sábado, 22 de janeiro de 2011

Especial: 120 anos de Antonio Gramsci


"Alguns me consideram um demônio, outros quase um santo. Não quero ser mártir nem herói. Acredito ser simplesmente um homem médio, que tem suas convicções profundas e não as troca por nada no mundo."

Carta de Antonio Gramsci, do cárcere, a seu irmão Carlo, em 12 desetembro de 1927.


22 de janeiro - 120 anos do nascimento do revolucionário italiano Antonio Gramsci




Clique no título para ler o texto na íntegra.

Qual o papel da coerção e do consentimento na dominação de classes nos Estados modernos? Marx, Lênin, Mao e Gramsci enfrentaram essa questão na busca dos caminhos da revolução.
Por Lincoln Secco
Publicado em 22.01.2011


O pensamento revolucionário deve apropriar-se criticamente do legado marxista de Antonio Gramsci e retomar as leituras reformistas “A política não pode deixar de ter primazia sobre a economia. Pensar o contrário é esquecer o abc do marxismo” (Lênin).
Por Lincoln Secco
Publicado em 22.01.2011

Gramsci utilizou a literatura como documento histórico. Mesmo no cárcere, isolado da luta política, contrubuiu com a teoria marxista, analisando a história a partir dos elementos que lhe eram possíveis Nenhum teórico marxista estabeleceu um diálogo mais fecundo da modernidade com a tradição ocidental antiga e medieval do que Antonio Gramsci.
Por Lincoln Secco
Publicado em 22.01.2011


Criou-se um hábito – um mau hábito – de se separar um autor das bases teóricas que lhes serviram de suporte; separá-lo de seus pressupostos teóricos e históricos imediatos. Esta separação levou alguns a conferirem os louros de pensamento original, no sentido de exclusividade, a autores cujo grande mérito foi justamente desenvolver teses elaboradas por outros, ainda que as enriquecendo. Nos trabalhos acadêmicos sobre Gramsci parece ser bastante comum este procedimento. Estudou-se, e escreveu-se, sobre o pensamento de Gramsci desvinculando-o de seus pressupostos teóricos e políticos imediatos, que foram o pensamento e a ação política de Lênin. E Gramsci foi, em minha opinião, acima de tudo um leninista.
Por Augusto C. Buonicore
Publicado em 21.01.2011


Ele concebe a ideologia como “uma concepção de mundo que se manifesta implicitamente na arte, no direito, nas atividades econômicas e em todas as manifestações da vida intelectual e coletiva”. (1) Portanto, para Gramsci, a ideologia estaria presente em todas as atividades humanas, não se traduziria apenas no campo da produção de ideias.
Por Augusto C. Buonicore
Publicado em 21.01.2011


O autor, através deste artigo, pretende mostrar em grandes traços alguns momentos da vida e da elaboração teórica do dirigente comunista italiano Antônio Gramsci. Apesar de sua importância para o movimento comunista nas décadas de 1920 e 1930, sua vida e obra são ainda pouco conhecidas pelo conjunto da militância socialista no Brasil.
Por Augusto C. Buonicore
Publicado em 21.01.2011


Com o impacto da Revolução Russa de 1917 e a crise econômica e social do pós-guerra, o movimento operário italiano adquiriu uma dimensão até então nunca vista. Isso fez com que a burguesia, amedrontada, lhe concedesse alguns direitos sociais. Nesse mesmo período começou a se desenvolver um novo instrumento de organização e de luta dos trabalhadores: as comissões internas de fábrica.
Por Augusto César Buonicore
Publicado em 21.01.2011


Quando Antônio Gramsci, deputado ao Parlamento Italiano e portanto protegido pelas imunidades asseguradas na Constituição, acusado de crimes que não havia cometido, foi arrastado ao Tribunal Especial de Roma, em 1928, o procurador fascista não se deu ao trabalho de demonstrar que as acusações, lançadas contra ele, se baseavam cm fatos.
Por Palmiro Togliatti
Publicado em 20.01.2011


É inegável a influência do pensamento de Antonio Gramsci nas Ciências Sociais brasileiras1. Desde que Florestan Fernandes levou a cabo o complexo e sofisticado projeto intelectual de fusão do método funcionalista de Émile Durkheim com o método compreensivo de Max Weber e o método dialético de Karl Marx, este último havia recebido a legitimidade que lhe permitia integrar a matriz do pensamento social brasileiro. E mesmo aceito a contragosto por uma ciência em via de institucionalização, ele lá permaneceu como dos clássicos das Ciências Sociais, ou pelo menos dessa forma particular que as Ciências Sociais assumiram em nosso país. Mas Gramsci? O que ele está fazendo nessa matriz?
Por Álvaro Bianchi
Publicado em 20.01.2011


