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segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Para download: "Cartas de amor de Rosa Luxemburgo"

 


Este libro contiene una pequeña selección de cartas de amor de Rosa Luxemburgo.

“Quien realmente es rico y libre en su interior”, escribió Rosa Luxemburgo el 30 de marzo de 1917 a su amigo Hans Diefenbach, “puede darse de forma natural en cualquier momento y dejarse arrastrar por su pasión, sin ser infiel a sí mismo”. Rosa Luxemburgo era una mujer plena de pasiones. Impresionaba por su consecuente militancia política como revolucionaria marxista y como internacionalista proletaria.


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https://drive.google.com/file/d/12btkK4FLm2Qg-n2gRf73-PHil4yijtZd/view?fbclid=IwAR0jaBGsi7C9ApEY1i205-t4T9XJRZ1nOMBP6JG848TVtQJMlLEDfLcPZak


Cartas de Amor de Rosa Luxemburgo

Traducción: Rosa Dubinski y Guillermo Israel

Diagramación: Salvador López

Portada: Vanessa Cárdenas

3ª edición Buenos Aires, 2015

Gracias a Isabel Loureiro

Reimpresión Quito, 2017

Esta publicación fue apoyada por la Fundación Rosa Luxemburgo con fondos del Ministerio Federal para la Cooperación Económica y Desarrollo de Alemania (BMZ).

1ª ed. Ediciones Pueblos Unidos, Montevideo, 1989

2ª ed. Casa Bertolt Brecht, Montevideo, 2012

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

“Rosa Luxemburgo y la crítica al reformismo socialdemócrata”



Trecho del estudio introductorio  de Atilio A. Boron a la edición de ¿Reforma social o revolución?, de Rosa Luxemburgo (Ediciones Luxemburg, 2010)

¿Reforma social o revolución? de Rosa Luxemburgo, junto con el ¿Qué hacer? de Lenin, son los dos escritos donde se plasman sus críticas frontales al revisionismo. Si en el libro de Lenin, el eje excluyente de la argumentación es el problema de la organización de las clases y capas explotadas –una cuestión esencialmente política, por supuesto, y no meramente instrumental o burocrática–, la obra de Rosa incluye un amplio abanico de temas de importancia fundamental relacionadas con el curso del desarrollo capitalista, el papel y los límites de las reformas sociales y la misión del Partido Socialista. El autor de estas líneas cree sinceramente que, más allá de algunos lugares comunes –como, por ejemplo, la acusación de “espontaneísmo” dirigida en contra de la revolucionaria polaca, o de “aparatismo” con que se suele (mal)interpretar el libro de Lenin– ambos textos expresan un contrapunto susceptible de conjugarse en una armoniosa síntesis. Tarea tanto más urgente en tiempos como los actuales, cuando una reflexión sobre las perspectivas del socialismo a comienzos del siglo XXI está signada por una temeraria subestimación de la centralidad de la problemática de la organización. En cierto sentido, podría decirse que las reflexiones contemporáneas sobre el porvenir del socialismo tienen, al menos en América Latina, todavía mucho que ver con ambos autores.
Por la relevancia de los temas que aborda, por el modo como los resuelve, por la sorprendente actualidad de sus análisis sobre la articulación entre capitalismo, reformismo, democracia y revolución, este pequeño gran libro, un legítimo clásico del pensamiento marxista, ofrece una contribución invalorable para las luchas emancipadoras de nuestra época.

Atilio Boron

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

100 ANOS SEM ROSA LUXEMBURGO

100 ANOS DO ASSASSINATO DE UMA MULHR REVOLUCIONÁRIA


Cem anos atrás, no dia 15 de janeiro de 1919, duas semanas depois de pronunciar estas palavras no Congresso de fundação do Partido Comunista Alemão, Rosa Luxemburgo e seu companheiro de partido, Karl Liebknecht, foram brutalmente assassinados.


LANÇAMENTO DA BOITEMPO EDITORIAL

Paul Frölich

A Boitempo publica, pela primeira vez em português, a biografia da revolucionária polonesa-alemã Rosa Luxemburgo. Escrita por Paul Frölich e publicada originalmente em 1939, é considerada ainda hoje uma obra de referência indispensável. Desde então várias outras biografias de Rosa Luxemburgo foram publicadas, com mais informações e dados biográficos, mas segundo especialistas nenhuma contém a mesma afinidade profunda entre o autor e seu objeto. 
        Paul Frölich (1884-1953) participou, com a biografada, da fundação do Partido Comunista Alemão em 1919.  Nos anos 1920 ele será encarregado, pelo Partido, da publicação das obras completas de Rosa Luxemburgo. O livro de Frölich apresenta, com grande inteligência e empatia, a apaixonante vida da filósofa e economista marxista: sua juventude na Polônia,  os estudos em Zurique,  a emigração para a Alemanha,  a relação afetiva e erótica com Leo Jogiches,  a luta pelas ideias marxistas na social-democracia alemã, a participação na revolução russa em Varsóvia, os anos de prisão na Polônia e, durante a guerra, na Alemanha,  em 1919,  seu assassinato pelos bandos militares pré-fascistas trazidos para Berlin pelo ministro social-democrata Noske.
       Frölich analisa também, com grande acuidade, seus principais escritos: A acumulação do Capital (1913), sua grande obra de economia política, a famosa Brochura de Junius (A crise da social-democracia) de 1916, onde aparece a fórmula "socialismo ou barbárie", a crítica (construtiva) aos bolcheviques em A Revolução Russa (1918), e os últimos escritos durante o levante spartakista de 1919. 
       A vida e a obra de Rosa Luxemburgo se caracterizam pela extraordinária unidade entre pensamento e ação, teoria e prática, conhecimento cientifico e compromisso com a luta dos oprimidos.  A grande virtude da biografia de Frölich é a de conseguir dar conta dessa unidade e restituir, assim, a grandeza humana, política e intelectual desta inesquecível figura do socialismo revolucionário do século 20.

(a partir do texto de orelha de Michael Löwy)


Teorias políticas da dirigente marxista ecoaram ao longo da história e permanecem atuais
Brasil de Fato, 15 de Janeiro de 2019




Vida y muerte de Rosa Luxemburgo: A cien años del asesinato de la revolucionaria alemana
Por Alexander Gorski
Rebelión





Blog da Boitempo
Em entrevista inédita, o sociólogo franco-brasileiro fala sobre a ascensão do conservadorismo e da extrema direita na Europa e no mundo e procura interpretar o fenômeno da eleição de Jair Bolsonaro.




Ativista e jornalista judia assassinada há cem anos na Alemanha se tornou ícone da esquerda


A ativista e jornalista Rosa Luxemburgo em comício - Fundação Rosa Luxemburgo/Divulgação

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Escritos de Rosa Luxemburgo ganham nova edição acrescida de textos inéditos

Dividida em três volumes, a obra é a mais importante coletânea de textos da pensadora socialista alemã já publicada em português e agora incrementada com textos inéditos


"Liberdade é sempre a liberdade de quem pensa de modo diferente", pontificou a pensadora socialista alemã Rosa Luxemburgo em seu A Revolução Russa, de 1918. Esse e outros escritos igualmente importantes compõem os três volumes de Rosa Luxemburgo: textos escolhidos, publicação organizada pela professora de Filosofia da Unesp Isabel Loureiro e que chega à segunda edição, numa parceria entre a Editora Unesp e a Fundação Rosa Luxemburgo, com um novo projeto gráfico e inclusão de novos textos.

"Os três volumes de Rosa Luxemburgo: textos escolhidos constituem a coletânea mais importante já publicada em português de escritos da socialista nascida numa região polonesa sob ocupação russa", anotam, na apresentação, Gerhard Dilger e Jorge Pereira Filho, da Fundação Rosa Luxemburgo. "Organizados [por] Isabel Loureiro, uma das principais estudiosas do pensamento luxemburguista na América Latina, os textos aqui selecionados apresentam uma formulação teórica comprometida com a causa revolucionária e o espírito democrático radical."

