Na Pauta, desta terça-feira de 13/12/2022, recebe Anita Prestes, que conversará sobre o trabalho para disponibilização ao público do acervo de seu pai, Luiz Carlos Prestes, doado à UFSCar e em processo de tratamento por equipe que também participa da conversa. A conversa terá a participação da Pró-Reitora Adjunta de Pesquisa da UFSCar, Diana Junkes; das profissionais da Unidade Multidisciplinar de Memória e Arquivo Histórico (UMMA) Claudia de Moraes Barros Ramalho e Izabel da Mota Franco; e das bibliotecárias Vera Lúcia Cóscia e Maria Lúcia Clapis Facundo, que estão atuando no processamento de livros, documentos, correspondências, fotos, objetos pessoais e outros materiais que compõem o acervo doado.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2022
Anita Prestes no "Na Pauta", da UFSCar, falando sobre o Acervo Luiz Carlos Prestes, sua importância e disponibilização ao público
terça-feira, 6 de dezembro de 2022
Cuba apresenta três documentários inéditos no Brasil na 3ª Mostra Internacional de Cinema Virtual de São Paulo.
Cuba Real, via Instagram
https://www.instagram.com/p/Cl0xFboudym/
"Maestra" (2012) e "Silvio Rodríguez: Mi Primera Tarea" (2020), ambos da norte-americana Catherine Murphy, abordam o processo de alfabetização cubano nos anos 60. Neste último, o cantor e icone da Nova Canção Cubana relata sua participação no programa da Revolução que fez da ilha o primeiro país livre de analfabetismo da América Latina.
"La gota de agua”, traz o relato sobre as dificuldades enfrentadas pelo país caribenho causado pelo embargo dos EUA, especialmente na área da saúde. O curta, dos cineastas cubanos Iriana Pupo e Yaimi Ravelo, conta em 30 minutos a história de Natali, uma menina de 5 anos, e sua luta contra o câncer.
Todos os filmes estão disponíveis gratuitamente na plataforma de streaming e vídeo por demanda CulturaEmCasa da Mostra, promovida pelo Governo de SP em parceria com consulados de 13 países, entre os quais Cuba.
Para saber mais e acessar a programação completa, confira a página da mostra https://culturaemcasa.com.br/agenda/
quarta-feira, 30 de novembro de 2022
"Deixar um erro sem refutação é estimular a imoralidade intelectual" (Karl Marx)
Indicação de leitura:
Centenário do PCB: os comunistas e o “queremismo”
Texto da historiadora Anita Prestes publicado no Blog da Boitempo, em 23/11/2022. No artigo, a autora faz um consistente balanço bibliográfico de como textos historiográficos, memorialísticos, biográficos, sociológicos e de ciência política abordam a posição dos comunistas frente ao queremismo. A autora mostra como se tornou lugar comum, sem sustentação empírica nos documentos da época, a afirmação de que em 1945 Luiz Carlos Prestes e os comunistas teriam aderido ao movimento consagrado com o nome de “queremismo”, criado em junho daquele ano. As evidências apresentadas pela autora são reveladoras da função exercida pela História Oficial na consagração de falsificações históricas de acordo com os interesses dos setores dominantes numa sociedade dividida em classes antagônicas. A historiadora Anita Prestes procura nos mostrar como as versões historiográficas consagradas pela História Oficial, elaborada pelos “intelectuais orgânicos” (segundo Gramsci) a serviço dos interesses dominantes, adquiriram foros de verdade e passaram a ser transmitidas de geração em geração, exercendo influência inclusive em intelectuais progressistas e/ou de esquerda e na própria militância de partidos de esquerda. E conclui chamando a atenção que revelar as falsificações difundidas pela História Oficial é parte constitutiva da luta ideológica permanente que devemos conduzir contra a dominação burguesa nas sociedades capitalistas.
O texto nos alerta para o necessário reconhecimento da diferença entre as consignas dos queremistas e dos comunistas, pois um exame sério nas fontes históricas da época, em especial na imprensa e relatórios comunistas, analisando o discurso dos comunistas e não somente o discurso produzido sobre os comunistas na época, pode esclarecer de que "Queremos uma Assembleia Constituinte com Getúlio" jamais foi um slogan oficial do Partido Comunista em 1945. Considerando seus acertos e erros, é necessário entender do que se tratava a chamada política de "União Nacional" defendida pelos comunistas e no que era distinta das propostas da campanha queremista.
