terça-feira, 18 de setembro de 2012

Transições - das ditaduras às democracias na América Latina


O Núcleo de Preservação da Memória Política compartilha a exposição virtual "Transições - das ditaduras as democracias na América Latina". A exposição reune imagens consideradas representativas das transições dos governos autoritários para as democracias de dez países, que são: Argentina, Brasil, Chile, El Salvador, Guatemala, México, Paraguai, Peru, República Domicana e Uruguai. A preocupação ao montar a exposição foi escolher momentos emblemáticos da luta pelo retorno à democracia.
A proposta da organização de uma exposição fotográfica virtual foi feita pela representação regional da Coalizão Internacional dos Lugares de Memória e Consciência, órgão que reúne entidades que lutam pela preservação das memórias políticas de seus países, no ano de 2010, com a intenção de demonstrar a história política recente dos países da América Latina.
O Núcleo de Preservação da Memória Política, entidade de São Paulo, criada em maio de 2009 e primeiro membro brasileiro da Coalizão, se dispôs a ajudar a elaborar a parte referente ao Brasil , em conjunto com o Memorial da Resistência em SP, que também faz parte da Coalizão, como primeiro Lugar de Memória e de Consciência no Brasil . Foram escolhidas 3 fotos que, ao entender das duas entidades, possuem uma importância significativa na transição do nosso país de um regime ditatorial, ilegal e ilegítimo, para o caminho da Democracia que vivemos hoje
Acreditamos que a importância de se conhecer o passado, é para que violações aos direitos humanos como as praticadas no período ditatorial nunca mais se repitam. E compreendendo o passado, possamos entender o presente e construir um futuro de mais respeito aos direitos humanos e a dignidade humana.

A exposição foi traduzida para o português por Maria Carolina Bissoto, integrante do Núcleo de Preservação da Memória Política e está disponível em 
http://www.flickr.com/photos/transicoes/sets/72157631309432024/ 

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Transições – das ditaduras às democracias na América Latina

Introdução

A presença majoritária de regimes democráticos na América Latina é uma realidade inevitável. Mas a combinação de luzes e sombras no mesmo mapa não permite uma fácil celebração. Ao mesmo tempo que nos parabenizamos pela frequência com que participamos de processos eleitorais não podemos minimizar a persistência de instituições deficitárias em diferentes graus que em alguns casos facilitam a violação de direitos e garantias elementares de amplos setores da população e, em outros casos, mostram uma incapacidade por parte do Estado de proporcionar o direito à vida e à integridade física dos cidadãos.

Em 2010, os membros da Coalização Internacional dos Sítios de Memória e Consciência integrantes da Rede Latinoamericana se propuseram a montar uma mostra de fotografias que abordasse por meio das imagens momentos particularmente relevantes das histórias políticas dos nossos países em seu passado recente.

A preparação da mostra foi uma tarefa grupal realizada pelas instituições de cada país, cada uma com o objetivo de escolher as imagens mais representativas ou emblemáticas das transições dos governos autoritários ou ditaduras para a democracia ou, se fosse o caso, de transições de conflitos armados internos a processos democráticos. A ideia foi reunir nesta exposição virtual os principais momentos considerados marcantes, rupturas e/ou momentos de decisiva inflexão na história social e política das últimas décadas.

As fotografias de cada painel possuem identidade própria, mas os três paineis fotográficos que mostram os principais acontecimentos em cada um dos nove países que compõem a mostra estabelecem uma sequência possível de evidenciar um importante vínculo entre si.
Como toda tarefa coletiva, a elaboração da mostra que hoje publicamos não foi um trabalho simples, devido a fatores de ordem prática relacionados não somente ao fato de ter sido esta preparação realizada à distância, mas também porque esta atividade significou o acréscimo de mais uma tarefa nas agendas e programas de nossas instituições. Mas significou também – e agora num claro sentido positivo – o esforço para encontrar a concordância entre visões distintas dentro de cada país para construir uma seleção de fotos que fossem realmente representativas.

Ao organizar a atividade nos propusemos a um duplo objetivo. Em primeiro lugar, quisemos ensaiar a possibilidade de gerar uma exposição itinerante que por meio de mecanismos muito simples, pudesse ser impressa e exibida pelos membros da Rede e em outras instituições. O segundo objetivo foi provocar um debate sobre as formas pelas quais representamos – nas mostras e exposições em museus de nossas instituições – as transições ou rupturas que marcaram etapas na história recente que pretendemos contar.

A mostra virtual pode ser acessada em: 

Seus autores são as seguintes instituições: Archivo Provincial de la Memoria, Casa por la Memoria y la Cultura Popular, Centro Cultural por la Memoria de Trelew, Museo de la Memoria de Rosario, Dirección de Derechos Humanos de Morón, Memoria Abierta, Memorial da Resistência, Núcleo de Preservação da Memória Política, Agrupación de Familiares de Paine, Museo de la Memoria y los Derechos Humanos, Corporación Parque por la Paz Villa Grimaldi, Estadio Nacional, Museo de la Palabra y la Imagen, Archivo Histórico de la Policía Nacional, Centro de Investigaciones Regionales de Mesoamérica, Centro Fray Bartolomé de las Casas, Sociedad Civil Las Abejas, Museo de las Memorias: Dictaduras y DDHH, Dirección de Verdad, Justicia y Reparación, Asociación  Paz y Esperanza, Movimiento Ciudadano Para que no se Repita, Asociación Caminos de la Memoria, Museo Memorial de la Resistencia Dominicana, Centro Cultural y Museo de la Memoria. 

A exposição pode ser acessada (em português) em: 



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