O ano de 1997, sexagésimo aniversário da morte de Gramsci, foi um ano de celebrações em todo o mundo, aberto pelo seminário ocorrido no mês de fevereiro em Havana, que pela primeira vez sediava um encontro internacional inteiramente dedicado ao pensamento gramsciano; e continuado em seguida com encontros internacionais de estudo na Itália – Cagliari, Nápoles e Turim – mas também no Japão, em Kyoto, e no Brasil, em Juiz de Fora e outras universidades; e ainda em muitos outros países e lugares.
Por Guido Liguori
Publicado em 20.01.2011


Giorgio Lunghini, em sua introdução à coletânea antológica dos Escritos de economia política de Gramsci, recentemente publicada por Bollati Boringhieri, quase sentiu a necessidade de “justificar” a atribuição de um título como este aos textos nela incluídos, que vão desde os escritos anteriores à prisão até algumas das notas dos Cadernos. “A teoria econômica de Gramsci – escreve – é a crítica marxiana da economia política (verdadeiro título de O capital)”.
Por Luigi Cavallaro
Publicado em 20.01.2011


À primeira vista pode parecer surpreendente que um pensador como Gramsci, inteiramente comprometido com a práxis marxista, tenha se dedicado ao tema do americanismo, território distante das análises clássicas desta vertente, e mesmo resistente à organização operária de tipo comunista. Num exame mais detido, entretanto, a surpresa se desfaz.
Por Felipe Maia Guimarães da Silva (1)
Publicado em 20.01.2011


O primeiro elemento teórico de destaque no pensamento de Togliatti (ainda em fase de maturação, no segundo lustro dos anos vinte) foi, sem sombra de dúvida, o uso, originado pela sua adesão juvenil ao historicismo, da categoria de “análise diferenciada”.
Por Marco Mondaini - 2003
Publicado em 20.01.2011


A visível e crescente expansão do direito, dos seus procedimentos e instituições sobre a política e a sociabilidade da vida contemporânea tem sido objeto de uma vasta produção que não mais se contém no seu campo específico de conhecimento, tornando-se matéria corrente da reflexão de vanguarda da teoria social e da filosofia política.
Por Luiz Werneck Vianna - Novembro 2005
Publicado em 20.01.2011

Coube-me, como tema de abertura deste seminário [Franca, 1997], falar sobre a atualidade de Gramsci. Irei me deter aqui em algumas das razões pelas quais, em minha opinião, Gramsci continua atual, talvez mais atual do que nunca. Digo "algumas" porque, decerto, são muitíssimas as razões que asseguram essa atualidade.
Por Carlos Nelson Coutinho - 1997
Publicado em 20.01.2011

 
O italiano Antonio Gramsci desenvolveu uma interpretação bastante original da filosofia de Marx. Para ele, a perspectiva do pensador alemão era a de um "historicismo absoluto". No essencial, o pensamento de Marx nos desafia - sempre! - a pensar historicamente. E esse desafio nos põe diante tanto de possibilidades magníficas como de dificuldades colossais.
Por Leandro Konder - 2002
Publicado em 20.01.2011


A história do livro e da leitura constitui um campo de estudo de muitas possibilidades analíticas. Numa zona intermediária que une a história social e a história econômica, ela tem inspirado estudos sobre livrarias, livreiros, editoras, bibliotecas [1]. É também um ramo fecundo para iluminar novas facetas da Revolução Francesa (por exemplo, os estudos de Robert Darnton), da história cultural (Roger Chartier), da História Antiga (Luciano Canfora e Guglielmo Cavallo). Desde o clássico de Daniel Mornet (As origens intelectuais da Revolução Francesa), foi possível ampliar muito o conhecimento das relações (nem sempre tão diretas) entre as luzes e a Revolução.
Por Lincoln Secco - Dezembro 2005
Publicado em 20.01.2011


Tradução: Luiz Sérgio Henriques
Por Valentino Gerratana - 1997
Publicado em 20.01.2011


Da edição brasileira dos Cadernos - 1999
Por Tradução: Carlos Nelson Coutinho
Publicado em 20.01.2011

FONTE: Fundação Maurício Grabois

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