terça-feira, 29 de setembro de 2020

Para download: Cartas sobre "El Capital", de Karl Marx e Friedrich Engels

 Via La lectura es la fábrica de la conciencia revolucionaria (Facebook)

La correspondencia entre Marx y Engels es fecunda y diversa, pues abarca las más variadas temáticas. Cartas sobre "El Capital" consiste en una selección de las que tratan problemas económicos y fueron escritas paralelamente a la elaboración de "El Capital".


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https://drive.google.com/file/d/1qUmqjWcMU3QqmR-LDL990zQ6YRMmhOrS/view?fbclid=IwAR2gwFzr7aN4FnuKy4YrrJEMNEGi4n8QeKWNeTPDPXH13F2M99WG27AGYdk




terça-feira, 22 de setembro de 2020

Para download: EL ESTADO Y LA REVOLUCIÓN _ Vladimir Lenin

Via La lectura es la fábrica de la conciencia revolucionaria (Facebook)


El estado y la revolución es una obra de Vladimir Lenin escrita a lo largo de 1917 (en plena revolución rusa) en ella se dedica a analizar y teorizar sobre la cuestión del estado y su rol en la sociedad de clases.

Es considerada una obra de tremenda importancia tanto para la teoría marxista como para comprender, en un contexto histórico, las intenciones de Lenin respecto a la nación que nacía a partir del desplome de la Rusia zarista.

En el capítulo I del libro, Lenin demuestra que el Estado surgió en un grado determinado del desarrollo social, como un producto de la inconciliabilidad de las contradicciones de clase. El Estado es el órgano de la dominación violenta de una clase sobre otra.


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https://drive.google.com/file/d/12UqGZvtx9E4y01tNH22LwV7J8vlVtAaY/view?fbclid=IwAR3_2KQiMPGBNTsA5lfD-sSsdaxpDOqufhqRc_EP6soW7fP1wqU6g7k6Si4





segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Para download: "Iniciación al Vocabulario del Análisis Histórico", del historiador Pierre Vilar (1906-2003)

Via Enseñando Historia (Humana y Social)

Pierre Vilar "Iniciación al vocabulario del análisis histórico". 6 ed. Barcelona,  Crítica, 1999 (1 ed. de 1980).

Desde su larga experiencia en el oficio de historiador, el profesor Pierre Vilar reflexiona en estas páginas, guiadas por una clara intención pedagógica, sobre conceptos fundamentales del análisis histórico: «historia», «estructura», «coyuntura», «clases sociales», «pueblos, estados, naciones», «capitalismo» y «economía campesina». El resultado es un texto innovador, imprescindible para profesores y estudiantes de historia, por fin provistos de una verdadera herramienta de análisis, y que será de lectura obligada para todos aquellos que quieran iniciarse en el conocimiento de la historia auténtica...


LINK PARA DOWNLOAD:

http://www.mediafire.com/file/fspatkompn7nw50/Pierre_Vilar__-_Iniciaci%25C3%25B3n_al_vocabulario_del__an%25C3%25A1lisis_hist%25C3%25B3rico_%25281%2529.pdf/file




terça-feira, 15 de setembro de 2020

sábado, 12 de setembro de 2020

CURSO GRATUITO: A HISTÓRIA DOS COMUNISTAS BRASILEIROS (1922-1990)

 Inscrições: https://bit.ly/3hlyZme

Gravura e ilustração: Virgínia Artigas


O portal A Coluna e a Escola de Formação Luiz Carlos Prestes (ELCP) apresentam o curso online e gratuito: “A História dos Comunistas Brasileiros”, que ocorrerá entre os dias 10 de outubro e 05 de dezembro. Contaremos com a participação do jornalista Breno Altman, dos historiadores Paulo Pinheiro Machado, Anita Leocadia Prestes e Gustavo Rolim, e do sociólogo Geraldo Barbosa.


