domingo, 31 de outubro de 2021

Conhecimento Escolar e Luta de Classes (Lançamento 2021)

Autores: Dermeval Saviani e Newton Duarte

Editora: Autores Associados

Acontecerá virtualmente entre os dias 8/11 e 15/11/21 a Festa do Livro da USP e o livro estará sendo vendido com 50% de desconto no site da editora. (Sobre o evento clique aqui)


“O livro de Dermeval Saviani e Newton Duarte expressa a concepção de conhecimento escolar mais avançada que interessa à classe trabalhadora na luta contra a barbárie e a desumanização, que negam ou anulam direitos universais básicos, e, portanto, interessa na luta pela superação do sistema capitalista que estruturalmente as produziu. Um livro certamente indispensável na formação de professores nas licenciaturas das universidades e dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia, mas não só. Indispensável na formação de quadros dos movimentos sociais e culturais da classe trabalhadora do campo e da cidade, na formação sindical e dos partidos políticos. Os quinze capítulos podem ser discutidos em conjunto num curso ou separadamente, em seminários, pois cada um trata de aspectos que incidem sobre o conhecimento que interessa na luta de classe.

No fim da apresentação, os autores indicam que o caminho proposto pela pedagogia histórico-crítica implica decidir-se entre a escolha de “se submeter ao ilusoriamente mais cômodo jugo da ignorância ou assumir os riscos da busca de conhecimento sobre o mundo, a vida e sobre si mesmo”. Trata-se de uma proposta a ser construída coletivamente pari passu com a luta de classe nos pequenos e grandes desafios. A Comuna de Paris, 150 anos depois, não foi e não será em vão!” [trecho do Prefácio, redigido por Gaudêncio Frigotto]


SUMÁRIO

Prefácio | Gaudêncio Frigotto

Apresentação| Newton Duarte & Dermeval Saviani

1- A formação humana na perspectiva histórico-ontológica | Dermeval Saviani & Newton Duarte

2- Educação escolar e formação humana omnilateral na perspectiva da pedagogia histórico-crítica | Newton Duarte

3- Entrevista com o professor Dermeval Saviani: pedagogia histórico-crítica na atualidade | Dermeval Saviani (entrevistado por Newton Duarte)

4- O currículo em tempos de obscurantismo beligerante | Newton Duarte

5- A pedagogia histórico-crítica, as lutas de classes e a educação escolar | Dermeval Saviani

6- Marxismo, educação e pedagogia | Dermeval Saviani

7- A pedagogia histórico-crítica e a formação da individualidade para si | Newton Duarte

8- Entrevista com Dermeval Saviani: modo de produção e a pedagogia histórico-crítica | Dermeval Saviani (entrevistado por Maria de Fátima Rodrigues Pereira & Elza Margarida de Mendonça Peixoto)

9- História, trabalho e educação: comentário sobre as controvérsias internas ao campo marxista | Dermeval Saviani

10- Lukács e Saviani: a ontologia social e a pedagogia histórico-crítica | Newton Duarte

11- Pedagogia histórico-crítica, educação e luta de classes: ensino público, Estado, partido e revolução | Dermeval Saviani

12- A catarse na didática da pedagogia histórico-crítica | Newton Duarte

13- A consciência filosófica na pedagogia histórico-crítica: entrevista com Dermeval Saviani | Dermeval Saviani (entrevistado por Marcos Francisco Martins & André Canevalle Rezende)

14- Entrevista com Newton Duarte: perspectivas e desafios para o ensino de ciências: a superação do construtivismo e a pedagogia histórico-crítica | Newton Duarte (entrevistado por Dianne Cassiano de Souza)

15- O método inverso na pedagogia histórico-crítica e na psicologia de Vigotski | Newton Duarte

Sobre os autores

Posfácio

sábado, 30 de outubro de 2021

Discurso de L. C. Prestes na solenidade de transladação dos restos mortais de Carlos Marighella

 A homenagem de Luiz Carlos Prestes a Carlos Marighella


Por A Coluna


Este conteúdo é uma reprodução do site A Coluna, do Polo Comunista Luiz Carlos Prestes



Em 1979, já nos chamados anos de distensão da ditadura, foi publicada a lei da anistia que permitiu a volta de muitos dos exilados políticos ao país. Entre eles estava Luiz Carlos Prestes que participou da cerimônia de exumação de transporte dos restos mortais de Carlos Marighella, assassinado pela ditadura em 1969. Na ocasião do novo “funeral” de Marighella, Prestes como antigo camarada, proferiu um discurso demonstrando que embora tenham tido diferentes interpretações da realidade brasileira pós-golpe e, por isso, situado-se em campos políticos distintos, o Velho mantinha uma grande admiração pelo mais importante guerrilheiro do Brasil.


