Pela primeira vez, o Museu d’Orsay, um dos mais visitados do mundo e detentor da maior coleção impressionista, traz ao Rio de Janeiro obras seletas de artistas impressionistas.
A mostra traz ao Brasil 85 peças do acervo do Museu d’Orsay – um dos mais visitados do mundo e detentor da maior coleção de pinturas impressionistas.
A exposição apresenta um panorama detalhado da pintura impressionista e pós-impressionista e reúne obras de Renoir, Monet, Gauguin e Cézanne, entre outros.
Ocupando integralmente o primeiro andar do CCBB, a exposição é dividida em seis módulos, sendo três deles dedicados à vida na metrópole: “Paris: a cidade moderna”, “A vida urbana e seus autores” e “Paris é uma festa” apresentam o dia a dia marcado pela construção de grandes boulevards, mercados, jardins públicos, cafés, óperas e bailes. São as vistas do rio Sena e da catedral de Notre-Dame de Paris retratadas por Pisarro e Gauguin; as cenas burguesas de Renoir; o cotidiano mundano das prostitutas em quadros como Femme au boa noir, de Toulouse-Lautrec; e as bailarinas de Degas e as plateias dos cabarés e teatros representadas em La troisième galerie au théâtre du Chatelet, de Félix Vallotton.
Os outros três módulos – “Fugir da cidade”, “Convite à viagem” e “A vida silenciosa” – mostram trabalhos de artistas que escaparam do ritmo acelerado de Paris para uma vida calma e reservada. Entre os artistas que buscaram a tranquilidade do campo como forma de inspiração estão Claude Monet, que se mudou para Argenteul, no interior da França, e depois para Giverny; e Van Gogh, que decidiu seguir para Arles, a fim de formar uma colônia de artistas, entre outros.
O segundo andar do CCBB dá espaço à cronologia do impressionismo, consulta bibliográfica e às atividades do CCBB Educativo. Uma mostra de cinema impressionista também faz parte da programação.
A mostra tem curadoria de Caroline Mathieu, conservadora-chefe do Museu d’Orsay, Guy Cogeval, presidente do Museu d’Orsay, e Pablo Jiménez Burillo, diretor geral do Instituto de Cultura da Fundación MAPFRE.
Veja, abaixo, algumas indicações da mostra:
- "Retrato de Fernand Halphen" ("Portrait de Fernand Halphen", 1880), de Auguste Renoir
PIERRE-AUGUSTE RENOIR
Portrait de Fernand Halphen (Retrato de Fernand Halphen), 1880
Pintor de figuras, Renoir sempre praticou o retrato por encomenda, e seu primeiro sucesso de público se deveu a um ambicioso retrato de família, Portrait de Mme Charpentier et de ses enfants [Retrato da sra. Charpentier e seus filhos] (Nova York, The Metropolitan Museum). A deliberada ousadia da paleta de cores, a simplicidade da modelagem, a insistência nos contornos indicam que Renoir estava em um momento decisivo de sua evolução, encaminhando-se para as formas tensas, desenhadas, de coloridos ácidos de seu período “ingresco”.
- "Jovens meninas ao piano" ("Jeunes filles au piano", 1892), de Pierre-Auguste Renoir
Jeunes filles au piano (Moças ao piano), 1892
Primeira tela encomendada a Renoir pelo Estado. Ilustra um mundo ideal, povoado de jovens graciosas, com a evocação de um ambiente burguês elegante e discreto. O desenho firme e leve define claramente as figuras, dando livre curso ao lirismo da paleta de cores.
BERTHE MORISOT
- "O Berço" ("Le berceau", 1872), de Berthe Morisot
Le berceau (O berço), 1872
A cena representa a irmã da pintora, velando o sono da filha. Aluna e amiga muito próxima e fiel de Manet, Berthe Morisot casou-se com o irmão caçula deste, Eugène. Manet gostava de representá-la em múltiplas situações. Enquadramento audacioso, sentimento de ternura e de proteção, habilidade técnica, linhas e cores que suavizam uma composição em elementos verticais e horizontais são sinais de um forte equilíbrio artístico e fazem deste quadro uma das obras-primas da pintura impressionista.
- "A estação Saint-Lazare" ("La gare Saint-Lazare", 1877), de Claude Monet
CLAUDE MONET
La gare Saint Lazare (A estação Saint-Lazare), 1877
A potência e a magia do mundo industrial estavam, para muitos artistas, ligadas à estação Saint-Lazare, junto à Pont de l'Europe, à qual Monet dedicou sete telas, dirigindo sua atenção ao caráter aéreo de seu vigamento e, sobretudo, à beleza ainda nova das locomotivas, afogadas, perdidas nos turbilhões de fumaça branca e azul.
- "O lago das ninfas, harmonia verde" ("Le bassin aux nymphéas, harmonie verte", 1899), de Claude Monet
Le bassin aux nymphéas, harmonie verte (O lago das ninfeias, harmonia verde), 1899
Vivendo em Giverny em 1833, Monet desenhou seu jardim, não hesitando em desviar o braço de um riacho para fazer o famoso lago das ninfeias. Suas últimas obras foram inteiramente dedicadas às “paisagens de água e de reflexos” de suas ninfeias; nelas observa-se muito claramente a ponte japonesa, como nesta versão, e chega-se à evocação de um mundo flutuante, que invade as telas com sua presença luxuriante e colorida.
Serviço
"Impressionismo: Paris e a Modernidade, Obras Primas do Acervo do Museu d’Orsay de Paris, França"
Quando: 23 de outubro a 13 de janeiro de 2013, terça a domingo, 9h às 21h
Onde: Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro, Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – (21) 3808-2020
Quanto: Entrada franca
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