domingo, 24 de outubro de 2010

Tributo à Rosa Parks (1913-2005)


Símbolo da luta antirracista nos EUA



Em 24 de outubro de 2005 morria a costureira norte-americana Rosa Parks, considerada uma das principais responsáveis pelo movimento pela igualdade pelos direitos civis nos Estados Unidos. Em dezembro de 1955, Parks ficou famosa e ganhou o título de "mãe do movimento pelos direitos civis" ao se negar a ceder seu lugar para um passageiro branco em um ônibus em Montgomery, no Estado do Alabama. Na época, leis de segregação racial eram permitidas nos Estados Unidos. Era permitido, por exemplo, a separação entre negros e brancos em transportes e acomodações públicas ou restaurantes.

Ao recusar a ordem do passageiro branco, apesar das leis que a obrigavam a ceder sua vaga, Parks foi presa e multada, o que provocou a reação da comunidade negra local.

Durante uma entrevista em 1992, Parks tentou explicar seu ato: "Meus pés estavam doendo, e eu não sei bem a causa pela qual me recusei a levantar. Mas creio que a verdadeira razão foi que eu senti que tinha o direito de ser tratada de forma igual a qualquer outro passageiro. Nós já havíamos suportado aquele tipo de tratamento durante muito tempo".

Sua prisão provocou um boicote de 381 dias contra as companhias de ônibus locais, liderado por um então desconhecido pastor, o Reverendo Martin Luther King, que nos anos seguintes liderou o movimento pela igualdade de direitos civis.

O boicote, que ocorreu um ano depois do fim da segregação racial em escolas, marcou o início do movimento pela igualdade dos direitos civis, e que atingiu o auge em 1964, com a Lei Federal dos Direitos Civis, que baniu discriminação racial em todos os estabelecimentos públicos.

Em 1965, os 500 participantes de uma marcha pacífica rumo a Montgomery foram bombardeados com gás lacrimogêneo e depois violentamente espancados pela polícia.

Três semanas depois, Luther King conseguiu juntar 25 mil pessoas em uma nova marcha rumo à capital do Estado, pedindo o direito ao voto. Quatro meses depois, o presidente Lyndon Johnson assinou uma lei garantindo que os negros não fossem impedidos de se inscrever nas listas eleitorais.

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