Em muitos aspectos, a história dos comunistas no Brasil se confunde com a própria história do povo brasileiro. Os comunistas sofreram, em comunhão com o povo, a cólera brutal da contrarrevolução que até hoje não admite nem os mais tímidos passos em direção à uma democracia substancial em nossas terras. Não há dúvidas do porquê: a única alternativa histórica para liberar o proletariado, salvar a humanidade da sua auto-extinção e restaurar a unidade do gênero humano, é o comunismo.


O curso sobre a História dos Comunistas Brasileiros que aqui apresentamos compartilha do objetivo político central do portal A Coluna: contribuir na correção da linha estratégica da esquerda brasileira para um sentido revolucionário através da análise da sua história. Dividido em cinco aulas que coincidem com cinco períodos distintos, o curso não se limita apenas a uma revisão cronológica, e pretende analisar como se comportaram os comunistas brasileiros diante dos desafios históricos do seu tempo. Serão recuperadas suas análises, tendências, táticas, política de alianças, e, sobretudo, o desdobramento da estratégia de revolução em sua política geral. Esperamos assim, contribuir para formar um novo contingente de militantes e estudantes conhecedores da história dos comunistas brasileiros, engajados em uma reflexão crítica sobre o seu legado político.


O curso é aberto a todos e todas, sem distinção entre militantes partidários ou independentes. As aulas serão gratuitas e realizadas online.

Inscrições: https://bit.ly/3hlyZme


1ª aula: 10/10 | 14h - Dos primeiros anos do PCB ao Levante de 1935 (1922-1935) - Breno Altman

2ª aula: 24/10 | 14h - Os comunistas no Estado Novo (1935-1945) - Anita Leocadia Prestes

3ª aula: 07/11 | 14h - Os comunistas na República de 1946 (1945-1964) – Paulo Pinheiro Machado

4ª aula: 21/11 | 14h - Do golpe de 1964 à Anistia (1964-1979) - Geraldo Barbosa

5ª aula: 05/12 | 14h - A Carta aos Comunistas e os últimos anos de Prestes (1979-1990) - Gustavo Rolim


ACOMPANHE O PORTAL A COLUNA NO INSTAGRAM: https://www.instagram.com/acoluna35/


FONTEhttps://www.facebook.com/pclcp/photos/a.137127849741318/3247118652075540/

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

O grupo Militantes em Cena apresenta "Marx baixou em mim" (teatro virtual)

 E todo mundo pensando que ele tinha morrido

📣TEATRO VIRTUAL📣
ENSAIO ABERTO
🎭"Marx Baixou em Mim"🎭
🗓Domingo - 13 de setembro
⏰17h - horário no Brasil
💻No Zoom:
Join Zoom Meeting
Login: 819 1992 1266
Senha: 390907



quarta-feira, 9 de setembro de 2020

CLASSE TRABALHADORA E TRANSIÇÃO PARA A DEMOCRACIA NO BRASIL

DEBATE COM ANITA PRESTES (UFRJ), IRAM J. RODRIGUES (USP) E MEDIAÇÃO DE MARCOS SANTANA

14/09/2020, às 18h.

CLASSE TRABALHADORA E TRANSIÇÃO PARA A DEMOCRACIA NO BRASIL

Transmissão pelo facebook /amorjufrj

O debate faz parte do conjunto de atividades que o Arquivo de Memória Operária do Rio de Janeiro-AMORJ, da UFRJ, vem desenvolvendo neste período de pandemia da Covid-19.



terça-feira, 8 de setembro de 2020

Disponibilizado online o mapa interativo que permite viajar no tempo e ver "sua cidade" há 600 milhões de anos

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-53979085


Um mapa interativo feito por paleontólogos permite ver o desenvolvimento do planeta ao longo de diversas eras geológicas. Há 600 milhões de anos, todos os continentes do planeta formavam uma massa única de terra, que depois começou a se separar. Com o mapa interativo é possível colocar o nome da cidade onde você na barra de busca e acompanhar o desenvolvimento geológico da região onde hoje fica a cidade ao longo de milhares e milhares de anos, conforme os continentes foram se separando.

