terça-feira, 8 de setembro de 2020

Para download: "A América Latina - males de origem", de Manoel Bomfim (1868-1932)

Nesta obra publicada em 1905, Manoel Bomfim fez uma profunda análise da situação em que se encontrava os países da América do Sul, mostrando que o atraso econômico e político da América Latina não se dava pela incapacidade do povo ao progresso nem por sua inferioridade em relação aos povos europeus, mas sim pelas condições de formação do povo e das violências que ele tinha sofrido. O autor procura entender como o povo latino-americano chegou a um estado tão grande de ignorância e servidão. 


Utopia... Utopia... repetirá a sensatez rasteira. Utopia, sim; sejamos utopistas, bem utopistas; contanto que não esterilizemos o nosso ideal, esperando a sua realização de qualquer força imanente à própria utopia; sejamos utopistas, contanto que trabalhemos. [...] Deixemos às gentes conservadoras e refletidas o condenar e desprezar a utopia [...] Voltemo-nos para a ação fecunda, demos à vida toda a nossa atividade, e ela nos levará para o progresso e para a vitória, como leva a árvore para o alto e para a luz. (Manoel Bomfim. América Latina: males de origem, p. 290-291)


Biblioteca Virtual de Ciências Humanas do Centro Edelstein de Pesquisas Sociais

BOMFIM, M. A América latina: males de origem [online]. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2008. 291 p. ISBN: 978-85-99662-78-6. Available from SciELO Books 

Link para download:

https://static.scielo.org/scielobooks/zg8vf/pdf/bomfim-9788599662786.pdf?fbclid=IwAR36n-IKCSpzt-O2cj7O3ket107hzIzk-GwGpjCZzSaHB0hn1abtlkdOrzs



Leitura recomendada:

FILHO, Aluizio Alves. Manoel Bomfim: combate ao racismo, educação popular e democracia radical. São Paulo: Expressão Popular, 2008. (Coleção Viva o Povo Brasileiro - recortes / perfis)

Sinopse: A biografia de Manoel Bomfim vem completar uma importante lacuna no campo da reflexão sobre a questão do racismo na sociedade brasileira: como friza o autor, apesar da enorme contribuição do pensamento de Nina Rodrigues, Euclides da Cunha, Rui Barbosa e Oliveira Vianna, é preciso manter viva outra parte desta herança, ‘aquela que coloca o povo e não a elite como centro da reflexão’. Por defender o povo, a educação popular e a democracia radical em pleno início do período republicano, Manoel Bomfim ficou ‘esquecido’ por mais de meio século, quando seu pensamento é revisto nos anos 1990. Este livro transita do contexto histórico à reprodução de seus escritos, para uma análise breve porém consistente de seu papel à época, do confronto com as idéias dos pioneiros e das razões de seu esquecimento.

Link da Editora Expressão Popular: https://www.expressaopopular.com.br/loja/produto/manoel-bomfim-combate-ao-racismo-educacao-popular-e-democracia-racial/



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