Ao final da leitura do texto da professora Anita Prestes, grande estudiosa do movimento comunista brasileiro, nos remete a pertinência de uma célebre frase de Karl Marx, usada como epígrafe do livro A miséria da teoria, do historiador E. P.Thompson: "Deixar um erro sem refutação é estimular a imoralidade intelectual"
LEIA O TEXTO COMPLETO CLICANDO NO LINK ABAIXO:
https://blogdaboitempo.com.br/2022/11/23/centenario-do-pcb-os-comunistas-e-o-queremismo/
segunda-feira, 14 de novembro de 2022
ENTREVISTA DE ANITA PRESTES A ISKRA - ASSOCIAÇÃO DE ESTUDOS MARXISTAS-LENINISTAS DE PORTUGAL
A seguir, vai o link para a entrevista da historiadora Anita Prestes, realizada no último dia 11 de novembro de 2022 e promovida pela Iskra (Associação de Estudos Marxistas-leninistas), em que ela fala sobre a Coluna Prestes, a Insurreição antifascista de 1935, o PCB na Constituinte de 1946 e no golpe de 1964, as razões do rompimento de Prestes com o Comitê Central do PCB em 1980 e ainda sobre os desdobramentos das recentes eleições no Brasil.
terça-feira, 8 de novembro de 2022
Resenha do livro "Olga Benario Prestes. Eine biografische Annäherung" pelo estudioso literário Robert Cohen
A resenha do livro escrito pela historiadora Anita Prestes foi publicado hoje, 8/11/22, no jornal alemão junge Welt, disponível em: https://www.jungewelt.de/artikel/438328.antifaschismus-die-solidarit%C3%A4t-der-opfer.html.
Leia a seguir a resenha traduzida para o português.
ANTIFASCISMO
A solidariedade das vítimas
A historiadora Anita Prestes escreve sobre a vida e morte da sua famosa mãe, a comunista judia Olga Benario.
Por Robert Cohen*
A comunista de ascendência judaica de Munique inscreveu o seu nome nestes eventos: Para além de uma monografia, um romance e um filme documentário, a sua correspondência sobre a prisão e os campos de concentração e o seu arquivo da Gestapo foram publicados nos últimos anos, tendo sido lançado um livro áudio assombroso em 2020.
Com o livro fino de Anita Prestes "Olga Benario Prestes. Uma Abordagem Biográfica", complementa estas apresentações de uma forma significativa. Baseia-se na avaliação do extenso dossiê da Gestapo sobre Olga Benario, que está acessível nos arquivos da Federação Russa desde Abril de 2015. O livro contém fotografias, várias cartas e uma entrevista com o autora destinada aos leitores alemães.
Uma breve descrição da juventude de Olga Benario e do compromisso comunista inicial é seguida na seção principal por uma montagem opressiva de cartas seleccionadas e documentos da Gestapo com comentários complementares de Anita Prestes. Isto mina o cliché de que o Holocausto deve permanecer incompreensível. A burocracia passo a passo que conduz à aniquilação de um ser humano é tornada acessível à mente analítica. Os acontecimentos da curta vida de Olga Benario - ela tinha trinta e quatro anos quando foi morta - são, por vezes, pouco credíveis. Daí as numerosas notas de rodapé e a bibliografia na edição original brasileira de 2017 (estão em falta na edição alemã).
Um aspecto notável do livro está enraizado na pessoa da autora: Anita Prestes é uma historiadora, mas é também filha de Olga Benario. Isto leva, inevitavelmente, a uma visão estereofónica. Por exemplo, no capítulo sobre o resgate de Anita, de 14 meses, da custódia da Gestapo para sua sogra brasileira. O que poderiam estas passagens ter exigido da autora, agora com 85 anos de idade? Anita Prestes encontrou uma solução para manter a sua própria consternação à distância: Ela fala do seu antigo eu na terceira pessoa: "a criança"; numa nota ela chama a atenção para isto. Esta nota sensibiliza o leitor para o difícil equilíbrio da autora entre historiografia e autobiografia.
O subtítulo foi também alterado para a edição alemã. No original lê-se: "Uma comunista nos arquivos da Gestapo". Anita Prestes, ela própria comunista e, segundo as suas memórias Viver é tomar partido (2019), por vezes ativa numa posição de liderança no PCB, insiste no compromisso político dos seus pais em tudo o que diz. Mesmo na sua ampla monografia sobre o seu pai, isto é assinalado no subtítulo sucinto: "Um comunista brasileiro". Mas mesmo sem a menção no título, a centralidade do empenho comunista de Olga Benario nas suas ações e destino torna-se clara; é um mérito da Verbrecher Verlag ter trazido à luz este livro.