É importante destacar o tom crítico e auto-crítico com que Prestes entende o seu comportamento político e de ambos os dirigentes comunistas na época. Sem titubear, Prestes é firme na consideração de que a luta armada foi um erro tático. Todavia, reconhece que a estratégia etapista de direita adotada pelo PCB durante boa parte da sua existência foi o que levou a erros táticos e criou o fosso separando Marighella, Prestes e tantos outros.


Abaixo a transcrição desse discurso gentilmente cedido por Anita Prestes ao site A Coluna.


Discurso de L. C. Prestes na solenidade de transladação dos restos mortais de Carlos Marighella

Aqui estou para prestar meu testemunho de admiração a um filho do povo, a um revolucionário, a um patriota que foi até o sacrifício extremo da própria vida na luta pelo ideal que defendia, pela felicidade do povo, pela completa emancipação da Pátria e pelo progresso social.


Convivi e lutei com Carlos Marighella por mais de vinte anos. Já conhecia a valentia com que se comportava quando preso, após os acontecimentos de 1935. Mas durante os vinte anos em que atuamos juntos na direção do Partido Comunista Brasileiro pude admirar suas qualidades pessoais de um legítimo filho do povo, que justamente por isso sabia ganhar o apoio do povo – de pessoas das mais variadas classes e camadas da sociedade – para a luta dos comunistas. Pude apreciar sua imensa capacidade de trabalho, seu talento , sua valentia e combatividade, a valentia com que enfrentava a reação policial, sua integral dedicação à causa por que juntos lutávamos.


As vicissitudes ou a dialética da vida nos separou, nos colocou em campos diferentes ou, mesmo, política e ideologicamente opostos. Suas próprias qualidades pessoais, em particular sua valentia e combatividade, não lhe permitiram compreender ou avaliar com acerto o momento político que atravessávamos; que a classe operária, com o golpe militar reacionário e contrarrevolucionário de 1964, fora derrotada e sofrera a pior derrota, uma derrota sem luta. Estava por isso obrigada a recuar para recuperar forças. Entravamos num difícil e duro processo de acumulação de forças , tínhamos como inimigos uma ditadura militar reacionária, a mais cruel e sanguinária e que só poderia ser derrotada por um amplo e vigoroso movimento de massas. E que esse movimento só poderia ser criado através de uma luta demorada e paciente pelo esclarecimento dos trabalhadores, a começar pelo levantamento de suas reivindicações mais elementares. Chamar naquele momento a classe operária a empunhar uma arma era dela nos separar e mal conseguir um minoria combativa, mas desligada das massas. E sem estas não se derrota nenhuma tirania. Acaba-se por dar argumentos à ditadura para tentar justificar uma repressão cada vez maior.


Mas na ocasião do erro de Marighella não foi apenas dele. Também nós, como já o dissemos no VI Congresso do nosso Partido, tínhamos uma linha política que padecia de erros de direita, de ilusões na burguesia e, fundamentalmente, de confundirmos a possibilidade que surgiu no movimento comunista, após a derrota do nazismo e do surgimento do sistema socialista mundial, de se poder chegar ao socialismo sem guerra civil ou insurreição armada, confundíamos isso com passividade. Este nosso erro contribuiu também para fazer surgir entre nós e Marighella o antagonismo que nos separou.


Só a prática da vida poderia revelar com quem estava a razão. O processo de acumulação de forças, a utilização inclusive do voto como arma de protesto, levou à derrota da ditadura em 1974, à evidência de seu isolamento das massas populares, principalmente da classe operária e, consequentemente, às vitórias, ainda pequenas, mas vitórias do povo que não deixariam de alegrar o grande revolucionário que foi Carlos Marighella.


Carlos Marighella! Teu nome e tua memória não serão jamais apagados da história do nosso povo. Teu exemplo de lutador pela felicidade do povo, por uma transformação social profunda, que acabe com a exploração do homem pelo homem, juntamente com a de todos que nestes últimos quinze anos souberam lutar até o fim pela completa emancipação da Pátria do jugo imperialista e pelo processo social, educará as novas gerações da classe operária e as de todos os trabalhadores brasileiros, contribuirá para reforçar a sua organização e unidade, ajudará a educar e formar a juventude que continuará a tua luta, a nossa luta revolucionária de comunistas, democratas e patriotas, elevará a cada dia mais alto as bandeiras do socialismo e as levará à vitória.