Uma barra de opções permite que você veja como era a Terra em diversos momentos do seu desenvolvimento geológico a partir de 750 milhões de anos atrás até os dias de hoje. E, ao colocar o nome de sua cidade, você consegue ver o ponto onde ela se encontrava ao longo dessas enormes mudanças do planeta.


Clique aqui para ir ao site (em inglês):

https://dinosaurpictures.org/ancient-earth#600


FONTE: BBC Brasil; 31/08

Para download: "A América Latina - males de origem", de Manoel Bomfim (1868-1932)

Nesta obra publicada em 1905, Manoel Bomfim fez uma profunda análise da situação em que se encontrava os países da América do Sul, mostrando que o atraso econômico e político da América Latina não se dava pela incapacidade do povo ao progresso nem por sua inferioridade em relação aos povos europeus, mas sim pelas condições de formação do povo e das violências que ele tinha sofrido. O autor procura entender como o povo latino-americano chegou a um estado tão grande de ignorância e servidão. 


Utopia... Utopia... repetirá a sensatez rasteira. Utopia, sim; sejamos utopistas, bem utopistas; contanto que não esterilizemos o nosso ideal, esperando a sua realização de qualquer força imanente à própria utopia; sejamos utopistas, contanto que trabalhemos. [...] Deixemos às gentes conservadoras e refletidas o condenar e desprezar a utopia [...] Voltemo-nos para a ação fecunda, demos à vida toda a nossa atividade, e ela nos levará para o progresso e para a vitória, como leva a árvore para o alto e para a luz. (Manoel Bomfim. América Latina: males de origem, p. 290-291)


Biblioteca Virtual de Ciências Humanas do Centro Edelstein de Pesquisas Sociais

BOMFIM, M. A América latina: males de origem [online]. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2008. 291 p. ISBN: 978-85-99662-78-6. Available from SciELO Books 

Link para download:

https://static.scielo.org/scielobooks/zg8vf/pdf/bomfim-9788599662786.pdf?fbclid=IwAR36n-IKCSpzt-O2cj7O3ket107hzIzk-GwGpjCZzSaHB0hn1abtlkdOrzs



Leitura recomendada:

FILHO, Aluizio Alves. Manoel Bomfim: combate ao racismo, educação popular e democracia radical. São Paulo: Expressão Popular, 2008. (Coleção Viva o Povo Brasileiro - recortes / perfis)

Sinopse: A biografia de Manoel Bomfim vem completar uma importante lacuna no campo da reflexão sobre a questão do racismo na sociedade brasileira: como friza o autor, apesar da enorme contribuição do pensamento de Nina Rodrigues, Euclides da Cunha, Rui Barbosa e Oliveira Vianna, é preciso manter viva outra parte desta herança, ‘aquela que coloca o povo e não a elite como centro da reflexão’. Por defender o povo, a educação popular e a democracia radical em pleno início do período republicano, Manoel Bomfim ficou ‘esquecido’ por mais de meio século, quando seu pensamento é revisto nos anos 1990. Este livro transita do contexto histórico à reprodução de seus escritos, para uma análise breve porém consistente de seu papel à época, do confronto com as idéias dos pioneiros e das razões de seu esquecimento.

Link da Editora Expressão Popular: https://www.expressaopopular.com.br/loja/produto/manoel-bomfim-combate-ao-racismo-educacao-popular-e-democracia-racial/



segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Salvador Allende cinquenta anos após a sua vitória

 Por Atilio A. Borón 



Quando passa meio século sobre a eleição de Salvador Allende, há em primeiro lugar que prestar homenagem a um homem de excepcional integridade pessoal e política, inteiramente devotado à causa do seu povo. O breve governo da Unidade Popular no Chile, juntamente com a Revolução cubana, alargou o horizonte de esperança da luta dos povos da América Latina. O seu trágico fim e a criminosa conspiração imperialista que conduziu a ele confirma uma regra que não admite excepções: a emancipação e o progresso exigem, onde quer que seja, o poder do povo, a perspectiva do socialismo, e a combativa mobilização anti-imperialista do povo inteiro.


