Mais de sete milhões de pessoas analfabetas de 30 países foram beneficiadas com o método cubano de alfabetização Sim, eu Posso, informou o chefe do Departamento de Educação de Jovens e Adultos e Alfabetização do Instituto Pedagógico Latino-Americano e Caribenho, Ricardo del Real Hernández.
Além do método Sim, eu Posso, o programa inclui dois métodos mais: o primeiro tem como objetivo que os alfabetizados não percam as habilidades adquiridas devido à inatividade intelectual (Já posso ler e escrever) e o segundo, Sim, eu Posso continuar, tem permitido que aproximadamente 900 mil pessoas tenham o nível equivalente à sexta classe.
“Um dos sucessos mais importantes do programa tem sido sua contextualização (mais de 20), pois se tem adaptado às particularidades do lugar de aplicação”, comentou Real Hernández, que acrescentou que estão preparando o método para empregá-lo em idioma francês, pois já existem versões em inglês e português, bem como em algumas línguas originarias, como quéchua e guarani.
Este processo de contextualização também permitira flexibilizar o método segundo as necessidades de cada lugar, pois não só se pretende que as pessoas aprendam a ler e a escrever, o objetivo também é formar cidadãos mais conscientes e instruídos, de maneira geral.
Outro dos sucessos tem sido a formação de agentes educativos que funcionam como facilitadores, já que nas regiões onde se tem trabalhado ficam pessoas instruídas para continuar com este trabalho e preparando o resto dos habitantes, afirmou o especialista.
Del Real Hernández expressou que a aplicação do método também responde a decisões locais, como o caso do estado mexicano de Michoacán.
O programa Sim, eu Posso surgiu em 2003 e tem como antecedente principal a aplicação de experiências de aulas através da rádio, como no Haiti. Este é um sistema de ensino por vídeo-aulas que se apóia em textos, folhetos e facilitadores. Surgiu como alternativa das vias tradicionais de ensino, pois as mesmas não eram viáveis para eliminar de forma rápida o analfabetismo, fenômeno que afeta na atualidade mais de 750 milhões de pessoas no mundo.
FONTE: Granma
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