A manipulação de Anita Prestes das origens judaicas da sua mãe é mais difícil. Ela não faz segredo desta origem, mas minimiza o seu significado. Olga Benario já tinha deixado a comunidade judaica aos dezessete anos de idade, como se pode ver num arquivo da Gestapo citado por Anita Prestes. A correspondência prisional de Olga Benario quase não menciona as suas origens judaicas. De acordo com Anita Prestes na entrevista, a comunidade judaica brasileira tinha-se apropriado de Olga Benario enquanto ignorava o seu comunismo. A autora tem razão em defender-se contra isto. Talvez a melhor maneira de fazer justiça à relação de Olga Benario com o judaísmo seja referir-se ao famoso ensaio de 1958 "The Non-Jewish Jew" do historiador comunista polaco-britânico Isaac Deutscher. Deutscher expõe uma linhagem judaica de "grandes revolucionários do pensamento moderno", entre os quais Marx, Rosa Luxemburgo e Trotsky. Tinham-se separado das suas origens judaicas; mas sem estas origens, o seu desenvolvimento não poderia ser compreendido. Neste sentido, Olga Benario poderia ser entendida como uma judia não judia.
Anita Prestes enfatiza repetidamente a firmeza da sua mãe. Apesar de todas as torturas mentais e físicas durante os anos na prisão e nos campos de concentração, ela não revelou nada, como é provado por citações do dossiê da Gestapo. Esta firmeza foi tão importante para Anita Prestes que ela colocou uma declaração da sua mãe como epígrafe do texto (falta-o na edição alemã). Para Anita Prestes, o conceito de solidariedade está inseparavelmente ligado à firmeza. Uma e outra vez ela sublinha a atitude de solidariedade da sua mãe para com todas as outras vítimas do fascismo. A solidariedade forma uma espécie de leitmotiv do livro, como já é assinalado na dedicatória: "Em memória de Olga Benario Prestes, da minha mãe e de todos aqueles que morreram na luta contra o fascismo". Com esta formulação, Anita Prestes, por seu lado, cumpre a obrigação de recordar sempre solidariamente a totalidade das vítimas na vítima individual.
* Robert Cohen é o autor do épico romance Exil der frechen Frauen (2009), Olga Benario é uma das três personagens principais.
Anita Prestes: Olga Benario Prestes. Eine biografische Annäherung. Aus dem Portugiesischen vom Coletivo Tropeção. Verbrecher-Verlag, Berlin 2022, 114 Seiten, 16 Euro.
Discurso de Saudação à Professora Anita Leocadia Prestes, por ocasião da entrega da Medalha Minerva do Mérito Acadêmico
(Sessão Solene do Conselho Universitário – Entrega da Medalha Minerva do Mérito Acadêmico à Professora Anita Leocadia Prestes, realizada no Salão Nobre do Instituto de História da UFRJ, no dia 07 de novembro de 2022.)
Por Marcos Cesar de Oliveira Pinheiro
Professor de História da Educação da UERJ
Senhoras e senhores, boa tarde!
Sinto-me, extremamente, honrado de estar
nesta mesa, composta pela Magnífica Reitora da UFRJ, Prof.ª Denise Pires de
Carvalho, pelo Vice-Reitor, Prof. Carlos Frederico Leão Rocha, pelo Vice Decano
do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Prof.
Paulo Castro, pelo Diretor do Instituto de História, Prof. Antonio Carlos Jucá,
e pela homenageada desta Sessão Solene, Professora
Anita Leocadia Prestes.
Gostaria de agradecer o honroso convite
para ser orador nesta sessão solene de entrega da Medalha Minerva do Mérito
Acadêmico à Professora Anita Prestes, de quem fui seu aluno e orientando durante
minha trajetória discente nesta Universidade, tanto no Curso do Bacharelado em
História, do antigo Departamento de História, hoje Instituto de História da
UFRJ, quanto nos cursos de mestrado e doutorado do Programa
de Pós-Graduação em História Comparada. Assim como eu, muitos de seus
ex-alunos reconhecem que suas ideias e atitudes, reveladas durante o exercício
de sua docência aqui na UFRJ, contribuíram para que seus alunos trilharem o
difícil caminho de adquirir a profissão de pesquisador(a) ou professor(a) de
História.