Apresentam-se nos dois primeiros volumes obedecendo à cronologia, desde traduções revisadas de clássicos como “Reforma social ou revolução?”, “Greve de massas, partido e sindicatos”, “A crise da social-democracia” e “A Revolução Russa”, até originais escritos em polonês que nunca antes haviam sido publicados em português, como “Credo” e “O que queremos?”.

Já o terceiro volume dedica-se a examinar as cartas produzidas por Rosa Luxemburgo, nas quais se observam características acentuadamente humanistas e literárias, como nesta passagem, em que a pensadora escreve, da prisão, a uma amiga: “No fundo eu me sinto muito mais em casa num pedacinho de jardim como aqui ou no campo entre as vespas e a relva do que num congresso do partido. Para você posso dizer tudo isso sem preocupação: você não vai farejar logo uma traição ao socialismo. Você sabe que eu, apesar de tudo, espero morrer a postos: numa batalha urbana ou na penitenciária”.

Se o mundo dual da Guerra Fria ficou para trás e o capitalismo "venceu", o que se apresenta hoje como modelo social e econômico está longe de solucionar múltiplas crises. Entretanto, ao olhar os textos de Rosa Luxemburgo reside, ainda, algo de atual. "Rosa, é claro, não tem as respostas para nossa época", escrevem Gerhard Dilger e Jorge Pereira Filho. "No entanto, para além da mitologia que envolve seu nome, sua produção teórica – amputada e adormecida por décadas pelos dirigentes do “socialismo real” – ainda contém uma potência transformadora capaz de inspirar gerações de inconformados e inconformadas mundo afora."

Autora: Rosa Luxemburgo
Organizadora: Isabel Loureiro 
Tradução Volume 1: Grazyna Maria Asenko da Costa, Stefan Fornos Klein, Pedro Leão da Costa Neto, Bogna Thereza Pierzynski
Tradução Volume 2: Isabel Loureiro 
Tradução Volume 3: Pedro Leão da Costa Neto, Mário Luiz Frungillo, Grazyna Maria Asenko da Costa
Número de páginas: 511 (v. 1); 413 (v. 2); 397 (v. 3)
Formato: 16 x 23 cm
Preço: R$ 80 (cada)
ISBN: 978-85-393-0676-3; 978-85-393-0677-0; 978-85-393-0678-7

Assessoria de Imprensa da Fundação Editora da Unesp


domingo, 21 de agosto de 2016

PARA DOWNLOAD: Rosa Luxemburg, Karl Liebknecht, La revolución alemana de 1918-19

LINK PARA DOWNLOAD: 

Rosa Luxemburg, Karl Liebknecht, La revolución alemana de 1918-19, Madrid: Fundación Federico Engels, 2009.



ÍNDICE

EL CONGRESO DE LA LIGA ESPARTAQUISTA
Primera sesión. Necesidad de un nuevo partido
Segunda sesión. A favor o en contra de la Asamblea Constituyente
Tercera sesión. Discusión del problema sindical alemán
Cuarta sesión. El programa espartaquista
Quinta sesión. Espartaquistas y delegados revolucionarios
Clausura del Congreso 

TESTAMENTOS POLÍTICOS DE ROSA LUXEMBURG Y KARL LIEBKNECHT
El orden reina en Berlín
A pesar de todo

MANIFIESTO DEL PARTIDO COMUNISTA ALEMÁN

APÉNDICES
A la memoria de Karl Liebknecht (Karl Radek)
Enero Rojo en Berlín (Romain Rolland)
En memoria de nuestros asesinados en enero de 1919 (Hermann Duncker)
Revolucionario o reformista (Rosa Luxemburg contra el reformismo) (Hermann Duncker)


quarta-feira, 13 de julho de 2016

“Karl Marx” (traducción inédita)

Por Rosa Luxemburg

“los Filósofos sólo han interpretado de diferente manera el Mundo, pero de lo que se trata es de transformarlo”1

Hace veinte años que Karl Marx tendió su formidable cabeza sobre la tranquilidad, y no obstante, tan sólo hace unos años hemos experimentado lo que se ha calificado en la lengua de los profesores alemanes “la crisis del marxismo”, basta con echar una mirada a las masas para concebir la obra del pensamiento marxista en su gitantesco fervor, que sólo hoy siguen de por sí Alemania el Socialismo por su significado en la vida pública de todos los países llamados civilizados.

Se trataría de formular aquello que Marx hizo para el movimiento obrero hoy, así se podría decir: Marx ha descubierto, por así decirlo, la clase trabajadora moderna como categoría histórica, esto es, como una clase con condicones existenciales determinadas históricamente y las leyes del movimiento. Antes de Marx ya existían en los países capitalistas una masa de trabajadores asalariados, que guiados por su homogeneidad de su existencia social a la Solidaridad dentro de la sociedad burguesa, buscaban a tientos un resquicio a su situación y en parte un puente hacia el alabado país del Socialismo. Primero Marx ha elevado esta Masa hacia la clase, mientras la unió a ella a través de su tarea histórica particular: a través de la tarea de la conquista del poder político por medio de la convulsión socialista.

El puente que Marx ha erigido entre el movimiento proletario y el Socialismo, empinado del suelo de la sociedad de hoy como el elemental, fué el siguente: lucha de clase para la toma del poder politico.

La burguesía se mostró desde siempre con un instinto seguro, particularmente cuando dió caza a las pretensiónes política del proletariado con odio y temor. Ya en el año 1831, cuando Casimir Perier informó en Noviembre en la cámara de los diputados francesa sobre el primer impulso de la clase trabajadora en el Continente, sobre la revuelta de los tejedores de seda en Lyon2, dijo: “Señores míos, podemos estar tranquilos! En el movimiento de los trabajadores de Lyon no ha emergido nada de Politica“. Cada impulso político del proletariado fue, a saber, para las clases dominantes un preludio de la emancipación que se avecinaba de los trabajadores de su tutela política por la burguesía.

Pero Marx primero ha logrado fijar la política de la clase trabajadora en el suelo de la lucha de clases conciente y así forjar el arma letal contra el orden social existente. La base de la política obrera socialdemócrata de hoy es, a saber, el parecer histórico materialista en general y la teoría marxista del desarrollo capitalista en particular. Sólo para quién es igualmente un misterio la esencia de la política socialdemócrata y la esencia del marxismo, puede pensar la socialdemocracia, sobre todo la política obrera de conciencia de clase, fuera de las enseñanzas marxistas.

Friedrich Engels ha formulado en su “Feuerbach” la esencia de la Filosofía como cuestión eterna después de la relación del pensar y el ser, de la conciencia humana en el mundo material objetivo. Traslademos los conceptos de Ser y Pensar al mundo natural abstracto y la especulación individual, donde la Filosofía profesional da una vuelta con la vara, al territorio de la vida socializada, así se deja decir, en sentido fundado, la misma cosa del Socialismo. Este fué desde tiempos inmemorables la tecla, la búsqueda del medio y el camino para llevar en consonacia el ser con el pensar, a saber, la forma existencial socializada con la conciencia socializada

Se ha reservado para Marx y su amigo Engels, encontrar la solución de la tarea, en la que se habían esforzado una centuria. A través del descubrimiento de que la historia de todas las sociedades hasta hoy están en la última linea de la historia de su relaciones de producción e intercambio, y que el desarrollo de ésta se impone bajo el dominio de la propiedad privada en las instituciones políticas y sociales como lucha de clases, a través de ese descubrimiento Marx ha descarnado el más importante resorte de la historia. Con esto había ganado primero una aclaración para la desproporción necesaria entre la conciencia y el ser, entre el querer humano y el hacer social, entre los propósitos y los resultados en la formas sociales hasta hoy.

