Os últimos documentos apresentados pelo portal WikiLeaks sobre detalhes da política externa dos Estados Unidos apontam os movimentos sociais brasileiros, em especial o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), como obstáculos para a criação de uma lei antiterrorista no país.
O documento teria sido elaborado em novembro de 2008 pelo embaixador dos Estados Unidos no Brasil na época, Clifford Sobel. O texto menciona o analista de inteligência estratégica na Escola Superior de Guerra André Luis Woloszyn (citado no documento como "Soloszyn").
Em conversa com Sobel, o analista disse que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "repleto de militantes esquerdistas que tinham sido alvos de leis da era da ditadura militar criadas para reprimir a violência politicamente motivada", dificilmente promulgaria uma lei que poderia enquadrar atos de grupos com os quais simpatiza, pois "não existe maneira de redigir uma legislação antiterrorismo que exclua as ações do MST".
Controle
Para o integrante da coordenação nacional do MST João Pedro Stedile, o relatório “revela, infelizmente, como o governo dos Estados Unidos continua tratando os países da América Latina, como meras colônias, que devem obedecer e serem orientados”.
Na avaliação do dirigente, ficou claro ainda que o alvo das leis antiterroristas que tentam ser impostas em vários países são as ações dos movimentos sociais que possam prejudicar interesses estadunidenses na América Latina.
“No passado eles criaram a paranoia da União Soviética, depois dos inimigos internos e, agora, querem transformar toda luta social em luta terrorista”, afirma.
Dilma
Os documentos também citam a presidenta eleita, Dilma Rousseff, que foi responsabilizada pelos Estados Unidos de "obstruir", quando era ministra, a aprovação de uma lei antiterrorista que havia sido recomendada por Washington.
Segundo os Estados Unidos, o governo brasileiro chegou a questionar os diplomatas estadunidenses e sua suposta política de luta contra o terrorismo. Além disso, um integrante do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgão dependente da Presidência brasileira, "manifestou seu rechaço à posição estadunidense sobre o combate ao terrorismo no Brasil", afirmou um dos documentos publicados pelo WikiLeaks.
Algumas mensagens da embaixada estadunidense no Brasil indicaram, ainda, que a Polícia Federal brasileira "deteve terroristas islâmicos", mas que o governo brasileiro "procurou ocultar ou desvirtuar essa informação".
Desde domingo (28), o portal WikiLeaks já divulgou cerca de 250 mil documentos confidenciais do Departamento de Estado dos Estados Unidos que revelam detalhes de políticas estadunidenses entre 1966 e fevereiro deste ano. De acordo com o WikiLeaks, esse é "o maior conjunto de documentos confidenciais a ser levado a público na história".
FONTE: http://www.brasildefato.com.br/node/5183
O documento teria sido elaborado em novembro de 2008 pelo embaixador dos Estados Unidos no Brasil na época, Clifford Sobel. O texto menciona o analista de inteligência estratégica na Escola Superior de Guerra André Luis Woloszyn (citado no documento como "Soloszyn").
Em conversa com Sobel, o analista disse que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "repleto de militantes esquerdistas que tinham sido alvos de leis da era da ditadura militar criadas para reprimir a violência politicamente motivada", dificilmente promulgaria uma lei que poderia enquadrar atos de grupos com os quais simpatiza, pois "não existe maneira de redigir uma legislação antiterrorismo que exclua as ações do MST".
Controle
Para o integrante da coordenação nacional do MST João Pedro Stedile, o relatório “revela, infelizmente, como o governo dos Estados Unidos continua tratando os países da América Latina, como meras colônias, que devem obedecer e serem orientados”.
Na avaliação do dirigente, ficou claro ainda que o alvo das leis antiterroristas que tentam ser impostas em vários países são as ações dos movimentos sociais que possam prejudicar interesses estadunidenses na América Latina.
“No passado eles criaram a paranoia da União Soviética, depois dos inimigos internos e, agora, querem transformar toda luta social em luta terrorista”, afirma.
Dilma
Os documentos também citam a presidenta eleita, Dilma Rousseff, que foi responsabilizada pelos Estados Unidos de "obstruir", quando era ministra, a aprovação de uma lei antiterrorista que havia sido recomendada por Washington.
Segundo os Estados Unidos, o governo brasileiro chegou a questionar os diplomatas estadunidenses e sua suposta política de luta contra o terrorismo. Além disso, um integrante do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgão dependente da Presidência brasileira, "manifestou seu rechaço à posição estadunidense sobre o combate ao terrorismo no Brasil", afirmou um dos documentos publicados pelo WikiLeaks.
Algumas mensagens da embaixada estadunidense no Brasil indicaram, ainda, que a Polícia Federal brasileira "deteve terroristas islâmicos", mas que o governo brasileiro "procurou ocultar ou desvirtuar essa informação".
Desde domingo (28), o portal WikiLeaks já divulgou cerca de 250 mil documentos confidenciais do Departamento de Estado dos Estados Unidos que revelam detalhes de políticas estadunidenses entre 1966 e fevereiro deste ano. De acordo com o WikiLeaks, esse é "o maior conjunto de documentos confidenciais a ser levado a público na história".
FONTE: http://www.brasildefato.com.br/node/5183
Nenhum comentário:
Postar um comentário