quinta-feira, 7 de março de 2013

23 anos sem o Cavaleiro da Esperança

Luiz Carlos Prestes, o Cavaleiro da Esperança, faleceu em 7 de março de 1990, aos 92 anos de idade, dos quais 70 deles dedicou à luta por um futuro de justiça social e liberdade para o povo brasileiro.




Não se conhece processo revolucionário sem lideranças destacadas, como é o caso, por exemplo, de Lênin na Revolução Russa, Fidel Castro na Revolução Cubana e, mais recentemente, Hugo Chávez nas lutas do povo venezuelano. Quem faz a História são as massas populares, mas esse "fazer" não acontece sem a intervenção de lideranças, que expressam os seus anseios e atuam dentro das circunstâncias históricas concretas, podendo alcançar vitórias, mas também colher derrotas, uma vez que o rumo do desenvolvimento histórico jamais está pré-traçado. Tudo depende da correlação concreta de forças em cada momento.
A liderança de Luiz Carlos Prestes está identificada com a luta pelo socialismo e o comunismo no Brasil. [...]
Da mesma forma que Fidel Castro e os revolucionários cubanos se apoiaram na herança revolucionária de José Martí, a revolução brasileira não poderá avançar sem resgatar o legado de Luiz Carlos Prestes. A projeção alcançada pelo PCB na política nacional se explica, em grande medida, pela presença de Prestes em suas fileiras, pelo prestígio que sua liderança lhe conferiu. Há que reconhecer, contudo, que o dogmatismo existente no movimento comunista internacional da época, assim como nas sucessivas direções do PCB - do qual Prestes não ficou isento -, não impediu a este dar importantes contribuições para a luta revolucionária no Brasil.

Trechos do livro "Os comunistas brasileiros" (Editora Brasiliense, 2010, p. 159-160), de autoria de Anita Prestes.

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