Docente participou de debate na UFF/ Rio das Ostras após a exibição do filme “Olga"; atividade integrou seminário de formação docente, organizado pelo Sepe, Aduff e movimento estudantil, em comemoração ao Centenário da Revolução Russa.
Por Aline Pereira/ Aduff-SSind, enviada a Rio das Ostras.
“É necessário sinalizar que por trás do fascismo e do nazismo existiam interesses comerciais”, afirmou Anita Leocádia Prestes, pesquisadora e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em atividade realizada no campus da UFF em Rio das Ostras, na tarde do dia 23 de agosto.
A docente esteve na cidade para conversar com estudantes e professores da rede municipal de Rio das Ostras e ainda com a comunidade universitária sobre o centenário da Revolução Russa.
Pouco após a exibição do filme “Olga” – dirigido por Jayme Monjardim e lançado em 2004 a partir de biografia escrita por Fernando Morais – Anita Prestes, filha da protagonista do filme, conversou com a plenária que lotava o auditório da instituição.
Anita Prestes participou de debate na UFF/ Rio das Ostras após a exibição do filme “Olga" |
Durante a atividade, que contou com organização do Sepe - Sindicato dos Profissionais de Educação, da Aduff e do movimento estudantil, a professora da UFRJ criticou o enfoque dado por certa vertente historiográfica que discute o nazismo, considerando apenas o Holocausto. Para ela, o regime que teve em Adolf Hitler seu principal expoente, esteve a serviço de grandes multinacionais que utilizavam o trabalho dos prisioneiros em campo de concentração em condições análogas à escravidão.
De acordo com Anita Prestes, a Alemanha nazista contou com forte propaganda ideológica e Hitler encontrou, não sem resistência de parcelas da população que foi duramente reprimida, amparo entre os alemães da época. “Importante que as pessoas saibam que ele chegou ao poder por meio de eleições. E que, logo após, houve uma onda de forte repressão aos comunistas no país”, disse a professora observando que o nazismo nunca rompeu com o capitalismo, aprofundando, inclusive, a exploração do homem pelo homem.
Explicitou também que o nazismo se opunha não apenas aos judeus, mas a todos os grupos considerados “inferiores”, entre eles os eslavos, os negros, os homossexuais. “Não podemos esvaziar o conteúdo de classe do nazismo”, concluiu Anita Prestes.
FONTE: ADUFF SSind
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