Por Patrícia Oliveira
Reprodução - Agência Senado |
Entre os 260 mil documentos de interesse do Poder
Legislativo, obras raras com mais de 300 anos fazem parte do acervo
digital da Biblioteca do Senado. O livro mais antigo é o Novvs Orbis seu Descriptionis Indiae Occidentalis,
de Johannes de Laet, datado de 1633. Trata-se de uma descrição
geográfica, científica, etnológica e linguística da América, além de
relatos e desenhos dos animais e plantas da região, com especial
destaque para o Brasil.
Da Coleção Digital de Obras Raras também constam revistas e manuscritos. A Revista Moderna,
impressa em Paris a partir de 1897 é um dos destaques do acervo, com o
que havia de mais avançado em jornalismo na época, primando por
reportagens elaboradas e a cobertura dos acontecimentos mais marcantes.
Em breve serão incluídos outros títulos como o jornal ilustrado Don Quixote, uma publicação de sátira política, editada e ilustrada por Angelo Agostini, que circulou entre 1895 e 1903.
Ainda são poucos os manuscritos digitalizados, mas todos muito
relevantes. Um deles é o autógrafo da Lei Áurea, pertencente ao Arquivo
do Senado, sendo um dos documentos mais acessados. Outro bastante
procurado é composto por versos de Machado de Assis, intitulado O Casamento do Diabo, que é acompanhado por uma versão digitada para ajudar na compreensão do texto.
Acesso
A Biblioteca do Senado oferece 916 obras raras e valiosas
digitalizadas, dentro da coleção específica que possui 7.548 volumes. As
obras foram restauradas e estão à disposição de qualquer pessoa
conectada à Internet. A restauração e conservação do acervo permitiram a
digitalização e facilitaram o acesso. Os arquivos digitais reproduzem
fielmente todas as características das obras.
O processo de disponibilização desse material demanda tempo e exige
diversos cuidados, como informa a bibliotecária Clara Bessa da Costa, do
Serviço de Biblioteca Digital.
— Na etapa de seleção analisamos se as obras estão em condições de
passar pelo processo de digitalização, que é realizada com todo o
cuidado para que não haja nenhum dano ao material. Depois os arquivos
em alta resolução são conferidos e convertidos para PDF para facilitar
o download pelas pessoas que acessarem nosso acervo — explicou.
Em 2014, os arquivos da Biblioteca Digital do Senado foram
visualizados mais de 2,2 milhões de vezes. As obras publicadas são de
domínio público ou têm os direitos autorais cedidos pelos proprietários,
possibilitando o download gratuito.
Pesquisa
Para pesquisar na Biblioteca Digital do Senado, basta acessar o portal e
informar o nome do autor, título ou assunto procurados. A pesquisa
avançada também permite selecionar a coleção (entre livros, legislação
em texto e áudio, jornais e revistas, produção intelectual de senadores e
servidores do Senado e documentos diversos).
Clara Bessa da Costa explica que não é necessário nenhum tipo de cadastro.
— Porém, se o usuário quiser ficar atualizado com nossas novidades
basta se cadastrar para receber um e-mail com o link dos novos itens
incluídos na coleção que ele escolher.
FONTE: Senado
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