Portanto, o que falar da Professora Anita
Prestes? No que se refere ao ensino, à pesquisa e à extensão, o trabalho
educativo desenvolvido por ela, isto é, o “ato de
produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade
que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens”[1], tem uma expressão pedagógica explícita: é
diretamente voltado para a formação de lutadores e construtores, para
contribuir na construção de “alternativas a uma ordem social que precisa ser
transformada radicalmente em toda sua maneira de ser”. [2]
Sua postura como historiadora e professora
de História é de sempre se posicionar ideológica e politicamente diante da
chamada História Oficial – aquela elaboração histórica que convém aos grupos
dominantes na sociedade. Como uma historiadora e uma professora, comprometida
com as lutas populares, com os interesses dos explorados e dos oprimidos, a sua
meta, na sala de aula, no trabalho de pesquisa histórica e na participação de
eventos diversos para além dos muros da universidade, é formar jovens
questionadores, cidadãos que não aceitem o consenso dominante e contribuir para
a elaboração de uma outra história, comprometida não só com a evidência dos
fatos, mas também com o imperativo de construir um futuro de justiça social e
liberdade para o povo.
Por se posicionar publicamente contra o status
quo, negando-se a uma neutralidade aparente, a professora Anita Prestes é uma
personalidade incômoda aos chamados donos do poder e seus intelectuais
orgânicos, uma vez que não capitulou diante do inimigo de classe, não se vendeu
em troca de cargos políticos, não se utiliza dos nomes de seus pais para ser
favorecida diante de interesses menores ou de caráter pessoal. Discordar de
Anita Prestes por suas profundas convicções comunistas, de defesa de uma
sociedade justa e igualitária, é um direito facultado aos seus adversários
políticos, porém o que ninguém pode fazer, honradamente, é negar grandeza ao
seu trabalho de combate à História Oficial, que esquece, silencia, deturpa e
ataca “os ideais e as lutas dos setores, que não obtiveram êxito em seus
propósitos revolucionários e transformadores e, muitas vezes, sofreram duras
derrotas”.[3] A produção historiográfica
da professora Anita é feita com rigor científico, com absoluta precisão
teórico-metodológica, com análise em farta documentação, contribuindo
imensamente para esclarecer períodos obscuros da história brasileira.
E por falar em história, a professora
Anita é também uma personagem histórica. Sua trajetória pessoal entrecruza-se,
em muitos pontos, com os acontecimentos históricos internacionais e os
nacionais de alguns países, como Brasil, México e União Soviética, desde o seu
nascimento em uma prisão em Berlim da Alemanha nazista, passando pelos dramas
familiares e pelas vicissitudes de sua militância comunista no contexto da
Guerra Fria e da Ditadura Militar no Brasil, até a carreira acadêmica como
estudiosa da história política do Brasil contemporâneo e do movimento comunista
internacional, em particular, a história do Partido Comunista Brasileiro (PCB)
e a trajetória política de seu pai, Luiz Carlos Prestes, principal liderança
comunista brasileira no século XX.
Aliás, desde o nascimento, o modo como a professora
Anita vai se inscrevendo no mundo é marcado por dois aspectos ao longo de sua
vida: a solidariedade, um princípio entre os comunistas que lhe foi fundamental,
e o anticomunismo, impondo-lhe condições que nunca foram favoráveis desde a
mais tenra infância. As vivências de sua infância e adolescência são elementos
da formação de um sujeito histórico, de uma pessoa, que se engajará na luta por
um mundo melhor para todos, não obstante os sacrifícios pessoais, entendendo,
por exemplo, que o martírio de sua mãe, assassinada na câmara de gás do campo
de concentração de Bernburg (em abril de 1942), uma vítima do fascismo entre
milhares de outras, “deve servir de exemplo para que não permitamos que tais
horrores se repitam”. [4] Para além da condição de filha de dois
expoentes do movimento comunista internacional, a professora Anita, desde cedo,
procura trilhar caminho próprio como militante, ciente de que não pertence a
ela o prestígio de ser filha de quem é. Em vez de desfrutar do prestígio
advindo dos pais, busca sempre ser digna da história de vida de ambos, isto é,
ser uma comunista revolucionária.
A partir dos anos 1990, atuando
profissionalmente na universidade, a militância comunista assume “a forma de
luta ideológica contra a falsificação (promovida pela história oficial a
serviço dos donos do poder) da trajetória revolucionária de Luiz Carlos Prestes
e dos comunistas brasileiros, e contra as tendências de caráter reformista
burguês presentes em grande parte das políticas adotadas pelas forças ditas de
esquerda no Brasil”.[5] Anita Prestes é uma
intelectual militante, comprometida com os “de baixo”, em defesa de uma
educação pública, laica, gratuita, democrática e de qualidade, e que luta por
transformações radicais da sociedade expressando os interesses de setores
sociais revolucionários ou potencialmente revolucionários.
