domingo, 2 de outubro de 2011

Liberdade de expressão? Só contra os inimigos do american way of life

Fidel, nos anos 1980, previu o que aconteceria a quem ousasse levantar-se contra o american way of life

 
Certa vez ao ser entrevistado pela revista "Playboy americana", Fidel Castro respondeu ao repórter que lhe indagava se ele podia ir ao centro de Havana e começar um protesto contra seu governo e que não seria detido por isso, como prova de que havia democracia em Cuba, lá pelos anos 1980: Será que eu posso ir as ruas de Nova Iorque também protestar contra o seu governo sem ser detido pela polícia?


 
Cerca de trinta anos depois, escancara-se para o mundo inteiro o tipo de democracia que o governo americano preza: liberdade de expressão e protesto apenas contra os inimigos dos Estados Unidos, se os protestos atingem os interesses norte americanos e do aliado Israel, toda repressão e pouca divulgação pela imprensa ocidental.


 
Quem ainda crê no rótulo, auto concedido, de "defensores da liberdade" para a América?


Os ocupantes de Wall Street protestam contra o sistema financeiro internacional e pedem justiça social, 700 cidadãos dos Estados Unidos foram presos por bradarem contra os mais ricos e as injustiças que tornam ainda mais duras as vidas dos mais pobres: "Este não é um protesto contra a polícia de Nova York. É um protesto de 99% da população contra o poder desproporcional de 1% que controla 50% da riqueza do país."

 
Fidel Castro estava certo todo este tempo e alguns lhe ridicularizaram...


A BBC Brasil publicou hoje:

 
Polícia prende 700 pessoas em protesto contra bancos em Nova York



Mais de 700 pessoas foram presas em Nova York quando protestavam contra o que chamam de "ganância do sistema financeiro" no sábado.



Os manifestantes do protesto Occupy Wall Street (algo como "Ocupem Wall Street", o coração financeiro nova-iorquino) cruzavam a ponte do Brooklin quando foram detidos pela polícia, a maioria por causar tumulto e atrapalhar o trânsito.



A marcha não tinha autorização da polícia, mas um porta-voz do movimento disse à BBC que "desde que caminhemos pela calçada e de maneira ordeira, é completamente legal".



Entretanto, a polícia afirmou que muitos não obedeceram as ordens de permanecer na calçada, e foram presos.



Neste domingo, as autoridades nova-iorquinas informaram que a maioria dos 700 detidos já havia sido liberada. Todos devem ser liberados após serem identificados.



Indignação

A organização dos protestos diz que está "defendendo 99% da população americana contra o 1% mais rico". Ativistas do movimento estão acampados próximo a Wall Street há duas semanas.



Desde meados de setembro, os líderes do Occupy Wall Street – uma coalizão de agremiações menores – vinham conclamando seus seguidores a juntar 20 mil pessoas, "inundar a baixa Manhattan" (região onde fica Wall Street) e permanecer acampados "durante meses".



"Não é justo que nosso governo ajude as grandes corporações e não as pessoas", disse à BBC um dos manifestantes, Henry-James Ferry.



"Não somos anarquistas. Não somos vândalos. Sou um homem de 48 anos de idade."

Ele contou que soube do protesto quando, um dia, deparou-se com uma manifestação do movimento. Indignado com a situação, resolveu "voltar para protestar todo dia".

 
Centenas de manifestantes permanecem ocupando a região de Zuccotti Park, localizada não muito longe de Wall Street.

 
Em apoio, uma série de pequenos protestos também foram realizados em outras cidades americanas.

 
No entanto, em duas semanas de manifestações, a relação com a polícia tem se mostrado difícil.

 
No dia 25 de setembro, 80 pessoas do movimento foram presas, também por desordem e por atrapalhar o trânsito. Um manifestante foi indiciado por agressão a um policial.

 
Na sexta-feira, cerca de 2 mil pessoas do movimento já haviam se dirigido em passeata para protestar contra a repressão policial aos protestos.

 
"Não somos anarquistas. Não somos vândalos. Sou um homem de 48 anos de idade", queixou-se um dos manifestantes, Robert Cammiso, para a BBC.

 
"Este não é um protesto contra a polícia de Nova York. É um protesto de 99% da população contra o poder desproporcional de 1% que controla 50% da riqueza do país."


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