O Brasil popular e socialista cultuará para todo o sempre a tua memória!


São Paulo, 11/07/79


 FONTE: Instituto Astrojildo Pereira

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Mesa com a historiadora Anita Prestes na IV Semana de Ofícios do Historiador - CAHIS USP

Tema: O legado de Luiz Carlos Prestes para a crise atual

Dia 26/10/2021, às 18h.

Transmissão pelo canal CAHIS USP no YouTube, através do link: https://www.youtube.com/watch?v=uw0tnq7hEUE



Fanpage sobre o evento da mesa com Anita Prestes: 

https://www.facebook.com/events/212843800936911?ref=newsfeed



segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Luta de classes, Estado e democracia (Assista ao vídeo)

Aula ministrada pela professora Anita Prestes, em linguagem clara e acessível., no II Curso de Formação Política, Crise Econômica e Direitos Sociais no Brasil e América Latina, do Núcleo Práxis da USP.




A aula da professora e historiadora marxista Anita Prestes pode ser assistida a partir de 18 minutos e 35 segundos do vídeo.


https://www.youtube.com/watch?v=sOzoqYsZvcA&t=1112s

domingo, 17 de outubro de 2021

Para download, alguns volumes da coleção “Grandes Cientistas Sociais”

“Coleção Grandes Cientistas Sociais”, publicada pela editora Ática, entre 1978 e 1990, e coordenada pelo sociólogo Florestan Fernandes (1920-1995). 



KARL MARX, apresentação  Octavio Ianni.

https://drive.google.com/file/d/1Nb06ju4HJt6-4mh53nyr9fXAhIZ73Zet/view?fbclid=IwAR3cAxW1eXpJUQQX2FmPLP-HnriTnfCifw9aVgNuC8_lt8gJlhNRchIQcwU


MARX e ENGELS, apresentação  Florestan Fernandes.

https://drive.google.com/file/d/1LodTjgAJrS_gBJQucA-ndfg9ZbEp37HR/view?fbclid=IwAR1-2Y4-Kr2jaIX8XlVH_87JsC2yDJ3AzbuQYt-nvwr5hpBLjcjwEHzwsu0


LENIN, apresentação  Florestan Fernandes.

https://drive.google.com/file/d/1WWhpFDaXdmJL696g-zrSDNlmw-K2f6VE/view?fbclid=IwAR3HC80D4pZx5GZXbbDyuLI1AzDvOFnGTntYRnl7bZLmM3aP70FonBZ34Yk


FRIEDRICH ENGELS, apresentação  José Paulo Netto.

https://drive.google.com/file/d/1D7MzdoyVwiM_giuwgc2k4tRlYXnYZqYZ/view?fbclid=IwAR155vjSwg5qLXOOhQxtvFmX0Qbbd0gN1EEoepa8o_AIQ2sFrDSX37kThR8


CELSO FURTADO, apresentação Francisco de Oliveira.

https://drive.google.com/file/d/1zKCKqIfxg3zrlBxEYaoMhI25PXKfFi0w/view?fbclid=IwAR3g3jEc-RxgBAv9yfvYoNjIU-9jYEGDiOlLBe-iQqUb8BFYpB9wFshG8Xs


CAIO PRADO JÚNIOR, apresentação Francisco Iglésias.

https://drive.google.com/file/d/1sxxcuHCtvxE2ttU2jBkCZqnb9_koQJ0B/view?fbclid=IwAR3LsKZLgr4q62V2-U0KJdun_1Dui0MVPKCWJBXHru2agvFOW63wVfcDgnw


HO CHI MINH, apresentação  Marta Elena Alvarez.

https://drive.google.com/file/d/1vHj9tV07hCgQu8qTo-BwyolVrLYwn8Fx/view?fbclid=IwAR3cAxW1eXpJUQQX2FmPLP-HnriTnfCifw9aVgNuC8_lt8gJlhNRchIQcwU


GEORG LUKÁCS, apresentação  José Paulo Netto.

https://drive.google.com/file/d/1BX0tlbJhXaKJBpQxwYxci03wAHlhxmH_/view?fbclid=IwAR0RH9s5oubDe_bgtYKIPWcYFzq1ys5bUvYj3GcTk9mHg_Uerxcdmls9dxs


