terça-feira, 2 de agosto de 2016

Coisas da Física: saiba por que nem todo milho vira pipoca

Física da pipoca

No processo de estourar pipoca, estão envolvidos os seguintes conceitos de Física: transferência de calor, mudança de fase e diferença de pressão.

Publicado por: Joab Silas da Silva Júnior


Há muita Física envolvida no processo de estourar pipoca!

O Zea mays everta é a espécie de milho utilizada para fazer as tão deliciosas pipocas. Esse grão possui duas características que o diferenciam dos demais tipos de milho e que favorecem à sua transformação em pipoca:

→ o percentual de água no interior do grão é de aproximadamente 15%, quantidade perfeita para o surgimento da pipoca;
→ a sua casca é mais dura e resistente que a dos outros tipos de milho.

Milho da espécie Zea mays everta


Como a Física explica o que acontece com o milho?

Ao fornecer calor ao grão, a temperatura da água em seu interior é elevada até que ela sofra ebulição, transformando-se em vapor. No interior do grão, além da água, existe uma quantidade de amido em estado sólido que, com o aumento da temperatura, torna-se gelatinoso e tende a se dilatar. A pressão exercida pelo vapor d'água e pelo amido chega a ser maior que a pressão interna de um pneu de carro e rompe a dura casca do milho. Quando isso ocorre, o amido solidifica-se e transforma-se na espuma branca que comemos.

Alguns grãos, mesmo submetidos à alta temperatura, não se transformam em pipoca. Isso ocorre em razão de fissuras na casca que permitem a saída do vapor ou por conta de uma quantidade insuficiente de água no interior do grão. Os milhos que não se transformam em pipoca recebem o nome de piruá.

Reparou a Física?

Se você leu com atenção, percebeu que, para estourar pipoca, existem alguns fenômenos físicos envolvidos, a saber:

  • Aquecimento do grão: Processos de transferência de calor por condução, se a pipoca for feita na panela, ou por irradiação térmica, caso seja feita no forno micro-ondas;
  • Mudança de fase: O calor fornecido ao grão gera ebulição da água em seu interior (Estudo das quantidades de calor);
  • Pressão: A diferença de pressão interna e externa faz com que a casca se rompa, possibilitando o surgimento da pipoca.



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