A través del pensamiento marxista ha llegado por tanto la humanidad en primer lugar después del secreto de su propio proceso social. A través de la desvelación de las leyes del desarrollo capitalista había mostrado, pero en la lejanía, que la sociedad en su naturalidad, estado inconciente en el que hizo su historia, como las abejas forman sus celdas de cera, en el Estadio de la conciencia, queriendo, fué una historia humana de verdad, en la que la voluntad de la sociedad y su hacer, por primera vez, vino en consonancia en conjunto, en la que el humano social, por primera vez, desde siglos realizó el hacer, como el quería.

Esto supuso definitivamente, según Engels, “el salto del imperio animal a la libertad humana”3, que por primera vez para la sociedad general sería realizada la convulsión socialista, efectuándose ya dentro del orden de hoy día – en la política socialdemócrata. Con el hilo de ariadna4 la doctrina marxista esta en la mano del partido de los trabajadores, hoy el único que sabe desde el punto de vista histórico que hace, y por eso hace, lo que el quiere. En ello yace todo el secreto del poder socialdemócrata.

El mundo burgués queda perplejo desde hace largo ante la indestructibilidad asombrosa y el progreso continuo de la Socialdemocracia. De tiempo en tiempo se encuentran tontos seniles aislados, a los que la burguesía aconseja, que deslumbran nuestra política a través de logros morales particulares, para tomar en nostros “un ejemplo”, para beber de la sabiduria misteriosa y del idealismo del socialdemocracia. Ellos no asimilaron que lo que para la política de la clase trabajadora aspirante es manantial de vida y fuente juvenil de la fuerza, para los partidos burgueses es veneno letal.

Entonces, qué es de hecho aquello que nos da ante todo la fuerza moral interna, para soportar y sacudirnos de la más grande opresión, como una docena de años de leyes (anti)socialistas, con ese coraje risueño? Es esto la perseverancia de los desheredados en la persecución de unas mejoras materiales de su situación? El proletariado moderno no es el filisteo, ni el pequeño burgués, para el que se torna en Héroe en aras de la comodidad diaria. La placa de sobrio pecho estrecho de las Trade-Union mundial inglesa, muestra lo poco que está en condiciones de producir un vuelo moral en las alturas la mera perspectiva sobre las escasas ventajas materiales en la clase trabajadora.

Es esto como para los cristianos primitivos, para quienes el estoicismo ascético era una secta, que en relación directa con las persecuciones siempre centello una fogata de luz?. El proletariado moderno, como heredero y alumno de la sociedad burguesa es mucho más que un materialista nato, más que un humano de carne y hueso, para sacar de la correspondiente moral esclava de la tortura exclusivamente amor y fuerza para su idea.

Es finalmente la “justicia” de la cosa que nosotros conducimos, lo que nos hace invencible? La cuestión de los cartistas y los weitlingianos (Wilhelm Weitling)5, la cuestión de la escuela socialista-utópica no fué menos “justa”, y sucumbió toda esta en conjunto tan pronto a la resistencia de la sociedad existente.

Cuando el movimiento obrero de hoy agita triunfante las advertencias, a pesar de todos los golpes del mundo opositor, así es ante todo el discernimiento tranquilo en la equidad legal del desarrollo histórico objetivo, que el discernimiento de facto, que “la producción capitalista produce…con la necesidad de un proceso natural su propia expropiación”6– a saber: la expropiación de los expropiadores a través de la convulsión socialista-, este discernimiento es, en el que se divisa el afianzamiento fijo de la victoria final y del que no sólo saca el ímpetu, sino también la paciencia, la fuerza para el acto y el valor hacia la perseverancia.

La primera condición para una política combativa existosa es la comprensión de los movimientos de los oponentes. Pero, qué nos da la llave para la compresión de la política burguesa hasta en su más pequeña ramificación, hasta en el enredo de la política diaria, una comprensión que nos libre igualmente de las sorpresas como de las ilusiones?. No otra cosa que la cognición de que todas las formas de conciencia social se deben explicar en su división interna de clases -e intereses de grupos, de las contradicciones de la vida material y en última instancia “de los conflictos presentes entre las fuerzas productivas socializadas y las relaciones de producción”.

Y que nos da la capacidad, de amoldar nuestra política a las nuevas apariencias de la vida política, como por ejemplo la política mundial, y de estimar esta con una profundidad de juicio, ante todo, tambien sin particular talento y sentido profundo, que de con el núcleo mismo de la apariencia, mientras el más talentoso crítico de la burguesía solo tienta en su superficie o se enreda por cada mirada en la profundidad en contradicciones sin salida? Nuevamente no otra cosa que la visión conjunta sobre el desarrollo histórico en marcha en la mano de las leyes que son “el modo de producción de la vida material”, que “condiciona el proceso de vida socia, político y espiritual”.

Pero ante todo que nos da una escala para la selección del único medio y camino en la lucha para impedir la experimentación sin método y del despilfarre de fuerza en la aventura utópica? Es la dirección del proceso económico y político en la Sociedad de hoy, una vez reconocido, en la que nosotros podríamos mesurar no sólo nuestro plan de batalla en sus lineas gruesa, sino también cada detalle de nuestras aspiraciones políticas. Gracias a ese manual ha resultado la clase trabajadora, para cambiar a la gran idea del objetivo final del Socialismo en la moneda fraccionaria de la política diaria y elevar el pequeño trabajo político del día a día hacia la herramienta ejecutiva de la gran idea. Hubo antes de Marx una política burguesa que guiaba a los trabajadores, y hubo un socialismo revolucioniario. Ya es dado desde Marx y a través de Marx política de trabajadores socialista que es, simultáneamente y en el más pleno sentido,ambas palabras: política real revolucionarias.

A saber, cuando nosotros reconocemos como política real una política que se estanca sólo en objetivos accesibles y sabe perseguir con medios efectivos sobre el camino más corto, así se diferencia en ello la política de clase proletaria en el espíritu marxista de la política burguesa, que la política burguesa es del punto de vista de los éxitos diarios material reales, mientras la política socialista es del punto de vista de la tendencia de desarrollo histórico. Esta es exactamente la misma diferencia como la que hay entre la teoría del valor económica vulgar, que toma el valor como una apariencia real del punto de vista del puesto del mercado, y la teoría de Marx, que la toma como una relación socializada de una época determinada históricamente.

Pero la política realista proletaria es también revolucionaria, en tanto esta transciende todas sus pretensiones parciales en el conjunto sobre los cuadros del orden existente, en la que esta trabaja, en tanto esta se contempla consciente sólo como la prefase del acto que se realizará sobre la política del proletariado predominante y revuelto.

De este modo es todo: la fuerza moral, con la que nosotros superamos los bienes muebles, nuestra táctica en la lucha hasta el pormenor, la crítica que ejercemos al adversario, nuestra agitación diaria con la que ganamos las masas, nuestro hacer completo hasta la punta del dedo, atravesando y dilucidando de la enseñanza que Marx produjo. Y cuando abandonamos aquí y allí la ilusión, nuestra política de hoy con todo nuestro poder interno sería independiente de la teoría marxista, como habló la prosa moral burguesa, también donde nosotros no la conocemos.

Es suficiente con tener presente el logro marxista para entender que Marx se debío hacer enemigo mortal de la sociedad burguesa a través de la convulsión originada por él en el Socialismo, como en la política de los trabajadores. Para la clase dominante estaba claro: sobreponerse al movimiento obrero moderno significa sobreponerse a Marx. Los 20 años desde la muerte de Marx han sido una fila ininterumpida de intentos que aniquiló el espíritu marxista en el movimiento obrero teórico y práctico.