“Viver é tomar partido”, título do seu
livro de memórias, resume bem uma vida de militância política e de carreira
acadêmica, que nunca ficou indiferente e sempre se posicionou frente aos
acontecimentos. Anita Prestes não é somente o “bebê famoso”, filha de Olga e
Prestes, nem unicamente uma historiadora e professora universitária, mas uma
pessoa com uma vida intensa, cheia de aventuras, marcada pelas perseguições
movidas contra os comunistas e, em particular, contra seu pai e sua família.
Mas, também, uma vida marcada pela solidariedade humana e cercada de amor.
Para concluir, gostaria de finalizar
dizendo o seguinte à nossa homenageada: Professora Anita, pela sua integridade,
pela sua firmeza de caráter, pela sua militância comunista, pelo seu
profissionalismo e pela sua coerência de na vida sempre tomar partido, serei
sempre seu aprendiz.
Muito obrigado.
[1] Dermeval Saviani, D. Pedagogia
histórico-crítica: primeiras aproximações (8ª ed., Campinas, Autores
Associados, 2003, p. 13).
[2] Roseli Salete Caldart, Pedagogia
do Movimento: processo histórico e chave metodológica (março de 2021, p. 1).
Disponível em: https://mst.org.br/download/pedagogia-do-movimento-processo-historico-e-chave-metodologica/. Acesso em: 06/11/2022.
[3] Anita Leocadia Prestes, O
historiador perante a história oficial, in Germinal: marxismo e
educação em debate, v. 2, n. 1, 2010, p. 94. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/revistagerminal/article/view/9607/7031.
Acesso em: 06/11/2022.
[5] Anita Leocadia Prestes, Viver é
tomar partido: memorias (São Paulo: Boitempo, 2019, p. 268-269).
sábado, 29 de outubro de 2022
Na Alemanha, lançamento de livro, inauguração de exposição e estreia de peça teatral sobre Olga Benario Prestes
Diante da chocante reaparição de movimentos neonazistas no mundo em pleno século XXI, como a versão brasileira representada pelo bolsonarismo, lembrar da resistência das lutadoras e dos lutadores antifascistas que arriscaram suas vidas ao longo da história faz parte da luta e resistência dos combatentes antifascistas de hoje para fazer a coisa certa, derrotar as forças nazifascistas.
A GALERIA OLGA BENARIO - fórum contra o neofascismo, sexismo, racismo e imperialismo -, localizada em Berlim, na Alemanha, motivada pelo lançamento do livro e estreia da peça de teatro musical documental sobre Olga, resolveu apresentar novamente a exposição sobre esta lutadora antifascista desenvolvida desde 2011 - e em versão revisada. A inauguração da exposição OLGA BENARIO – Annäherungen an eine Revolutionärin [OLGA BENARIO – Abordagens de uma revolucionária] será no próximo dia 3 de novembro de 2022, com apresentação do livro "Olga Benario Prestes: Eine biografiische Annäherung", da historiadora Anita Leocadia Prestes, publicação da editora Verbrecher Verlag, versão da edição brasileira do livro "Olga Benario Prestes: Uma comunista nos arquivos da Gestapo" (Boitempo, 2017).
No dia 14 de dezembro de 2022, às 20h, na ÓPERA DE NEUKOELLNER, em Berlim, estreia a peça ICH HEB‘ DIR DIE WELT AUS DEN ANGELN [EU VOU LEVANTAR O MUNDO PARA VOCÊ], um teatro documentário sobre Olga Benario de Dariya Maminova (composição) e Kathrin Herm, Änne-Marthe Kühn e Marina Frenk (texto). Temporada de 14 de dezembro de 2022 a 28 de janeiro de 2023. Mais informações: https://www.neukoellneroper.de/performance/ich-heb-dir-die-welt-aus-den-angeln/
Olga Benario Prestes foi um exemplo de combatente antifascista. Apesar dos horrores vividos por ela e milhares de outras mulheres de diversos países que passaram pelo campo de concentração de Ravensbrück, "Olga manteve-se firme corajosa e solidária com suas companheiras, segundo os testemunhos existentes. Por mais de uma vez foi conduzida à sede da Gestapo em Berlim para novos interrogatórios, durante os quais jamais se prestou a delatar quem quer que fosse [Olga declarava em seus interrogatórios à Gestapo: "Se outros se tornaram traidores, eu não o serei".]. Em diversas ocasiões, devido às suas atitudes de rebeldia e defesa de companheiras mais fracas, foi severamente punida, mantida na escuridão de um calabouço no próprio campo de Ravensbrück, com privação da escassa ração destinada às prisioneiras, ou submetida a espancamentos e castigos corporais" (trecho do livro "Viver é tomar partido: memórias", de Anita Prestes, Boitempo, 2019, p. 25).
