Neste dia 10 de fevereiro, Maria José de Camargo Aragão, médica e militante comunista, completaria 104 anos de vida. Principal figura pública do século XX no Maranhão, sempre esteve presente na luta pelos direitos das mulheres, dos negros, dos operários e camponeses.
Fiel às lutas do povo, Maria não só denunciou as terríveis formas de exploração do Brasil profundo, por meio do jornal Tribuna do Povo, como colaborou para a organização dos trabalhadores contra todas as formas de opressão.
Corajosa, não se deixou intimidar nem pelas ameaças de morte e nem pelas cinco vezes em que foi presa e torturada, - uma vez em plena democracia, em 1951, e as outras quatro durante a ditadura civil-militar.
A notícia da morte de Maria Aragão, aos 81 anos, foi recebida com espanto e comoção pelo povo maranhense, pois era uma mulher reconhecida por sua grande vitalidade e energia para luta. Figura lendária, tal como Manoel da Conceição, Maria parecia imortal. Em seu velório e enterro, foi homenageada com as honras de heroína por aqueles com os quais sempre lutou. Morreu pobre como nasceu, mas deixou uma grande riqueza para o povo sua trajetória de luta, cheia de ensinamentos: nunca se desvincular do trabalho de base, saber ouvir e sempre apoiar as lutas do povo, com lealdade, ética e coragem.
Este documentário (da foto) - Maria Aragão e a organização popular - faz parte do esforço conjunto entre a Editora Expressão Popular e a Escola Nacional Florestan Fernandes para o curso "Realidade Brasileira", destinado à formação política-histórico-pedagógica em assentamentos, escolas, universidades e centros de formação política. Em breve estará disponível a todos gratuitamente no Youtube.
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