Com a sua obra de governo e heroico sacrifício, Allende deixou um legado extraordinário aos povos de Nossa América, sem o qual é impossível compreender o caminho que os povos dessas latitudes começariam a percorrer no final do século passado e que culminou com a derrota do principal projecto geopolítico e estratégico dos Estados Unidos para a região, o ALCA, em Mar del Plata em 2005.


Há datas que assinalam marcos indeléveis na história da Nossa América. Hoje, 4 de Setembro, é um desses dias. Como 1 de Janeiro de 1959, triunfo da Revolução Cubana; ou o 13 de Abril de 2002, quando o povo venezuelano saiu às ruas e reinstalou no Palácio Miraflores um Hugo Chávez prisioneiro dos golpistas; ou o 17 de Outubro de 1945, quando as massas populares argentinas conseguiram a libertação do Coronel Perón e começaram a escrever uma nova página na história nacional. A data de hoje, objecto deste escrito, enquadra-se nessa selecta categoria de acontecimentos épicos na América Latina. Em 1970 Salvador Allende impunha-se nas eleições presidenciais chilenas, obtendo a primeira minoria e derrotando o candidato da direita, Jorge Alessandri, e relegando para o terceiro lugar Radomiro Tomic, da Democracia Cristã.

A eleição de 1970 foi a quarta eleição presidencial em que Allende concorreu: em 1952 tinha feito a sua primeira incursão, colhendo pouco mais de 5 por cento dos votos, muito longe do vencedor, Carlos Ibáñez del Campo, que ganhou com quase 47 por cento dos votos. Não desanimou e, em 1958, como candidato da FRAP, a Frente de Acção Popular, uma aliança dos partidos socialista e comunista, recebe 29 por cento dos votos e esteve perto de arrebatar a vitória a Jorge Alessandri, que recebeu 32 por cento dos votos.

Já naquele momento começaram a soar todos os alarmes no Departamento de Estado, como evidenciado pelo crescente tráfego de memorandos e telegramas relacionados com Allende e o futuro do Chile que saturava os canais de comunicação entre Santiago e Washington. O triunfo da Revolução Cubana projetou o FRAP como uma inesperada ameaça não só para o Chile mas para a região, porque Salvador Allende aparecia aos olhos dos altos funcionários em Washington – a Casa Branca, o Departamento de Estado e a CIA - como um “extremista de esquerda” não diferente de Fidel Castro e tão prejudicial para os interesses dos Estados Unidos como o cubano.

À medida que se aproximava a data das cruciais eleições presidenciais de 1964, o envolvimento dos Estados Unidos na política chilena acentuou-se exponencialmente. Relatórios anteriores de várias missões que visitaram aquele país coincidiam em que existia uma ambivalência preocupante na opinião pública: uma certa admiração pelo “estilo de vida americano” e o reconhecimento do papel desempenhado pelas empresas norte-americanas sediadas no Chile. Mas ao mesmo tempo notavam, por trás desta aparente simpatia, uma hostilidade latente que, associada com a marcante popularidade de Fidel Castro e da Revolução Cubana, poderia levar o país sul-americano a um caminho revolucionário que Washington não estava disposto a tolerar. Por isso foi descarado, torrencial e multifacetado o apoio à candidatura da Democracia Cristã. Não só em termos financeiros (para apoiar a campanha de Eduardo Frei), mas também em termos diplomáticos, culturais e comunicacionais, apelando aos piores truques de propaganda para estigmatizar Allende e a FRAP e exaltar o futuro governo democrata-cristão como uma promissora “Revolução em Liberdade”, por contraposição ao tão odiado (por Washington, obviamente) processo revolucionário cubano.