La historia del movimiento obrero desde el principio se ha forjeceado entre el utopismo revolucionario-socialista y la política real burguesa. El suelo histórico de las primeras formó la sociedad burguesa total o semiabsolutista. El apartado revolucionario-utópico del Socialismo en el oeste de Europa finaliza en la mayoría y todo con el despliegue de la dominación de clase burguesa – aunque observamos recaidas aisladas hasta en el tiempo más nuevo-. El otro peligro – el hundimiento en la chapucería de la política real burguesa – irrumpe al principio con el fortalecimieto del movimiento obrero sobre el suelo del parlamentarismo.

Del parlamentarismo burgués se deberían sacar armas para la superación práctica de la política revolucionaria del proletariado, la lucha de clases tendría que sustituir la federación democrática de clases y la paz social de la reforma.

Y qué se ha conseguido? La ilusión quiere durar un rato aquí y allí, la ineptitud del método burgués de la política real para la clase trabajadora se ha mostrado inmediatamente. El fiasco del ministerialismo en Francia7, la traición del liberalismo en Bélgica8, el colapso del parlamentarismo en Alemania9 – golpe a golpe cayó en pedazos el corto sueño del “desarrollo tranquilo”. La ley marxista de la agudización tendencial de las oposiciones sociales como base de la lucha de clases fracturó triunfante el carril, y cada día traía nuevos signos y prodigios. En Holanda han salido 24 horas los huelguistas del ferrocarril abriendo como un terremoto en la noche una fisura en medio de la sociedad, la lucha de clases flameó hacia arriba y Holanda está ardiendo.10

Así quiebra en un país después de otro bajo la “huelga de masas de los batallones de trabajadores” del suelo de la democracia burguesa, para traer a la clase trabajadora siempre de nuevo hacia la consciencia de que la legalidad burguesa, como un delgada capa de hielo, no podrá despachar su pretensión final. Este es el resultado de muchos intentos de superar la “práctica” de Marx.

La superación teórica del marxismo la han tomado cientos de apologetas aplicados de la burguesía como su tarea de por vida, como trampolín de su carrera profesional. Qué han conseguido? Lo que han llevado a cabo es provocar el convencimiento de “unilateralidad” y la “exageración” de Marx en los círculos de la inteligencia creyente. Pero mismo lo más grave bajo los ideólogos buergueses, como (Rudolf) Stammler11, han reconocido que “frente a una enseñanza tan profundamente productiva” con “cada deficiencia, con algo más o menos” nada podría conseguirse. De por sí, qué pudo ser capaz de hacer la ciencia burguesa para contraponer las enseñanzas marxistas frente al todo?

Desde que Marx ha acercado al territorio de la Filosofía el prestigio del punto de vista histórico de la clase trabajadora de la Historia y la economía, se ha cortado el hilo de la investigación burguesa de ese territorio. La Filosofía de la naturaleza, en el sentido clásico está llegando a su término. La Economía nacional científicica está llegando a su término. En la investigación histórica, donde no domina el de Materialismo inconciente o inconsecuente, ha ocupado la posición cada una de las Teorías unitarias en todos los colores fluorescentes del eclécticismo, esto es, la renuncia a la aclaración unitaria del proceso histórico, esto significa, a la Filosofía de la historia principalmente. La Economía vacila entre dos escuelas, la “histórica” y la “subjetiva”, de las cuales la una es una protesta contra la otra, y ambas son una protesta contra Marx, cuando la una, para negar a Marx, niega principalmente la Teoría económica, esto es, el conocimiento en ese territorio; pero la otra niega el único – objetivo – método de investigación, que ha puesto primero la economía nacional junto a la ciencia.

Pero la Feria de libros de ciencias sociales trae aún, como siempre, cada mes toda una montaña de productos de la diligencia burguesa, y de los profesores modernos aplicados serán arrojados sobre el Mercado los más gruesos tomos con original velocidad capitalista y mecánica. Pero son o monografías diligentes, donde entierra la investigación la aparente astilla como un pájaro avestruz con la cabeza bajo la arena, para no deber de ver ningún gran nexo y sólo trabajar para las demandas del día, o donde serán simulados pensamientos o “teorías sociales”, porque es en último término siempre sólo un reflejo del pensamiento de Marx, bajo el que se esconde cargadas laminas de ornamentación al gusto de la “moderna” mercadería de bazar. Un pensamiento al vuelo autónomo, una mirada audaz a lo lejos, una deducción vivificante no se puede encontrar en ninguna parte.

Y cuando el progreso social de nuevo ha levantado una nueva lista de problemas científicos, cuya solución aún aguarda, asi es nuevamente sólo el método marxista el que ofrece el manejo para su solución.

Por doquier es así sólo la falta de teoría lo que la ciencia social burguesa de la teoría marxista, escépticismo cognitivo, puede hacer para contraponer el conocimiento marxista. La enseñza marxista es hija de la ciencia burguesa, pero el nacimiento de esa hija le ha costado la vida a la madre.

Así pues ha golpeado directamente con las armas en la mano tanto en la Teoría como en la Práctica el auge del movimiento obrero de la sociedad burguesa, con la que quería arremeter contra el Socialismo de Marx. Y hoy, 20 años después de la muerte de Marx, es este tan impotente al lado de él, pero Marx está más vivo que nunca.

Por supuesto queda un consuelo restante en la sociedad de hoy. Mientras esta se fatiga en vano para encontrar un medio de superación de las enseñanza marxista, no se percata que el único medio en efecto para esto está velado en esa enseñanza. Hasta la médula histórico, pretende esta una validez temporal limitada. Hasta la médula dialéctico, porta esta en sí mismo el germen seguro de su hundimiento.

La enseñanza marxista existe en el contorno más común, cuando nosotros prescindimos de su parte imperecedera, a saber, de su método de investigación histórico, en la cognición del camino histórico, que procede del último “antagonismo”, basado en la oposición de clases fundada en la forma social conduce a una sociedad comunista construida basada en los interéses comúnes de todos los miembros.

Ésta es ante todo también, como las teorías clásicas anteriores de economía nacional, el reflejo mental de un determinado período del desarrollo económico y política, a saber, de la transición del capitalismo a la fase socialista de la Historia. La transición histórica reconocida por Marx no podrá, a saber, para nada consumarse sin que sea publicitado el conocimiento marxista sobre lo social, hacia el conocimiento de una clase social determinada, del moderno proletariado. La convulsión histórica formulada en la toería marxista tiene como requisitos que la teoría de Marx sea hacia la forma de consciencia de la clase trabajadora y, como tal, como elemento mismo de la Historia.

Así se corrobora la enseñanza marxista progresiva con cada nuevo proletariado que será portador de la lucha de clases. La enseñanza marxista es así al mismo tiempo una parte del proceso histórico, y así mismo también un proceso, y la revolucisón social será el capítulo final del Manifiesto Comunista.

La enseñanza marxista habrá superado, por consiguiente, tarde o temprano, en su parte más peligrosa al orden social existente. Pero sólo junto con el orden social existente.

(Marzo 1903)

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Traducido del alemán para Marxismo Crítico de Juan Miguel Salinas Granados

Notas

1 Karl Marx, „Tesis sobre Feuerbach“, en Marx y Engels, Obras, tomo 3, Berlín 1962, p.535

2 La insurrección de los tejedores de seda en Lyon en el año 1831 fue el primer alzamiento político autónomo de la clase trabajadora contra la burguesía. Este inició el comienzo del movimiento obrero moderno. Hubo un nuevo intento de insurrección también en Lyon en el año 1834

3 „con esto primero se separa el humano, en un sentido fundado, definitivamente del reino animal, da un paso hacia la condición de existencia animal en sentido humano…es el salto de la Humanidad al reino de la necesidad al reino de la Libertad” (Friedrich Engels: Señor Eugen Dührings, convulsión de la ciencia [Anti-Dühring], en Marx y Engels, Obras, Tomo 20, Berlín 1968, p.264

4 En la mitología griega Ariadna dio un hilo a Teseus, para que así pudiera encontrar de vuelta el camino del Laberinto de Minotauro.

