quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Setembro Negro no desfile cívico de Rio das Ostras

Prefeito Carlos Augusto abandona palanque antes do desfile acabar

O desfile chegou a seu fim de uma forma que ninguém imaginava.

 



Vai ficar marcado na história de Rio das Ostras o episódio de 7 de setembro de 2011. Um desfile cívico que poderia ter um final tranquilo, foi modificado pelo esvaziamento do palanque antes do final do evento. A cidade comemorou mais uma festa da independência na Av. Amazonas com a presença das autoridades, alunos da rede municipal e secretarias do poder público.

 
No inicio como é de praxe, começaram a desfilar os alunos menores e pouco a pouco a festa ia engrenando a medida que o tempo e o sol passava, parentes dos alunos que desfilavam procuravam uma boa posição para tirar a foto de lembrança, até o inesperado acontecer, antes do final do evento.

O desfile chegou a seu fim de uma forma que ninguém imaginava.

 
Houve uma manifestação próximo ao palanque oficial, onde um grupo de pessoas manifestavam com cartazes e faixas, entre eles, alunos da rede municipal e da UFF, professores da rede municipal e estadual, população e o sindicato dos servidores. Todos com um mesmo ideal, de se deixarem ouvir pela falta de consideração das autoridades no contexto do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos dos Profissionais da Educação de Rio das Ostras, sem a participação dos servidores sindicalizados que foi apresentado e sancionado na sexta-feira dia 2 de setembro em sessão extraordinária na Câmara Municipal pelo prefeito Carlos Augusto.

 
O que foi visto hoje, foi a recusa de um entendimento entre uma classe tão importante e o governo municipal. Eles só queriam ter o direito de serem ouvidos, já que não puderam durante as negociações do Plano de Cargos e salários, que segundo integrantes, foi elaborado e aprovado a portas fechadas. Foi um ato limpo, um verdadeiro exercício da democracia, que só não foi completo pela falta de interpretação de alguns poucos que deveriam ter permitido a passeata, já que estava ao final do evento.

 
O que ocorreu na verdade e as imagens confirmam, foi a opressão à manifestações de grupos nada mais, nada menos de professores que não concordaram com as decisões tomadas pelo governo municipal sem anuência da maioria, e também da imposição do desfile, que segundo um deles, foram obrigados a desfilar. As manifestações altamente pacíficas, em local público dentro das normas exigidas pela constituição, seria também aprovada mesmo sendo de outras categorias, tais como saúde, guardas, meio ambiente etc.

 
O locutor do desfile anunciou rapidamente o término da comemoração ficando para traz inúmeros participantes, entre eles, esportistas, cadeirantes, pessoas especiais, entre outros. Os Guardas Municipais formaram um cordão de isolamento até o prefeito abandona-se o palanque como solicitado pelo secretario da instituição. Após o esvaziamento do palanque os manifestantes sentaram no chão proferindo palavras de ordem e reclamando a ausência do prefeito.
 
 
 

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