Um memorando enviado por Gordon Chase a Mc.George Bundy, Conselheiro de Segurança Nacional do Presidente Lyndon B. Johnson e datado de 19 de Março de 1964, revela intranquilidade que a próxima eleição presidencial chilena despertava em Washington. [] Chase sugeriu que nessa conjuntura se abriam quatro possíveis cenários: a) uma derrota de Allende; b) uma vitória do candidato da FRAP mas sem obter maioria absoluta, o que permitiria manobrar no Plenário do Congresso para eleger Frei; c) Allende poderia ser derrubado por um golpe militar, mas isso teria que acontecer antes de ele tomar posse porque depois seria muito mais difícil; d) Vitória de Allende. Ante essa infeliz contingência, Chase escrevia: “estaríamos em apuros porque ele nacionalizaria as minas de cobre e juntar-se-ia ao bloco soviético em busca de ajuda financeira” e concluía que “devemos fazer todo o possível para que o povo apoie Frei”. De facto, foi o que fizeram os Estados Unidos e se concretizou a tão esperada vitória de Frei (56 por cento dos votos) sobre Allende, que apesar da “campanha de terror” de que foi vítima obteve 39 por cento dos votos.

A vitória da democracia cristã foi saudada em Washington com grande alívio e como um golpe definitivo não só contra Allende e seus companheiros, mas como a ratificação do isolamento continental da Revolução Cubana. Mas a tão elogiada “Revolução em Liberdade” terminou num fracasso retumbante, deixando o Palácio de La Moneda com um saldo de pouco mais de trinta militantes ou manifestantes populares fuzilados pelas forças de segurança. Fracasso económico, frustração política, retrocesso na batalha cultural a tal ponto que o candidato do partido no poder, Radomiro Tomic, teve que saltar para a arena eleitoral levantando o slogan de um “caminho não capitalista para o desenvolvimento” para conter a adesão crescente que as propostas socialistas da Unidade Popular exerciam sobre o eleitorado chileno, e captar parte daqueles que poderiam voltar-se a favor da Unidade Popular na disputa de 4 de Setembro. Mas nesta quarta tentativa os resultados sorriram a Allende, que apesar da fenomenal campanha de desprestígio e difamações lançada contra ele conseguiu prevalecer, embora de forma muito apertada, sobre o candidato da direita Jorge Alessandri: 36,2 por cento dos votos contra 34,9 do seu contendor. Estava tudo agora nas mãos do Plenário do Congresso porque, não tendo sido alcançada a maioria absoluta, era necessário que fosse decidido entre os dois candidatos que obtiveram o maior número de votos. As alternativas manejadas por Washington foram as que Chase havia concebido para a eleição anterior, e com o triunfo de Allende agora restavam apenas duas cartas na mesa: o golpe militar preventivo, daí o assassínio do general constitucionalista René Schneider, ou a manipulação dos legisladores do Plenário do Congresso (apelando à persuasão e, caso esta não desse bons resultados, ao suborno e à extorsão) para que quebrassem a tradição e nomeassem Alessandri como presidente. Ambos os planos fracassaram e em 4 de Novembro de 1970 o candidato da Unidade Popular assumiu a presidência da república. Consagrava-se assim como o primeiro presidente marxista eleito no quadro da democracia burguesa e o primeiro a tentar avançar na construção do socialismo mediante uma via pacífica, projecto que foi violentamente sabotado e destruído pelo imperialismo e seus peões locais.