5 Cartistas: el primer movimiento obrero politico que durante los años 1830 y 1840 organizó a la clase obrera británica para un programa de reformas políticas radicales (la carta del pueblo). Después de 1848 entró en decadencia, como otros movimientos revolucionarios y semirevolucionarios de aquellos tiempos por toda Europa. Weitlingianos: partidarios de comunista utópico alemán Wilhelm Weitling, al que Marx alabó como el primer teórico del proletariado alemán

6 Karl Marx, Das Kapital, primero tomo, en Marx y Engels, Obras, Tomo 23, Berlín 1968, p.791

7 El 28 de Mayo de 1902 el gobierno de Waldeck-Rousseau tuvo que dimitir, en la que el socialista oportunista Alexandre-Ètienne Millerand fué desde 1899 ministro de comercio.

8 En Abril de 1902 la burguesía liberal hubo de comportarse abiertamente enemiga a los trabajadores, a pesar de la alianza con el partido obrero por la lucha para el sufragio universal.

9 Estimada la tendencia en auge para ello, para discutir cuestiones políticas importantes no en el Dieta Imperial (Reichstag), hasta que fuera concluido detrás de bastidores un chanchullo entre el gobierno y los distintos partidos burgueses. La Dieta Imperial fué ganada para los poco críticos simpatizantes/auxiliares ejecutivos (Jasager, DUDEN: Mitläfer).

10 El gobierno había tomado con ocasión de la Huelga de los trabajadores del puerto y los ferroviarios de Amsterdand y Rotterdama finales de Enero de 1903 para someter el Proyecto de ley al parlamento contra el derecho a Huelga de los trabajadores. Conttra este sometimiento a la insurrección se dieron muchas asambleas de protestas bajo la clase obrera

11 Rudolf Stammler: Filósofo del derecho que combatió contra las posiciones de los neokantianos procedentes materialismo histórico.


sexta-feira, 10 de junho de 2016

Para download: biografia de Rosa Luxemburgo

Link para download:
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Dica: clique em "Baixar através do seu navegador"

J.P. Nettl, Rosa Luxemburgo, México: Ediciones Era, 1974. 622 p.
Originalmente publicada em inglês em dois volumes pela Oxford University Press, 1966.


quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Rosa Luxemburgo - Em memória de uma «águia»


Entre os dirigentes e teóricos do movimento comunista internacional, Rosa Luxemburgo ocupa uma posição muito destacada.

A sua contribuição para a organização revolucionária dos trabalhadores da Polônia (onde nasceu em 1871), a sua atividade teórica e prática no quadro da ala revolucionária da «social democracia» alemã e da II Internacional, o seu combate intransigente contra o reformismo e o revisionismo e a sua luta contra a guerra, a sua posição solidária para com a Revolução de Outubro, fazem de Rosa Luxemburgo, como dela disse Lenin, «uma águia».


Foi mérito histórico de Rosa, com Karl Liebknecht, ter fundado o movimento Spartakus e o Partido Comunista Alemão. Perseguida desde os seus tempos de estudante em Varsóvia, Rosa Luxemburgo foi forçada ao exílio e conheceu numerosas prisões. A Revolução de Outubro na Rússia e a Revolução de Novembro de 1918 na Alemanha, apanharam-na na prisão. Em liberdade, retomou imediatamente a luta, sendo vilmente assassinada, juntamente com Karl Liebknecht, em Berlim a 15 de Janeiro de 1919. 



Em homenagem à sua memória, publicamos um texto de Rosa Luxemburgo sobre a Revolução alemã de Novembro, escrito pouco antes do seu assassinato, bem representativo da profundidade do seu pensamento.




«A ordem reina em Berlim» 



«A ordem reina em Varsóvia», declarou o ministro Sébastiani, em 1831, na Câmara francesa, quando, depois de ter lançado o seu terrível assalto no subúrbio de Praga, a soldadesca de Souvorov tinha penetrado na capital polaca e começado a sua função de carrasco.



«A ordem reina em Berlim», proclama com gritos de triunfo a imprensa burguesa, tal como os Ebert e os Noske (1) , tal como os oficiais das «tropas vitoriosas» que a gentalha pequeno-burguesa acolhe nas ruas de Berlim agitando lenços e gritando: «Hurra!». Perante a história mundial, a glória e a honra das armas alemãs estão salvas. Os lamentáveis vencidos da Flandres e de Argonne restabeleceram a sua fama alcançando uma brilhante vitória... sobre os 300 «Spartaquistas» de Vorwärst. Os feitos que datam da gloriosa invasão da Bélgica por tropas alemãs, os feitos do general von Emmich, vencedor de Liège, empalidecem ante os feitos dos Reinhardt  e C.ª nas ruas de Berlim. Assassinato de parlamentares que vieram negociar a rendição de Worwärst e que a soldadesca governamental espancou à paulada, a ponto da identificação dos corpos ser impossível, prisioneiros colados ao muro, dos quais se fez rebentar os crânios e saltar os miolos; quem, pois, em presença de atos tão gloriosos, poderia ainda evocar as derrotas sofridas diante dos franceses, dos ingleses e americanos? 



O inimigo é «Spartacus» e Berlim é o lugar onde os nossos oficiais se concertam para alcançar a vitória. E o general que é hábil a organizar essas vitórias, lá onde Ludendorff  falhou, é Noske, o «operário» Noske. 



Quem não evocaria a embriaguez da matilha dos partidários da «ordem», a bacanal da burguesia parisiense dançando sobre os cadáveres dos combatentes da Comuna, essa burguesia que acabava de capitular cobardemente diante dos prussianos e de entregar a capital ao inimigo externo, depois de se ter escapado? Mas quando se tratou de enfrentar os proletários parisienses famintos e mal armados, de enfrentar as suas mulheres sem defesa e os seus filhos, ah! Como a coragem viril dos filhos dos burgueses, dessa «juventude dourada», como a coragem dos oficiais explodiu! Como a bravura desses filhos de Marte, que se tinham acobardado face ao inimigo externo, deu largas a estas atrocidades bestiais, cometidas sobre homens sem defesa, feridos e prisioneiros!



«A ordem reina em Varsóvia», «A ordem reina em Paris», «A ordem reina em Berlim». Em todos os meios-séculos, os guardiões da «ordem» lançam assim num dos focos da luta mundial as suas proclamações de vitória. E estes «vencedores» que exultam não se apercebem que uma «ordem» que tem necessidade de ser mantida periodicamente por hecatombes sangrentas, corre inevitavelmente para a sua perda. 



O que é que nos trouxe, o que é que nos ensinou, esta «Semana Spartaquista» de Berlim? No seio da contenda, no meio dos clamores de triunfo da contra-revolução, os proletários revolucionários devem fazer já o balanço dos acontecimentos e  seus resultados, avaliá-los pela grande bitola da história. A revolução não tem tempo a perder, ela prossegue a sua marcha em frente – por cima dos túmulos ainda abertos para além das «vitórias» e «derrotas», em direção aos seus objetivos grandiosos. E o primeiro dever dos que lutam pelo socialismo internacionalista é estudar com lucidez a sua marcha e as suas linhas de força. 



Poder-se-ia esperar, no presente confronto, uma vitória decisiva do proletariado revolucionário, poder-se-ia contar com a queda dos Ebert-Scheidemann e a instauração da ditadura socialista? Não, certamente, se se tiver em conta todos os elementos que implicam a resposta. Basta pôr o dedo no que é atualmente a ferida da revolução: a falta de maturidade política da massa dos soldados, que continuam a deixar-se iludir pelos seus oficiais e a ser utilizados para fins contra-revolucionários é, por si só, a prova de que neste embate uma vitória duradoura da revolução não seria possível. Por outro lado, esta falta de maturidade não é mais do que o sintoma da falta geral de maturidade da Revolução alemã. 



