quarta-feira, 3 de setembro de 2014

"Esquerdismo: doença infantil do comunismo", de V. I. Lenin

LANÇAMENTO DA EDITORA EXPRESSÃO POPULAR!


Esquerdismo: doença infantil do comunismo, escrito e publicado em 1920, foi o último livro de V. I. Lenin. A Rússia soviética passava por uma dura guerra civil (1918-1920) levada a cabo pelas forças burguesas e reacionárias – internas e estrangeiras – derrotadas em 1917. No movimento revolucionário internacional, estavam consolidados a falência da Segunda Internacional e o triunfo da estratégia e tática bolchevique na Rússia. E também se viviam as consequências imediatas do fim da Primeira Guerra Mundial, num clima de destruição e reconstrução.

Em 1919, Lenin propõe como tática para se fortalecer o movimento revolucionário – e a própria Revolução Russa – a criação da Terceira Internacional, que ficaria conhecida como a Internacional Comunista. O experimentado dirigente via a necessidade de um movimento revolucionário internacional para levar adiante a construção do socialismo, pois sabia que ele apenas se consolidaria e avançaria em direção a uma sociedade sem classes se os países do capitalismo desenvolvido também fizessem a sua revolução. Daí a sua preocupação com o movimento revolucionário na Alemanha, na Inglaterra e outros países.

O Esquerdismo (...) empreende uma crítica às correntes de esquerda na Europa com vista a consolidar uma força revolucionária que fizesse frente ao poder burguês e levasse ao triunfo a revolução em cada país. Empenhado em construir a Terceira Internacional, traça um breve histórico de construção do partido bolchevique na Rússia – tendo em conta as particularidades desta formação social – principalmente no que toca às táticas para tomar o poder de Estado. Com isso, também pretende demonstrar que a política está intimamente relacionada ao movimento das forças em luta na realidade. A luta de classes é a sua medida; e todas as táticas de luta são válidas se travadas de maneira revolucionária, isto é, se utilizadas como instrumento de divulgação das propostas e da consolidação das forças revolucionárias nos diversos setores da sociedade.


Neste sentido, a política não é feita somente a partir de princípios filosóficos, mas deve ser fruto de uma profunda análise da estrutura e da dinâmica das classes que a compõem; e deve estar vinculada a um único objetivo: tomar o Estado para começar a destruí-lo e forjar uma sociedade “em que o livre desenvolvimento de cada um é a condição para o livre desenvolvimento de todos”.

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