domingo, 10 de setembro de 2017

Visão de um cubano sobre o furacão Irma


Irma

Por Sergio Serrano / Cubanamera
Para ler a versão original, em espanhol, clique AQUI.



Impresionantes olas en el malecón habanero provocadas por el huracán Irma. Foto: Ismael Francisco/ Cubadebate.

Irma, mulher furiosa, que, com seu andar destruidor, nos dá uma lição de política prática.

Anuncia que vai para Cuba e que daí viajará, como qualquer balseiro, rumo à Flórida para buscar o sonho americano.

Oh, surpresa! O sonho americano consiste num grito que diz “lá vem o Irma, salve-se quem puder”. As pessoas correm ao supermercado para acumular comida até desabastecê-lo totalmente. As pessoas, em seus carros, procedem à evacuação gerando o bloqueio das vias. As pessoas pensam se está em dia o pagamento do seguro.

A população da Flórida foge do Irma. Em sua fuga, a gasolina se esgota e as vias se engarrafam com a quantidade de carros. Em seu fuga, movida por combustível fóssil, garantem que virão mais furacões ainda maiores.
Darwinismo social, sobrevive quem tem.

Estudiantes de artes escénicas del Complejo Educacional Carlos Marx alegran el día de los evacuados en esa institución. Foto: Tv Yumuri


Em Cuba, pequena ilha bloqueada e solidária, de imediato formam-se as brigadas de trabalho, que são a forma organizada de defender o outro, o vizinho, o irmão, o desconhecido. Uns põem a comida e os medicamentos de todos a salvo; outros se ocupam de lhe fazer manutenção do saneamento básico para mitigar as inundações; podam-se as árvores para que os ramos não sejam projéteis assassinos; ocupam-se de levar as pessoas a refúgios e instalações militares seguras. Ante o perigo coletivo, o plural é a resposta. A ira do Irma encontra um povo, por amor e por dever reunido.

Antes de morrer, Irma saberá que sua ira é inútil quando há um muro de corações que se juntam.

FONTE: A Verdade

Labores de rescate en la zona del Vedado en La Habana.

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