Os campos, de onde provem uma forte percentagem da massa dos soldados, continuam quase a não ser tocados pela revolução. Até aqui, Berlim está quase isolada do resto do Reich. É certo que na província, os focos revolucionários – na Renânia, na costa do Mar do Norte, em Brunswick, Saxe, Wurtemberg – estão de corpo e alma ao lado do proletariado berlinense. Mas o que falta é a coordenação do avanço da marcha, a ação comum que daria às invectivas e às contra-ofensivas da classe operária berlinense uma outra eficácia. Além disso – e é desta causa mais profunda que provêm as imperfeições políticas – as lutas económicas, esse vulcão que alimenta incessantemente a luta da classe revolucionária, essas lutas económicas estão apenas ainda na sua fase inicial.



Daqui resulta que na fase atual não se podia ainda contar com a vitória definitiva, duradoura. A luta da semana passada constituía por isso uma «falta»? Sim, tratava-se duma «invectiva» deliberada, do que se chama um golpe militar («putsch»)! Mas qual foi o ponto de partida dos combates? Como em todos os casos precedentes, em 6 de Dezembro, em 24 de Dezembro: uma provocação brutal do governo! Recentemente, o atentado contra os manifestantes sem armas da Chausseestrasse, o massacre dos marinheiros, desta vez o golpe tentado contra a Prefeitura da polícia foram a causa dos acontecimentos posteriores. É que a revolução não age à sua vontade, ela não opera em terreno descoberto, segundo um plano bem preparado por hábeis «estrategas». Os seus adversários também dão provas de iniciativa, e mesmo, regra geral, bastante mais que a Revolução.



Colocados perante a provocação violenta dos Eber-Scheidemaan, os operários revolucionários eram forçados a pegar em armas. Para a revolução, era uma questão de honra repelir o ataque imediatamente, com toda a sua energia, se não se queria que a contra-revolução se sentisse encorajada para novo passo em frente; se não se queria que fossem abaladas as fileiras do proletariado revolucionário e o crédito de que usufruia no seio da Internacional. De resto, das massas berlinenses brota espontaneamente, com uma energia tão natural, a vontade de resistência, que, desde o primeiro dia, a vitória moral esteve do lado da «rua». 



Ora, para a Revolução existe uma regra absoluta: nunca parar, uma vez que o foi dado o primeiro passo, nunca cair na inação, na passividade. A melhor defesa é desferir um golpe enérgico contra o adversário. Esta regra elementar que se aplica a todos os combates vale sobretudo para os primeiros passos da revolução. Naturalmente que – e tal comportamento demonstra a justeza, a frescura da reacção do proletariado – ele não podia ficar satisfeito por ter reinstalado Eichhorn no seu posto. Espontaneamente, ocupou outras posições da contra-revolução: as sedes da imprensa burguesa, a secretaria da agência de informações oficiosa, o Vorwärts. Estas diligências inspiravam a massa porque ela compreendia instintivamente que a contra-revolução, pelo seu lado, não ia ficar satisfeita com a derrota, mas preparar uma prova de força geral. 



Aqui, também, estamos em presença duma dessas grandes leis históricas da revolução, na qual se vêm quebrar todas as habilidades, toda a «ciência» desses pequenos revolucionários da U.S.P., que em cada luta só procuram uma coisa: pretextos para bater em retirada. Desde que o problema fundamental duma revolução foi claramente posto  – e nesta é o derrubamento do governo Ebert-Scheidemann, primeiro obstáculo à vitória do socialismo – este problema não deixa de ressurgir com toda a actualidade, e com a fatalidade duma lei natural, cada episódio da luta fá-lo aparecer com toda a amplitude, por pouco preparada que esteja a revolução para o resolver, por pouco propícia que seja a situação. 



«Abaixo Ebert-Scheidemann!» Esta palavra de ordem brota infalivelmente em cada nova crise revolucionária; é a única fórmula que esgota todos os conflitos parciais e que, pela sua lógica interna, quer se queira ou não, leva qualquer episódio da luta até às suas últimas consequências.



Desta contradição entre a tarefa que se impõe e a ausência, na etapa atual da revolução, de condições prévias que permitam resolvê-la, resulta que as lutas terminam com uma derrota formal. Mas a revolução é a única forma de «guerra» –  é ainda uma das leis do seu desenvolvimento – em que a vitória final só poderá ser obtida com uma série de «derrotas». 



O que nos ensina toda a história das revoluções modernas e do socialismo? A primeira fogueira da luta de classes na Europa terminou com uma derrota. O levantamento dos operários das fábricas de seda de Lyon, em 1831, saldou-se por um grande fracasso. Derrota também para o movimento cartista em Inglaterra. Derrota esmagadora para o levantamento do proletariado parisiense no decurso das Jornadas de Junho de 1848. A Comuna de Paris conheceu finalmente uma terrível derrota. A estrada do socialismo, considerando as lutas revolucionárias – está repleta de derrotas.



E no entanto esta história leva irresistivelmente, passo a passo, à vitória final! Onde estaríamos hoje sem todas estas «derrotas», de onde retiramos a nossa experiência, os nossos conhecimentos, a força e o idealismo que nos animam? Hoje, que chegamos precisamente à véspera do combate final da luta proletária, estamos acantonados nestas derrotas e não podemos renunciar a nenhuma delas, pois de cada uma retiramos uma porção da nossa força, uma parte da nossa lucidez.



Os combates revolucionários são opostos às lutas parlamentares. Na Alemanha, durante quatro décadas, no plano parlamentar, só conhecemos «vitórias»; voávamos literalmente de vitória em vitória. E qual foi o resultado aquando da grande provação histórica de 4 de Agosto de 1914? (2) uma derrota moral e política esmagadora, um desmoronamento inaudito, uma bancarrota sem exemplo. Em contrapartida, até agora, as revoluções só nos trouxeram derrotas, mas esses fracassos inevitáveis são precisamente a caução reiterada da vitória final. 



Com uma condição, é verdade! Porque é preciso estudar em que condições cada derrota teve lugar. Resulta ela do facto de que a energia das massas se quebrou contra a barreira das condições históricas que não tinham atingido maturidade suficiente, ou ela é atribuível às meias-medidas, à indecisão, à fraqueza interna que paralisaram a ação revolucionária? 



Para cada uma destas duas eventualidades, dispomos de exemplos clássicos: a Revolução francesa de Fevereiro, a Revolução alemã de Março. A ação heroica do proletariado parisiense em 1848 é a fonte viva onde todo o proletariado internacional colhe toda a energia. Pelo contrário, as pungentes ninharias da Revolução alemã de Março são como uma grilheta que entrava toda a revolução da Alemanha moderna. Elas repercutiram-se – através da história particular da social-democracia alemã – mesmo nos acontecimentos mais recentes da Revolução alemã, mesmo na crise que acabamos de viver. 



À luz desta questão histórica, como julgar a derrota do que se designa por «semana spartaquista»? Ela é proveniente da impetuosidade da energia revolucionária e da insuficiente maturidade da situação, ou da fraqueza da ação desenvolvida?



De uma e de outra! O duplo carácter desta crise, a contradição entre a demonstração vigorosa, resoluta, ofensiva das massas berlinenses e a indecisão, as hesitações, os adiamentos da direcção, tais são as características deste último episódio.



A direção ficou enfraquecida. Mas pode e deve-se instaurar uma nova direção, uma direção saída das massas e por elas escolhida. As massas constituem o elemento decisivo, a rocha sobre a qual será construída a vitória final da revolução. 



As massas estiveram à altura da sua tarefa. Elas fizeram desta «derrota» um elo na série de derrotas históricas, que constituem o orgulho e a força do socialismo internacional. E está aí a razão por que a vitória florescerá no terreno desta derrota.



