quinta-feira, 26 de junho de 2014

"As pessoas não podem ser tão felizes assim"

Curta-metragem mostra como a felicidade pode ser forjada no Facebook


Marco de Castro
Do UOL, em São Paulo




Um curta-metragem que faz críticas ao modo como as pessoas usam o Facebook tem chamado atenção justamente nas redes sociais. Intitulado "What's on Your Mind?", o vídeo --que até esta quinta-feira (26) teve cerca de 3,3 milhões de visualizações-- tem pouco mais de dois minutos e meio e mostra um homem que leva uma vida monótona e deprimente, mas se esforça para mostrar o contrário no Facebook.
O curta tem início com o personagem Scott Thomson, vivido pelo ator Espen Alknes, olhando, na tela de seu notebook, posts com fotos de amigos sorridentes, viagens incríveis, um lindo prato de comida e casais felizes. 
Ele então lê a pergunta que aparece no Facebook "what's on your mind?" (que, na versão brasileira da rede social, diz "em que você está pensando?") e decide começar a mentir no site, conseguindo um número cada vez maior de "curtidas" em seus posts.
Dirigido pelo norueguês Shaun Higton, o filme já foi finalista do American Pavilion Emerging Filmmakers, em Cannes, e traz a descrição: "O Facebook pode ser deprimente porque as vidas de todos são melhores do que a sua. Mas elas realmente são?".
O diretor conversou com o UOL por meio de mensagens no próprio Facebook e falou, entre outras coisas, sobre o que o inspirou a fazer o filme. Leia abaixo a entrevista: 
UOL: Como surgiu a ideia de fazer esse filme?
Shaun Higton: Eu estava olhando o meu feed de notícias do Facebook, vendo um status mais incrível do que o outro e disse para mim mesmo: "Wow, as pessoas não podem ser tão felizes assim". Foi assim que a ideia nasceu.
O personagem no filme, Scott Thomson, é baseado em alguém que você conhece? Diga-nos como você o criou.
O Scott é uma pessoa totalmente ficcional. Eu realmente gostaria que não existissem pessoas tão infelizes como ele, mas eu queria criar alguém que eu pudesse colocar em uma situação horrível, para mostrar as consequências extremas. O Scott nasceu dessa ideia. Num contexto em que a história ficaria cada vez pior, Scott teria que se tornar um perdedor. Mas tenho que dizer que eu gosto dele.
O que você pensa das redes sociais?
Eu não tenho nada contra as redes sociais; acho que o filme fala mais sobre como as pessoas as usam do que essas plataformas, propriamente.
Você já fez outros filmes? Fale-nos sobre sua carreira.
Eu trabalho como diretor de comerciais e fiz muitas propagandas para a TV. Meus trabalhos podem ser vistos nesse link.  Atualmente, estou trabalhando em um filme que tem um tópico similar, mas será muito diferente.

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