"Todo poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido". Quando o jurista Sobral Pinto (1893-1991) pronunciou essa frase num dos palanques do comício das Diretas Já, em 1984, o povo o ovacionou como se aclama um rei. O povo sabia a quem estava aplaudindo. Católico fervoroso, Sobral Pinto aceitou advogar em defesa do líder comunista Luiz Carlos Prestes, em 1935, porque acreditava na democracia, mesmo que tudo indicasse que os tempos eram sombrios, de supressão dos direitos políticos. Foi assim durante as ditaduras Vargas e a de 64. Sobral era um homem de grande estatura ética e moral. Recusou causas milionárias e até mesmo uma vaga no STF, oferecida pelo presidente Juscelino Kubitschek.
A história deste homem virou documentário -- "Sobral, o homem que não tinha preço", de Paula Fiuza e produzido por Augusto Casé.
Em 1999, o advogado Fernando Fernandes tem acesso a arquivos secretos de áudio do Superior Tribunal Militar que registram impressionantes defesas de presos políticos na ditadura pós-64. A voz que mais se ouve nas gravações é a do jurista Sobral Pinto. A partir da descoberta destes arquivos históricos, o filme retrata a trajetória singular de Sobral, advogado de coragem ímpar e ética inabalável, que colocou a justiça acima de qualquer ideologia e enfrentou todos os ditadores brasileiros do século XX, tornando-se um dos maiores defensores dos direitos humanos de que já se teve notícia.
ASSISTA AO TRAILER OFICIAL DO FILME "SOBRAL, O HOMEM QUE NÃO TINHA PREÇO"
Ficha Técnica
Direção: Paula Fiuza
Produção: Augusto Casé
Fotografia: Jacques Cheuiche
Montagem: Quito Ribeiro
Música: Marcos Kuzka Cunha
Pesquisa: Antonio Venancio, Maria Byington e Cristina Vignoli
Produção: Augusto Casé
Fotografia: Jacques Cheuiche
Montagem: Quito Ribeiro
Música: Marcos Kuzka Cunha
Pesquisa: Antonio Venancio, Maria Byington e Cristina Vignoli
Ano: 2012
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