quinta-feira, 27 de outubro de 2011

CUBA: comunidade internacional considera o bloqueio inadmissível



NAÇÕES UNIDAS.— As nações participantes da 66ª Assembleia Geral das Nações Unidas, rechaçaram, terça-feira, 25 de outubro, de maneira contundente e pela vigésima ocasião, o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos a Cuba.


O embaixador da Venezuela na ONU, Jorge Valero reiterou sua condenação ao bloqueio criminal contra a Ilha e indicou que o assédio a Cuba "não é um dispositivo abstrato, aplicado contra um governo", pelo contrário, tem "impactos dramáticos na vida cotidiana (...) e representa uma violação em massa dos direitos humanos de um povo digno e soberano".


O embaixador venezuelano indicou que em meio de um contexto "caracterizado por constantes ameaças à soberania dos Estados e por violações sistemáticas à legalidade internacional", agora mais do que nunca se torna necessário "exigir o fim do vergonhoso bloqueio contra Cuba".


"Está na hora de cessarem os padrões duplos na aplicação da justiça internacional. Não podemos continuar permitindo que os fracos sejam condenados, só por serem fracos, e sejam toleradas as violações cometidas pelos imperialistas do Norte", exigiu.


O representante da delegação chinesa, Li Bandung, qualificou o bloqueio de insensato, pelo qual exigiu a Washington levantar a medida ilegal e começar a normalizar as relações com a nação caribenha.


"A China sempre acreditou que os países devem desenvolver relações mútuas, alicerçadas no respeito aos direitos e à soberania", manifestou Bandung.


A nação asiática enfatizou que se oporá a toda sanção unilateral contra Cuba, porque "viola o direito à sobrevivência e ao desenvolvimento" assim como "afeta as relações comerciais entre os países".


A política hostil de Washington foi qualificada pela Rússia como inadmissível e seu representante destacou que a medida teve efeitos contrários aos que se queriam obter durante a Guerra Fría.


"A prática desta sanção, na contramão das relações internacionais, desde há 50 anos, demonstra que são violados os interesses de terceiros países, por causa de medidas inerentes ao bloqueio", assinalou.


O representante permanente do Vietnã na ONU, Le Hoai Trung, condenou igualmente o bloqueio, exigindo seu cessar imediato, porque viola a política internacional proclamada pela Carta da ONU, tem um efeito contraproducente e ilegal, no plano mundial, e atenta contra a vida de um povo todo, sustentou.


O diplomata referiu-se, igualmente, aos acordos adotados no seio do Movimento dos Não-Alinhados contra a política hostil de Washington, acrescenta a agência PL.


Entretanto, a Bielorrúsia, através do representante de sua delegação, Nikolai Ovcyanko, denunciou o bloqueio como uma violação dos princípios das Nações Unidas.


Para o diplomata bielorruso, as medidas punitivas unilaterais de Washington constituem uma ruptura com os princípios do Direito Internacional e, ao mesmo tempo, influem negativamente nas condições de vida do povo cubano.


"Bielorrúsia rechaça, nesse sentido, qualquer enfoque baseado no emprego de medidas comerciais unilaterais, em detrimento de outros estados", sublinhou o diplomata, denunciando, aliás, a aplicação a seu país de disposições similares.


Outras nações como a Bolívia, México, Nicarágua e Uruguai, fundamentaram seu voto a favor da resolução apresentada por Cuba.


FONTE: Granma



Votação por países e regiões



Novos votos favoráveis com relação ao ano passado (1): Sudão do Sul. Novos votos contra com relação ao ano passado: Nenhum. Países ausentes: Líbia e Suécia. Países que se abstiveram (3): Ilhas Marshall, Micronésia e Palau. Votos contra (2): Estados Unidos e Israel.



ANÁLISE POR ÁREAS GEOGRÁFICAS



África Norte e Oriente Médio: de um total de 19 países, 17 votaram a favor, um contra (Israel) e um esteve ausente (Líbia).


África Subsaariana: de um total de 48 países, 48 votaram a favor.

Ásia e Oceânia: de um total de 36 países, 33 votaram a favor, e três abstenções (Ilhas Marshall, Palau e Micronésia)

América Latina e o Caribe: de um total de 33 países, 33 votaram a favor.

Europa Ocidental e outros Estados: de um total de 29 países, 27 votaram a favor, um este ausente (Suécia) e um contra (Estados Unidos).

Europa Oriental: de um total de 28 países, 28 votaram a favor.

Países que apoiaram nossa resolução (186):



ÁFRICA NORTE E ORIENTE MÉDIO (17):
Argélia, Arábia Saudita, Bahrein, Egito, Emirados Árabes Unidos, Irã, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbano, Mauritânia, Marrocos, Omã, Catar, Síria, Tunísia e Iêmen.

ÁFRICA SUBSAARIANA (48):
Angola, Benim, Botswana, Burkina Fasso, Burundi, Cabo Verde, Camarões, Chade, Comores, Costa do Marfim, Congo, Djibouti, Eritreia, Etiópia, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Quênia, Lesoto, Libéria, Madagascar, Malavi, Mali, Maurício, Moçambique, Namíbia, Níger, Nigéria, Ruanda, República Centro-africana, República Democrática do Congo, São Tomé e Príncipe, Senegal, Seychelles, Serra Leoa, Somália, África do Sul, Sudão, Sudão do Sul, Suazilândia, Tanzânia, Togo, Uganda, Zâmbia e Zimbábue.

ÁSIA E OCEÂNIA (33):
Afeganistão, Bangladesh, Butão, Brunei, Camboja, China, Fiji, Filipinas, Ilhas Salomão, Índia, Indonésia, Japão, Kiribati, Laos, Malásia, Maldivas, Mongólia, Myanmar, Nauru, Nepal, Paquistão, Papua-Nova Guiné, Coréia do Norte, Coréia do Sul, Samoa, Cingapura, Sri Lanka, Tailândia, Timor-Leste, Tonga, Tuvalu, Vanuatu e Vietnã.

AMÉRICA LATINA E O CARIBE (33):
Antígua e Barbuda, Argentina, Bahamas, Barbados, Belize, Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Chile, Dominica, Equador, El Salvador, Granada, Guatemala, Guiana, Honduras, Haiti, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, São Cristóvão e Névis, Santa Lúzia, São Vicente e as Granadinas, Suriname, Trinidad e Tobago, Uruguai e Venezuela.



EUROPA OCIDENTAL E OUTROS ESTADOS (27):
Andorra, Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Chipre, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Islândia, Itália, Liechtenstein, Luxemburgo, Malta, Mônaco, Noruega, Nova Zelândia, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, São Marino, Suíça e Turquia.

EUROPA ORIENTAL (28):
Albânia, Armênia, Azerbaijão, Bielorrúsia, Bósnia e Herzegóvina, Bulgária, Croácia, República Tcheca, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Geórgia, Hungria, Cazaquistão, Quirguistão, Letônia, Lituânia, Macedônia, Moldávia, Montenegro, Polônia, Romênia, Rússia, Tadjiquistão, Turcomenistão, Ucrânia, Uzbequistão e Sérbia.



FONTE: Granma
 
 

Um comentário:

  1. poise...
    O livre comércio de Cuba em que os estadinidensses estão bloqueando para que somente eles possam fazer comércio com Cuba!
    Mas Cuba tem um bom turismo.
    Cuba por ser socialista é no entanto pobre, mas todos que a habitam tem honra e dignidade coisa que a maioria dos brasileiros não tem!!!

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