Apesar destes enormes obstáculos, o inacabado governo de Allende abriu uma brecha que depois, trinta anos mais tarde, outros começariam a percorrer. Foi um governo sitiado desde antes de entrar em La Moneda, tendo que enfrentar um ataque brutal “da embaixada” e seus infames aliados locais: toda a direita, a velha e a nova (a Democracia Cristã), as corporações empresariais, as grandes empresas e seus meios de comunicação, a hierarquia eclesiástica e um sector das camadas médias, vítimas indefesas de um terrorismo mediático sem precedentes na América Latina. Apesar disso, conseguiu avançar significativamente no fortalecimento da intervenção do Estado e na planificação da economia. Conseguiu nacionalizar o cobre por meio de uma lei aprovada quase sem oposição no Congresso, pondo fim ao fenomenal saque praticado pelas empresas norte-americanas com o consentimento dos governos anteriores. Por exemplo, com um investimento inicial de cerca de 30 milhões de dólares ao cabo de 42 anos, a Anaconda e a Kennecott enviaram para o exterior lucros de mais de 4.000 milhões de dólares. Um escândalo! Também colocou o carvão, o salitre e o ferro sob controlo estatal, recuperando a estratégica siderurgia de Huachipato; acelerou a reforma agrária concedendo terras a cerca de 200.000 camponeses em quase 4.500 propriedades e nacionalizou quase todo o sistema financeiro, a banca privada e os seguros, adquirindo em condições vantajosas para seu país a maioria das acções dos seus principais componentes. Também nacionalizou a corrupta International Telegraph and Telephone (IT&T), que detinha o monopólio das comunicações e que antes da eleição de Allende tinha organizado e financiado, juntamente com a CIA, uma campanha terrorista para frustrar a tomada de posse do presidente socialista []. Estas políticas resultaram na criação de uma “área de propriedade social” onde as principais empresas que condicionavam o desenvolvimento económico e social do Chile (como o comércio externo; a produção e distribuição de energia eléctrica; o transporte ferroviário, aéreo e marítimo; as comunicações; a produção, refinação e distribuição de petróleo e seus derivados; a siderurgia, o cimento, a petroquímica e química pesada, a celulose e o papel) passaram a estar controladas ou, pelo menos, fortemente reguladas pelo Estado. Todas essas impressionantes conquistas foram realizadas em simultâneo com um programa alimentar, onde se destacava a distribuição de meio litro de leite para as crianças. Promoveu a saúde e a educação em todos os níveis, democratizou o acesso à universidade e lançou um ambicioso programa cultural por meio de uma editora estatal, Quimantú, que resultou, entre outras coisas, na publicação de milhões de livros que foram distribuídos gratuitamente ou a preços irrisórios.

Com a sua obra de governo e heroico sacrifício, Allende deixou um legado extraordinário aos povos de Nossa América, sem o qual é impossível compreender o caminho que os povos dessas latitudes começariam a percorrer no final do século passado e que culminou com a derrota do principal projecto geopolítico e estratégico dos Estados Unidos para a região, o ALCA, em Mar del Plata em 2005. Allende foi, portanto, o grande precursor do ciclo progressista e de esquerda que sacudiu a América Latina no início deste século.

Ele também foi um anti-imperialista sem falhas e um amigo incondicional de Fidel, do Che e da Revolução Cubana quando tal coisa equivalia a um suicídio político e o convertia em carne de canhão para os sicário mediáticos teleguiados a partir dos EUA. Mas Allende, um homem de uma integridade pessoal e política exemplares, superou tão adversas condições e abriu essa brecha que levaria às “grandes alamedas” onde as mulheres e homens livres da Nossa América marchariam, pagando com a vida a sua lealdade às grandes bandeiras do socialismo, da democracia e do anti-imperialismo. Hoje, comemorando o 50º aniversário daquela vitória, merece que o recordemos com a gratidão devida aos Pais fundadores da Pátria Grande e a quantos inauguraram a nova etapa que conduz à Segunda e definitiva Independência dos nossos povos.


