iminente. Um dia repleto de situações e personagens por vezes grotescos e ridículos, prestes a entrar para a história. Nos jornais, pipocam as imagens inéditas de um grande exército motorizado, símbolo de um poder inaudito e da modernidade de uma nova guerra. Por trás da glória apregoada pela propaganda de Goebbels, a verdade que se esconde nos bastidores mostra um desenrolar dos fatos muito menos gloriosos: no lugar da força de vontade e da determinação de um povo pretensamente destinado à grandeza, surge uma combinação de intimidação e puro blefe.


RAVENSBRUCK: A HISTORIA DO CAMPO DE CONCENTRAÇÃO NAZISTA PARA MULHERES
autora: Sarah Helm
editora: Record
ano de edição: 2017
segmento específico: 2ª GUERRA MUNDIAL
sinopse: Campo de concentração destinado especificamente para mulheres, Ravensbrück foi concebido por Heinrich Himmler, arquiteto do genocídio nazista. No fim da guerra, 130 mil mulheres de mais de vinte países europeus foram prisioneiras lá, incluindo nomes proeminentes como a sobrinha do general De Gaulle a irmã do prefeito de Nova York durante a guerra. Lá também esteve Olga Benario Prestes. Por décadas, a história de Ravensbrück ficou escondida por trás da cortina de ferro, e até hoje é pouco conhecida. Usando testemunhos desenterrados desde o fim da Guerra Fria e entrevistas com sobreviventes que nunca antes haviam falado, Sarah Helm foi ao coração do campo, demonstrando, com minuciosos detalhes, o quão fácil e rapidamente o terror evoluiu. Inspirador, arrepiante e profundamente comovedor, este livro é um trabalho revolucionário de investigação histórica. Com rara clareza, lembra-nos da capacidade do ser humano tanto para a crueldade bestial quanto para a coragem e resistência contra todas as possibilidades.


OLGA BENARIO PRESTES: UMA COMUNISTA NOS ARQUIVOS DA GESTAPO
autora: Anita Leocadia Prestes 
editora: Boitempo
ano de edição: 2017
segmento específico: Biografias e Memórias
sinopse: Esta breve narrativa biográfica contém não apenas preciosidades históricas e raridades documentais – que, por si sós, já valeriam a leitura –, ela oferece a perfeita dimensão da luta diária de Olga Benario Prestes por seus ideais, mesmo nas condições mais adversas. A resistência da jovem revolucionária diante da gigantesca e cruel máquina do Terceiro Reich, que a considerava uma “comunista perigosa”, parece ainda pulsar nestas páginas, como se seu coração, calado há 75 anos, ainda batesse. Um coração intrépido, que, encarcerado, soube conjugar a luta política, o amor pelo grande companheiro e a preocupação com a educação da filha, de quem fora afastada prematuramente. Após a abertura dos arquivos da Gestapo, essa filha, a historiadora Anita Leocadia Prestes, debruçou-se sobre as cerca de 2 mil páginas a respeito de Olga, recheadas de documentos inéditos, para trazer à tona informações até então desconhecidas. Mais do que peças faltantes no quebra-cabeça da história, os documentos aqui reproduzidos, especialmente a correspondência inédita entre Olga e Luiz Carlos Prestes, nos permitem enxergar o presente com outros olhos.