A desconfiança, que persiste até este século, de que cadáveres de judeus mortos pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial foram dissecados por estudantes de medicina da universidade de Estrasburgo, na França, é o ponto de partida do documentário "Em Nome da Raça e da Ciência".
A produção mostra que, por trás da suspeita, há uma história envolvendo pessoas do alto comando do Terceiro Reich e experiências para provar a superioridade ariana.
August Hirt é o nome que faz o elo entre passado e presente. Foi professor da universidade quando a instituição se tornou um dos polos de ensino da ciência sob os dogmas do nazismo.
Em uma triangulação com Heinrich Himmler, o homem que coordenou as operações para a "solução final", e com Wolfram Sievers, diretor da Ahnenerbe --espécie de braço científico da SS--, Hirt articulou o plano de desenvolver uma pesquisa que envolveria cobaias humanas.
A produção se respalda em depoimentos, entrevistas com especialistas e documentos. Podem chocar as imagens de corpos dilacerados e da propaganda nazista sobre a "superioridade da raça".
FONTE: Folha de São Paulo, 18/4/2014, caderno Ilustrada.
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