FONTE: ODiario.info

domingo, 6 de setembro de 2020

Festa do Cinema Italiano - até 10 de setembro de 2020

 Edição completamente online e gratuita para todo o público brasileiro


8 1/2 Festa do Cinema Italiano

Os mais interessantes filmes italianos dos últimos anos estão à disposição para todos que apreciam a cinematografia do país. Grandes sucessos da comédia, filmes premiados nos principais festivais internacionais, documentários e animação, são filmes para todos os gostos e, muitos deles, exibidos pela primeira vez no Brasil. Estão todos disponíveis através do site do evento e da plataforma Looke.


Filmes recomendados pelo Blog Prestes A Ressurgir:


MARTIN EDEN

Martin Eden

De Pietro Marcello

Com Luca Marinelli, Carlo Cecchi, Marco Leonardi

2019 - Drama - 2h09 - 14 anos - V.O. com legendas em português

Martin Eden é um jovem escritor de baixa renda que entra em conflito com a burguesia. Apaixonado, tenta publicar uma obra de sucesso e questiona o mercado literário, a sociedade e a si mesmo. A adaptação da novela de Jack London recebeu o Prêmio de Melhor Ator para o talentoso Luca Marinelli no mais recente Festival de Veneza.

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A PASSAGEM


Il varco

De Federico Ferrone e Michele Manzolini

2019 - Drama - 1h10 - 14 anos - V.O. com legendas em português

FILME INÉDITO

Em 1941, um soldado italiano segue para a frente soviética. O exército fascista é aliado da guerra nazista. A vitória parece próxima. O trem avança, os homens cantam esperançosos. Um soldado relembra os contos que a sua mãe russa lhe contava. À medida que o inverno chega, o entusiasmo diminui e o desejo mais sincero não é mais a vitória, mas voltar para casa. Um surpreendente mokumentary que foi ovacionado no último Festival de Veneza.

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UMA QUESTÃO PESSOAL


Una questione privata

De Paolo Taviani, e Vittorio Taviani

Com Luca Marinelli, Valentina Bellé, Lorenzo Richelmy

2017 - Drama - 1h25 - 14 anos - V.O. com legendas em português

O combatente partidário italiano Milton descobre que a mulher que ele ama pode ter amado um amigo em comum. Seu ciúme se volta para a justiça quando ele descobre que o homem foi capturado pelos fascistas. Um romance resplandecente da era da Segunda Guerra Mundial em que o idealismo entra em conflito com a realidade. O último filme de dois dos mais importantes realizadores italianos da sua geração.

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LINK do 8 1/2 Festa do Cinema Italiano: https://br.festadocinemaitaliano.com/

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Para download: "Relações Raciais entre Negros e Brancos em São Paulo" (Edição rara de 1955)

Formato digital da primeira edição (1955) de "Relações Raciais entre Negros e Brancos em São Paulo", livro organizado por Roger Batiste e Florestan Fernandes, disponibilizado na edição v. 6, n. 12 (2015/02) da revista Estudos Políticos.

Além  do "inestimável valor para as ciências sociais brasileiras em geral e para os estudos da questão racial no país, em particular", colocando "em circulação novas interpretações sobre o lugar do preconceito racial no Brasil",  a disponibilização da primeira edição de Relações Raciais entre Negros e Brancos em São Paulo, como ressalta  Luiz Augusto Campos, é "uma obra que pode nos ajudar a elucidar aspectos ainda turvos da história da própria sociologia brasileira", uma vez que "todas as demais reedições da obra, republicadas a partir de 1959, trouxeram apenas as contribuições de Bastide e Fernandes, suprimindo, portanto, os capítulos de Virginia Bicudo, Aniela Ginsberg e Oracy Nogueira", de modo que "o leitor que hoje comprar uma das edições posteriores do livro só terá acesso a uma versão incompleta da obra que influenciou tantas discussões sobre a questão racial entre as décadas de 1950 e 1980" (Ver o texto "Relações Raciais entre Negros e Brancos em São Paulo: a história de uma edição", de Luiz Augusto Campos, na revista Estudos Políticos, v.6, n. 12, 2015).


