Lançamento dos últimos escritos de Florestan Fernandes. Além da importância viva da obra, ela é comemorativa dos 10 anos da Escola Nacional Florestan Fernandes! Florestan aborda revolucionários e pensadores como Marighella, Mariátegui, Luiz Carlos Prestes, Antônio Cândido, Jose Marti, Hermínio Sachetta entre outros.
Escrito em um contexto em que Florestan Fernandes lutava ativamente na frente intelectual, enfrentando graves problemas de saúde e o transformismo que repercutia no pensamento crítico mundial, A Contestação Necessária: retratos intelectuais de inconformistas e revolucionários tem como origem na obra original Em busca do Socialismo que, reorganizada com “a cooperação fraterna e incansável de Vladimir Sacchetta, que desconhece sacrifícios para facilitar a minha vida”, deu origem aos seus dois livros póstumos. O primeiro, A Contestação Necessária..., publicado pela Ática, e o último organizado com a colaboração de Osvaldo Coggiola, cujo título original foi mantido (Em busca do Socialismo), publicado pela Xamã, ambos em 1995. O “Prefácio” à Contestação..., elaborado por Florestan, foi concluído três semanas antes da internação para o transplante de fígado, 21 dias antes de seu falecimento, em 10 de agosto de 1995.
A presente edição, pela Expressão Popular, se reveste de grande significado simbólico. A editora é um projeto intelectual de grande envergadura do MST que nomeou a sua principal escola com o nome do sociólogo marxista: Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF). A presente publicação celebra os 10 anos da Escola e é uma homenagem dos trabalhadores do campo ao intelectual, por ocasião dos 20 anos de sua morte, projetando a sua obra para o futuro, tornando-a acessível aos trabalhadores e à juventude nos espaços de cultura que mantêm a chama do pensamento crítico.
Esta obra permite atualizar suas reflexões e análises sobre os desafios das lutas de classes em um contexto de feroz ofensiva do capital. A obra busca resgatar a trajetória de intelectuais de distintos modos contestadores da ordem vigente, “a contrapelo”, nos termos de Walter Benjamin, e que almejaram vias políticas, culturais e teóricas, em favor da superação desta injusta ordem social.
O livro não se propõe, por conseguinte, a ser uma história das ideias, nem tampouco um livro de biografias de personagens intelectuais. A questão que motiva Florestan é a práxis revolucionária e a possibilidade de modificar a relação de forças nas lutas de classes.
FONTE: Livraria Expressão Popular
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