«A ordem reina em Berlim!» polícias estúpidos! A vossa «ordem» está construída na areia. A partir de amanhã a revolução «erguer-se-á de novo com estrondo» proclamando aos quatro ventos, para vosso maior pavor: «Eu era, eu sou, eu serei!».




Notas


(1) N.R. - Ebert, Noske, Scheidmann, dirigentes do POSD alemão, carrascos dos comunistas e do proletariado de Berlim.

(2) O POSD alemão vota no Reichstag os créditos de guerra.

FONTE: O Militante


sábado, 2 de novembro de 2013

República y socialismo en Rosa Luxemburgo


Texto de Ben Lewis, un joven historiador británico del movimiento socialista, miembro del comité editorial de la revista Revolutionary History y del comité de los Archivos del Marxismo en Internet (www.marxist.org). Esta fue su contribución a la Conferencia Internacional anual Rosa Luxemburgo, que se reunión en 2013 en París sobre "Conceptos de la democracia y la revolución de Rosa Luxemburgo”.


Del Partido Comunista de Alemania (KPD) surgió una figura que pasará a los anales de la historia: Rosa Luxemburgo. Una de las mujeres más influyentes del siglo XX, figura política de altísimo nivel y pensadora universal.

¿Cuál era su visión de la revolución? ¿Cómo entendió a Marx y Engels? Repasamos algunas de las líneas principales de su pensamiento.




terça-feira, 5 de março de 2013

Em 5 de março de 1871, nascia Rosa Luxemburgo, valorosa combatente comunista

Sua herança teórica e a revolução latino-americana


Santiago, Chile / Edición Nº 737, 8 de Julio de 2011

Rosa Luxemburg y las luchas revolucionarias en América Latina *



Por Atilio A. Boron



La nueva crisis general del capitalismo, evidenciada no sólo en la periferia del sistema sino en su propio corazón europeo y norteamericano, torna más urgente que nunca el re-examen de los grandes legados teóricos de la tradición marxista. La bancarrota del neoliberalismo, sostenido apelando a dosis cada vez mayores de violencia, se torna evidente en los acampes que conmueven al estado español, la inesperada “poblada” islandesa (meticulosamente oculta por la prensa del capital), la tenaz resistencia de los griegos (siete huelgas generales en contra del ajuste y el FMI) y la insurgencia de los trabajadores estadounidenses en Wisconsin. Signos estos de una crisis que salta a la vista de todos pese a las mentiras de las oligarquías mediáticas que engañan, desaniman y desmoralizan nuestros pueblos. En Nuestra América la contraofensiva imperialista luego de las múltiples derrotas sufridas en la primera década de este siglo con el derrumbe del ALCA, la heroica sobrevivencia de la revolución cubana, el ascenso del chavismo, los triunfos de Evo Morales y Rafael Correa y el paralelo surgimiento, en el flanco atlántico, de gobiernos calificados de “progresistas” en Argentina, Brasil y Uruguay que, aunque con vacilaciones y ambigüedades y no siempre movidos por las mejores causas, prestaron su colaboración para viabilizar la existencia de proyectos más radicales como los arriba nombrados. Derrotas infligidas por nuestros pueblos pero a las que ahora se agrega la incertidumbre provocada por el despertar de las masas del Norte de África y Medio Oriente y la inesperada reacción de hombres y mujeres del Primer Mundo que, como decía una pancarta en la Plaza del Sol en Madrid, cayeron en la cuenta de que lo que había no era una crisis sino una estafa. 
            En este contexto, nada puede ser más necesario que revisar el arsenal donde se guardan las armas de nuestra crítica. Por supuesto, se trata de un rearme teórico que sólo será efectivo en la medida en que se anude inseparablemente con una praxis transformadora. Una vez más conviene recordar aquellas conocidas sentencias de Lenin cuando decía que “sin teoría revolucionaria no hay praxis revolucionaria”; o que “nada es tan práctico como una buena teoría”; o que “el marxismo no es un dogma sino una guía para la acción”. Una de las grandes victorias ideológicas del capital ha sido convencer a los explotados de todo el mundo que las ideologías han muerto, que sólo importa “lo práctico, lo útil”, confinando la reflexión teórica a las estériles aulas universitarias, cada vez más escindidas de la tragedia que se 

desenvuelve extramuros. Despojadas del bagaje teórico del marxismo, fundamento
irreemplazable de cualquier crítica a la sociedad capitalista, las clases populares quedan indefensas; podrán dar muestras de abnegación y heroísmo pero difícilmente derrotar a sus enemigos. Lo ocurrido en Argentina el 2001 es una prueba irrefutable de esta tesis; y existe el peligro de que las grandes victorias populares obtenidas en Egipto y Túnez se evaporen sin dejar rastros a causa del mismo defecto: la ausencia de una buena teoría que guíe el impulso contestatario de las masas, señalando claramente quién es el enemigo, de que armas dispone, cuál es el terreno de la lucha y cómo se puede hacer para prevalecer en ella. No hay aquí el menor asomo de “teoreticismo” o escolasticismo. Se trata de una convocatoria a fortalecernos mediante la recuperación de nuestro gran legado teórico, instrumento indispensable e insustituible en la lucha contra la dominación del capital. Es a causa de esto que Fidel llamó a librar la gran batalla de ideas
            Y es en este terreno, precisamente, donde la herencia teórica de Rosa Luxemburg (aparte de las enseñanzas ejemplares que nos deja su propia vida) adquiere una extraordinaria actualidad. Rosa fue una crítica implacable del reformismo socialdemócrata y de las maliciosas trampas que tendía a los movimientos populares. Situada en una encrucijada fundamental de la historia del capital: la recuperación luego de la “Larga Depresión” que se extendió entre 1873, poco después de la derrota de la Comuna de París, hasta casi finales del siglo diecinueve, Rosa se vio tempranamente involucrada en la polémica sobre el revisionismo propuesto nada menos que por el albacea testamentario de Friedrich Engels, Edouard Bernstein. En ese extraordinario debate descollaron dos figuras marginales al mundo de la socialdemocracia: Vladimir I. Lenin, y Rosa Luxemburg, ambos procedentes de la periferia europea –uno de la atrasada Rusia, otra de la no menos atrasada Polonia, gran parte de la cual se encontraba bajo el dominio del Zar. Al calor de la polémica uno y otra fueron proyectados al centro de un debate intelectual y político otrora reservado casi con exclusividad para los intelectuales socialistas de la metrópolis europeas del capitalismo, principalmente Alemania. Nacidos en 1870 y 1871 respectivamente, y del todo marginales hasta el momento, sus contribuciones habrían de marcar el punto más alto de un debate cuya actualidad no sufrió merma con el paso de los años. Sociológicamente hablando, el protagonismo de Lenin y Rosa señaló la entrada en escena de una nueva generación de intelectuales marxistas. Si Bernstein había sido amigo de Engels; si Bebel y Liebknecht tenían fluidas relaciones con los fundadores del materialismo histórico; si Kautsky también disfrutaba de la confianza de ambos, la abrupto irrupción de Lenin y Rosa, que jamás habían tenido contacto alguno con Marx o Engels, reflejaba, por una parte, la extraordinaria difusión alcanzada por el marxismo en la periferia europea y, por la otra, un salto generacional sumamente significativo. Al momento de estallar la polémica, en 1899, ninguno de los dos alcanzaba los treinta años de edad. Luego de su intervención en el Bernstein Debatte sus nombres se convertirían en referencia obligada del movimiento socialista internacional.
El ¿Qué hacer? de Lenin y ¿Reforma social o revolución? de Rosa son los dos escritos en donde se plasman sus críticas frontales en contra del revisionismo bernsteiniano[[1]]. Si en el primero de los textos el eje fundamental de la argumentación lo constituye el problema de la organización de las clases y capas explotadas –un problema esencialmente político, por supuesto, y no meramente instrumental o burocrático–, la obra de Rosa incluye un amplio abanico de temas relacionadas con el curso del desarrollo capitalista, el papel y los límites de las reformas sociales y la misión del Partido Socialista. El autor de estas líneas cree sinceramente que, más allá de algunos lugares comunes –como, por ejemplo, la acusación de “espontaneísmo” dirigida en contra de la revolucionaria polaca, o de “aparatismo” con que se suele (mal)interpretar el libro de Lenin– ambos textos expresan un contrapunto susceptible de conjugarse en una armoniosa síntesis[[2]]. Tarea tanto más urgente en tiempos como los actuales, cuando una reflexión sobre las perspectivas del socialismo a comienzos del siglo xxiestá signada por una temeraria subestimación de la centralidad de la problemática de la organización (que habilita ensoñaciones como la de “cambiar al mundo sin tomar el poder”) y un no menos temerario desprecio por la teoría, cuando no un sesgo abiertamente antiteórico. Por eso, al menos en América Latina, las reflexiones actuales sobre el porvenir del socialismo tienen todavía mucho que ver con ambos autores. Con Lenin, por la decisiva importancia de las cuestiones organizativas en la lucha contra una “burguesía imperial” organizada como nunca antes en su historia: contrástese si no la fría eficacia práctica de Davos con el intrascendente colorido del Foro Social Mundial, que se resiste tercamente a darse una organización global para luchar contra una burguesía globalizada. Con Rosa, por sus aportaciones sobre los límites del reformismo y la necesidad de pensar en “otro” tipo de reformas que lejos de consolidar al capital (como hicieron los “reformistas” latinoamericanos) preparen el advenimiento del socialismo. O sus reflexiones sobre el surgimiento de la conciencia obrera como producto de la lucha de clases; o acerca de los infranqueables obstáculos que la lógica del capital impone a la democracia y, por ende, la necesidad de construir una democracia socialista porque, según ella, “sin socialismo no hay democracia, y sin democracia no hay socialismo.” ¿Qué podría ser más actual que esta fórmula para develar la miseria de las democracias liberales en América Latina, en realidad, plutocracias disfrazadas de democracia?[3]
  Lamentablemente, ambos autores y su densa obra teórica son muy poco conocidos en la época actual. Por decisivos y cruciales que sean los temas abordados por Rosa ellos constituyen una parte que sólo cobra pleno sentido cuando se la vincula con la obsesiva preocupación leninista por las cuestiones organizativas, dado que, como Lenin lo recuerda con frecuencia, la única arma con que cuentan las clases subalternas para cambiar este mundo es su propia organización. Por eso, uno de los más graves peligros que enfrenta el movimiento popular en América Latina es caer en la falsa antinomia que opone Lenin a Rosa. Si las fuerzas de las clases subalternas han de prevalecer en su combate contra el capital, la síntesis de la obra de estos dos grandes revolucionarios constituye un imperativo categórico. La publicación de sus intervenciones en el Bernstein Debatte, precedidos por sus respectivos estudios introductorios, es nuestra pequeña contribución en esta dirección.
Quisiéramos poner fin a esta breve nota planteando la pregunta acerca de la actualidad de la herencia teórica de Rosa.En su penetrante ensayo sobre Rosa, Lelio Basso, fustiga el balance final que Karl Kautsky extrae de la obra de la revolucionaria polaca. Este decía que “Rosa Luxemburgo y sus amigos tendrán siempre un puesto de gran relieve en la historia del socialismo; de esta historia ellos personificaron una época, la cual ha llegado al final” Precisamente, lo que sostiene el teórico italiano es lo contrario:

