domingo, 29 de agosto de 2010

Fragmentos do pensamento de Mariátegui

"A revolução, desgraçadamente, não se faz com jejuns. Em todas as latitudes, os revolucionários têm que escolher entre sofrer a violência ou utilizá-la."

"Para que o proletariado cumpra, em termos de progresso moral, a sua missão histórica, é necessário que adquira previamente a consciência do seu interesse de classe - mas o interesse de classe, por si só, não basta [...], como os marxistas entenderam e sentiram perfeitamente. Daí, precisamente, partem as suas duras críticas ao reformismo ignorante. 'Sem teoria revolucionária não há ação revolucionária', repetia Lenin, aludindo à tendência amarela que esquecia os fins revolucionários para prender-se apenas às circunstâncias presentes."

"Não basta a decadência ou o esgotamento do capitalismo. O socialismo não pode ser a consequência automática de uma bancarrota; tem que ser o resultado de um tenaz e denodado trabalho de elevação."

[Uma revolução] "não é um golpe de Estado, não é uma insurreição. [...] Uma revolução se realiza no curso de muitos anos. E, com frequência, tem períodos alternados de predomínio das forças revolucionárias e de predomínio das forças contra-revolucionárias."

"Uma revolução não pode ser prevista a prazo fixo. Sobretudo, uma revolução não é um golpe de mão. É obra de massas imensas."

"No presente como no passado, não se pode mudar uma ordem política sem homens dispostos a resistir ao cárcere ou ao exílio."

José Carlos Mariátegui
(1894-1930)
Fonte: ESCORSIM, Leila. Mariátegui: vida e obra. São Paulo: Expressão Popular, 2006.

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