“Cheguei às cidades num período de desordens, quando aqui a fome reinava. Vim para o meio do povo quando imperava a revolta, e cresci com ela. Assim passou-se o tempo que me foi concedido nesta Terra (...) Mas vós, que renascereis do dilúvio no qual nós nos afogamos, pensai também, quando falardes de nossa fraqueza, na sombria época de que haveis escapado.
Nós caminhamos, mudando de país mais do que de sapatos, através da luta de classes, confundidos, quando havia apenas injustiça e não protesto. E ainda assim sabemos: o ódio, mesmo contra a degradação, contorce as feições. A ira, mesmo contra a injustiça, torna a voz áspera. Ah, nós que queríamos preparar o chão da amizade, não pudemos, nós mesmos, ser amigos. Mas, vós quando tudo estiver tão perfeito que o homem ajude o homem, lembrai-vos de tudo isto, quando pensardes em nós”
(Bertold Brecht, “Aos que virão depois de nós”).
Nós caminhamos, mudando de país mais do que de sapatos, através da luta de classes, confundidos, quando havia apenas injustiça e não protesto. E ainda assim sabemos: o ódio, mesmo contra a degradação, contorce as feições. A ira, mesmo contra a injustiça, torna a voz áspera. Ah, nós que queríamos preparar o chão da amizade, não pudemos, nós mesmos, ser amigos. Mas, vós quando tudo estiver tão perfeito que o homem ajude o homem, lembrai-vos de tudo isto, quando pensardes em nós”
(Bertold Brecht, “Aos que virão depois de nós”).
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