quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Comuna que pariu: carnaval e revolução



"Sou trabalhador, eu vou ficar, o governador que procure outro canto e vá se mudar"

Letra e Música: Marcos Botelho e Heitor Cesar Oliveira



Não quero remoção, nem mega construção...

O que eu quero é emprego, saúde e Educação...

Terá copa do mundo

De empreiteiro e empresário.

Até a olimpíada

servirá para o esculacho

Sou Comunarde... Também quero mudar.

Mas não é maquiagem...

O que Precisa é

r.e.v.o.l.u.c.i.o.n.a.r...

Se é para urbanizar...Modernizar... e

Higienizar... essa cidade,

Quem tem que sair, meu senhor...

Não é o trabalhador,

Mas o prefeito e o governador.

Sou brasileiro, sou carioca.

Luto o ano inteiro... No carnaval vou cantar

Que se mude o prefeito... Eu vou ficar

Sou Comunarde... Também quero mudar.

Mas não é maquiagem...

O que Precisa é

r.e.v.o.l.u.c.i.o.n.a.r...
 
 
 
 
Participação no carnaval carioca 2012
 
Segunda 20/02/2012 Comuna que Pariu 14h Em frente a ocupação Manoel Congo, Rua Alcindo Guanabara, Cinelândia


Manifesto de fundação do "Comuna que Pariu!"


Nosso bloco pretende ser não o maior bloco do carnaval carioca, nem se tornar uma escola de samba, nosso bloco não pretende competir com os grandes blocos do carnaval do Rio, mas pretende mostrar que ainda é possível, e além, que é necessário fazer um apelo a juventude carioca e a demais seguimentos que brincam no carnaval.


Muitos falam do carnaval como a festa democrática, onde o “pobre” vira rei e o “rei” virá pobre, onde todos brincam na rua independente time de futebol, etnia, nacionalidade ou outros falsos antagonismo, dizem até mesmo que não importa nem as classes sociais, todos são iguais. Outros mais realistas dizem do carnaval como a doce ilusão, como algo que se desmancha ao longo de quatro dias trazendo de volta a realidade, mostrando que todo carnaval tem seu fim.


Nós discordamos da visão de festa democrática, discordamos da falácia da volta do carnaval de rua como uma democratização da festa. Discordamos e resolvemos agir.



Onde esta democracia em blocos cercados por corda onde somente entram quem possui a abada do bloco, festas particulares no meio da publicas ruas, excluindo para fora do espaço demarcado àqueles que não compraram a cara camisa.


Nosso bloco tem camisa também, e também a vendemos, mas não para excluir, quem não tem camisa é bem vindo. Nossa camisa é para contribuir com a organização, e pelo orgulho de ser comunista, de brincar sem esquecer a nossa causa, a nossa identidade, a nossa luta. Sem esquecer que não temos um patrocinador - e que não o queremos - que nosso patrocínio é o nosso militante, nosso amigo, nosso colaborador.

A UJC apresente assim seu bloco, na tradição de quem sempre utilizou a cultura na luta de classes, nas tradições de artistas comprometidos com a causa do socialismo, nas tradições de Mario Lago, Candido Portinari, Gianfrancesco Guarnieri, Dias Gomes, Vianinha, do CPC da UNE, da luta pela democratização da cultura, nessas tradições a UJC traz o “Comuna que Pariu!” mais uma arma da crítica.

Heitor Cesar (Historiador, poeta, comunista e membro do Bloco "Comuna que Pariu!")





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