Sólo ahora, con el fracaso de la socialdemocracia y con la crisis del dogmatismo, se abre verdaderamente el período histórico en el que el método y el pensamiento de Rosa Luxemburgo pueden y deben convertirse en una guía intelectual del movimiento obrero, porque hoy más que nunca es necesaria la síntesis luxemburguiana de lucha cotidiana y objetivo final, para combatir tanto el oportunismo como el revisionismo, que han llevado a la mayoría del proletariado occidental a una capitulación y al extremismo pseudomarxista que ignora las mediaciones necesarias y quiere “rápida y absoluta” la revolución total.[4]  
En esta misma línea se inscribe una valoración sobre la herencia de Rosa hecha por Néstor Kohan al decir que en el renovado clima político que se vive en América Latina comienzan nuevamente a discutirse las alternativas al capitalismo y las perspectivas del socialismo estigmatizadas y dejado fuera de la agenda de la izquierda durante largos años. El fracaso del pseudoprogresismo -o del “retroprogresismo”, como lo llama Alfredo Grande-  de los regímenes de la “centroizquierda” en Argentina, Brasil, Uruguay y Chile, algunos de los cuales, como el chileno, fueron exaltados hasta la saciedad como el “modelo a emular” porque supuestamente habría exitosamente completado las dos transiciones cruciales: del autoritarismo a la democracia, imitando a la perfección las “virtudes” del Pacto de la Moncloa hoy repudiado en las calles y plazas de toda España; y desde una economía “estatista y socialista” hacia una de libre mercado, regímenes que han desnudado su absoluta incapacidad para crear sociedades más justas y equitativas, ya ni digamos socialistas porque nunca fue eso lo que sus gobernantes se propusieron. En este nuevo clima ideológico, la reaparición del interés por la obra de Rosa no tiene nada de casual. Y Kohan agrega, con razón:

Cuando ya nadie se acuerda de los viejos pusilánimes de la socialdemocracia, de los jerarcas cínicos del estalinismo, ni de los grandes retóricos tramposos del nacional-populismo, el pensamiento de Rosa Luxemburgo continúa generando polémicas teóricas y enamorando a las nuevas generaciones de militantes.[5]  
Agobiados por un régimen de producción cada día más opresivo, predatorio y explotador, que hace que la revolución sea hoy más necesaria que nunca, el extraordinario libro de Rosa combina una mirada analíticamente penetrante y acerada como pocas con una inclaudicable pasión puesta al servicio de la revolución. Por la relevancia de los problemas que aborda, por el modo como los resuelve, por la sorprendente actualidad de sus análisis sobre la articulación entre capitalismo, reformismo, democracia y revolución, su pequeño gran libro, un legítimo clásico del pensamiento marxista, ofrece una contribución invalorable para las luchas emancipadoras de nuestra época. ¡A no desaprovechar ese formidable recurso que pone en nuestras manos!
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*Esta nota retoma algunos conceptos vertidos en la “Introducción”  a la nueva edición de ¿Reforma social o revolución? , de Rosa Luxemburg (Buenos Aires: Ediciones Luxemburg, 2010)


[[1]Una pequeña digresión sobre el título de la obra de Rosa. En diversas traducciones al español, y también a otras lenguas, aparece como Reforma o revolución, algunas veces entre signos de interrogación y otras no. Otras traducciones ofrecen Reforma o revolución social. En realidad, el título exacto es ¿Reforma social o revolución?, traducción al castellano del que la autora le puso en alemán: Sozialreform oder Revolution?  
[[2]Fue precisamente a causa de esto que hemos escrito un largo estudio al  texto de Lenin en nuestro “Estudio Introductorio. Actualidad del ¿Qué hacer?” (Buenos Aires: Ediciones Luxemburg, 2004) haciendo lo propio, años más tarde, con el libro de Rosa Luxemburg.
[3] Hemos examinado este tema en nuestro Aristóteles en Macondo. Notas sobre el fetichismo democrático en América Latina (Córdoba: Ediciones Espartaco, 2009) .
[4]  Basso, Lelio  Rosa Luxemburgo (México: Nuestro Tiempo, 1977 ), pp. 213-214..
 [5] Kohan, Néstor 2005 “Rosa Luxemburg. La flor más roja del socialismo” en Rebeliónhttp://www.rebelion.org/docs/17281.pdf, p. 2.

FONTE: Atilio Boron