”A moral do capital é deixar os ricos mais ricos e os pobres mais pobres.”
O filme “O Capital” (2012) não foge a regra da filmografia de Costa Gavras. Ele expõe a anatomia do poder econômico-financeiro do capital. Produzido no clima da crise europeia (2010-2011) com sua política de austeridade neoliberal em prol dos interesses do capital financeiro, Costa Gavras retratou no filme as intrigas do mundo das finanças globais.
Assista o filme clicando no link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=xL8hXYGg8mA 114 min., dublado em português
A partir da crise estrutural do capital em meados da década de 1970 desenvolveu-se um complexo reestruturativo do capitalismo mundial caracterizado pelas políticas neoliberais que impulsionam o desenvolvimento da financeirização da riqueza capitalista. No bojo do capitalismo dourado do pós-guerra constituíram contradições orgânicas na dinâmica do capital que, com a grande crise da década de 1970, iriam contribuir para a afirmação do capital financeiro como fração predominante do capitalismo global. A hipertrofia do capital fictício levou a constituição do capitalismo das bolhas financeiras, cuja dinâmica de acumulação volátil e instável imprimiu sua marca na conjuntura do sistema mundial do capital nos "trinta anos perversos" (1980-2010). Com o capitalismo predominantemente financeirizado o dinheiro afirmou-se como capital-dinheiro, expondo o capital em geral em sua face mais fetichizada. Ao debilitar o poder de barganha do trabalho, o capital-dinheiro como capital fictício fez o mundo a sua imagem e semelhança, abrindo um temporalidade histórica de barbárie social caracterizada, por um lado, pela crise e irracionalidade social, e por outro lado, por uma intensa concorrência entre as frações internas do capital pelo domínio do globo.
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