"Olga foi uma vítima do fascismo entre milhares de outras e que seu martírio deve servir de exemplo para que não permitamos que tais horrores se repitam" (trecho do livro "Viver é tomar partido: memórias", de Anita Prestes, Boitempo, 2019, p. 26).
sexta-feira, 14 de outubro de 2022
Centenário do Movimento Comunista no Brasil
Tema de Abertura da Semana de História PUC-Rio 2022
Para debater o Movimento Comunista no Brasil, sua importância na atualidade e sua atuação no passado, foram convidados os professores doutores Anita Prestes (UFRJ) e Muniz Ferreira(UFRRJ).
Dia 31/10/2022, às 10h, no Auditório Anchieta
FONTE: https://www.instagram.com/semanadehistoriapucrio/
Sobre "O CAPITAL PARA EDUCADORES OU APRENDER E ENSINAR COM GOSTO A TEORIA CIENTÍFICA DO VALOR"
Livro de Vitor Henrique Paro, lançamento 2022 da Editora Expressão Popular.
A educação, objeto da Pedagogia, é a apropriação da cultura, ou seja, de tudo aquilo que é produzido a partir da vontade e ação do homem. Educação é, assim, autêntica atualização histórico-cultural do indivíduo, objetivando sua formação humano-histórica. Por isso, uma obra como O capital, que leva a compreender e conscientizar os leitores acerca da realidade econômica, pode e deve ter realçado seu caráter pedagógico. A leitura deste livro é, pois, para todos aqueles que queiram atualizar seu caráter humano-histórico, tornando mais fácil a apropriação de uma das obras mais importantes da humanidade.
Paro, Vitor Henrique. O capital para educadores ou aprender e ensinar com gosto a teoria científica do valor. 1. ed.-- São Paulo: Expressão Popular, 2022.
quarta-feira, 12 de outubro de 2022
"OLGA BENARIO PRESTES. EINE BIOGRAFISCHE ANNÄHERUNG" (Verbrecher Verlag, Berlin 2022)
A historiadora Anita Leocádia Prestes descreve como sua mãe, a comunista Olga Benario Prestes, lutou por seus ideais nas mais adversas circunstâncias.
sábado, 17 de setembro de 2022
Acceso público y gratuito: edición online de ocho tomos compilados de los "Escritos Juveniles" de José Carlos Mariátegui
El Archivo José Carlos Mariátegui presenta una colección de ensayos y/o investigaciones sobre diferentes tópicos relacionados no solo a la vida del Amauta, sino a su obra y pensamiento. Además de su lectura en web, hemos incorporado múltiples formatos como ePub, PDF, etc, los cuales han sido diseñados exclusivamente para su descarga. Asimismo, todas las publicaciones que iremos incorporando serán de acceso abierto y disponibles de manera libre para cualquier persona interesada.
La edición online de los Escritos Juveniles de José Carlos Mariátegui, se trata de ocho tomos compilados por Alberto Tauro entre 1987 y 1994, acompañada de una publicación de tres estudios sobre esta etapa inicial de la vida intelectual del Amauta.
Accede aquí https://www.mariategui.org/recursos/publicaciones/ para conocer los primeros esbozos literarios del Amauta, con la posibilidad posibilidad de descargar las publicaciones en múltiples formatos.
FUENTE: Archivo José Carlos Mariátegui
sexta-feira, 16 de setembro de 2022
Arguição de Anita Prestes na defesa de tese "Trabalho e Proteção Social na Rússia Soviética"
Este vídeo é um recorte da banca de defesa de doutorado de Giovanny Simon Machado, intitulada "Trabalho e Proteção Social na Rússia Soviética (1917-1922): os anos formativos" e submetida ao Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da UFSC. Ocorrida no dia 25 de agosto de 2022, a banca contou com a arguição da profa. Anita Leocadia Prestes, cuja fala constitui o elemento principal desse vídeo. Além da profa. Anita, as profas. Sara Granemann, Angela Amaral e os profs. Ricardo Lara (presidente) e Paulo Pinheiro Machado (suplente) também compuseram a comissão examinadora.
Como a banca foi realizada remotamente, a gravação foi feita pelo próprio software de conferências online da UFSC. A edição é de Michele de Mello.