CHE GUEVARA, apresentação Emir Sader.

https://drive.google.com/file/d/1e5__YfhF0kizNM26bEGQbwUuUIPaqHIS/view?fbclid=IwAR3HC80D4pZx5GZXbbDyuLI1AzDvOFnGTntYRnl7bZLmM3aP70FonBZ34Yk


LEON TRÓTSKI, apresentação  Orlando Miranda.

https://drive.google.com/file/d/19B-tRzjECEr4zOq9r7OG9wGE43o_DEBj/view?fbclid=IwAR2fKNHq-zfJXriknKdVWARzIctlNvc22leCHKImzSo2EXLs2N5v7GxGQ7E


HABERMAS, apresentação  Barbara Freitag e Sérgio Paulo Rouanet.

https://drive.google.com/file/d/10B3r7gAyv4eYRE4MwQm1OOsVULrBLAGW/view?fbclid=IwAR3HC80D4pZx5GZXbbDyuLI1AzDvOFnGTntYRnl7bZLmM3aP70FonBZ34Yk


KARL MANNHEIM, apresentação Marialice Mencarini Foracchi.

https://drive.google.com/file/d/1wwOjzmcPWT1QkEGWpyefWxjTIPfYQUD9/view?fbclid=IwAR20HSIhGAOQQwPJllQCT4JNTW9rqVolRNDHqTp6zC9_Q3lFrmYpwx8TRx0


GODELIER, apresentação Edgar de Assis Carvalho.

https://drive.google.com/file/d/1FnoMCKQ5EX1wwOjiPcilqHjHvLXjZtTH/view?fbclid=IwAR3aBRa8Rl4Dt5lsdaxeGWcn4Zry1S3QQhiLQB_v0gyPIOcG0ovObwstgK8


POULANTZAS, apresentação Paulo Silveira.

https://drive.google.com/file/d/1kRaQxX8dm8vl6N_ydC4loIrXZL5Hcxd5/view?fbclid=IwAR3aOxXF3cDh2d5tjGCj6F_t83zlZRKvpIumL1iX_Slbp1zJ0cWW3S0dYZA


MAX WEBER, apresentação Gabriel Cohn

https://docero.com.br/doc/n8en51s


ÉLISÉE RECLUS, apresentação Manuel Correia de Andrade

http://www2.fct.unesp.br/docentes/geo/bernardo/BIBLIOGRAFIA%20DISCIPLINAS%20POS-GRADUACAO/ELISEE%20RECLUS/Reclus,%20%C3%89lis%C3%A9e%20-%20Cole%C3%A7_o%20Grandes%20Cientistas%20Sociais.pdf


DURKHEIM, apresentação José Albertino Rodrigues

https://azdoc.tips/download/coleao-grandes-cientistas-sociais-durkheim-5c1373171bc6e?hash=60d18cb8277e569fdaa906a5df5d4d29


PIERRE BOURDIEU, apresentação Renato Ortiz.

https://drive.google.com/file/d/0BxOYJ-xQU9kxQnppSFFVMEJBMlU/view?resourcekey=0-y_hwe3puuG1OEmbTbUAxiA


CHARLES WRIGHT MILLS, apresentação Heloísa R. Fernandes.

https://rs.1lib.limited/book/11183366/4cdd4c


EDMUND LEACH, apresentação Roberto Da Matta.

https://www.academia.edu/36228460/GRANDES_CIENTISTAS_SOCIAIS


ROGER BASTIDE, apresentação Maria Isaura Pereira de Queiroz.

https://docero.com.br/doc/1vv58s


GEORGE SIMMEL, apresentação Evaristo de Moraes Filho.

https://docero.com.br/doc/xx5xc1


RATZEL, apresentação Antonio Carlos Robert Moraes.

https://docero.com.br/doc/ne8188v




segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Bolsonarismo sem Bolsonaro? (Texto de Anita Prestes)

Enquanto não surgirem no Brasil lideranças populares dispostas a organizar, mobilizar e conscientizar os trabalhadores na luta por sua emancipação social e econômica, os interesses do grande capital internacionalizado continuarão a ser os dominantes no poder político do país.


CLIQUE NO LINK ABAIXO para ler na íntegra o texto da historiadora Anita Prestes no blog da Boitempo:

https://blogdaboitempo.com.br/2021/10/04/bolsonarismo-sem-bolsonaro/


ILUSTRAÇÃO DE PAULA CARDOSO