sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Davi Perez - Flor na trincheira (Lyric Vídeo)

"E que não seja só no 8 de março

O protagonismo das mulheres no compasso

O seu papel não será secundário

Vai ser na linha de frente do bloco revolucionário!"


Composta em 2012, é lançada agora uma nova versão de "Flor na trincheira", na voz de seu compositor, Davi Perez.

Excelente para trabalhar em sala de aula, abordando o protagonismo das mulheres, que se colocaram contra o status quo, articulado com várias temáticas dos conteúdos do ensino de História na educação básica (em especial, estudantes do 9° ano do ensino fundamental e do ensino médio).






Letra: Davi Perez

Vocal: Davi Perez

Instrumental: Rato Reverso

Mixagem e Masterização: Davi Perez


Flor na trincheira (Davi Perez)


E que não seja só no 8 de março

O protagonismo das mulheres no compasso

O seu papel não será secundário

Vai ser na linha de frente do bloco revolucionário!


É uma força de Olga, de Anita, de Alexandra Kollontai

É o grito da Rosa que da memória não sai

Dandara contra o português, Juana contra o espanhol.

Buscando sua vez, o lugar de todos ao sol.


Bravura aguerrida que ninguém esquece

Ternura vivida sentida muito mais do que parece

Flor na trincheira não se contenta com jardim e parque

É a morte tão viva no grito de Joana Darc


E tantas vezes chegaram à vitória

Heroicas mulheres que juntas fazem a história

Bruxas do feitiço da emancipação humana

É na flor da nossa pele que o anseio emana


Se seguem dias, meses e anos de glória.

Quando se busca muito mais que uma vida simplória

Proletárias, operárias, solidárias, revolucionárias.

Incendiarias das capitanias hereditárias


Marchando e desabando igual avalanche

Mira e atira no inimigo tipo Célia Sanchez

O que importa se é de bota, de chinelo ou tamanco.

Em meio guerra é heroína da paz, Elisa Branco


Condutora do assalto ao céu

Pedagoga da comuna foi Louise Michel

Da laia das companheiras lutadoras de saia

Sem deixar que caia nossa pátria camarada Krupskaia


Não cai pro lado da contrarrevolução

Como Frida na cabeça e no coração

Enquanto no poder patriarca não se puser fim

A luta seguirá no exemplo de Clara Zetkin


Monstro verdugo não vai nos intimidar

A coragem de fibra é a súplica de Soledad

É comandante do povo, capacidade que não se mede.

É Tanja Nijmeijer, também é Leila Khaled


E que não seja só no 8 de março

O protagonismo das mulheres no compasso

O seu papel não será secundário

Vai ser na linha de frente do bloco revolucionário!


É Lyudmila Pavlichenko exterminando vários nazis

Com o inimigo dos povos jamais faremos as pazes

Bravura aguerrida que ninguém esquece

Ternura vivida sentida muito mais do que parece


Contra o velho chorume burguês embebido nesse formol

Buscando sua vez, o lugar de todos ao sol.

Resistência na Síria, Palestina, Iraque.

Flor na trincheira não se contenta com jardim e parque


Vai marchando e desabando igual avalanche

Até que toda exploração e opressão se desmanchem

É Ângela Davis contra o império branco

E não importa se é de bota, de chinelo ou tamanco.


E tantas vezes chegaram à vitória

Heroicas mulheres que juntas fazem a história

Bruxas do feitiço da emancipação humana

É na flor da nossa pele que o anseio emana


Se seguem dias, meses e anos de glória.

Quando se busca muito mais que uma vida simplória

Proletárias, operárias, solidárias, revolucionárias.

Incendiarias das capitanias hereditárias


A burguesia já perdeu o sentido

No romance de Pagu reside o desejo aguerrido

Pelo que não tem censura, governo, juízo.

E será feito na terra, sem inferno nem paraíso.


As condutoras do assalto ao céu

Com seu arsenal farão do capital o verdadeiro réu

Não mais senhores, reis e nem patrões.

Somente humanas convivências e humanas paixões


E que não seja só no 8 de março

O protagonismo das mulheres no compasso

O seu papel não será secundário

Vai ser na linha de frente do bloco revolucionário!

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