Centenário do PCB: o “bloco histórico” gramsciano e a luta pela conquista da hegemonia na história do PCB
Texto da historiadora Anita Prestes publicado no Blog da Boitempo, em 16/09/2022. Ao analisar a trajetória dos comunistas brasileiros, a autora nos chama a atenção para o que considera a tarefa urgente das forças políticas comprometidas com a revolução socialista e o comunismo, que é conquistar a hegemonia dos legítimos interesses dos trabalhadores na luta por uma democracia que seja política e social e por transformações revolucionárias que abram caminho para sua real emancipação da exploração capitalista.
LEIA O TEXTO COMPLETO CLICANDO NO LINK ABAIXO:
Festa da rendição da Alemanha na Praça da Sé, São Paulo, 8 de maio de 1945. |
quarta-feira, 14 de setembro de 2022
Imperialismo, relações étnico-raciais e lutas anticoloniais
Dossiê da nova edição da revista Germinal: marxismo e educação em debate (volume 14, número 2, de agosto de 2022)
Link da nova edição: https://periodicos.ufba.br/index.php/revistagerminal/issue/view/2315
A revista Germinal,neste número, expõeum conjunto de reflexões que analisa o combate ao racismo pelo viés da construção permanente e intransigente da revolução socialista. Convictos de que o caminho até a revolução brasileira é germinado pela filosofia da práxis –questionada quanto às suas possibilidades de contribuição ao aniquilamento das opressões, especialmente pela ação burguesa penetrada nas lutas sociais, via ação ultraliberal e conservadora no Estado brasileiro, empenhado no anticomunismo e na fragilização das lutas pelo pacote de contrarreformas, hasteando a bandeira do empreendedorismo –,apresentamos um material de pesquisa que reafirma a atualidade da categoria classe social paraa interpretação das opressões étnico-raciais, especialmente quando partimos da premissa de que raça e gênero informam a classe sobre quem ela é, e como se movimenta. Isto nos faz afirmar não ser possível ler a classe trabalhadora sem o debate étnico-racial, o colocando na centralidade da luta de classes. (Primeiro Parágrafo do Editorial do volume 14, número 2, de agosto de 2022)
BRASIL –a fascistização do Estado na transição do capitalismo subdesenvolvido ao capitalismo monopolista de Estado dependente e associado ao imperialismo
Artigo inédito de Luiz Carlos Prestes publicado na seção Clássico/Documentos da revista Germinal: marxismo e educação em debate (v.14, n.2, p.711-725, ago. 2022). Trata-se da intervenção de Prestes em seminário realizado na Casa da América Latina em Moscou, a 8/XI/1977, por ocasião do 60º aniversário da Grande Revolução de Outubro de 1917. Apresentação ao texto da historiadora Anita Leocadia Prestes.
Link para acessar o texto completo:
https://periodicos.ufba.br/index.php/revistagerminal/article/view/50374/27475
PRESTES, L. C. Brasil – a fascistização do Estado na transição do capitalismo subdesenvolvido ao capitalismo monopolista de Estado dependente e associado ao imperialismo. Germinal: marxismo e educação em debate, [S. l.], v. 14, n. 2, p. 711–725, 2022. DOI: 10.9771/gmed.v14i2.50374. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/revistagerminal/article/view/50374. Acesso em: 14 set. 2022.
terça-feira, 13 de setembro de 2022
Para download: "Marx no Soho", de Howard Zinn
Por ocasião do centenário de Howard Zinn, a Aetia Editorial disponibiliza mais um livro gratuito em seu site. "Marx no Soho" é uma obra-prima do teatro proletário dos EUA; ele imagina Karl Marx voltando dos mortos, ao estilo Brás Cubas, comentando o nosso mundo. São 40 páginas em PDF; dá para ler online ou baixar o arquivo.
⚫ Howard Zinn. Marx no SoHo (2020) | Acessar em formato PDF no Academia.edu.
sábado, 3 de setembro de 2022
"A primeira heroína de Silvio Tendler": cineasta Silvio Tendler faz filme sobre cartas de amor de Olga Benario Prestes e Luiz Carlos Prestes
Segundo noticiado hoje, 03/09/2022, no blog do jornalista Ancelmo Gois, o cineasta Silvio Tendler começa a filmar “Olga e Luis Carlos”, que revelará, com exclusividade, a correspondência trocada entre Olga Benario Prestes (1908-1942) e Luiz Carlos Prestes (1898-1990), cedida pela filha do casal, Anita Prestes.
sábado, 20 de agosto de 2022
Livros digitais (em PDF) para baixar gratuitamente da Editora Lutas Anticapital
Confira os 27 eBooks da Editora Lutas Anticapital para baixar gratuitamente.
Como fazer o download? No site da editora, você deve realizar a “compra” dos ebooks, que estão com o preço zerado, e receberá um link por e-mail para fazer o download.
