quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

As concepções de educação nos editoriais da Folha de São Paulo e do Estadão

Via AVALIAÇÃO EDUCACIONAL – Blog do Freitas

Estudo de Maurício de Souza analisa 30 editoriais da Folha de São Paulo e do Estadão e mostra a serviço de quais concepções de educação eles estão.

Gerencialismo e perfomatividade: o único caminho para a escola pública de qualidade?

Resumo: Este texto apresenta uma pesquisa sobre editoriais de dois dos principais jornais impressos e de maior circulação e alcance no Brasil: “Folha de São Paulo” e “O Estado de São Paulo”. São analisados os editoriais que se referem à relação entre o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e a gestão escolar, publicados entre os anos de 2007 e 2016. A partir dos conceitos: performatividade e gerencialismo, desenvolvidos por Stephen Ball, utilizados para analisar as reformas educacionais ocorridas nas últimas décadas na Europa, e que resultaram na introdução dos valores do mundo do mercado, na definição da qualidade, sendo essa obtida através da competição, da eficiência, do desempenho e da responsabilização dos profissionais. Como consequência destas reformas, temos a desqualificação da gestão do serviço público, em especial, da educação. Utilizando-se da análise do discurso como metodologia, foram estudados 30 editoriais, e, verificamos que assim como na Europa, a educação pública brasileira é de má qualidade, pois o desempenho dos alunos nas avaliações externas nacionais e internacionais é muito baixo. Assim, considera-se que o caminho para a melhoria da qualidade da educação pública, seria reformar a gestão escolar de maneira eficiente e competitiva. Dessa forma, os editoriais analisados deixam claro que uma educação de qualidade é aquela que qualifica os estudantes para o mercado de trabalho e não para uma transformação social, na perspectiva de uma qualidade social da educação, valorizando a formação integral do ser humano.

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