BASTIDE, Roger; FERNANDES, Florestan (orgs.). Relações raciais entre negros e brancos em São Paulo: ensaio sociológico as origens, as manifestações e os efeitos do preconceito de côr no município de São Paulo. São Paulo: Editora Anhembi, 1955.

LINK PARA DOWNLOAD DO LIVRO:

https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/39814/22902






terça-feira, 1 de setembro de 2020

Para download: La estrategia y táctica socialistas de Marx y Engels a Lenin _ Vania Bambirra e Theotonio Dos Santos vol. I e II

 Da página "La lectura es la fábrica de la conciencia revolucionaria"

(Via marxismo21.org)





La estrategia y táctica socialistas de Marx y Engels a Lenin Volumen I

(Versión original: Dos Santos, Theotonio y Vania Bambirra (1980), La estrategia y táctica socialistas de Marx y Engels a Lenin, tomo I, México. Edit. Era.)

Prólogo

Introducción: Apuntes sobre estrategia y táctica

Primera parte: La estrategia y la táctica socialistas en Marx y Engels

I. Concepciones estratégicas y tácticas del movimiento obrero antes del marxismo 

II.  Las concepciones estratégicas del Manifiesto comunista

III. La revolución de 1848 y la tesis de la revolución permanente

IV. La fundación de la I Internacional: nuevos avances estratégicos y tácticos

V. Las resoluciones de la Internacional y la maduración táctica

VI. La Comuna de París

VII. La crisis de la Internacional y la revolución española: la crítica del anarquismo

VIII: La formación del Partido Socialista Alemán: socialismo de estado, nación y sufragio universal

IX. La II Internacional y la estrategia revolucionaria de masas

X. Las concepciones estratégicas y tácticas de Marx y Engels: un balance

Segunda parte: Cuestiones estratégico-tácticas de la II Internacional

I. El contexto general del desarrollo de la II Internacional

II. El debate del revisionismo: Bernstein

III. La crítica centrista del revisionismo: Kautsky

IV. La crítica de la izquierda: Rosa Luxemburgo

V. La participación en los gobiernos burgueses

VI. La huelga de masas como instrumento revolucionario

VII. Imperialismo, nacionalismo, militarismo y guerra

VIII. La II Internacional: un balance

LINK PARA DOWNLOAD:

https://drive.google.com/file/d/1Yll9RC46XKpiBi_z5GTlhw4YErRLBFAD/view?usp=drivesdk


La estrategia y táctica socialistas de Marx y Engels a Lenin Volumen II

(Versión original: Dos Santos, Theotonio y Vania Bambirra (1980), La estrategia y táctica socialistas de Marx y Engels a Lenin, tomo II, México, Edit. Era.)

Primera parte: La lucha por el poder

Nota previa

I. Socialismo agrario y terrorismo en contra de la autocracia

II. La crítica de la concepción populista de la Revolución rusa

III. Leninismo versus economicismo: La constitución del partido

IV. ¿Partido de masas o de cuadros? El surgimiento del bolchevismo

V. 1905: La táctica del proletariado en la Revolución democrática

VI. 1905: Experiencias y balance

VII. El descenso como acumulación de fuerzas

VIII.  El nuevo ascenso, de la guerra y la traición de la II Internacional

IX. La táctica de Lenin en la Revolución rusa

X. Las condiciones políticas y materiales, el triunfo de las revoluciones de octubre vistas por Lenin

Segunda parte: Defensa, consolidación y proyección del poder revolucionario

I. Cuestiones estrategico-tácticas del poder soviético

II. Lenin y la III Internacional

III. Síntesis: El Leninismo, su estrategia y su táctica

LINK PARA DOWNLOAD:

https://drive.google.com/file/d/1x48ncxJb9WEHW8RqiecEQnjunZdQWkVF/view?usp=drivesdk