[PDF] Marx e a Crítica ao Programa de Gotha
Antonio Nascimento da Silva e Deribaldo Santos
[PDF] Herança, Esperança e Comunismo: Luiz Carlos Prestes e o Movimento Comunista Brasileiro – Documentos (1980-1995)
Gustavo Koszeniewski Rolim (organizador)
[PDF] A Estratégia Democrático Popular: um inventário crítico
Mauro Iasi, Isabel Mansur Figueiredo e Victor Neves (organizadores)
[PDF] Escravidão e dependência: opressões e superexploração da força de trabalho brasileira
Marcela Soares
[PDF] A ideologia do desenvolvimento e a controvérsia da dependência no Brasil
Fernando Correa Prado
[PDF] A conspiração contra a escola pública
Florestan Fernandes
[PDF] A formação política e o trabalho do professor
Florestan Fernandes
[PDF] Tragédia Educacional Brasileira no Século XX: diálogos com Florestan Fernandes
Henrique Tahan Novaes e Julio Hideyshi Okumura
[PDF] Educação Profissional: crise e precarização
Deribaldo Santos
[PDF] Educação Democrática, Trabalho e Organização Produtiva no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
Neusa Maria Dal Ri
[PDF] Escola da Terra: IV Formação continuada de educadores do campo em Minas Gerais volume 1
Eliano de Souza M. Freitas; Érica Fernanda Justino e Maria de Fátima Almeida Martins (Orgs.)
[PDF] Democracia e Socialismo: Carlos Nelson Coutinho em seu tempo
Victor Neves
[PDF] Mundo do Trabalho Associado e Embriões de Educação para além do capital
Henrique Tahan Novaes e colaboradores
[PDF] Questão Agrária, Cooperação e Agroecologia - volume 1
Henrique Tahan Novaes, Ângelo Diogo Mazin e Lais Santos (organizadores)
[PDF] MST: formação política e reforma agrária nos anos de 1980
Fabiana de Cássia Rodrigues
[PDF] Populações e territórios espoliados pela ampliação recente da infraestrutura industrial capitalista: focos de luta política e ideológica na América do Sul
Oswaldo Sevá Filho
[PDF] Movimentos sociais e crises contemporâneas - volume 3
Rogério Fernandes Macedo, Henrique Tahan Novaes e Paulo Alves de Lima Filho (organizadores)
[PDF] A economia de Francisco, o Futuro do Planeta e do Homem
Pedro Ramos
[PDF] Trabalho e práxis: novas configurações, velhos dilemas
Vinicius Fernandes, Arelys Esquenazi, Livia Moraes
[PDF] Tecnologia Social e Reforma Agrária volume 2
Felipe Addor, Farid Eid e Davis Sansolo
[PDF] Tecnologia Social e Reforma Agrária volume 3
Farid Eid, Felipe Addor e Davis Sansolo
[PDF] Saberes do curso de especialização em agroecossistemas (UFSC/PRONERA): fundamentos, princípios e práticas agroecológicas e formativas no campo Vol. 1
Marília Carla de Mello Gaia, Marie-Anne Stival Pereira e Leal Lozano, Estevan Felipe Pizarro Muñoz, Maria Jose Hötzel, Alexandre Giesel, Denise Pereira Leme, Daniele Cristina da Silva Kazama e Inês Claudete Burg (Organização)
Link: https://www.blogger.com/blog/post/edit/2446271990859665984/3460638776612417518
[PDF] Saberes do curso de especialização em agroecossistemas (UFSC/PRONERA): estratégias e resistências nos territórios rurais Vol 2
Marília Carla de Mello Gaia, Marie-Anne Stival Pereira e Leal Lozano, Estevan Felipe Pizarro Muñoz, Maria Jose Hötzel, Alexandre Giesel, Denise Pereira Leme, Daniele Cristina da Silva Kazama e Inês Claudete Burg (Organização)
[PDF] Reatando um fio interrompido: a relação universidade-movimentos sociais na América Latina (2a edição)
Henrique Tahan Novaes
[PDF] Da Beira-Rio do Sertão à Beira-Mar da Cidade: Uma trajetória de vida
Josefa Jackline Rabelo
[PDF] À margem da voz: repensar a fronteira a partir da violência política e dos genocídios de gênero na Amazônia
Laura dos Santos Rougemont
[PDF] A ética na grande estética de Lukács
Deribaldo Santos
Link: https://lutasanticapital.com.br/collections/ebooks/products/a-etica-na-grande-estetica-de-lukacs-pdf