Ele retrata uma reflexão sobre a atuação do Esquadrão da Morte e do Delegado Sérgio Fleury, chefe do DOPS, em São Paulo. Filmado clandestinamente, o documentário nunca foi exibido por representar risco de vida para seu elenco e equipe. Na época, seus negativos foram transferidos para Cuba. Em 2006, o diretor Sérgio Muniz digitalizou o filme. Com uma narrativa atual, o documentário utiliza-se de diversos materiais em sua construção – recortes de jornais e revistas, imagens captadas diretamente da televisão, transcrição de depoimentos de pessoas torturadas e fragmentos das obras de teatro "A Resistível Ascensão de Arturo Ui" (Bertold Brecht) e "O Interrogatório" (Peter Weiss). Foi Dirigido por Sergio Muniz e editado na Europa e em Cuba. Gianfrancesco Guarnieri está nele. Tem 39 min.Raul Amorim.
Em meio à ditadura civil-militar implantada com o golpe de 1964, Sérgio Muniz teve a ideia de fazer um documentário sobre a ação do Esquadrão da Morte. Na época, conta o documentarista, a imprensa ainda tinha alguma liberdade para divulgar a ação desses grupos de extermínio, formados por policiais dos mais variados escalões, e que agia nas periferias de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. As vítimas dessa repressão policial (tal como hoje) eram homens, pobres e negros e, por essa condição, supostamente criminosos.
Anos depois, em 1974, após um longo período de produção na Europa e Cuba, o filme fica pronto. Entretanto, seguindo aos conselhos de amigos de Havana, opta por não exibir o filme. "Eles me disseram que achavam melhor não exibi-lo no Brasil: 'você pode colocar em risco não só você, mas também os atores que aparecem no filme', disseram.
A partir da repercussão positiva, começou a fazer uma distribuição informal e gratuita de cópias do documentário. Sérgio Muniz
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